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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

SEUS HÁBITOS LHE TORNAM UMA PESSOA INFELIZ?

Acontecimentos e condições podem, realmente, tornar a vida um problema, mas muitas vezes uma grande parte da infelicidade decorre dos pensamentos, comportamentos e hábitos das pessoas. Alguns desses hábitos são tão destrutivos que a pessoa se torna infeliz sem qualquer esperança de reverter a situação. Você é desse jeito?

Há pessoas que vivem afundadas num grande lago de vozes negativas. Quero dizer com isso que ninguém é uma ilha e que tudo o que lemos, assistimos e ouvimos das pessoas com quem convivemos tem um grande efeito em como nos sentimos e pensamos. É muito difícil ser feliz se você se deixar inundar de vozes negativas e que lhe dizem que a vida será sempre de infelicidade, perigosa e cheia de medo e limites. São vozes de pessoas que vêem a vida a partir de perspectivas negativas. Se você se identifica com essa situação, substitua essas vozes negativas por influências mais positivas. Isso é muito poderoso e poderá abrir um novo mundo prá você. Então, passe mais tempo com pessoas positivas, ouça músicas inspiradoras, leia livros e assista filmes, novelas e programas de TV que façam você rir e pensar sobre a vida de uma nova maneira. Comece aos poucos, por exemplo, seguindo um blog, lendo um livro ou ouvindo um audiolivro enquanto toma seu café da manhã em vez de ler o jornal ou assistir o noticiário matinal pela TV.

Você vive no “aqui e agora” ou está preso no passado ou no futuro? Saiba que gastar muito do seu tempo "no passado" revivendo velhas memórias dolorosas, conflitos, oportunidades perdidas e assim por diante podem lhe prejudicar muito. Gastar muito do seu tempo "no futuro" imaginando como as coisas podem dar errado no trabalho, nos seus relacionamentos e com a sua saúde podem criar cenários horríveis atuando repetidamente em sua cabeça. Não estar no “aqui e agora” sempre leva a pessoa a perder muitas experiências maravilhosas, e isso, com certeza, não é bom se você quer ser feliz.

É praticamente impossível não pensar no passado ou no futuro. E é claro que é importante planejar o próprio futuro e tentar aprender com as coisas que aconteceram no passado, mas pensar demais sobre essas coisas raramente ajudam. Então, esforce-se por focar a maior parte do seu tempo na vida “aqui e agora”. Você está aqui só "neste momento" e está totalmente focado nessa leitura. Mais tarde, você poderá se concentrar nas outras atividades como o seu almoço ou o seu trabalho, e então, fique totalmente concentrado em fazer essas coisas. Em tudo que você estiver fazendo, tente estar completo e não derivar para o futuro ou para o passado. Se perder o foco, concentre-se apenas em sua respiração por alguns minutos ou se sente quieto e capte o que está ao seu redor por um curto período de tempo. Ao fazer qualquer uma dessas coisas, você poderá se reencontrar com o “aqui e agora” novamente.

Um hábito ruim e que “joga” contra a busca da felicidade é o perfeccionismo. Será que a vida precisa ser perfeita antes de você ser feliz? Você tem que se comportar de forma perfeita e obter resultados perfeitos para ser feliz? Assim a felicidade não será fácil de ser encontrada. Definir um nível elevadíssimo e desumano para o seu desempenho o levará a um quadro de baixa autoestima e a sentir que você não é bom o suficiente mesmo que tenha obtido muitos resultados bons ou excelentes. Você e o que você faz nunca são suficientes o suficiente, exceto talvez de vez em quando, quando parece que algo é perfeito. Relaxe, meu amigo, e deixe o perfeccionismo de lado. Faça sempre o suficiente. O objetivo da perfeição faz com que nada seja concluído, então, faça o suficiente e siga em frente. Estabeleça prazos para suas tarefas, senão sempre vai querer adicionar algo novo no trabalho. Ter um prazo é uma ótima maneira de deixar de ter a necessidade de polir as coisas um pouco mais.

Gostaria de complementar essa questão do perfeccionismo ressaltando o alto custo dos mitos da perfeição. Ao assistir filmes, ouvir muitas músicas sugestivas e apenas aceitando o que o mundo mostrando de bom pela televisão, por exemplo, a gente acaba sendo seduzido pelos sonhos de um mundo perfeito, afinal, tudo parece tão bom e maravilhoso e qualquer pessoa gostaria de ter oportunidade de viver esse sonho. Mas na vida real, há um choque que tende a causar muito sofrimento e estresse às pessoas e às que estão ao redor. Pode até prejudicar ou mesmo acabar com relacionamentos, empregos, projetos, etc., por conta de expectativas “fora” do mundo real.

Um outro hábito diário muito comum e altamente destrutivo é comparar constantemente a sua vida e você mesmo com outras pessoas e as maneiras como vivem. Esse hábito faz a pessoa comparar carros, casas, empregos, sapatos, dinheiro, relacionamentos, popularidade social e assim por diante. No final do dia, percebe que agrediu a própria autoestima, a qual fica cai no chão, e cria um montão de sentimentos negativos sobre si mesmo. Isso tem que ser interrompido urgentemente!!!

Como modificar esse hábito? Bem, minha sugestão é que o substitua por outros dois hábitos. Compare-se com você mesmo e seja mais gentil. Vou explicar: em primeiro lugar, ao invés de comparar-se com outras pessoas, crie o hábito de comparar-se com você mesmo. Veja o quanto você cresceu, o que você já alcançou, o que realizou e o progresso que você fez em direção a seus objetivos. Este hábito tem o benefício de criar gratidão, apreciação e gentileza para com você enquanto observa o quão longe você chegou, os obstáculos que você superou e as coisas boas que você fez. Você se sentirá bem sem ter que se comparar com quem quer que seja. Em segundo lugar, seja gentil. Você verá que a maneira como você se comporta e pensa em relação aos outros parece ter um grande efeito sobre como você se comporta com você mesmo e pensa sobre si mesmo. Julgar e criticar as pessoas pode lhe levar a julgar-se e criticar-se mais (muitas vezes quase automaticamente). Seja mais gentil com outras pessoas e ajude-as, e você tenderá a ser mais gentil e útil consigo mesmo. 

Além disso, concentre-se nas suas coisas positivas e nas pessoas ao seu redor. Aprecie o que é positivo em si mesmo e nos outros. Desta forma, você se sentirá melhor consigo próprio e com as pessoas em geral, em vez de classificá-las, rotulá-las e criar diferenças em sua mente. Você não vai ganhar nada se continuar se comparando com outros. Não importa o que você faça, sempre haverá alguém que tem mais do que você ou é melhor do que você em algum assunto.

Concentrar-se em detalhes negativos na vida é um outro hábito ruim porque ver aspectos negativos em qualquer situação em que se encontre e se ocupar desses detalhes é, seguramente, uma maneira de se tornar infeliz. O pior é que tem muita gente que além de ver as coisas negativas, ainda arrasta o mau humor para todos os que estão à sua volta. Reconheço que superar esse hábito pode ser complicado, mas uma coisa que funciona é trabalhar para abandonar o perfeccionismo (assunto já comentado acima). Você deve aceitar que as coisas e as diversas situações terão seus altos e baixos em vez de pensar que todos os detalhes têm que ser positivos e excelentes. Aceite as coisas como elas são, desta forma, você pode liberar emocional e mentalmente o que é negativo, em vez de se abrigar sobre ele e acumular negatividades. Outra coisa que funciona é simplesmente se concentrar em ser construtivo. Em vez de se concentrar e choramingar sobre os detalhes negativos, você pode usar as seguintes perguntas: “Como posso transformar essa coisa negativa em algo útil ou positivo?”, “Como posso resolver este problema?”. Se você confrontar o que pensa que seja um problema, poderá usar uma terceira solução, e poderá se perguntar se alguém se importa com o tal problema. Certamente observará que, na maioria das vezes, não se trata de um problema importante ou de longo prazo.

Meu amigo, não limite a sua vida acreditando que o mundo gira exclusivamente ao seu redor. Se você pensa dessa forma e, em consequência, você se detém porque teme o que os outros podem pensar ou dizer sobre o que fez de diferente ou novo, então você está colocando enormes limites em sua vida. Veja só: você pode se tornar menos aberto para tentar coisas novas e crescer; você pode pensar que a crítica e a negatividade que você vê são sobre você ou que é sua culpa o tempo todo (na realidade, pode ser sobre outra pessoa que teve uma semana ruim). Muitos creem que a própria inibição se deve à imaginação de que demais pessoas se preocupam muito com o que está prestes a dizer ou a fazer. Mas ao contrário!!!!!! Veja que, de modo geral, as pessoas não se importam muito com o que outro faz, afinal, eles também estão preocupados com suas próprias vidas e com o que outros podem pensar sobre ele. Sim, isso pode fazer você se sentir menos importante, mas também o liberta um pouco mais para fazer o que quiser. Em vez de pensar em si mesmo e como as pessoas podem percebê-lo o tempo todo, concentre-se nas pessoas ao seu redor. Ouça-as e ajude-as. Isso irá ajudá-lo a aumentar a sua autoestima e a se sentir bem melhor.

A vida pode ser bastante complicada e isso pode criar estresse e infelicidade. Mas muito disso criado por nós. Concordo que o mundo pode estar se tornando mais complexo, mas isso não significa que não possamos criar novos hábitos que tornem nossas vidas um pouco mais simples. Veja se é possível seguir essas sugestões:
  • Não mantenha sua atenção em tudo em seu dia-a-dia. Faça uma coisa de cada vez durante o meu dia, tendo uma pequena lista de tarefas com 2-3 itens muito importantes e anotando seu objetivo principal num local que possa ver todos os dias.
  • Não precisa manter todas as coisas, desapegue-se! Pergunte a si mesmo frequentemente: “eu usei isso no ano passado?” Se não, eu darei essa coisa ou jogarei fora.
  • Não crie problemas de relacionamento em sua mente. Ao invés disso, faça perguntas e se comunique. Isso o ajudará a minimizar conflitos desnecessários, mal-entendidos, negatividade e desperdício, ou tempo e energia.
  • Não se perca no whatsaop ou nos e-mails. Verifique-os poucas vezes por dia e escreva mensagens mais curtas.
  • Não se entregue ao estresse e excessos de compromissos. Quando se sentir perdido com um problema ou fixar sua mente no passado ou no futuro, pare, respire com sua barriga por dois minutos e se concentre apenas no ar entrando e saindo. Isso irá acalmar seu corpo e manter a sua mente focada no “aqui e agora” novamente. Daí, você poderá se concentrar em fazer o que é mais importante para você novamente.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à SBRA - Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à ABRA - Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE A PSICOLOGIA BUDISTA

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Mudar é o modo natural das coisas, logo, é um sofrimento resistir à transformação, além do que, se não houver impermanência, não pode haver progresso para melhor. À vista disso, é fundamental a conscientização de que as coisas se transformam e são impermanentes. Por exemplo, para todo e qualquer casal haverá um fim do relacionamento, mesmo que seja por motivo de morte de um dos cônjuges. Algumas pessoas acham que podem administrar os seus relacionamentos lendo livros ou descobrindo que homens são de Marte e mulheres de Vênus na tentativa de manterem seus relacionamentos para sempre, mas, na verdade, aprendem apenas umas pouquíssimas e evidentes causas das desarmonias, ainda que isso possa ajudar na obtenção de alguma paz temporária com seu parceiro(a). Não obstante, ficam sem que sejam assimilados diversos fatores psicológicos ocultos em seus relacionamentos.

Um dos tópicos que um psicólogo adepto da Psicologia Budista empenha-se com frequência, é a compreensão e aceitação da profundidade que guarda a frase de Gautama, de que “a despedida é uma dor tão doce...” Realmente, os momentos de despedida são, muitas vezes, os mais profundos num relacionamento por causa das condições que acabam por proporcionar muita intensidade na conexão entre ambos. 

Vejam o caso de um casal em que um dos parceiros sofre uma doença terminal. Num caso assim, não há a ilusão do “prá sempre!”, e isso é surpreendentemente libertador. Neste casal, o cuidado e o carinho que passam a dar, um ao outro, é absolutamente incondicional e a alegria é fortemente experimentada no “aqui e agora”. Diante disso, o amor e o apoio ocorrem sem qualquer esforço e com plena satisfação, pois os dias do(a) parceiro(a) estão contados.

Acontece que, na verdade, os nossos dias estão sempre contados. As pessoas, infelizmente, não tem amplo entendimento e aceitação de que tudo o que nasce, morre, e que as coisas e pessoas deixam de existir mais cedo ou mais tarde. Instala-se, assim, uma condição neurótica uma vez que, no nível emocional e em razão da resistência à idéia da impermanência, as pessoas fundamentam-se na crença da permanência e se esquecem por completo da interdependência na vida. A consequência é o surgimento de vários tipos de estados negativos tais como a paranoia, a solidão, culpas diversas, raivas, etc., podendo até mesmo se sentirem usados, ameaçados, maltratados, ignorados - como se esse mundo fosse injusto apenas com eles.


Situações como essa justificam que um dos principais objetivos da Psicologia Budista seja, exatamente, a eliminação dos estados ilusórios a partir da ampliação do estado de consciência de cada paciente, o qual poderá viver a própria realidade, dela apropriando-se e assumindo plenamente a responsabilidade por suas decisões. E para encerrar esse pequeno artigo, proponho uma reflexão sobre uma famosa frase de Buda, o Desperto: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos. Se uma pessoa fala ou age com mau pensamento, o sofrimento a segue, como as rodas seguem os pés do boi que puxa o carro. Se uma pessoa fala ou age com pensamento puro, a felicidade a segue, como a sombra que nunca a abandona.”

Para ver todo o conteúdo do blog, use um computador ou, se estiver usando um celular, mude a configuração para o "modo computador". Um abraço, Psicólogo Paulo Cesar

PERDA DE DESEJO SEXUAL NOS HOMENS

A perda de desejo sexual é menos comum nos homens do que nas mulheres. Ocorre em cerca de 18 a 22% dos homens em comparação com aproximadamente 30 a 35% das mulheres. Mas para os homens que tiveram diminuição da libido, isso incomoda mais do que nas mulheres, pois os sentimentos dos homens sobre si mesmos e sua masculinidade estão intimamente ligados à sua sexualidade. Por isso, a diminuição do desejo sexual masculino acaba sendo profundamente perturbadora. Só prá ter uma idéia disso, num estudo realizado nos EUA, 46% das mulheres com baixa libido relataram estar satisfeitas com suas vidas, de modo geral; apenas metade dos homens - 23% - estavam felizes com suas vidas de modo geral, quando seu interesse em sexo diminuiu.

O que é uma libido diminuída ou baixo desejo sexual?

Como com muitos traços humanos, o desejo sexual também varia muito. E, mesmo nos relacionamentos bem sucedidos, há momentos em que há alguma incompatibilidade entre os cônjuges. A avaliação do baixo desejo sexual não se baseia apenas na frequência de intimidade sexual, mas em como a pessoa se sente sobre isso tanto antes como depois. Se, durante um período de semanas ou meses, um homem não demonstra interesse sexual e fantasie sobre uma “transa” com sua companheira, ou ainda, se o ato em si não promove sentimentos de proximidade e intimidade e - o mais importante - se ele ou sua parceira estão infelizes com essa falta de interesse, é hora de reconhecer e resolver o problema antes de causar sérios danos ao relacionamento.

O que pode ser feito sobre perda de desejo sexual?

Bem, não há um único remédio para a libido diminuída, e os homens não precisam viver com esse "sofrimento". O primeiro passo para uma solução é identificar a origem do problema (cada homem tem suas causas “pessoais”), e essas causas se dividem em três categorias: biológica, emocional e o próprio relacionamento.

Consulte um médico: uma diversa gama de condições médicas e medicamentos podem afetar negativamente a libido. Qualquer doença grave é susceptível de reduzir o interesse em sexo e, além disso, doenças como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão podem reduzir o fluxo sanguíneo em todo o corpo – inclusive no pênis - impedindo a excitação. Distúrbios das glândulas tireóide e pituitária, que controlam a produção hormonal, também podem diminuir a libido. Alguns medicamentos prescritos para a depressão afetam o desejo sexual, bem como alguns calmantes. O uso excessivo de álcool e drogas ilícitas também prejudicam o interesse sexual.

A testosterona é o hormônio que está mais intimamente ligado à libido, portanto, baixos níveis de testosterona geralmente se correlacionam com a diminuição do desejo sexual. Os níveis de testosterona caem com a idade mas alguns homens jovens podem ter baixa testosterona também. A reposição de testosterona é algo controverso à medida em que alguns estudos mostraram um risco aumentado de doença cardíaca e de câncer de próstata. Logo, é importante que se discuta essa terapia de reposição com seus médicos.

Reduza o estresse: Um cotidiano com contínuas preocupações com emprego, finanças, filhos e relacionamentos podem causar ansiedade e diminuição da autoestima, levando à diminuição da libido na pessoa. Um esforço honesto e concreto do casal para enfrentar o problema e fazer ajustes no estilo de vida pode ser tudo o que é necessário para resolver a situação. Para distúrbios psicológicos mais sérios envolvendo o nervosismo e o estresse, bem como como distúrbios depressivos, história de abuso sexual ou ambiente familiar disfuncional, é necessário a ajuda profissional de um psicoterapeuta.

Entusiasmar-se novamente com o relacionamento: os problemas no quarto podem ou não ser indicativos de problemas maiores no relacionamento. Se uma avaliação sincera conclui que ambos os parceiros são felizes em geral, não há falta de conselhos sobre como recuperar os sentimentos de proximidade emocional que levam a uma maior intimidade e satisfação sexual. Mais uma vez, o psicoterapeuta poderá ajudar para realizar uma “limpeza” dos obstáculos que interferem na boa conexão entre os cônjuges.

É importante reconhecer que a perda de libido e disfunção erétil não são a mesma coisa, mas estão frequentemente vinculados. Homens com disfunção erétil geralmente têm interesse sexual normal, porém apresentam dificuldade de realizar ou manter uma ereção satisfatória. Por outro lado, os homens com diminuição de libido não têm dificuldade erétil, contudo não apresentam o necessário desejo sexual. Por outro lado, ter experiências frustradas de ereção recorrentes pode causar ansiedade, a qual pode fazer a pessoa “apagar” sua libido para evitar o problema no futuro. Muitos casos de disfunção erétil podem ser tratados com medicamentos que podem restaurar a confiança do homem na questão sexual, entretanto, as causas psicológicas da disfunção precisarão ser também abordadas e resolvidas através de psicoterapia.

O mito da sexualidade masculina – de que estão prontos para fazer sexo a qualquer momento e em qualquer circunstância - simplesmente não é verdade para a maioria dos homens. O motivo é, quase sempre, a perda de desejo sexual. A melhor solução é buscar ajuda profissional. Se na etiologia, os fatores orgânicos foram eliminados pelo médico, o aconselhamento psicológico ou psicoterapia tanto para o paciente como para o casal, podem restaurar a conexão emocional necessária para uma relação física bem sucedida.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
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A QUESTÃO DO ABUSO INFANTIL NA VIDA DO ADULTO

O abuso sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade absoluta em todo o mundo. É um erro grave, porém comum, acreditar que o abuso sexual infantil seja um evento raro perpetrado contra meninas por estranhos masculinos apenas em áreas pobres da cidade. Pelo contrário, é um tipo de violência muito comum em comunidades grandes e pequenas e numa variedade de culturas e contextos socioeconômicos. O abuso contra crianças é realizado por vários tipos de infratores, incluindo homens e mulheres, estranhos, amigos ou familiares confiáveis ​​e pessoas de todas as orientações sexuais, classes socioeconômicas e origens culturais.

O abuso sexual infantil tem um efeito devastador sobre as vítimas, as quais tentam inúmeros esforços para fugir psicologicamente da experiência traumática através de evitações, tentativas de repressão da memória, distrações, comportamentos viciantes, etc. Crianças que são vítimas de abuso sexual não só sofrem o trauma, como também tornam-se suscetíveis de sofrer uma sintomatologia negativa como resultado dessa violência. Trata-se de uma violência que transmite a horrível informação às vítimas de que seus corpos não são realmente seus.

Meninas ou meninos abusados pelo pai, tio, irmão, avô ou algum amigo ou amigo de confiança da família certamente terão uma visão negativa do mundo e dos relacionamentos interpessoais, sendo que, em função das mensagens que ouvem após a descoberta do abuso, frequentemente crescem com a autoestima muito diminuída pois passam a crer que são pessoas que não possuem valor. O abuso sexual infantil, portanto, dá à menina e/ou ao menino, informações equivocadas sobre como deve ser o relacionamento humano, já que a confiança e o amor que tinham por alguém foram traídos. É compreensível que tenham dificuldades para confiar em alguém quando crescerem, gerando, portanto, problemas importantes em seus relacionamentos sociais e sexuais na vida adulta.

Alguns dos sintomas psicológicos que as pessoas que sofreram abuso sexual apresentam são:
  • Depressão: a perda de autonomia corporal é difícil de se lidar. Isso pode criar sentimentos de desesperança, desânimo e levar a uma diminuição da autoestima. Esses sentimentos levam a depressão que pode variar de leve e passageira a intensa e debilitante, inclusive com pensamentos suicidas.
  • Ansiedade: para muitas pessoas ansiosas, as emoções e os sentimentos não têm uma fonte clara, mas para as vítimas de abuso sexual, a perda de autonomia corporal, juntamente com o medo de que o ataque possa ocorrer de novo, pode causar uma intensa ansiedade. Alguns podem desenvolver agorafobia (medo de lugares abertos e de sentir-se me pânico) e ficam com muito medo quando saem de suas casas. Outros sofrem ataques de pânico, sintomas de alta ansiedade ou um medo crônico relacionado com o tipo físico da pessoa que os agrediu. Alguém que foi estuprado por um homem alto e de cabelos encaracolados com olhos castanhos e nariz proeminente pode defensivamente não gostar, desconfiar ou ter medo de todos os homens encontrados que combinem com essa descrição.
  • Estresse pós-traumático: o estresse pós-traumático neste caso traz a ansiedade, depressão e memórias intensas do abuso como marcas principais. Por causa do trauma, a pessoa pode até ter episódios de desconexão com realidade e perder o controle sobre si mesmo. Há um medo crônico do abandono e eventualmente dissociações de personalidade.
  • Transtornos de personalidade: algumas evidências sugerem que alguns transtornos de personalidade, às vezes, podem ser o resultado de abuso sexual. O comportamento associado a esses transtornos pode ser realmente uma adaptação ao abuso. Por exemplo, uma característica da personalidade borderline é o medo do abandono. Embora esse medo não tenha sentido na idade adulta, evitar o abandono pode ter sido o que protegeu alguém do abuso infantil.
  • Formação insuficiente de vínculos: pode ser um desafio, particularmente em crianças que foram abusadas, manter vínculos saudáveis ​​com outras pessoas. Os adultos que foram abusados quando crianças podem se sentir inseguras em seus relacionamentos, ir contra várias formas de intimidade ou ficar ansiosos ao surgirem pessoas com as quais podem ter novos vínculos.
  • Drogadicção: pesquisas sugerem que sobreviventes de abuso são 26 vezes mais propensos a usar drogas. Drogas e álcool podem ajudar a entorpecer a dor do abuso, mas, muitas vezes, o abuso de substâncias pode levar ao desenvolvimento de novos problemas psicossociais.
  • Gatilhos: são estímulos que trazem à memória, flashes da experiência traumática que sofreram. Uma vítima de estupro cujo atacante mascava chiclete de hortelã pode ter um repentino flashback pelo cheiro de hortelã, por exemplo. Embora os gatilhos variem amplamente, a violência, o abuso subsequente e as intensas discussões sobre o abuso estão entre os gatilhos mais comuns.
Essas vítimas, com elevada frequência, relatam sentimentos como vergonha e culpa, como fossem os agressores e não os agredidos. Além disso, muitos acabam desenvolvendo dificuldades para obterem conquistas profissionais, podem sofrer de impotência sexual, frigidez, transtornos alimentares, psicossomatizações e outros. 

O abuso sexual não deixa apenas cicatrizes psicológicas. Podem haver consequências duradouras para a saúde física da vítima. Uma pessoa que foi abusada pode mostrar contusões, cortes ou ferimentos mais graves, espasmos ou ossos quebrados, e também órgãos genitais machucados. Algumas vítimas desenvolvem infecções sexualmente transmissíveis, outras podem engravidar como resultado da agressão. Também podem sofrer dores crônicas, disfunção sexual, problemas de fertilidade e imunidade diminuída, bem como outras dores ou doenças inespecíficas.

Os efeitos psicológicos do abuso sexual infantil geralmente ocorrem independentemente da extensão específica do trauma que a criança experimentou durante o abuso. Muitos são os fatores que determinam a extensão do impacto negativo do trauma sexual na infância. As crianças são mais propensas a sofrer em maior medida se o agressor for um parente próximo, como um pai, irmão mais velho ou um tio próximo. O abuso sexual pode ocorrer num único episódio ou pode ter continuado ao longo de vários meses ou anos. Mesmo que uma criança possa não ser verdadeiramente consciente do que está ocorrendo sexualmente, ela ainda pode, infelizmente, experimentar as consequências psicológicas negativas citadas anteriormente.

Embora o abuso sexual seja uma experiência traumática e que altera a vida de uma pessoa, a recuperação é muito possível. Um psicoterapeuta compreensivo e compassivo, que saiba o que é um trauma sexual e seus efeitos, poderá ajudar aqueles que sofreram várias formas deste tipo de abuso. Pesquisas mostram consistentemente que a relação entre o psicólogo e a vítima dão o prognóstico mais significativo da recuperação. Assim é que a essas pessoas recomenda-se a psicoterapia, para que resgatem a autoestima positiva, eliminem a culpa e vergonha que foram forçadas a sentir, e também para que percebam que não são pessoas más ou sujas. A psicoterapia também vai ajudar a resolver o problema do medo (às vezes, pânico) de sofrer um novo abuso. Ela ajuda e muito na recuperação das vítimas de abuso sexual infantil. Constitui-se num intenso (e, às vezes, no primeiro) modelo de uma relação saudável para muitas vítimas.

Este imprescindível tratamento (psicoterapia) oferece um relacionamento curativo e nutritivo, onde o paciente pode redescobrir a experiência de autoconfiança e de confiança no mundo. A psicoterapia fornece ao cliente a oportunidade de retrabalhar o trauma em um sentido mais saudável de si mesmo. A maneira pela qual os indivíduos processam emocionalmente e cognitivamente uma experiência traumática contribui para o alívio e resolução do trauma, minimizando significativamente a sensação e percepção de uma ameaça contínua, mesmo quando o trauma ocorreu no passado distante.

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ESTÁ EM DEPRESSÃO PORQUE O NAMORO ACABOU?

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Muitas pessoas não se lembram de como superaram o fim de alguns dos seus relacionamentos amorosos. Pode ser que tenham ficado deprimidos, ou passaram um tempo enorme assistindo TV, filmes e séries, ou comeram tanto que engordaram. Para essas pessoas, esquecer os momentos ruins da vida é um mecanismo de defesa que a mente usa para evitar um sofrimento maior e assim seguirem em frente com seus projetos pessoais. Mas isso não significa necessariamente que tiveram um processo saudável.

É normal ficar triste após o fim de um relacionamento, sentir-se um pouco vazio e questionar-se sobre o que viveu. Mas, embora fique triste, a pessoa deve manter o seu senso de si mesmo intacto e acreditar que é capaz de amar e ser amada, para então manter a esperança e a crença de que haverá outra pessoa no futuro. No entanto, os sentimentos mais escuros da depressão podem sobrepor os sentimentos habituais após o fim de um relacionamento. Alguns traços característicos da depressão são os sentimentos de desamparo e inutilidade e a perda de esperança para o futuro, sendo que uma pessoa com tendência à depressão pensará que foi literalmente abandonada, embora a mensagem que acaba passando é de que “eu não lhe valorizei o suficiente para ter você em minha vida, eu não mereço ser amado”.  Juntamente com outros eventos importantes da vida emocional (por exemplo, perder o emprego ou a morte de um ente querido), as separações realmente podem desencadear episódios depressivos, principalmente em pessoas que já tiveram episódios de depressão no passado. Mas nem sempre é fácil dizer quando uma razoável elaboração da perda acaba e a depressão começa.

Se você sentir sua tristeza se transformar em uma desesperança mais abrangente, isso certamente é um sinal de que você pode estar entrando numa condição mais séria. Se você começar a se sentir incompleto ou anormal em consequência do término do relacionamento, isso é um sinal de que uma angústia significativa está próxima de ser vivenciada. Outros sinais que você pode notar incluem mudanças no apetite, nos hábitos de sono e higiene ou na capacidade de concentração. Todos esses são sinais clássicos de depressão. Os primeiros 30 dias ou mais após a separação é apenas parte do processo natural de luto, mas se, depois disso, você ainda estiver sentindo tristeza profunda ou pensa que fim do relacionamento significa o fim de sua vida ou das possibilidades de futuros namoros, você está entrando numa depressão. Assim ocorrendo, você deve buscar ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra (psicólogos conversam sobre o problema em busca de solução, psiquiatras usam medicamentos para eliminar os sintomas). Se você já sofreu depressão no passado, é provável que você já tenha feito terapia e saiba quando e como voltar a fazer. No entanto, se for é a primeira vez que você está considerando consultar-se com um psicólogo, não tenha receio e inicie a sua psicoterapia. Garanto que lhe fará bem.

Além da psicoterapia, sugiro que você retome os seus relacionamentos com amigos. Saia ou receba-os em casa para um jantar informal ou matricule-se num curso de algo que sempre quis. Lembre-se que esse é o momento de superar o luto com a certeza de não se isolar de ninguém. Anotar as coisas positivas que acontece no dia-a-dia, incluindo os encontros com amigos ou um curioso artigo que leu; essa é outra maneira de evitar que você caia num padrão de pensamento negativo. Devo advertir que não é recomendável partir para um novo relacionamento imediatamente. Mesmo estando com desejo de ter um(a) companheiro(a), são nesses momentos vulneráveis ​​que perdemos a capacidade de escolher a melhor pessoa para nós. No entanto, com o tempo, quando você está se sentir mais confiante, você vai namorar com outras pessoas e formar novas e saudáveis conexões interpessoais. E isso, em si, pode ser bastante curativo.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br 

ADOLESCÊNCIA: RELACIONAMENTOS COM NAMORADOS ABUSIVOS

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A juventude de hoje enfrenta um problema grave e generalizado que é a violência durante o namoro. Um grande número de estudantes do ensino médio relata ter sofrido agressão física e/ou sexual de seus namorados, sendo as meninas e as jovens mulheres, com idade entre 16 e 24 anos, as mais suscetíveis a esse tipo de violência. Infelizmente, muitos dessas jovens temem denunciar o agressor, de modo que o número de ocorrências provavelmente é muito maior do que o que é conhecido.

Compartilharei o caso de uma paciente para que entendam a gravidade desse assunto – relacionamento não saudável e abusivo. De modo objetivo, posso dizer que essa paciente iniciou a psicoterapia em busca de autorrespeito. Ela viveu um relacionamento abusivo a partir dos 15 anos de idade, e o seu também jovem namorado a torturava física e psicologicamente. Explicou-me sobre seu medo que sentia naquele relacionamento abusivo da seguinte maneira: "Ele conhecia todos os meus movimentos, com quem eu estava, onde eu ia e quem eram meus amigos. Ele me ameaçava e me dizia que se algum dia eu o deixasse, ele me mataria. Acabei acreditando nele e logo as suas palavras se tornaram uma real possibilidade para mim. Ele me forçava a fazer sexo em horário escolar, portanto, fui negligenciando com os estudos. Uma vez eu recusei e ele me empurrou nas escadas da escola. Ele era muito agressivo. Ele chegou a cortar em vários lugares do meu corpo com um canivete. Se eu conversasse demoradamente com algum outro garoto, ele me batia. Uma vez, ele me deu um soco tão forte que fiquei com o olho roxo, e isso só porque ele achava que eu conheci um outro cara - na verdade, eu nunca vi o tal garoto. Por causa daquele relacionamento abusivo, minha passagem na escola foi horrível".

Essa paciente era de uma família onde a violência dos parceiros íntimos era prevalente, e continuou a viver no vicioso ciclo abusivo, até que acabou se casando com seu agressor. O abuso continuou em seu relacionamento até que um dia, ela decidiu se libertar. Ela lembra-se que ao educar a sua filha de três anos, repreendendo-a, disse que seu pai iria levá-la "naquela sala" (apontando para a sala em que ela mesma era frequentemente abusada) e que bateria nela quando ele chegasse em casa. Esse foi o momento da mudança. A paciente finalmente assumiu que se não deixasse o marido agressor, o ciclo de abuso se repetiria. Ela se questionou quanto as mensagens que ela estava enviando aos seus filhos e como isso os afetaria no futuro. Ela sabia que não tinha outra alternativa senão escapar daquela relação.

Hoje, passado algum tempo daquela trágica experiência, ela se dedica a orientar e apoiar outras sobreviventes de relacionamento abusivo. Eventualmente dá palestras em escolas na tentativa de ajudar pessoas traumatizadas por conta de relacionamentos violentos.
Vejam, então, o quão importante é que as jovens reflitam e questionem-se sobre a qualidade de seus relacionamentos. Prá ajudar nessa reflexão, sugiro as seguintes perguntas:
  • O seu namorado faz com que você fique isolada de sua família e amigos?
  • O seu namorado faz você se sentir como se tudo fosse culpa sua?
  • O seu namorado lhe agride fisica, verbal, sexual, emocional, mental e/ou financeiramente?
  • O seu namorado lhe controla dizendo onde você pode e não pode ir?
  • O seu namorado controla o que você diz?
  • O seu namorado controla o que você veste?
  • O seu namorado lhe ameaça de alguma forma?
  • O seu namorado lhe obriga a fazer coisas que você não quer fazer?
  • O seu namorado faz você chorar mais do que sorrir?
  • O seu namorado discute com você o tempo todo?

Se você respondeu "sim" a qualquer uma dessas questões, é um sinal de aviso de que você pode estar em um relacionamento que não seja tão bom. Um namoro saudável lhe permite ser sempre quem você é sem ter que mudar o seu jeito de ser por causa de outra pessoa. É preferível confiar em seus instintos e não se culpar por decisões de outra pessoa. Acrescento que sempre deve haver um sentimento de amor e igualdade num relacionamento saudável. O amor não dói e um bom relacionamento deve consistir em paciência, bondade e compreensão.

Pessoal, relacionamentos abusivos deixam consequências. Os adolescentes que estão em relacionamentos assim são mais suscetíveis à depressão e ansiedade, comportamentos de risco ​​(por exemplo, uso de drogas e álcool), auto agressões e ideias suicidas. Além disso, os adolescentes em relações abusivas no ensino médio ficam em maior risco de se envolverem novamente com agressores no período da faculdade.

Se você é uma adolescente e acha que vive um relacionamento não saudável, procure ajuda e conte a um adulto em quem você confia. Pode ser seus pais, tios, amigos, ou, se for necessário, um psicólogo. Lembre-se que esse relacionamento pode por a sua vida em perigo. Ame-se o suficiente para obter a ajuda que precisa para sair deste relacionamento. Ninguém merece ser abusado! Não é sua culpa. Você é importante, sua vida é importante, viver uma vida feliz e saudável é importante.

Se você é o pai ou mãe de uma adolescente que vive um relacionamento abusivo, seja solidário(a). Não julgue nem culpe a sua filha. Os relacionamentos abusivos são complicados e o que sua filha mais precisa é o seu amor e apoio incondicional.
Lembre-se de que todos nós temos uma escolha na vida e ninguém nunca deve tirar isso de nós. O amor não magoa, você é uma pessoa digna e que merece o “melhor”, logo não se conforme com menos do que esse “melhor”.

Use computador para ver todo o conteúdo do blog.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br 

ADOLESCENTES DEVEM APRENDER COM SEUS SENTIMENTOS

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Um dos desafios que muitos de nós enfrentam é permitir que outras pessoas tenham suas próprias experiências emocionais negativas. Normalmente, quando as pessoas com quem nos preocupamos estão tristes, irritadas ou ansiosas, logo tentamos fazê-las se sentirem melhor, ou pelo menos, de forma diferente. Tentamos fazê-las rir, dizer-lhes que tudo vai ficar bem, ou fazer algum tipo de favor para que melhorem. Mas numa análise mais profunda, agindo dessa maneira, na verdade estamos tentando impedir que essas pessoas tenham suas experiências emocionais pessoais. Os pais, em particular, vivem um verdadeiro dilema quando seu filho ou sua filha entra na adolescência e começa a desenvolver seu próprio senso de si mesmo.

Por exemplo, vamos supor que algo aconteceu na vida de uma adolescente e isso fez com que ela ficasse mal-humorada, cabisbaixa, não-comunicativa e displicente com os seus estudos. Frente a isso, a mãe ou o pai tenta agradar a adolescente levando-a para fazer compras, dando-lhe dinheiro para ver um filme, etc. Se essa estratégia não funciona (normalmente é isso que acontece!), e o humor da menina não melhora, a mãe e/ou o pai frustra-se e se expressa para a adolescente: “você tem tantas outras coisas boas acontecendo na sua vida", “você tem tudo que precisa”, etc. No fim, o que resta são sentimentos de impotência e incompetência que os pais acabam considerando sobre si mesmos.

Neste ponto, pode ser útil ou mesmo necessário que os pais dêem um tempo e considerem o que eles estão sentindo nessa situação. Esses pais estão se lembrando de seus próprios conflitos eram adolescentes? Os pais estão se sentindo nervosos e preocupados que a adolescente possa ter algum tipo de dano ou de nunca se sentir bem e esperançosa novamente? Quando os pais são capazes de identificar os seus próprios sentimentos, torna-se mais fácil permitir que os filhos vivenciem os seus sentimentos pessoais.

Para que os seres humanos cresçam emocionalmente, independentemente da idade, eles precisam experimentar todos os tipos de sentimentos, aprender a identificá-los, expressá-los adequadamente e saber como deixá-los ir embora. Se, entretanto, emoções e sentimentos são bloqueados, de alguma forma, por outra pessoa, essa vivência não é realizada e o crescimento torna-se limitado.

Então, o que os pais devem fazer numa situação como essa? A importância de apenas estar presente (ou seja, não ser ausente) frequentemente é ignorada. Servir de testemunha da dor emocional de outra pessoa já é, por si só, terapêutico. O pai também pode verbalizar para o seu filho adolescente: "Estou aqui para ouvir se você quiser desabafar"; ou pode perguntar: "Existe algo que você gostaria que eu fizesse?”, “O que você gostaria que eu dissesse prá você quando você está se sentindo assim?”. Às vezes, o adolescente está aberto para compartilhar seus sentimentos, mas não é capaz de verbalizá-los diretamente aos pais. O pai (ou a mãe, é claro), então, pode sugerir que o adolescente escreva prá ele dizendo o que está acontecendo numa carta ou mesmo num email. Isso pode ser muito benéfico pois permite ao adolescente juntar os seus pensamentos e processar os sentimentos através do ato de escrevê-los. Pode até acontecer de não ser necessário que o pai responda à carta ou email. O simples ato de escrever e colocar os pensamentos e sentimentos "em algum lugar" pode, por si só, fornecer a ajuda necessária.

Enfim, a abordagem, de modo geral, é oferecer apoio, mas também permitir que o adolescente se responsabilize por trabalhar os seus sentimentos. Em outras palavras, trata-se de, essencialmente, deixar o adolescente ter sua própria experiência emocional e com ela, conhecer-se, crescer e tornar-se um adulto preparado para as várias situações que a vida lhe apresentar. Porém, caso esteja havendo significativo sofrimento do(a) jovem, a psicoterapia será um recursos recomendado.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
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