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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

REFLEXÕES SOBRE O MEDO


Fico preocupado quando um paciente ou um amigo me diz que não vai tomar nenhuma 
iniciativa porque tem medo, que se sente paralisado por essa sensação paralisa e que, talvez um dia, quem sabe, quando não se sentir mais tão assustado possa fazer algo.

Não há o que negar, o medo existe e ponto! Mas, pensando mais acuradamente a respeito dele, posso dizer que o medo nunca é uma realidade, ou seja, ele vem sempre antes ou depois do momento presente ativo. Quando estamos no “aqui e agora”, momento concreto e real, será que existe o medo? O que ocorre num momento ativo está ali e não há como fugir dele, não há como escapar, então, no momento presente, o que existe é a atenção total ao momento de perigo, seja físico ou psicológico. E quando há atenção total, não há espaço para sentir medo. Por outro lado, a desatenção gera o medo, isto é (em termos psicológicos), o medo surge quando há uma evitação do fato, quando existe uma fuga. Ora, se aceitarmos essa idéia, então a fuga é, ela própria, o medo.

Preocupa-me, ainda mais, olhar o mundo e ver como as pessoas vivem com medo -medo físico, o medo econômico, o medo metafísico diante da própria ameaça existencial - o que faz de nossos dias uma caminhada irreversível para a doença, para a velhice e para a morte. Se não temos a atenção desperta, ou se preferir, uma consciência plena do “aqui e agora”, o medo passa a ser a mais fiel das qualidades, o definitivo companheiro. Não estando plenamente consciente do que somos e do que nos rodeia “aqui e agora”, mesmo no silêncio e no escuro - ou sobretudo aí – o medo se instala e não se afasta da pessoa, especialmente se a percepção for a de que o lugar é terrível ou a situação desesperadora, pois as forças abandonam a pessoa, a coragem some, o medo fica e cresce. Segue-a como uma sombra e, inúmeras vezes, se confunde com ela...

Será que uma das causas do medo é a comparação? O comparar-se com outra pessoa? Acho que sim. E você, é capaz de viver sem se comparar com outra pessoa? O problema é que ao se comparar com alguém, seja em termos ideológicos, psicológicos ou mesmo físicos, há também a expectativa de tornar-se a outra pessoa... e mais, ainda há o medo de não conseguir se tornar a outra pessoa. Ruim, isso é, de fato, um sofrimento.

E os outros medos, os quais ocorrem, como disse, porque não há dedicação plena para manter a atenção no momento presente? Por exemplo:

Você já sentiu medo de amar? De conhecer novas pessoas? De um trabalho novo? De repetir uma experiência ruim? De morrer? Etc...

Talvez possa mudar a forma de sua relação com o medo, e a psicoterapia pode ajudá-lo(a) nisso. Ao invés de você ser um medo ambulante, deve passar a ser o dono dele, tornando-o algo que não o impeça de viver e de ser feliz!

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

QUANDO RECOMENDAR “COACHING PSICOTERAPÊUTICO” A UM FUNCIONÁRIO?

Por Paulo Cesar T. Ribeiro*

A motivação e a saúde mental dos funcionários é algo de grande importância para as empresas, e isso tanto é verdade que a quase totalidade dos profissionais da área de RH já investigou, um dia, eventuais queixas de profissionais das suas empresas, bem como as condições destas pessoas durante a execução das suas rotinas de trabalho, ou ainda, a quantidade (mais exatamente o excesso) de trabalho ao qual julgam-se submetidos. Em situações dramáticas, essas queixas acabam sendo associadas a graves problemas e/ou condições psico-emocionais e, obviamente, muito pode ser feito para atenuar esse descompasso; entretanto, o primeiro passo parece-me que seja ir contra a implementação de medidas paliativas e que abrangem apenas efeitos e sintomas, pois, embora a retórica da queixa possa ser questionada, é com o trabalho processamos cultura e criatividade, e ele (o trabalho) tem que ser para todos, fonte de prazer e não castigo ou punição.

É razoável pensar que o trabalho possa levar pessoas bem-sucedidas a complicadas situações psicológicas capazes de prejudicar suas carreiras? Claro que a resposta é SIM! E há a certeza cada vez maior mais entre os especialistas de que essas situações afetam diretamente a capacidade de tomar decisões, a segurança no comando de equipes e funcionarios, a resistência à pressão e à frustração, o cumprimento de prazos e a satisfação na realização do que o funcionário se propõe a fazer, fazendo-o raramente satisfeito com seu trabalho. Além disso, registra-se simultaneamente, diversos “sentimentos ruins” (irritação, frustração, auto-piedade, ressentimento, ciúme, rejeição, culpa, impotência, raiva e generalizada desconfiança em relação às pessoas, entre muitos outros) e falta de valorização dos colegas que poderiam servir como apoios emocionais e profissionais. Há, porém, quem trabalhe intensamente sem integrar essa categoria. São pessoas de muita energia, agradavelmente estimuladas por suas atividades, mas capazes de abrir espaços em suas vidas para a intimidade, a emoção, o lazer, as férias, os exercícios, revelando-se, nos seus cotidianos, habilidade para tomar decisões, para interagir com colegas, chefes e subordinados, auto-motivação, enfim, revelam uma boa tendência para a felicidade, a despeito das dificuldades ou revezes da vida diária.

A psicoterapia é sempre uma ferramenta preciosa para esses casos, afinal, pois ajudará a redescobrir que a produtividade no trabalho não deve ser a “fonte da própria  auto-estima”: é preciso que se entenda que as pessoas possuem um valor inerente, trabalhando ou não, ganhando a competição com os outros ou não. Mas isso pode não ser o melhor caminho para uma empresa que queira ajudar o seu funcionário e manter com ele, um relacionamento estritamente profissional. Neste caso, uma excelente opção é o COACHING PSICOTERAPÊUTICO, o qual visa, além do bem estar psicológico do profissional, o seu desenvolvimento e crescimento na carreira.

Gostaria de deixar claro que, em minha opinião, uma alavancagem na carreira não depende apenas das orientações técnicas e/ou acompanhamento do "coach" na forma mais convencional e fria que o mercado pratica. Isto é, do ponto de vista psicológico, há algo que também dificulta significativamente o crescimento profissional e, assim como as pessoas adoecem e apresentam sintomas psicossomáticos, também os comportamentos ligados à profissão são alvos de questões psicológicas íntimas e profundas que, muitas vezes, funcionam como uma verdadeira auto-sabotagem profissional.

O “coaching psicoterapêutico” vem sendo utilizado por empresas visando melhorar o desempenho dos seus funcionários, levando-os a refletirem sobre seus momentos profissionais, especialmente se eles estiverem percebendo que:

  • as “coisas no trabalho” não estão indo tão bem quanto esperavam ou imaginavam que fossem;
  • as suas performances já não estão mais correspondendo às expectativas dos chefes ou dos clientes;
  • são considerados para promoções porém há condutas profissionais que devem ser melhoradas;
  • há freqüentes conflitos com outras pessoas;
  • os conhecimentos técnicos, antes elogiados, estão distantes do que poderia ser chamado de “conhecimento de ponta”.

Além dessas causas, ao funcionário pode ser indicado o “coaching psicoterapêutico” se houver a suspeita de que algumas motivações para o trabalho podem não ser saudáveis. Por exemplo, o funcionário...

  • ... tem uma noção clara de seu valor pessoal, sendo ou não produtivo?
  • ... responde às necessidades de descanso e exercício do próprio corpo?
  • ... equilibra a vida profissional com a vida pessoal?
  • ... investe tempo, pensamento e energia em suas relações pessoais?
  • ... sente-se contribuindo positivamente para com seus semelhantes?
  • ... tem uma noção correta do que é “suficiente”: de quanto dinheiro precisa, de quanto status, de quanto poder?
  • ... está conseguindo o que quer na vida?
  • ... é plenamente consciente do profissional que é, ou está sendo neste momento?
Quando as coisas não vão bem, é frequente a pessoa se colocar como vítima, sentir pena de si mesmo, negar a realidade e se iludir. Pior, então, é encobrir uma situação em que ela tem medo do fracasso e boicotar o seu próprio sucesso, brigando pelo que não quer e não brigando pelo que quer. Obviamente, ao lado da estranha e desconfortável descoberta sobre sua própria imagem, há uma sensação de desconforto, de insegurança e de perplexidade frente à sua real condição, sem que se saiba como reconquistar o seu status entre os colegas, subordinados e chefia. É nesta hora que um apoio externo será valioso, ressaltando, porém, que o processo dará certo se houver, por parte do “coach-terapeuta”, um sério compromisso e verdadeira disponibilidade para fazer uma leitura do seu cliente não só em seus aspectos e interesses profissionais como também nas demais dimensões da sua vida pessoal; daí a importância dele ser um psicólogo experiente na clínica psicológica e nos processos organizacionais.

Há diversas maneiras de se conduzir o “coaching psicoterapêutico”. Normalmente se prevê encontros entre o profissional e o seu “coach psicoterapeuta” numa freqüência previamente estabelecida. Essas sessões dedicam-se, essencialmente, às questões que interferem na vida profissional do cliente, estimulando-o a confrontar as situações da sua vida da forma como elas verdadeiramente são, sem fantasiar, sem “tirar os pés do chão”, e buscando as soluções que dependam do próprio esforço e da própria capacidade profissional e pessoal. O “coaching psicoterapêutico” foca o valor real do profissional para que, a partir da tomada de consciência, ele olhe o mundo e ajuste-se nele com aquilo que, de fato, é capaz; trata-se de um suporte para o papel profissional, para o auto-gerenciamento de carreira, dirigido a profissionais que vivem situações de estresse, crescimento e mudanças constantes. Tem um enfoque clínico-organizacional e trata fundamentalmente do quanto o sujeito responsabiliza-se por aquilo que deseja, pagando o preço de suas escolhas. Num exemplo simples, se o cliente perceber-se carente de aprimoramento profissional, ele buscará a solução não porque lhe disseram, mas sim porque aprendeu a perceber-se com realismo, o que também constitui-se num avanço em direção à felicidade: saber o que somos. Seja qual for o motivo, considere estas duas colocações dos doutores Ogilvy e Porter, em artigo para o Human Resource Management: “A realização profissional, quando perseguida inconscientemente para compensar deficiências pessoais reais ou imaginárias, é, de fato, uma forma de auto-traição. E a capacidade que cada um tem em confrontar a verdade quanto à sua realização profissional e suas necessidades humanas é que determina se a pessoa consegue esquecer a rotina ou se a tendência é prosseguir tentando provar o que, afinal, não pode ser provado pelo sucesso no mundo dos negócios”.

Por fim, deve ficar claro que o “coaching psicoterapêutico” não transforma uma pessoa com poucos recursos profissionais num superboss, num “multitarefas”, num super-homem. Mas, seguramente, é um processo que poderá colocar essa pessoa, do jeito que ela realmente é, defronte a si mesma, estimulando-a a assumir total responsabilidade por aquilo que busca profissionalmente e em condições de lutar pelo seu sucesso e bem-estar profissional.


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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br