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ESTRESSADO, DESAPEGADO, CANSADO E SEM MOTIVAÇÃO? SAIBA O QUE É A SÍNDROME DE “BURNOUT”

O “Burnout” é um daqueles momentos da vida em que os profissionais de alto nível deveriam ser mais cuidadosos consigo mesmos. Entretanto, a sensação do tipo “eu sou capaz de fazer tudo" dificulta a percepção do desenvolvimento dessa condição, e o profissional, tão apaixonado pelo que faz, acaba ignorando o fato de estar trabalhando excessivamente, assumindo altos volumes de atividades e colocando uma enorme pressão sobre si próprio.
A síndrome de “Burnout” pode afetar qualquer profissão, atingindo especialmente aqueles chamados "workaholics" – pessoas que vivem para o trabalho e que mostram altos níveis de exigência, além de ideias perfeccionistas. Profissões que impactam de forma direta a vida de outras pessoas são frequentemente muito afetadas, tais como profissionais da saúde em geral, principalmente, médicos e enfermeiros, jornalistas, advogados, professores, psicólogos, policiais, bombeiros, oficiais de Justiça, assistentes sociais, atendentes de telemarketing, bancários, executivos e outros.
Burnout” é um estado de estresse crônico que leva à exaustão física e emocional, desprendimento e desapego quanto a coisas, fatos e pessoas, e sentimentos de ineficácia e falta de realização. Mas não é apenas o resultado de longas horas de trabalho, como muitos pensam. O desprendimento (ou indiferença), a depressão e a sensação de esgotamento podem ocorrer quando uma pessoa não está no controle de como o trabalho está sendo realizado. Igualmente angustiante é trabalhar para um objetivo que não faz eco com as próprias crenças, ou quando o profissional não tem apoio - no escritório ou em casa. Qualquer que seja o motivo, o fato é que quando se sente num estado de esgotamento completo, o indivíduo não é mais capaz de funcionar efetivamente, seja num nível pessoal ou no profissional.
É importante saber que o “Burnout” não acontece de repente - a pessoa não acorda numa manhã e, de repente, se sente esgotado! É algo insidioso, que ocorre com o decorrer do tempo como um vazamento lento, o que torna a condição muito mais difícil de ser diagnosticada. Ainda assim, corpos e mentes dão os avisos, e se a pessoa saber o que procurar, poderá reconhecê-lo antes que seja tarde demais.
Cada uma das consequências do “Burnout” citadas no (3º parágrafo) acima é caracterizada por certos sinais e sintomas, havendo, inclusive, sobreposição em algumas delas. Há um pouco de semelhança com o estresse, sendo a  diferença uma questão de grau - isso indica que quanto mais cedo os sinais forem identificados, maior será capacidade de se evitar o “Burnout”.
Quanto à exaustão física e emocional:
Fadiga crônica: no início, a pessoa pode se sentir com falta de energia e cansado na maioria dos dias. Mais tarde, se sentirá física e emocionalmente exausto, eventualmente com uma sensação de medo pelo que está por vir em determinado dia.
Insônia: nos estágios iniciais, pode surgir dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo uma ou duas noites por semana. Nos estágios avançados, a insônia pode se tornar uma provação persistente, e a pessoa fica tão exausta que não consegue dormir.
Esquecimento, dificuldade de concentração e atenção: a falta de foco e um leve esquecimento são sinais iniciais. Mais tarde, os problemas podem chegar ao ponto do profissional não conseguir fazer o seu trabalho e tudo começar a se acumular.
Sintomas físicos: os sintomas físicos podem incluir dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, dor gastrointestinal, tontura, desmaios e/ou dores de cabeça - todos esses sintomas devem ser avaliados por um médico.
Surgimento de doenças ou piora de outras: como o corpo está esgotado, o sistema imunológico fica enfraquecido, tornando-o mais vulnerável a infecções, resfriados, gripes e outros problemas médicos relacionados ao sistema imunológico.
Perda de apetite: no início, a pessoa pode não sentir fome e pular algumas refeições. Em estágios avançados, pode ter uma perda importante de seu apetite e começar a emagrecer rápida e exageradamente.
Ansiedade: no início, podem haver sintomas leves de tensão, preocupação e nervosismo. À medida que o esgotamento vai se instalando, a ansiedade pode se tornar tão séria que interfere na capacidade de trabalhar de forma produtiva, causando problemas também na vida pessoal.
Depressão: nos estágios iniciais, a pessoa pode se sentir levemente triste, um pouco sem esperança, experimentando sentimentos de culpa e inutilidade como consequência. Na pior das hipóteses, se sentirá preso/limitado, severamente deprimido, e poderá pensar que o mundo ficaria melhor sem ele– uma pessoa cuja depressão causa esse pensamento deve procurar ajuda profissional com urgência.
Raiva: a princípio, isso pode se apresentar como tensão interpessoal e irritabilidade. Mais tarde, pode se transformar em explosões de raiva e discussões sérias em casa e no trabalho - se a raiva chegar ao ponto de se transformar em pensamentos ou atos de violência contra familiares ou colegas de trabalho, a pessoa deve procurar assistência profissional com urgência.
Quanto ao desprendimento e desapego quanto a coisas, fatos e pessoas:
Perda de prazer: no início, pode ser muito branda, como não querer ir trabalhar ou estar ansioso para ir embora. Sem tratamento, a perda de prazer pode se estender a todas as áreas da vida, incluindo o tempo que passa com a família e os amigos. No trabalho, pode tentar evitar projetos e descobrir maneiras de escapar das atividades profissionais. 
Pessimismo: a princípio, isso pode se apresentar como uma conversa interna negativa e/ou algo como "deixar de ver o copo meio cheio para vê-lo meio vazio". Na pior das hipóteses, isso pode ir além de como a pessoa se sente em relação a si mesma e estender-se a questões de confiança com colegas de trabalho e familiares, num sentimento de que não se deve contar com ninguém.
Isolamento: nos estágios iniciais, isso pode ser uma resistência moderada à socialização (por exemplo, não querer sair para almoçar, fechar a porta “sem querer” para manter os outros fora, etc.). Depois, pode sentir raiva quando alguém fala ou interage, ou pode passar a entrar cedo ou sair tarde do trabalho e outros locais para evitar interações.
Desprendimento: como um desapego, refere-se a um sentimento geral de se sentir desconectado dos outros ou do seu ambiente. Pode tomar a forma dos comportamentos isolados descritos acima e resultar no distanciamento emocional e físico do trabalho (ou de outros ambientes) e das suas responsabilidades. Ocorre, com frequência, o adoecimento como forma de evitar o contato com outros, parar de retornar ligações e e-mails, ou chegar atrasado regularmente.
Quanto aos sentimentos de ineficácia e falta de realização:
Sentimentos de apatia e desesperança: isso é semelhante ao descrito no item “depressão” acima. É uma sensação de que, no geral, nada está indo bem ou nada importa. À medida em que os sintomas pioram, essas sensações podem se tornar imobilizadoras, fazendo parecer que as experiências e coisas da vida não tem objetivos.
Maior irritabilidade: isso muitas vezes é resultado de se sentir ineficaz, sem importância, inútil, e de uma sensação crescente de que não é capaz de fazer as coisas de forma tão eficiente ou eficaz como já fez em algum dia. Nos estágios iniciais, isso pode interferir nas relações pessoais e profissionais, porém, em estágios avançados, pode destruir relacionamentos e carreiras.
Falta de produtividade e baixo desempenho: apesar de muita dedicação no trabalho, o estresse crônico impede que o profissional seja tão produtivo quanto antes, o que geralmente acarreta em projetos incompletos e numa lista de tarefas cada vez maior. Às vezes, parece que, por mais que se tente, não há como diminuir a quantidade de trabalho e melhorar a sua qualidade.
O tratamento da síndrome de “Burnout” inclui antidepressivos e psicoterapia, onde o paciente deve repensar suas rotinas para melhorar a qualidade de vida, bem como entender, pela análise, as causas que o levaram a essa condição. A prática de atividade física regular, exercícios de relaxamento, meditação, alimentação saudável, manutenção de "hobbies" e contato maior com amigos e familiares também contribuirão na recuperação.
Burnout” não é como a gripe que desaparece depois de algumas semanas, a menos que se faça algumas mudanças na forma de viver. Isso é, por mais difícil que pareça, a coisa mais inteligente a se fazer, pois pequenas mudanças pode manter uma pessoa com muita energia e disposição suficiente para alcançar todos os objetivos.
Uma dica importante é saber “dizer não”. Determinar limites para que exigências dos outros não se tornem esmagadoras é fundamental. Então, dizer "não" ou "não hoje" ou "desculpe, não posso" é necessário, ainda que não seja fácil. Mas se, por outro lado, não houver nenhum desses problemas da síndrome de "Burnout", ótimo! É bom, contudo, deixar esses sinais (acima) na mente, lembrando que o “Burnout” é uma condição insidiosa que se desenvolve enquanto se vive uma vida superocupada.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a ter e manter uma excelente qualidade de vida. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! Clique em LINK1 e LINK2 para obter mais informações, desta vez sobre estresse e ansiedade.
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

O QUE ESTÁ DIFICULTANDO A SUA VIDA SEXUAL?

É importante que você compreenda e silencie a voz interna que faz críticas sobre si próprio e que pode se tornar um dificultador da vida sexual!

A sexualidade convida o indivíduo a estar no momento presente, conectado ao seu corpo, aos seus sentidos e à uma outra pessoa. No entanto, ter uma "voz interna”  fazendo críticas “dentro da mente” durante o sexo é um pouco como ter uma pessoa extra na cama realizando a análise de tudo, desde os seus desejos até a performance. Essas vozes internas críticas afastam a pessoa da experiência, a removem de seu corpo, deixando-a desconectada de seu parceiro, roubando-lhe momentos preciosos da sexualidade.

Provavelmente, não é surpresa para você o fato de que ter uma autoestima mais alta e uma imagem corporal mais positiva está relacionada ao aumento da satisfação sexual. Por outro lado, pensamentos negativos em relação a si próprio aumentam os níveis de estresse, o que pode diminuir a satisfação sexual. Significa que a boa autoestima, sentimento de autonomia e empatia foram positivamente associadas ao prazer sexual, enquanto que pessoas com baixa autoestima também podem perceber seus parceiros de uma forma mais negativa. O que tudo isso nos diz é que a capacidade de ver a si mesmo e ao seu parceiro através de olhos gentis e empáticos tem um grande impacto sobre o quanto se gosta de sexo.

Um dos principais responsáveis na criação de uma predisposição negativa para o sexo é a “voz interna crítica” a qual me referi no início desse artigo. Pode se dizer que se trata de um processo de pensamento destrutivo que sabota a satisfação sexual. À medida em que se ouve essa “voz”, há uma associação com sentimentos de autoconsciência, insegurança e vergonha, levando a um comportamento autolimitado ou mesmo autodestrutivo. Embora a maioria das pessoas saiba que os “ruídos” dos pensamentos autocríticos pode ser um grande burburinho quando se trata de sexo, nem sempre se está plenamente conscientes do quanto essa voz afeta as atitudes de uma pessoa. É interessante comentar que a “voz internas” trazem críticas sobre a própria pessoa, sobre o parceiro ou sobre sexo em geral - antes, durante e depois do sexo. Se, por um lado, a presença de tais pensamentos possam ser esperados (afinal, a sexualidade de uma pessoa é algo muito pessoal e há, de fato, a possibilidade de sentir-se bastante vulnerável ao abrir-se a outra pessoa), por outro, é impressionante o grau de crueldade de muitas “vozes internas” quando trazem emoções antigas e muito dolorosas.

Uma maneira comum pelas quais as pessoas podem ser muito indelicadas consigo mesmas com relação à própria sexualidade está nas “vozes internas críticas” que elas têm em relação a seus corpos. Veja alguns exemplos que ouço com frequência na condição de psicoterapeuta:
  • Eu sou horrível nu - é humilhante tirar a roupa!
  • Meus seios são muito grandes ou muito pequenos!
  • Meu pênis é muito pequeno, ela não ficará satisfeita – ela vai rir de mim!
  • Acho que estou muito velho – ela não se sente mais atraída por mim!
  • Ele vai ver o quão feia eu realmente sou!
Há também um monte de “vozes internas críticas” que surgem antes mesmo da experiência sexual. Muitos citam pensamentos como:
  • Eu realmente acho que ele está atraído por mim? Por que estaria?
  • Eu sou muito estranho. Ela vai perder o interesse.
  • Ele não vai gostar mais de mim se eu dormir com ele.
  • Por que estou pensando em sexo novamente? Será que sou pervertido?
  • Cuidado, ele provavelmente está apenas me usando!
  • Eu sei que vou me envergonhar.
  • Ela preferia estar com outra pessoa.
  • Eu não devo procurar o sexo – eu serei rejeitado!
  • É nojento querer sexo.
  • Eu não sei o que fazer!
Muitas pessoas têm “vozes internas críticas” durante o sexo, e isso prejudica que elas se sintam no aqui e agora. São, novamente, ataques a si mesmos, ao seus desempenhos, seus parceiros ou em relação ao sexo em geral, impedindo-os de desfrutar da experiência do momento.
  • Eu não estou fazendo ela se sentir bem.
  • Eu deveria estar fazendo isso ou aquilo.
  • Ele provavelmente está sem pensar em mim.
  • Eu não estou sendo bacana o suficiente.
  • Eu sou muito ruim nisso.
  • Ela não parece tão animada.
  • Eu estou fazendo algo errado.
  • Eu não vou conseguir terminar.
  • Eu vou demorar para gozar.
  • Não vou dizer a ele o que eu quero senão vou parecer uma aberração.
  • Por que ele não sabe o que eu quero?
  • Ele acha que sou péssima nisso.
  • Ele é tão desajeitado (ou insensível).
  • Ela está tão tensa - o que há de errado com ela?
É claro que esses tipos de pensamentos tornam o sexo menos agradável pois tiram da pessoa do fluxo livre da experiência e causa aflição, logo, desconectam os envolvidos e, às vezes, até causa o afastamento um do outro. Muitas vezes, quando uma pessoa começa a ouvir sua “voz interna crítica” durante o sexo, o parceiro percebe uma mudança - o sinal da pessoa parecendo distraída ou um pouco menos entusiasmada pode, então, acionar a “voz interna crítica” do parceiro: “Espere, o que mudou? O que você fez de errado?".

Muitos casais comentam que, uma vez que começam a ouvir a “voz interna crítica”, o sexo se torna mais mecânico, ao invés de uma experiência compartilhada. No entanto, mesmo quando conseguem repelir seu crítico interior durante o sexo, podem perceber vozes na cabeça após o sexo. Depois da transa, então, podem ter pensamentos como:
  • Eu não gozei como gostaria.
  • Ele parecia que não estava gostando.
  • Eu estava muito animado. Ela provavelmente achou que eu estava desesperado.
  • Eu sou muito nojento / pervertido.
  • Ela não vai querer transar comigo novamente.
  • Hoje até que foi bom, mas acho que não será assim da próxima vez.

Quaisquer que sejam as vozes específicas em relação ao sexo, a solução permanece a mesma. Para que uma pessoa se sinta livre em relação à sexualidade, tem que desafiar o seu crítico interno. Aqui estão algumas dicas para você controlar esse crítico que existe em você:

A
note todos os pensamentos negativos que você tem em relação à sua sexualidade. Podem ser pensamentos sobre o seu corpo, seu desempenho, seu parceiro ou sexo em geral. Ao fazer isso, escreva suas vozes na terceira pessoa, como se alguém as dissesse para você. Por exemplo, em vez de dizer "sou péssimo no sexo", você escreve: "Você é ruim no sexo".

Explore as raízes de suas atitudes. Muitas vezes, quando as pessoas começam a listar o que suas vozes dizem, outras começam a surgir, inundando a sua com comentários críticos. Às vezes, o ataque começa específico, mas à medida que você continua escrevendo, atitudes mais profundas e enraizadas sobre a sexualidade começam a aparecer. Por exemplo, uma mulher começou escrevendo: “O sexo é muito complicado. Isso não é para mim!”. Quando ela se aprofundou nas vozes que surgiram, ela escreveu coisas como: “Sexo é perigoso. É sujo. Eu vou ter uma doença. É nojento querer sexo. Mulheres de bem não deveriam querer sexo”. Embora ela não estivesse tão consciente dessas “vozes internas críticas” em sua vida atual, ela reconheceu alguns dos pensamentos como frases exatas que sua mãe lhe dissera sobre sexo quando ela ainda estava crescendo.

Assim como nossas “vozes internas críticas”, nossas atitudes sobre sexualidade geralmente vêm do nosso passado. Sejam elas coisas diretas que são ditas, como no caso da mulher mencionada, ou atitudes e crenças que foram adotadas, essas forças ajudam a moldar o senso da própria sexualidade. Fazer conexões de onde as atitudes negativas vêm pode ajudar a separar esses sentimentos do passado do ponto de vista real no presente.

Depois de escrever suas vozes, você deve voltar a cada ataque e responder de uma perspectiva realista e compassiva. Tente falar consigo mesmo do jeito que você falaria com um amigo. Desta vez, escreva suas respostas na primeira pessoa para identificar essas expressões como seu verdadeiro ponto de vista. Por exemplo, se você escreveu o ataque: “Você é tão desajeitado. Ninguém quer fazer sexo com você", você pode escrever a resposta, "posso me sentir desconfortável quando estou ouvindo todas essas vozes, mas na verdade sou uma pessoa confortável e carinhosa. Quando estou relaxada, gosto de como sou sexualmente”.

Será muito bom que você descubra sua própria atitude em relação ao sexo: enquanto você lida positivamente com suas críticas internas, tente ter uma atitude aberta e acolhedora em relação aos seus sentimentos reais sobre sexo, sejam eles quais forem. Esta é a hora de deixar de lado todos os "deveres" e descobrir o que você realmente gosta e deseja. Tente ter uma perspectiva curiosa, aberta e sem julgamento em relação a si mesmo. Tenha compaixão por qualquer experiência que possa ter lhe prejudicado em relação à sua sexualidade. Não permita que seu crítico interno o convença de que você deve limitar, restringir ou punir a si mesmo com base nessas experiências. Lembre-se de que sua sexualidade pertence a você. É só sua - para entender, explorar e desfrutar.

Se você estiver num relacionamento com alguém de confiança poderá conversar com seu parceiro sobre como sua “voz interna crítica” ataca a sua sexualidade. Isso pode parecer desconfortável no início, mas ser aberto e vulnerável geralmente inspira seu parceiro a fazer o mesmo e se aproxima de você num nível mais profundo. Ao compartilhar suas ideias e o que está acontecendo em sua cabeça, você permite que seu parceiro realmente lhe conheça e entenda os aspectos de sua sexualidade. Isso pode ajudá-los a ficarem melhor quanto à sexualidade do casal. Falar abertamente dessa maneira pode beneficiar seu relacionamento. Estudos também mostram que casais que ficam à vontade para conversar sobre sexo realmente gostam mais de sexo.

Por a sua “voz interna crítica” para fora do quarto pode parecer mais fácil de dizer do que fazer, mas continuar a ter consciência dessas vozes e de como elas afetam sua sexualidade é algo que pode beneficiá-lo(a) por toda a sua vida. É algo que pode ajudá-lo(a) a se divertir mais em situações casuais e a desfrutar de intimidade e proximidade mais duradouras num relacionamento de longo prazo. Estar vivo e vibrante para a sua sexualidade é também vivenciar uma parte importante de quem você é. Uma das maneiras mais eficazes de fazer isso é continuar desafiando seu crítico interno e explorar seus sentimentos reais sobre sua sexualidade.

Espero que essas informações sejam úteis para você, esclarecendo alguns aspectos da sexualidade humana. 

Você pode acessar meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

AME-SE E ACEITE A SI MESMO(A) PARA SER AMADO(A)


(Série: Reeditando artigos interessantes)
A sabedoria popular nos ensina que a autoestima saudável é um pré-requisito para a vivência de um relacionamento amoroso saudável, ou seja, ensina que sem suficiente amor próprio, as pessoas não são capazes de amar verdadeiramente os outros. No âmbito da ciência psicológica, várias pesquisas comprovam que os sentimentos que uma pessoa tem sobre si mesmo podem, seguramente, influenciar também os sentimentos que ela tem sobre os outros. Mas eu quero lhe dizer que esse é um tema mais delicado e complicado do que parece.
Na verdade, existem amplas evidências de que sentimentos de inutilidade e de ódio a si mesmo podem interferir nos relacionamentos amorosos. Indivíduos com baixa autoestima tendem a subestimar o amor do parceiro e a vê-lo em termos mais negativos - talvez porque não acreditam que "uma pessoa boa e legal" possa amá-lo. Como resultado, também tendem a relatar menos satisfação com seu relacionamento e menos otimismo sobre o próprio futuro. Além disso, aqueles que duvidam da própria autoestima são mais propensos a acreditarem (ansiosamente) que serão rejeitados e vigiam, de modo bem atento, o comportamento de seus parceiros em busca de sinais disso, muitas vezes interpretando erroneamente atos positivos como hostis e de rejeição.
Para as pessoas carentes de amor próprio é igualmente grave o fato de iniciarem relações ruins, escolhendo e permanecendo com parceiros que não as tratam bem, e isso está e para além de verem seus relacionamentos de maneira mais negativa.
Decerto seja de seu conhecimento que as pessoas com visualizações negativas sobre si mesmas, com relativa constância, sentem-se atraídas por aqueles que as vêem como elas se vêem, isto é, negativamente. A baixa autoestima também está ligada à sensação de menos merecimento de felicidade, o que poderia levar as pessoas a tolerar um tratamento inadequado.
Isso significa que a autoestima é melhor para relacionamentos românticos? Não necessariamente! Sob uma perspectiva, se extremado, a autoestima pode transformar-se em narcisismo, e isso envolve egocentrismo e ego inflado. Nos relacionamentos, as pessoas com traços narcísicos estão frequentemente interessadas ​​em parceiros que melhoram sua própria autoimagem, por exemplo, aquelas outras que são consideradas especialmente atraentes ou bem-sucedidos. A consequência é que o que pode parecer superficialmente ser amor e admiração pode, ao contrário, ser uma manipulação, exploração e jogo psicológico. Ademais, o interesse de um narcisista também pode ser passageiro, e isso parece ser uma das razões pelas quais os relacionamentos dos casais de celebridades são “descontinuados”.
Há de se considerar, igualmente, que mesmo quando a alta autoestima não atinge exageros narcísicos, isso não é necessariamente um grande trunfo para os relacionamentos. Hoje sabe-se, através de vários estudos, que pessoas com alta autoestima são mais propensas a usar “estratégias de escape" quando surgem problemas com o parceiro, ao invés de adotarem abordagens mais construtivas. As pessoas com autoestima que são frágeis e dependentes de validação externa (como a autoestima costuma ser) têm maior probabilidade de se tornarem defensivas ou porem a culpa nos outros quando enfrentam suas próprias transgressões.
A autoestima refere-se especificamente a quão valioso nos vemos; entretanto, devemos pensar, também, na autoaceitação, a qual refere-se a uma afirmação muito mais global da pessoa, quando nos autoaceitamos e somos capazes de abraçar todas as facetas de nós mesmos, não apenas as partes positivas ou mais "estimadas".
Acontece que a autoaceitação não é um estado automático ou padrão. Muitos pessoas têm dificuldade em aceitar a si mesmas exatamente como são. Não é tão difícil aceitar as partes boas, mas os aspectos negativos são complicados para serem aceitos, ainda que as pessoas tenham que aceitar-se plenamente, afinal, a verdadeira autoaceitação é abraçar quem você é, sem quaisquer qualificações, condições ou exceções.
Concluindo, o amor próprio, então, pode não ser tão essencial para os relacionamentos como às vezes fazemos parecer. O que parece ser mais saudável é a autoaceitação - isto é, a capacidade se ver como uma pessoa basicamente boa e digna de amor, sem precisar provar nada a si mesma ou sem necessidade de ofuscar os outros. Uma pessoa que aceita a si mesma tem menor probabilidade de sobrecarregar e, às vezes, incomodar o seu parceiro com uma busca excessiva de confiança ou crítica excessiva. A plena autoaceitação pode estabelecer as bases para a autoestima positiva, e os dois freqüentemente andam de mãos dadas, mas dizem respeito a dois aspectos diferentes de como pensamos e sentimos sobre nós mesmos.
Para ser feliz num relacionamento amoroso, portanto, é necessário e importante a aceitação de todas facetas do eu. Não basta simplesmente aceitar o que é bom, valioso ou positivo sobre si próprio, visto que para exercer a verdadeira autoaceitação, a pessoa também deve abraçar as partes menos desejáveis, negativas e feias de si mesmo.
Se você está pensando que aceitar todos os aspectos negativos de si mesmo parece difícil, você não está errado! Não é fácil aceitar as coisas que queremos mudar desesperadamente sobre nós mesmos; no entanto, é somente aceitando-nos verdadeiramente que podemos  iniciar um processo de autodesenvolvimento significativo o qual envolve, a capacidade de amar e ser amado plena e autenticamente. Em outras palavras, devemos primeiro reconhecer que temos traços e hábitos indesejáveis ​​antes de começarmos uma nova história amorosa ou simplesmente, a fantástica jornada para sermos pessoas melhores.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo sobre o ciúme patológico.
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Psicólogo Paulo Cesar
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A FORÇA QUE TEM OS “FILHOS DO MEIO”

É muito comum falarem coisas estranhas (no mínimo) que acabam estereotipando os chamados “filhos do meio”! Muitos os consideram negligenciados, ressentidos, sem motivações, com visão negativa sobre a vida ou que se sentem “não pertencentes” ao grupo familiar! Em outras palavras, pessoas que sofrem da "Síndrome do Filho do Meio". Há, inclusive, estudos de algumas universidades sobre essas pessoas reforçando a idéia negativa sobre elas, como o da Stanford University, que tenta mostrar que os “filhos do meio” são mais invejosos, menos ousados e menos faladores, se comparados aos filhos que nasceram antes ou depois deles.
Minha opinião é que “filhos intermediários” não são quadros de lembranças amarguradas pendurados nas paredes! Eles são seres sociais e importantes colaboradores dos grupos que fazem parte. Se os “filhos do meio” são tão ressentidos e amargos, por que eles são mais cooperativos e confiam em suas amizades? E por que eles são líderes tão bem sucedidos? Você sabia que cerca de 52% dos presidentes norte-americanos foram ou são “filhos do meio”? Martin Luther King, Abraham Lincoln e Madonna, pessoas visionárias com fortes qualidades de liderança e “filhos do meio”.
Embora os “filhos intermediários” sejam algo negligenciados, tanto pelos pais quanto pelos pesquisadores, o fato é que eles realmente se beneficiam disso a longo prazo, pois se tornam mais independentes, pensam diferente (fora da caixinha), resistem bem às pressões e são mais empáticos. Isso lhes dá grandes habilidades como funcionários e também os torna excelentes amigos e parceiros.
Os “filhos do meio” são mais focados do que pensamos. A maioria das pessoas considera o primogênito como tendo mais motivação e ambição, mas eles também estão ambicionando viagens a vários lugares. Baseiam-se mais em princípios e conceitos, como justiça, poder de ganho ou prestígio e, amiúde, são muito motivados por causas sociais. Ainda assim, quando eles entram em um negócio mais tradicional, tornam-se grandes inovadores e líderes de equipe, como Bill Gates.
Gostaria de fazer um rápido comentário sobre algumas das características especiais do “filhos do meio”. Eles são excelentes negociadores, como Anwar Sadat, famoso militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978. Estão acostumados a não seguir o caminho que escolheram e, assim, tornam-se “manejadores” experientes e habilidosos. Eles conseguem ver todos os lados de uma questão, são empáticos e julgam bem as reações dos outros. Também estão mais dispostos a se comprometer, e assim podem argumentar com sucesso. Como muitas vezes tiveram que esperar sua vez um pouco mais quando crianças, acabam ficando também mais pacientes quando adultos.
Essas pessoas são pioneiras, como Charles Darwin, naturalista e biólogo britânico, criador da Teoria da Evolução, e mais propensos a efetuar mudanças do que qualquer outra pessoa com diferente ordem de nascimento. Isso se deve ao fato de ter assumido riscos ao abrirem-se para experimentar coisas novas quando crianças. Um estudo, por exemplo, mostrou que 85% dos “filhos do meio” são abertos a novas ideias, como foram quanto à fusão a frio, em comparação com apenas 50% cento dos primogênitos.
E tem mais! Os “filhos intermediários” são buscadores e propagadores da justiça, como Nelson Mandela (advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e pai da moderna nação sul-africana) e Susan B. Anthony (uma das percussoras da luta pelos Direitos das Mulheres). Focados na justiça, identificam as injustiças em suas famílias e estão sintonizados com as necessidades dos outros à medida que crescem.
O lado difícil dos “filhos do meio” também deve ser considerado. Por exemplo, elas têm que trabalhar a mais para superar as noções preconcebidas negativas que as pessoas têm deles - ou seja, se você acha que os “filhos do meio” não são tão focados, carismáticos, inteligentes, etc., você contrataria um deles? Não se pode negar que a maioria deles têm uma autoestima mais baixa do que os demais devido à falta de exclusividade e atenção em casa quando crianças – se bem que isso pode ser algo realmente positivo, já que não são pessoas egóicas. Além disso, a autoestima não é tão crítica quanto a nossa sociedade acredita. Ter uma noção precisa da sua autoestima é mais importante do que ter uma alta autoestima. Surpreendentemente, novos estudos mostram que a alta autoestima não se correlaciona com melhores notas na escola ou maior sucesso na vida – pois pode extraordinariamente levar a uma falta de perseverança diante das dificuldades.
Finalmente, podemos dizer que os “filhos do meio” evitam provocar situações pois eles não gostam de conflito. Isso pode vir a ser ruim pois podem tender a evitar a solução de problemas no casamento ou no trabalho. Ainda, a dificuldade em dizer “não” pode fazer com que amigos ou colegas de trabalho aproveitem-se deles, afinal são tão confiantes e cooperativos!
Um estudo conduzido mostrou que os “filhos do meio” são mais abertos e aventureiros em relação ao sexo, porém menos propensos a traições quando estão em um relacionamento monogâmico do que os nascidos em outras posições na sequência de nascimentos. Uma pesquisa de felicidade conjugal realizada em Israel mostra que os “filhos intermediários” são os mais felizes e mais satisfeitos nos relacionamentos, e que eles se associam bem aos primogênitos ou aos caçulas e menos a outros “filhos do meio”, o que seria uma forma de evitar conflitos. Do mesmo modo, foi descoberto numa pesquisa com os pais, que essas pessoas são ainda mais permissivos do que os caçulas, o que é muito inesperado. São pessoas que querem dar estrutura e regras aos seus filhos, mas também querem ser livres para fazer escolhas. E, curiosamente, embora os caçulas sejam inclinados a ser pais permissivos, essa permissividade refere-se mais sobre não querer ser incomodado com as regras.
Como o crescimento e desenvolvimento do filho do meio influencia a sua vida adulta, carreira e relacionamentos? Bem, uma posição familiar relaciona-se com os trabalhos para os quais a pessoa é atraída e como ela interage com os outros no local de trabalho. Os “filhos intermediários” são flexíveis, independentes, mas também sociais. Eles não precisam ser supervisionados e essas são habilidades críticas no mundo do trabalho moderno. Eles seriam bons professores, atores, assistentes sociais, diplomatas - mas não seriam tão bons num trabalho onde estivessem isolados, como programadores de computador, ou quando ocupassem uma posição de autoridade na qual teriam que gerenciar outras pessoas. A empatia pode causar estresse - eles seriam bons advogados de defesa, mas não bons promotores! Suas habilidades de negociação são benéficas para os relacionamentos românticos, pois são pessoas que se enquadram bem com todos.
Se eu tivesse que fazer algum comentário a “filhos do meio”, certamente eu não esqueceria de dizer que:
  • às vezes você precisa ser capaz de se afastar, especialmente quando você está sendo explorado, e às vezes você precisa dar um passo à frente, como quando há um conflito que você simplesmente não pode evitar.
  • você será mais feliz se continuar a traçar seu próprio caminho ao longo da vida e correr riscos calculados.
  • você é moderado e equilibrado por natureza, então não tenha medo de provocar situações de vez em quando.
Aos pais de “filhos do meio”, eu gostaria de lembrar que seus filhos são bem sociáveis e muitas vezes passam bastante tempo com os amigos. Eles podem parecer reservados mas são dedicados apenas às suas “famílias escolhidas”. Gostam de estabelecer seus próprios círculos e dependem muito dos amigos – e isso não é uma reação negativa à vida familiar. Não se preocupem muito com a forma como vocês estão dividindo a atenção entre seus filhos - vocês não estão prejudicando os “filhos intermediários”. Certamente eles alcançarão o que desejam exatamente por causa da maneira como estão sendo criados, e desenvolvem estratégias e habilidades que os colocam em boa posição quando adultos.
Espero que essas informações sejam úteis para você, esclarecendo alguns aspectos da psicologia dos “Filhos do Meio”. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler mais como e por que os adolescentes devem aprender com seus próprios sentimentos!
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

PESSOAS DE SUCESSO TAMBÉM BUSCAM PSICOTERAPIA


O sucesso não torna as pessoas imunes à depressão, problemas de relacionamento com esposa(o) ou namorada(o), dificuldades de relacionamentos com pais ou filhos, estresse ou qualquer outra coisa de ordem psicológica. Pessoas de sucesso fazem psicoterapia e costumam buscar um psicólogo tão logo um dessas complicações ocorrem. Mas, além desses problemas comuns que muitas vezes levam as pessoas à psicoterapia, há outros que são um pouco mais exclusivos para as pessoas que atingem altos níveis de realização. Quero, aqui, abordar algumas das razões mais comuns pelas quais as pessoas bem sucedidas procuram psicoterapia.
Há pessoas que mantém uma persistente sensação de que não são boas o suficiente, apesar do sucesso que alcançaram. Essa sensação é realmente algo problemático, mas é igualmente, uma condição diagnosticável. A despeito da competência e perícia comprovadas, neste quadro a pessoa se sente como uma fraude completa e, ao invés de se orgulhar de suas realizações, ela pode atribuir o seu sucesso à sorte ou a um esforço temporário, em vez da capacidade inerente.
As pessoas que apresentam essa condição frequentemente se apresentam ao consultório do psicoterapeuta com uma questão à parte, como ansiedade ou depressão. Eles geralmente não querem reconhecer seus sentimentos subjacentes de inadequação, mesmo para um profissional de Saúde Mental. A questão tende a surgir depois de algumas sessões de psicoterapia. Com o tratamento bem-sucedido, esse paciente passa a pensar sobre si mesmo de acordo com os fatos relacionados à sua conquista, sentindo-se, com isso, cada vez mais autêntica e positivamente orgulhosa dos seus feitos.
Qual o motivo que leva as pessoas a altas realizações? Evidentemente as pessoas de sucesso são motivadas e tem suas razões íntimas para buscarem o sucesso. Elas geralmente trabalham muito, perseveram bastante e se recuperam da adversidade mais rápido do que as outras pessoas. Porém, enquanto algumas pessoas são natural e saudavelmente motivadas, outras tem suas motivações provenientes da mágoa ou da dor. O sucesso pode mascarar temporariamente a mágoa de uma pessoa, mas a angústia se esconde logo abaixo da superfície. Por exemplo, uma criança que ouviu seu pai insistentemente dizer que ela "nunca seria nada na vida" poderá adotar como único propósito de vida, provar que seu pai está errado. Ou alguém que experimentou um doloroso divórcio pode decidir que o sucesso é a melhor forma de vingança. A psicoterapia pode ajudar as pessoas a descobrir como curar suas feridas passadas para que elas possam ser ainda mais eficazes e felizes à medida que avançam.
Um outro motivo que leva essas pessoas de sucesso à psicoterapia é o medo de perder tudo. Quanto mais ela pessoa ganha, mais tem a perder e, infelizmente esse medo de perder tudo pode fazer com que algumas pessoas de sucesso fiquem paralisadas. Elas se preocupam com o fato de estarem a apenas uma decisão de arruinar tudo o que conseguiram com tanto esforço e trabalho.
A psicoterapia pode ajudar as pessoas de sucesso a reconhecer que seu patrimônio líquido não está vinculado à sua autoestima. Sendo bem conduzida, terá como um dos resultados o reconhecimento de que, mesmo que falhem, ainda assim ficarão bem. A terapia também será uma oportunidade de aprender maneiras saudáveis ​​de lidar com a ansiedade e criar estratégias para acalmar a constante dúvida sobre si mesmo.
Sabemos como é triste viver solitariamente. As altas realizações podem afastar pessoas bem-sucedidas dos familiares e amigos. A distância física também pode contribuir para a solidão, um fato muito comum pois empreendedores se mudam para novas oportunidades de emprego. Além disso, pessoas de sucesso são frequentemente colocadas em cargos de gerência de alto nível ou de direção, com muitas atividades que acabam por dificultar que façam amizade com seus subordinados, logo, menos oportunidades de socialização no trabalho.
O tratamento psicológico para lidar com sentimentos de alienação pode envolver ajudar as pessoas a se identificarem e a viverem de acordo com seus valores. Uma pessoa que valoriza amigos e familiares pode reconhecer que está dando muita ênfase ao trabalho, por exemplo. A psicoterapia, ademais, pode encorajar a busca de maneiras de substituir a rede profissional por oportunidades casuais para formar amizades genuínas.
Com muita frequência, a primeira coisa que uma pessoa de sucesso diz ao entrar no meu consultório de terapia é: “Eu provavelmente não deveria estar aqui. Há pessoas com problemas muito maiores que precisam do seu tempo mais do que eu”. Embora haja uma noção comum de que pessoas bem-sucedidas se sintam fortes e autoconfiantes, muitas delas também se sentem culpadas. Elas podem questionar se merecem um carro novo, ou podem se sentir culpados simplesmente por sair de férias!!
A terapia psicológica muitas vezes se concentra em ajudar as pessoas a mudarem suas crenças básicas para que possam deixar de se sentir indignas de suas realizações. O tratamento, além do mais, pode incluir a ajuda às pessoas para que reconheçam como seu sucesso lhes proporciona uma oportunidade de ter um impacto maior no mundo.
Enfim, a cura pela fala, como muitas vezes é chamada a psicoterapia, é capaz de resolver uma infinidade de problemas que podem estar impedindo o seu progresso ou o seu bem-estar. A verdade é que um psicoterapeuta experimentado irá contribuir com você na continuação e avanço em sua caminhada em direção ao seu maior potencial, mesmo se você já for um grande sucesso.
Espero que essa informações sejam úteis para você que em está em dúvida sobre fazer psicoterapia ou não. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler sobre como a baixa autoestima pode lhe prejudicar em sua vida profissional!
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QUER SER FELIZ? CONHEÇA ALGUMAS ATIVIDADES BEM FÁCEIS QUE LHE AJUDARÃO A SER MAIS FELIZ HOJE

Uma mensagem de agradecimento a alguém, passar um tempo com outras pessoas, ouvir música, pensar livre e sobre coisas felizes e muito mais. A ciência da psicologia pesquisa continuamente sobre o que pode fazer as pessoas felizes. Aqui descreverei algumas das atividades que, se você as fizer ainda hoje, sentirá as vibrações positivas fluírem em você. Continue depois por uma semana ou mais (melhor se continuar por, pelo mesmo, três semanas) e você perceberá o seu humor melhorar muito.
Elimine, mentalmente (apenas), algo bom da sua vida
É surpreendente o tempo que as pessoas ficam pensando em coisas boas que não aconteceram mas que poderiam ter acontecido. É muito tempo! Mas, e as coisas boas que aconteceram e que talvez não tivessem acontecido?
Digamos que você nunca tivesse conhecido o seu parceiro, seu amigo ou não tivesse conseguido o emprego em que está atualmente. Como seria a vida sem algumas dessas coisas que acabaram se tornando garantidas?
Pensar no que pode não ter ocorrido pode vir a ser tremendamente poderoso se usado da maneira correta. Pensar no que não aconteceu mas que poderia ter acontecido (pensamento contrafactual) pode ajudar na criação de um sentido para a vida e aumentar a sua satisfação com o que você já dispõe. Então, elimine mentalmente algo bom da sua vida para assim passar a realmente apreciá-lo.
Envie uma mensagem de gratidão
A gratidão é uma emoção poderosa que nos ajuda a desfrutar aquilo que possuimos. “Puxe” de dentro de si o sentimento de gratidão e, agora mesmo, envie uma mensagem de whatsapp, um email, mensagem de texto, ou outra forma de contato a alguém que lhe ajudou de alguma forma. Agradeça a ele pelo que fez por você, por mais simples que que tenha sido essa ajuda.
Isso é muito fácil e pode ser realizado rapidamente. Um estudo descobriu que praticar a gratidão pode aumentar a felicidade em 25%. Uma outra pesquisa constatou que apenas mensagens enviadas ao longo de um período de três semanas foram suficientes para elevar de maneira confiável, a felicidade e a satisfação do indivíduo com a vida.
Gaste um pouco de dinheiro a favor de outra pessoa
Contrariando a muitos, afirmo que dinheiro pode fazer uma pessoa feliz - mas só se for usado da maneira correta. Uma das maneiras mais fáceis é gastá-lo a favor dos outros. Mas, muitos devem estar se perguntando, por que gastar dinheiro com os outros aumenta a felicidade? A resposta está na própria história da humanidade pois, desde que a humanidade existe, observa-se que dar bens aos outros nos faz nos sentirmos bem. Ao agirmos assim promovemos uma visão de nós mesmos como responsáveis, bondosos e capazes de ajudar, o que nos faz sentirmo-nos felizes. É também em parte porque gastar dinheiro com outras pessoas ajuda a consolidar nossas relações sociais e as pessoas com laços sociais mais fortes são geralmente mais felizes. Então, compre um presente para um amigo hoje ou leve-o a um restaurante - você vai se sentir bem sobre isso, eu prometo.
Faça alguma atividade física
Qual é a estratégia número um que as pessoas usam para se sentir melhor, aumentar seus níveis de energia e reduzir a tensão? Atividades físicas!
Calma, não precisa ser uma maratona, pois uma simples caminhada ao redor do quarteirão fará esse milagre. Todos sabem que sair, esticar as pernas e “desenferrujar” ajuda as pessoas a se sentirem melhor, mas sempre há desculpas para evitar essa atividade.
Se você está em casa, reserve um tempo para uma viagem ou um passeio que não inclua o carro e dependa mais de suas pernas. Se você estiver no escritório, faça sempre uma caminhada na hora do almoço, em vez de lanchar na frente do computador.
Ouça música
O item número dois na lista de todas as estratégias utilizadas pelas pessoas para se sentirem melhor é ouvir música. A música influencia o humor de várias maneiras, mas a maioria das pessoas considera como alto, o poder da música de modificar e estimular os sentimentos positivos, e essa é, para essas pessoas, a principal razão pela qual elas adoram música. Em minha opinião, particularmente gostamos do fato de que a música sempre pode tornar nossos bons humores ainda melhores. Mesmo a música triste pode trazer prazer, pois muitas pessoas desfrutam da mistura contraditória de emoções que ela cria.
Faça planos...
Lembre-se daqueles dias de infância que antecederam o Natal, quando você não aguentava esperar para ter os seus presentes? O prazer de antecipação é algo simplesmente incrível.
Pesquisas sobre a psicologia da felicidade mostram que a antecipação do prazer pode ser uma poderosa emoção positiva. As pessoas gostam mais de pensar sobre como as coisas serão bacanas e gratificantes antes delas acontecerem do que pensar nelas depois. Então, faça um plano agora e tente sempre ter algo para esperar, ainda que pequeno.
…Com amigos
Os melhores tipos de planos são aqueles feitos com amigos. Não é só pelo prazer da antecipação, é também porque se mantém a amizade viva.
Um estudo de 8 milhões de telefonemas descobriu (isso não é algo exatamente surpreendente) que quando as pessoas fazem frequentes contatos umas com as outras, suas amizades são muito mais propensas a serem mantidas por um longo tempo.
Se um incentivo econômico pode ajudar a motivá-lo a fazer planos com amigos, então olha os resultados de uma interessante pesquisa na Inglaterra. Estabeleceu-se um certo valor monetário em diferentes tipos de relações sociais... Após os procedimentos (que aqui não apresento), estimou-se que mudar o comportamento “ver amigos ou parentes menos de uma vez por mês” para “ver amigos ou parentes na maioria dos dias” valia mais 85.000 libras por ano para um indivíduo comum. Em outras palavras, a pessoa teria que ganhar 85.000 libras (cerca de 130.000 dólares) a mais por ano para ficar feliz como se visse amigos ou parentes na maioria dos dias da semana.
Faça uma pequena lista de três coisas boas que aconteceram hoje
No final do dia, antes de ir para a cama, passe alguns minutos pensando em três coisas boas que aconteceram hoje. Essas coisas não precisam ser tão incríveis assim - apenas três coisas que fizeram você se sentir um pouco melhor. Você também pode refletir sobre os motivos que fizeram essas coisas acontecerem. As pessoas que adotam essa prática tem a felicidade aumentada e os sintomas depressivos totalmente diminuídos seis meses depois. Se você fez algumas das coisas mencionadas nesse artigo, você já terá pelo menos três coisas para sua lista.
Explore suas positividades
Faça as coisas em que você é realmente muito bom. Seja o que for, as pessoas costumam ficar mais animadas quando fazem algo em que se destacam.
Pense nessas coisas (em que você é bom): podem ser habilidades sociais, habilidades físicas, habilidades esportivas ou qualquer outra coisa. Pode fazer alguém rir ou dar uma ajuda a alguém. Em seguida, tire algum tempo durante o dia para usar essa habilidade. Quando as pessoas praticam suas positividades, isso as torna mais felizes.
Tenha devaneios felizes
Se você é menos realizador e mais sonhador, essa atividade é para você: tenha um sonho feliz. Ao longo do dia, nossas mentes tendem a perambular muito, mas direcionar essa perambulação mental de maneira positiva pode ser muito benéfico. Considerando estratégias para saborear a vida, a viagem mental positiva é uma das mais eficazes. Sabe-se que as pessoas pensam em períodos de suas vidas quando tinham gratificações, momentos cheios de sucesso, amor e amizade.
A mente pode tentar revidar relembrando constrangimentos ou fracassos passados, mas mantenha-a focada num devaneio feliz. Vá em frente, sente-se e tenha um pouco de lembranças felizes.
Espero que essa informações sejam úteis para você que em está em dúvida sobre fazer psicoterapia ou não. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para saber como os nossos apegos podem nos prejudicar na busca da felicidade!
Você pode me “seguir” pelo Blog, Um Instagram (paulocesarpsi) ou pelo Facebook (@psicologopaulocesar) e ler gratuitamente artigos sobre a Psicologia Humana.
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