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COMO PARAR DE PENSAR QUE TUDO VAI DAR ERRADO?


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Estou me referindo aos pensamentos irracionais e exagerados, os quais, de fato, não têm base, mas que você acredita apesar disso. Isso é um terreno fértil para as emoções estressantes. Sabe qual o resultado disso? O resultado é a ansiedade e a diminuição da sua capacidade de se sentir bem com a vida ou consigo mesmo. Quer dizer, esse exagero negativo leva uma pessoa a ampliar as coisas de forma desproporcional, sonhando cenários de pesadelo nos quais acredita sem questionar.
Vou me inspirar numa parábola de Buda para abordar esse tema.
Imaginar que as coisas ficarão ruins é um exemplo de pensamentos (e das emoções que surgem juntas) que o Buda chamou a "segunda flecha". A primeira refere-se às experiências domésticas, familiares e desagradáveis ​​que são uma parte inevitável da vida cotidiana, desde o comum (por exemplo, ficar no escuro porque uma lâmpada queimou quando a tentamos ligar) até as experiências desagradáveis ​​mais profundas (acordar e perceber que uma dor crônica piorou). Qualquer um pode fazer uma lista das próprias experiências de "primeira flecha" - alguns dias somos atacados por elas, novamente do relativamente menor (um problema no computador) a outro muito grave (perda de emprego ... ou de um amigo). Sim, a vida é bastante difícil quando temos que lidar com a primeira flecha, com certeza.
A “segunda flecha” é desnecessária. Veja como isso acontece: a pessoa experimenta as consequências desagradáveis da “primeira flecha”, mas em vez de simplesmente aceitar que isso aconteceu e, se possível, tentar melhorar as coisas (por exemplo, mudar a lâmpada, tomar um banho quente para tentar aliviar a dor física), ela se envolve num fluxo de pensamentos e emoções estressantes sobre as experiências desagradáveis da "primeira flecha". Embora o Buda não tenha usado as palavras “pessimista” ou “negativo”, esse é um exemplo de como se  dispara a segunda flecha mudando os cenários para o pior, em vez de apenas focar e cuidar dos problemas em questão. Em outras palavras, a pessoa agrava as coisas para ela mesmo. É como se estivesse olhando uma algo desagradável através de binóculos, portanto, parecendo ser desproporcional. Usei uma lâmpada como exemplo, porque é uma ocorrência trivial. Mas reflita: quando isso acontece com você, você fica tranquilo (não irritado) e diz algo como “tudo bem, a lâmpada queimou! Isso não é nada, vou trocar a lâmpada!”?
Se você, ao ter uma experiência desagradável, tende a reagir negativamente, mesmo que nem sempre seja uma reação do tipo “catastrófica”, como "Por que as lâmpadas sempre queimam comigo? Essa lâmpada nova provavelmente vai queimar em alguns dias e comigo novamente", você estará lançando a segunda flecha, ampliando uma experiência desagradável e transformando-a em algo horrível que impede que você tenha uma sensação de estar em paz na vida. Sabia que essa pode até ser uma boa experiência se colocar a sua atenção no que  está fazendo? - prestando atenção ao pegar uma nova lâmpada, ao desenroscar a lâmpada velha, apertar a nova e talvez até pense por um momento sobre as maravilhas da eletricidade! Com relação à piora da dor física, o que vejo são as pessoas pensando e se convencendo que uma desgraça está prá acontecer, ao invés de manterem a calma e esperar para ver se a dor diminui à medida que a manhã avança. É como se dissesse para si mesmos: "Essa dor nunca desaparecerá!! Eu sentirei essa dor pelo resto da minha vida!". Isso é bem uma experiência do tipo “segunda flecha” que certamente será também uma fonte de estresse e ansiedade.
O fato é que através dos hábitos que desenvolvem ao longo da vida, as pessoas se acostumam a aumentar as próprias decepções e frustrações até que se afigurem como as piores coisas do mundo. Isso, entretanto, não faz bem à saúde mental nem à saúde física, então, é algo que tem que ser interrompido a fazer de equilíbrio e paz na vida.
Para reverter a hábito do pensamento pessimista, coloque sua experiência em perspectiva. Comece lembrando-se que as experiências desagradáveis ​​– as coisas não acontecerem como se quer - são uma parte inevitável da vida. Em seguida, reveja os seus pensamentos sobre qualquer experiência ruim que ameaça desencadear a segunda flecha. Usando os exemplos que dei, lembre-se que todos devem mudar as lâmpadas de vez em quando - não é tão difícil. Lembre-se que só porque está com dor numa específica manhã, isso não significa que você vai sofrer todas as manhãs de sua vida. Tudo muda, incluindo os níveis de dor. Em outras palavras, ponha fim a esse tipo de pensamento pessimista, primeiro percebendo que você está fazendo a escolha pelo pior e, em seguida, oponha-se a esse pensamento adotando uma perspectiva razoável sobre o que está acontecendo. Você pode dizer para si mesmo: "Pare! Você está sendo catastrófico novamente e isso só vai piorar a situação!". Não estou afirmando que isso sempre será fácil, pois talvez seu hábito pessimista adquirido ao longo da vida pode ser algo muito forte. A boa notícia é que os hábitos podem mudar, e o primeiro passo é tomar consciência de como você está tornando a vida mais difícil para si mesmo, piorando as experiências desagradáveis.
Recomendo que você comece aos poucos - talvez com essa lâmpada ou algo que derramou. Quanto mais você conseguir manter a calma e não ir direto para o exagero pessimista ​​("Eu sempre estou derramando coisas e assim sempre será!"), mais fácil será manter sua paz de espírito quando você for atingido por “primeiras flechas”.
Para ler a parábola de Buda sobre as flechas envenenadas, acesse o link https://amenteemaravilhosa.com.br/flecha-envenenada-historia-budista/.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Realiza Coaching Psicoterapêutico para desenvolvimento de carreiras.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
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