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COMO ANDA O SEU HUMOR? TRISTE, RESMUNGÃO E DESMOTIVADO? VOCÊ PODE ESTAR COM DISTIMIA!

Você tem se sentido triste, desanimado a mais ou menos dois anos? Nesse período, tem reclamado da vida, de tudo e de todos e nunca se dá por contente com nada? Seu mau humor é constante? Anda desmotivado? Cuidado, ao invés de ser uma pessoa “excêntrica” e de personalidade e temperamento complicados, você pode estar com um transtorno depressivo persistente conhecido como Distimia, uma espécie de depressão leve e crônica, menos grave e com menos sintomas do que a depressão maior mas que incomoda muito ao paciente e às pessoas com quem ele se relaciona.

Os portadores do transtorno são realmente pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. É um quadro que acomete a adultos, adolescentes e crianças e é de difícil diagnóstico pois confundem-se os sinais da enfermidade com um simples mau humor (inclusive por seus amigos e familiares), o que dificulta muito a aceitação do transtorno e, principalmente, a iniciativa de buscar ajuda.

A distimia pode ser causada geralmente por uma combinação de fatores diversos como os biológicos, psicológicos e/ou ambientais, em vez de uma única causa da doença. A herança genética pode desempenhar um papel causador, assim como o funcionamento anormal nos circuitos cerebrais que ligam diferentes regiões do cérebro e que regulam o humor, mas sabe-se que os principais estressores da vida, uma doença crônica, medicamentos e relacionamentos interpessoais ou problemas de trabalho também podem aumentar as chances de “fazer” uma distimia em pessoas biologicamente predispostos a desenvolver depressão. Mas atenção, diferentemente da depressão maior que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor ou tristeza são constantes.

Quais são os sinais e sintomas da distimia? Os sintomas são os mesmos que os da depressão maior, mas em menor número e não tão intensos. O doente distímico não terá mais do que um período livre de sintomas de dois meses, durante o curso da doença, e deve experimentar, pelo menos, dois dos seguintes sinais e sintomas:
  • Baixa apetite ou comer demais.
  • Insônia ou sono excessivo.
  • Cansaço / fadiga / perda de energia.
  • Tristeza ou humor deprimido ou mau humor na maior parte do dia.
  • Perda de prazer nas coisas que antes eram agradáveis.
  • Baixa autoestima e sentimentos de inadequação.
  • Dificuldade de concentração ou de tomar decisões.
  • Sentimentos de desesperança ou inutilidade ou culpa excessiva.
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, o plano de suicídio ou tentativa de suicídio.
O tratamento da distimia é feito com psicoterapia ou com uma combinação de psicoterapia e medicamentos antidepressivos, em casos de mair gravidade. A psicoterapia é usada em distimia e outros transtornos do humor para ajudar a pessoa a desenvolver habilidades de enfrentamento adequadas para lidar positivamente com a vida cotidiana e para desfazer crenças negativas errôneas desafiadoras sobre si mesmo. A psicoterapia também pode ajudar a aumentar a aderência com medicação e hábitos de vida saudáveis, bem como ajudar o paciente e sua família a entender o transtorno de humor.

Há pessoas com distimia leve que preferem se tratar sem medicação. Para esses, há uma série de mudanças no estilo de vida e remédios naturais que podem ser úteis. Mudanças de estilo de vida saudáveis ​​que podem ajudar a aliviar a distimia incluem dormir o suficiente, uma dieta saudável, a definição de pequenas metas para si mesmo, limitar a ingestão de álcool e a abstenção de qualquer outra droga. Um dos remédios naturais que encontraram algum sucesso no tratamento de depressão leve é a erva de São João, no entanto, estes tratamentos têm resultados variáveis ​​e podem resultar em efeitos secundários, logo devem ser tomadas em cooperação com um médico.

Em casos mais graves, é necessário a adição de antidepressivos ao tratamento, sendo que existem diferentes classes de antidepressivos disponíveis, portanto, apenas o médico, preferencialmente um especialista em psiquiatria, deverá prescreve-lo. O tratamento da distimia graves sempre é mais eficaz quando se inclui o tratamento de medicação e um bom período de psicoterapia. Como mencionado, hábitos de vida saudáveis​ como uma dieta bem equilibrada, exercícios regulares, abstinência de álcool e tabaco e relações positivas e frequentes com amigos e familiares são importantes para melhorar o humor e bem-estar.

As pessoas com distimia têm maior risco de complicações em suas vidas como problemas conjugais, problemas de relacionamentos, insucesso profissional, etc. pois geralmente tem baixo apoio social. Não é errado dizer que estes riscos são maiores para quem sofre de distimia do que para os que sofrem com depressão maior, devido à natureza crônica da doença e maior influência de fatores estressores no desenvolvimento de distimia..

Se você está triste, resmungão, irritado e de mau humor, e se esses sintomas estão presentes há mais de duas semanas, procure ajuda especializada, será melhor para você e sua família. Fique atento a condições de desânimo e tristeza, alterações do apetite e do sono, falta de energia para agir, isolamento social e tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes. A distimia, assim como a depressão clássica, pode atingir crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento antisocial e do temperamento agressivo que não conseguem controlar.

Se, nos últimos tempos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal; não subestime os sintomas da distimia nem se iluda atribuindo esses sintomas ao envelhecimento, à teimosia, à obstinação e as grosserias, ao mau humor e às queixas do “excêntrico” que só reclama e não quer sair de casa.

Você pode conhecer o meu trabalho pelos conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

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