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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

SOBRE OS MITOS

(Extratos de M. Eliade)

Se até o século XIX, o mito representava tudo o que opunha ao real, hoje busca-se conhecer e compreender o valor do mito, tal como elaborado pelas sociedades antigas, onde o mito era a própria fundamentação da vida social e cultural. Para um primitivo, o mito exprime a verdade absoluta (histórias sagradas numa época dos começos), e por isso ele era exemplar, servia de modelo e justificação a todos os atos humanos. Imitando o ato de um Deus ou Herói, ou simplesmente narrando essas aventuras, o homem das sociedades arcaicas destacava-se do tempo profano e aderia ao Grande Tempo, ao tempo sagrado.

O mito representa, assim, um certo modo de estar no mundo. Considerando-se a vida social, não há solução de continuidade entre o mundo arcaico e o mundo moderno. A grande diferença se faz a nível pessoal pelo pensamento que tem de si o homem atual, função quase inexistente nos membros de sociedades antigas. Deve-se frisar, porém, que o mito nunca desapareceu por completo em termos de experiência individual: ele brota nos sonhos, nas fantasias e nostalgias contemporâneas.

Distrações como forma de “matar” o tempo revelam-se um aspecto importante pois, seja num filme, um livro ou uma novela, a pessoa penetra num universo temporal estranho a ela e se integra em outros ritmos. Essa defesa contra o tempo talvez seja a diferença radical entre as culturas de hoje e as antigas. O gesto responsável reproduzia um modelo mítico, “trans-humano” e, por isso, fora do tempo profano. Sacralizava-se o cosmos no trabalho, nas profissões, na guerra e no amor: eles decorriam num tempo sagrado pois eram a revivência dos Deuses e Heróis. Hoje, o homem se sente prisioneiro de sua profissão e a raiz disso está na dessacralização do trabalho. Por isso ele se esforça por “sair do tempo”: inventa jogos, diversões, distrações sem compromisso - é que ele não consegue mais a “saída” com um trabalho responsável. Quando nos debruçamos sobre a vida dos antigos, descobrimos que quase não tinham distrações - não havia necessidade disso.

A compreensão do mito se contará, sem dúvida, como uma das mais úteis descobertas do século XX. O homem ocidental já não é dono do mundo. “Não basta descobrir e admirar a arte negra ou oceânica, é preciso redescobrir as fontes espirituais dessas artes em nós mesmos, é preciso tomar consciência do que resta ainda de “mítico” numa existência moderna e que assim sucede, porque esse comportamento é consubstancial com a condição humana, enquanto expressão da angústia perante o tempo”. O mistério desse reencontro é ilustrado por Martin Buber na história do rabino Eisik de Cracóvia: O piedoso rabino Eisik da Cracóvia teve um sonho que lhe mandava que fosse a Praga. Alí, sob a grande ponte que leva ao castelo real, descobriria um tesouro escondido. O sonho repetiu-se três vezes e o rabino decidiu-se a partir. Chegado a Praga, encontrou a ponte, mas guardada noite e dia por sentinelas. Eisik não ousou investigar. Girando sempre pelos arredores, atraiu a atenção do capitão dos guardas; este perguntou-lhe, amavelmente, se perdera alguma coisa. Com ingenuidade, o rabino contou-lhe o seu sonho. O oficial explodiu em gargalhadas: “Realmente, homenzinho!”, disse-lhe ele, “tu usaste os teus sapatos para percorrer todo esse caminho simplesmente por causa de um sonho?” O próprio oficial ouvira uma voz em sonhos: “Falavam-me de Cracóvia, ordenando-me que lá fosse e procurasse um grande tesouro na casa de um rabino. O tesouro devia ser num recanto poeirento, por detrás do fogão, onde estava enterrado”. Mas o oficial não tinha qualquer fé nas vozes escutadas em sonhos: era uma pessoa de juízo. O rabino inclinou-se profundamente, agradeceu-lhe e apressou-se a regressar a Cracóvia. Cavou no canto abandonado da casa e descobriu o tesouro que pôs fim à sua miséria.

O indianista Heirich Zimmer comenta assim o conto: “Assim, pois, o verdadeiro tesouro, o que põe fim à nossa miséria e provações, nunca está muito longe, não é preciso ir buscá-lo a um país longínquo; jaz enterrado nos recessos mais íntimos da nossa própria casa, isto é, de nosso próprio ser. Está atrás do fogão, o centro que fornece a vida e calor que comanda a nossa existência, o coração do nosso coração, se soubermos cavar. Mas há, então, o fato estranho e constante de que é só após uma viagem piedosa a uma região longínqua, num país estrangeiro, sobre nova terra, que significado dessa voz interior que guia a nossa procura poderá revelar-se-nos. E, a esse fato estranho e constante, junta-se um outro: aquele que nos revela o sentido da nossa misteriosa viagem interior deve ser ele mesmo, um estrangeiro, doutra crença e doutra raça”.

E este é o sentido profundo de toda verdade redescoberta. E poderia ser o ponto de partida de um novo humanismo, em escala mundial.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

TERAPIA É COISA PRÁ MALUCO?

Autora: Nany Gomero

"Estava no trabalho e acabei comentado com umas pessoas que eu fazia terapia. Elas me olharam com espanto. Uma pessoa até comentou:
- Nossa, mas você não tem cara de quem faz terapia!
Eu fiquei pensando comigo mesma: Como será a cara de quem faz terapia?"

Essa foi uma história que eu ouvi na semana passada. Infelizmente, esse olhar para quem faz terapia é muito comum. É como se fosse algo só pra quem é maluco ou muito problemático. Como se pessoas normais não fizessem terapia. Eu sei que isso abre espaço para questões como: O que é ser normal? O que eu não pretendo discutir aqui. Pra quem tem interesse sobre o assunto, tem um vídeo, muito engraçado, do Fábio Porchat no youtube e um texto, muito interessante, que eu achei no site “Recanto das Letras”.

Ainda existem muitos mitos sobre o "fazer terapia". O fato, é que não há muita divulgação sobre como ela funciona e quais são seus benefícios. Isso gera muito preconceito e muitas idéias erradas. Assim, a falta de conhecimento acaba se tornando a principal fonte desses "olhares de espanto".

Por causa deles, muita gente omite que faz ou já fez terapia. É muito chato ficar se sentindo julgado a todo o momento e complicado lidar com a falta de informação dos outros. Existem também, pessoas com uma curiosidade muito grande sobre a psicoterapia, mas, influenciada por esses olhares, acabam nem se informado sobre o assunto. Assim, esse tipo de visão acaba se solidificando e tomando força.

Cada um tem seus problemas, suas questões, suas insatisfações e sua forma de se colocar no mundo. A terapia trabalha exatamente isso. É aquela velha história do Caetano Veloso: "Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que se é...". É uma forma de nos conhecermos melhor e começarmos a entender o porque agimos de determinada forma. Quais são nossos ganhos, quais são nossas perdas, como isso se reflete no mundo, nas nossas relações. Aprendemos a ver as coisas de novos ângulos, descobrimos novas alternativas, novos olhares e, principalmente, aprendemos a gostar mais de nós.

A terapia é uma ferramenta para novas escolhas, para pessoas como eu e como você. É só querer.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

IMPOTÊNCIA - MITO MASCULINO - TEMOR DE DESEMPENHO

Pesquisa tendo como fonte diversos artigos da Internet


Vivemos ainda numa sociedade muito machista, infelizmente para todos nós. Para os homens, em especial, existe uma pressão desenfreada para a atividade sexual predatória. O que caiu na rede é peixe! E existe, por sinal, um mito milenar de que os homens estão sempre aptos ao sexo, independente de qualquer outro fator. Devem sempre estar com desejo, devem ter plena ereção e não falhar jamais.

Essa situação é um peso muito grande para os ombros de qualquer um. A bem da verdade, qual o homem ao qual nunca lhe faltou potência? Qual a mulher cujo parceiro já não perdeu a ereção alguma vez na vida?

É necessário desmistificar essa situação. A impotência (disfunção erétil) só se torna um problema ou uma doença quando ela predomina na vida sexual de um homem. Ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente (repetida) de manter uma ereção até a conclusão da atividade sexual. Alguns se queixam de falta completa de rigidez para conseguir uma penetração. Outros conseguem ter o pênis rijo, mas na hora de introduzi-lo perdem a potência. Mas, atenção! a eventual ocorrência de perda de ereção não é considerada impotência.

O que causa a perda da ereção?

As pesquisas são contraditórias - algumas apontam que 90% da impotência tem causas emocionais tais como:
  • O estresse do dia-a-dia.
  • A discórdia conjugal.
  • A falta de atração pela parceira.
  • A ansiedade ou depressão.
  • O temor de não desempenhar o sexo adequadamente.
  • Conflitos emocionais antigos.
  • Culpa e repressões sexuais.
Outros trabalhos científicos relatam que a disfunção erétil nos homens tem muito a ver, em vários casos, com origens orgânicas, principalmente quando o homem tem mais que 50 anos. Exemplos:
  • A deficiência de alguns hormônios masculinos como a testosterona.
  • Excesso de prolactina.
  • A presença de algumas doenças como o diabete melitus.
  • O uso de medicações que combatem a hipertensão.
  • A anormalidade vascular peniana.
E tem cura? Podemos pensar que há uma soma desses fatores orgânicos e emocionais na determinação da impotência. Para o tratamento, então, devemos combinar algumas técnicas terapêuticas para obtenção de maior sucesso. Após alguns exames de rotina, detectamos a presença ou não de algum problema orgânico. Por exemplo, se há falta de testosterona, podemos repor através de uso de medicação. Se há problema vascular ou neurológico, podemos até indicar cirurgia ou colocação de prótese. Entretanto, tais métodos mais evasivos são de última escolha no tratamento da impotência, só utilizados quando quaisquer outros métodos já falharam completamente.

Quando não há muitos achados positivos nos exames, deve-se empregar uma abordagem psicoterapêutica para ajudar o paciente a superar essa dificuldade, seja através da análise e resoluções psicológicas de eventuais traumas, seja através de técnicas psicoterapêuticas que se baseiam em tarefas sexuais progressivas e orientação.

Um alerta: NUNCA DEVEM SER UTILIZADOS MEDICAMENTOS SEM O ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO.

Você pode acessar conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.