Nesses anos como psicoterapeuta tenho atendido
pacientes que necessitavam de orientações sexuais, ou que apresentavam diversos
distúrbios sexuais, conflitos quanto a sua identidade, e muitas dessas pessoas,
por mais incrível que possa parecer, já me pediram ajuda para que deixassem de
ser homossexuais!!! Meus amigos, sinto-me absolutamente seguro e experiente,
muito confortável mesmo, para afirmar que transformar um homossexual num
heterossexual é inconcebível, ou seja: não há possibilidades de mudar a identidade
sexual afirmada de uma pessoa. A aceitação dessa afirmativa vai ao encontro da
idéia de que a homossexualidade não pode mais ser vista como uma “doença” ou um
“desvio”, um “transtorno”. Ela é, com toda a certeza, uma modalidade própria do
amor, uma maneira de amar e se sentir amado, e que tem, contudo, uma dolorosa
consequência que é a solidão. Esse é um dos principais focos deste processo
terapêutico e sobre o qual, direi umas poucas palavras.
Com muita frequência esses pacientes revelam seus sofrimentos
com frases como essas:
- “sou homossexual e a minha família não me aceita”
- “meus pais não me aceitam como sou”
- “somente minha irmã sabe que sou gay”
- “me sinto muito infeliz pois sou muito sozinho”
Esse é o real problema a ser tratado na
homossexualidade: a solidão afetiva! O homossexual conquistou seu espaço na
sociedade (a despeito da ainda existente e absurda homofobia), mas é uma pessoa
solitária. Seu problema não é mais a afirmação da sua identidade sexual mas
sim, conseguir e vivenciar o amor, algo indispensável e importantíssimo para
todos nós. Fazer sexo não é problema para homossexuais. Isso é fácil de
conseguir, mas a afeição, a ternura, o compartilhamento da sua vida
com um companheiro que o ame, dividindo o seu cotidiano lhe faz muita falta e a
dor dessa falta é quase insuportável.
A solidão trás uma sensação de
abandono e amargura, às vezes até de ser desprezado. Sufoca a alegria de viver
e modifica a pessoa em sua beleza interna. Isso machuca muito. Assim, a
psicoterapia, nestes casos, deverá ter como objetivos a confirmação e
autoaceitação da sua identidade sexual e a abertura e confiança para experiências
interpessoais significativas (não superficiais, portanto) que possibilitem o
encontro amoroso, aquele encontro que preenche a alma e que faz qualquer pessoa
se sentir plena e realizada!
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Um abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com
acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento
de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e
94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou
www.blogdopsicologo.com.br
Essa abordagem foi extremamente objetiva e completa. Eu gosto exatamente disso nos seus textos!
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