Em nossa sociedade, quase todo mundo tem medo da morte, mas para apreciar plenamente a vida, precisamos enfrentar essa realidade. A impermanência e a morte são partes integrantes do estar vivo e conscientizar-se disso pode vibrar dentro de pessoa e despertá-la. Nascer como ser humano é um privilégio muito raro e é importante que apreciemos nossas vidas.
Com a compreensão da impermanência, muitos dos aspectos da vida que comumente achamos fascinantes já podem nos parecer menos atraentes. Porém, com essa compreensão, mais facilmente podemos largar nossos apegos e medos, assim como a nossa pequena casca de proteção. Pensar na impermanência da vida nos desperta - damo-nos conta de que nesse exato momento estamos de fato vivos e que à vida devemos responder!
Nossos padrões de hábitos são muito difíceis de quebrar e, quando o tentamos, sempre aparecem obstáculos pois nossos desejos e apegos nos induzem a repetir os mesmos modelos destrutivos. Nossas necessidades emocionais não somente nos habituaram às coisas materiais, como também à nossa identidade pessoal. Mas, enquanto não nos soltarmos dos nossos apegos à personalidade e à auto-imagem, será difícil ver esses padrões de vida, quanto mais mudá-los.
Às vezes renunciamos a coisas importantes: nosso dinheiro, nosso lar, etc....., sem muita dificuldade. Mas os apegos emocionais, tais como o elogio, a censura, o ganho e a perda, o prazer e a dor, as palavras bondosos e as ásperas, são muito sutís. Estão além do nível físico. Eles existem na personalidade ou na auto-imagem e não estamos dispostos a deixá-los partir.
Nossos apegos exercem uma influência magnética, que nos retém num lugar como se estivéssemos na prisão. É difícil dizer se essa força controladora provém de nossos atos passados, do nosso medo da morte ou de alguma origem desconhecida; o fato é que sentimos que não podemos nos mover e, assim, toda a sorte de frustração e mais sofrimento. Entretanto, à medida em que crescem nossa compreensão e nossa percepção, vemos a importância de trabalhar as nossas emoções, apegos e negatividades, e vemos também que a solução final vem de dentro. Nesse momento, em que despertamos para nossa penosa condição, começamos a mudar nossas atitudes mais íntimas com algum progresso verdadeiro, pois as mudanças estão dentro de nós. Quando observamos com cuidado, os nossos sentidos e sentimentos, aprendemos a aceitar-nos, a apreciar-nos e a estar abertos para os outros. Através da integração e do equilíbrio de nossas mentes e dos nossos corpos é possível atingir a paz interior e a alegria que é o amor.
Freqüentemente, sentimo-nos desconfortáveis no presente e aflitos porque o que quer que esteja acontecendo é um tanto ou quanto inesperado. Achamos difícil relacionar-nos aberta ou diretamente com as situações. Enquanto focalizamos o passado ou o futuro, nunca lidamos com o presente e, assim sendo, ele nunca nos dá uma satisfação verdadeira. Quando encontramos dentro de nós inspiração, abertura e equilíbrio, nossa vida se torna genuinamente feliz e digna de ser vivida, e podemos então, encontrar felicidade até no nosso trabalho, pois a base do caminho espiritual é o desenvolvimento em nós mesmos, do que é verdadeiramente equilibrado, natural e significativo.
O desfrutar a vida pode ser extremamente importante para nós; porém, freqüentemente, projetamos a satisfação no futuro, de modo que nossas vidas se enchem de sonhos vazios. Isso não quer dizer que devamos deixar de fazer planos inteligentes para o futuro, mas que devemos viver mais plenamente no presente, e assim, cresceremos na direção de nossas metas futuras até alcançá-las. Quando nos abrimos para a nossa experiência presente, compreendemos que, exatamente agora, podemos defrutar as nossas vidas.
Por Psicólogo Paulo Cesar - Extraído do livro do autor Tartang Tulku
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"Encaro essa vida como o percurso de uma essência real; a alma apenas deixa sua corte para ver o país. Os céus tem em sí uma representação da terra e se a alma se tivesse contentado com idéias, não teria viajado para além do mapa. Mas os padrões excelentes lhes explora a simetria, ela a forma. Assim, sua descendência reproduz o original..." (Thomas Vaughn)
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e por Skype.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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