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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

SUAS CRENÇAS LHE AJUDAM A SER FELIZ?

Uma de minhas crenças é que as pessoas nascem para serem felizes, amar e serem amadas. Quando isso não acontece, é porque algo errado está acontecendo em suas vidas. Vou falar de outra maneira: as pessoas sempre aspiram ser felizes e, segundo Kant, querem ser dignas de suas felicidades, o que entendo como sendo uma busca das pessoas pelos motivos que os façam felizes. Esta é uma importante crença que tenho, mas olhando para a sociedade atual, vejo uma crise imensa fazendo com que falte às pessoas, os motivos para a felicidade; é um vazio existencial, uma falta de razões que muitos sentem em suas vidas e que acabam não sendo substituídas, apenas aliviadas por várias outras coisas igualmente sem sentido de vida.
Amigos, infelizmente vivemos tempos de angústias, e essa angústia, por si só, gera um interessante questionamento:
· Será que toda angústia, numa análise derradeira, não é angústia diante do nada?
· Será que esse nada que o homem vive não se encontra dentro dele mesmo?
· Será que não é o temor de si mesmo que está pondo o homem para correr, fugir de si mesmo?
· Afinal, em que o homem acredita? Ele acredita nele mesmo ou aprendeu e está sendo cada vez mais reforçado a ter dúvidas e nunca mais sair delas?
Reflitamos sobre a famosa frase de Nietzsche, “Deus está morto!”: Pergunto, acerca desta hipotética morte e sobre o que mais impacta as pessoas:
· Será que o espanto foi com a ignorância dos que mataram Deus?
· Será que o espanto foi com a rapidez com que a noticia se espalhou?
· Será que o espanto foi com o alivio dos que responderam “que bom, agora podemos fazer o que quisermos”?
Como psicoterapeuta, a minha maior preocupação diante do “nada” que a idéia de que “Deus está morto!” representa, não se refere absolutamente à questão de sua existência ou não, mas à existência do Deus singular em cada um de nós. O algo mais que permite ao homem transcender, pois “ser gente” implica, necessariamente, numa ultrapassagem, ou, se preferir de uma outra forma, a essência do existir humano é transcender a si próprio na busca de sua felicidade. Todavia, só é possível transcender a quem sabe acreditar, quem tem opinião. Novamente citando Nietzsche: “quem tem um por que viver, suporta quase sempre o como viver”. Isso significa que se conhecemos um sentido para nossas vidas, se cremos em um objetivo ou missão, por exemplo, ainda não realizada, encontramos forças para a superação das dificuldades e descompassos internos. É como se estivéssemos sempre prontos para algo que ainda não aconteceu e ainda assim não vamos nos desesperar se esse algo não acontecer. A esse “acreditar”, acompanha outro fator humano importante que é a fé. Ela não é uma forma de crença ou conhecimento, não é a fé nisso ou aquilo; a fé é uma espécie de certeza sobre a realidade de algo existir; objetivamente, a fé é a certeza do incerto.
A realidade das crenças é muito importante na existência humana porque o sucesso ou fracasso das pessoas durante suas vidas dependerá sempre da maneira com a qual lidam com suas crenças e os seus valores. Adquire-se uma crença porque ela “arruma” explicações, principalmente quando se lida continuamente com frustrações. Mas a crença nada mais é do que um pensamento ou uma idéia; a pessoa acaba se apegando a isso, que ganha bastante valor já que a idéia que a pessoa tem a respeito da relação entre as coisas ou situações se torna uma verdade que, por fim, converte-se em lei e em regras de comportamento. O problema é que também transforma-se em rigidez e a rigidez da personalidade age e impede a pessoa de crescer.
Como disse, esse tema é importante visto que tudo o que fazemos é o que acreditamos. Uma pessoa só faz aquilo que acredita ou quer. A crença determina o comportamento, o relacionamento, o pensamento e o sentimento, sendo um direcionamento para a realização de um futuro que julgamos ser benéfico. Ela dá condições para que a pessoa construa o que é bom, mantenha a verdade e busque o bem e o bom, preencha o vazio existencial. Dá condições, por exemplo, para você ter conseqüências satisfatórias na vida e não ser um frustrado. Além disso tudo, a crença pode também ser uma necessidade metafísica do homem para dar sentido à vida, ainda que haja o perigo de apego às crenças irracionais, as quais transformam a pessoa ou a conduz a um fechamento de sua mente, à estereotipia, rigidez, preconceitos, e tantos outros malefícios psicológicos.
Claro que muito mais se pode falar das preocupações de um psicoterapeuta com relação às crenças humanas, como o fato dela ser uma espécie de ligação entre o cáos e o conhecimento de si mesmo, de ser uma proteção para a insegurança, de ajudar na superação de crises, de fortalecer as dúvidas patológicas e muitos outros “sub-temas” decorrentes que são, com muita freqüência, tratados durante a psicoterapia por serem uma parte das mazelas humanas causadoras de sofrimento emocionais e psicológicas; mas, por ser assim tão vasto, abordarei o assunto detalhadamente em artigos futuros.
Espero que o artigo lhe seja útil ou a alguém que você conheça. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI e reflita um pouco sobre a abordagem psicoterapêutica de clientes LGBT.
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br 

MÉDICOS E PSICÓLOGOS: É POSSIVEL UM TRABALHO EM CONJUNTO?

Os profissionais da área da saúde, cada um à sua maneira, buscam compreender a pessoa de maneira global, contribuindo na obtenção de uma visão mais precisa e detalhada da condição e das características humanas. A psicologia, como sabemos, estuda a mente, razão, instintos, desejos, emoções, comportamentos e conflitos nas relações entre pessoas e consigo mesmo, a fim de auxiliar o paciente na “dimensão mental (razão e emoções)”, da mesma forma que um oftalmologista auxilia aqueles que estão com problemas de visão, um dentista auxilia quem tem uma dor de dente ou um cardiologista aos que sofrem com problemas no aparelho circulatório.
A psicologia não trata apenas de loucos nem é um tratamento caro ou muito demorado. Muitas vezes, uma pessoa quer ajuda psicológica e acaba desistindo por vergonha ou desinformação. É importante que saibam que a psicoterapia é um tratamento com começo, meio e fim, onde o psicólogo aplica seus conhecimentos para diagnosticar o problema de quem o procura, entende e cria as estratégias mais adequadas para a solução deste problema. Assim como o médico que faz o diagnóstico e trata uma doença do físico, o psicólogo trata as dores emocionais. Mas, além de neuroses e psicoses tão comuns nos consultórios de psicólogos, quais são essas dores emocionais? Angústias, medos, ansiedades, problemas de relacionamento, depressões, dissociações de personalidade e tantos outros transtornos e inquietações que dificultam ou impedem o desenvolvimento saudável da vida de uma pessoa que sofre por não saber lidar com isso.
A área da Saúde tem abordado os pacientes de modo integrado ou “holístico”, propondo tratamentos que não se restrinjam às especialidades de cada profissional. Dessa forma, o psicólogo recomenda a seus pacientes que procurem médicos especialistas conforme suas queixas, tal como médicos orientam seus pacientes para que procurem um psicólogo que cuide das implicações “mentais” de suas doenças. Assume-se, atualmente, que ter saúde não significa apenas não ter alguma doença instalada no corpo ou na mente: ter saúde significa viver bem, ter qualidade de vida, dispor de bem-estar físico, psíquico e social. Portanto, médicos, psicólogos e outros especialistas trabalham juntos para propiciar aos seus pacientes este novo conceito de saúde. Vejam alguns exemplos do que vem sendo tratado por médicos e psicólogos conjuntamente:
  • Depressão grave: psicólogos e psiquiatras recomendam tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico simultaneamente.
  • Psicoses: o psiquiatra recomenda tratamento psicoterapêutico para ajudar na recuperação psicológica, no ajuste social e na adesão ao tratamento medicamentoso.
  • Infertilidade: também neste caso, as questões emocionais podem estar envolvidas dificultando a fecundação natural ou “in vitro”. Considera-se, além disso, que a psicoterapia ajuda a restaurar a fertilidade de mulheres que pararam de ovular devido ao estresse.
  • Ginecologia: cada vez é mais comum a assistência psicológica às pacientes com doenças ginecológicas, dificuldades sobre sexualidade, no climatério, gestantes durante o período pré-natal, parto e puerpério.
  • Oncologia: chama-se psico-oncologia o suporte psicológico no tratamento de pacientes de câncer.
  • Neurologia: médicos e psicólogos unem seus esforços nos tratamentos de distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais, e em distúrbios de personalidade provocados por lesões do cérebro, que é o órgão do pensamento e, portanto, a sede da consciência.
Enfim, está claro que médicos e psicólogos podem e devem trabalhar juntos em prol da saúde de seus pacientes. Evidentemente há situações em que o tratamento médico é o único eficaz, outras em que a psicoterapia é a ideal técnica de tratamento, e há aquelas em que a combinação de medicação e psicoterapia é o recomendado. Quanto mais cedo o paciente procura ajuda, mais cedo se diagnostica e define-se o tratamento. Lembre-se: ter saúde significa viver bem, ter qualidade de vida, dispor de bem-estar físico, psíquico e social.
Espero que esse texto tenha sido útil para você. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para a sua vida! CLIQUE AQUI para ler um artigo  sobre a perda do desejo sexual nos homens.
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LIVRE-SE DOS APEGOS E SEJA FELIZ

Há um fato inquestionável e muito preocupante, segundo a ótica da psicologia, que é o seguinte: em nossa sociedade, quase todas as pessoas tem medo da morte. Por que é preocupante? Ora, porque a psicologia visa o ser humano feliz e dedicado à vida, e, se uma pessoa quiser apreciar plenamente a vida, precisa enfrentar esta realidade, ou seja, aceitar que a impermanência e a morte são partes integrantes do estar vivo; e isso, numa medida ideal, deve vibrar dentro de nós e despertar-nos. Compreendendo o sentido da impermanência, muitos dos aspectos da vida que eventualmente se percebe como fascinantes e espetaculares podem parecer um pouco menos atraentes, além de, mais facilmente, facilitar o desapego às coisas e a perda de muitos medos, inclusive da pequena casca de proteção que envolve o ser. Pensar na impermanência da vida desperta o ser humano e lhe dá conta de que nesse exato momento ele está simplesmente vivo!

Os padrões de hábitos de uma pessoa são muito difíceis de quebrar e, quando fazem a tentativa de quebrá-los, sempre aparecem obstáculos que são os desejos e os apegos, os quais induzem a pessoa a repetir os mesmos modelos destrutivos. O psicólogo constata, durante a psicoterapia, que as necessidades emocionais de um paciente, por exemplo, não somente se habituam às coisas materiais, como também à sua auto-identidade. Isso passa a ser um dos focos da psicoterapia pois enquanto a pessoa não se solta de seus apegos à personalidade e à auto-imagem, será difícil até ver esses padrões de vida, quanto mais mudá-los. Percebe-se que, às vezes, a pessoa renuncia a coisas importantes como o dinheiro, o próprio lar, etc., sem grandes dificuldades. Mas os apegos emocionais, tais como o elogio, a censura, o ganho e a perda, o prazer e a dor, as palavras bondosas ou mesmo as ásperas, são muito sutís. Estão além do nível físico... existem na personalidade ou na auto-imagem e as pessoas não estão dispostas a deixá-los partir.

Devemos, então, atentar para o fato de que os nossos apegos exercem uma influência magnética, que nos retém num lugar como se estivéssemos na prisão. É difícil dizer se essa força controladora provém de nossos atos passados, do nosso medo da morte ou de alguma origem desconhecida: o fato é que não podemos nos mover e, assim, toda a sorte de frustração e mais sofrimento. Mas à proporção em que crescem a compreensão e a percepção, ou seja, ampliamos a consciência pessoal, vemos como é importante trabalhar psicoterapeuticamente as nossas emoções, apegos e negatividades, passando a reconhecer que a solução final vem de dentro. É nesse momento, em que se desperta para esta penosa condição que a pessoa começa a mudar suas atitudes mais íntimas com algum progresso verdadeiro, pois as mudanças estão dentro da pessoa, dentro de cada um de nós. Quando e observa, com cuidado, os sentidos e sentimentos íntimos, a pessoa aprende a aceitar-se, a apreciar-se e estar abertos para os outros. Através da integração e do equilíbrio da mentes e do corpo é possível atingir a paz interior e a alegria que é o amor.

Freqüentemente, sentimo-nos desconfortáveis no presente e aflitos porque o que quer que esteja acontecendo é um “tanto e quanto” inesperado. Achamos difícil relacionar-nos aberta ou diretamente com as situações; fato é que enquanto focalizarmos o passado ou o futuro, nunca lidaremos com o presente e, assim sendo, ele nunca nos dará uma satisfação verdadeira. Quando encontrarmos, dentro de nós, a inspiração, abertura e equilíbrio, nossas vidas se tornarão genuinamente felizes e dignas de serem vividas, e poderemos então, encontrar felicidade (até em nossos trabalhos), pois a base do caminho espiritual é o desenvolvimento em nós mesmos, do que é verdadeiramente equilibrado, natural e significativo.

Enfim, quero dizer que o desfrutar a vida pode ser extremamente importante, porém, freqüentemente, as pessoas projetam a satisfação no futuro, de modo que suas vidas se enchem de sonhos vazios. Isso não quer dizer que se deve deixar de fazer planos inteligentes para o futuro, mas que as pessoas devem viver mais plenamente no presente, e assim, crescerem na direção de suas metas futuras até alcançá-las. Quando uma pessoa se abre para a sua experiência presente, compreende que, exatamente agora, pode desfrutar a sua vida.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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O SENTIDO DA VIDA

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Uma das coisas que mais ouço no consultório de psicoterapia são as reflexões e/ou dúvidas sobre a velha questão do sentido da vida; antes demais nada, devo dizer que a conseqüência terapêutica dessa reflexão é o imediato confronto com a realidade, mesmo que haja, por incrível que possa parecer, alguma dificuldade na aceitação da própria realidade. Mas não há como escapar: a vida sempre nos interroga, logo a ela devemos responder, portanto, somos, cada um, singularmente, responsáveis por nossas vidas e assim devemos ser durante as nossas existências.

É lógico que nessas reflexões é impossível não se pensar na finitude do homem, mas numa finitude que necessariamente represente algo que dê sentido à existência humana e não algo que encerre a vida. Deduz-se que a morte é assunto inevitável em todas as psicoterapias e fica aqui a minha pergunta: Quantas vezes nos dizem que, em última análise, tudo carece de sentido já que a morte, no fim, tudo destrói? Não concordo com isso, pois se fôssemos imortais poderíamos, com razão, adiar cada uma das nossas ações até o infinito e nunca teria a menor importância realizá-las agora. Logo, a finitude, a temporalidade, não é apenas uma nota essencial da vida humana, é também constitutiva do seu sentido e está fundada em seu caráter irreversível. Daí, que só se pode entender a responsabilidade que o homem tem pela vida quando a referimos à temporalidade, à vida que só vive uma única vez. Por outro lado, nunca poderíamos avaliar a plenitude de sentido duma vida humana com base na sua duração: Não avaliamos uma biografia pela sua extensão, pelo número de páginas, mas sim pela riqueza do seu conteúdo, e nessa avaliação, constatamos a grandeza das pessoas que perdemos.

Amigos, evidentemente todos sofrem perdas de entes amados e o que vejo, durante a psicoterapia é que muitos, após a perda, ficam inseguros e sem saber se a sua vida ainda conserva algum sentido. O que importa nessa situação é a pessoa se convencer da capacidade de continuar a viver, sabendo inclusive que parte do sentido da vida está, precisamente, em superar interiormente a infelicidade, em crescer com ela. É mais fácil compreender a vida como um valor, algo que sempre tem um sentido, se estivermos em condições de dar à ela (vida) um conteúdo, uma meta, uma finalidade, enfim, se nos vemos diante de uma missão. Nada há de mais apropriado para que uma pessoa vença ou suporte dificuldades objetivas ou transtornos subjetivos do que ter a consciência de uma missão a cumprir na vida. Tal missão torna o seu titular insubstituível e confere-lhe à vida, o valor de algo único. Além disso, como uma mágica “transcendental”, uma vez atingida a compreensão do caráter de missão de vida, esta se torna tanto mais plena de sentido quanto mais difícil for. E se às vezes, nós duvidamos do sentido da vida, devemos ter sempre em mente que a primeira e mais imediata missão está em descobrir a própria missão e avançarmos na vida no que ela tem de único e irrepetível. Como Goethe uma vez citou: “Como pode uma pessoa conhecer-se a si mesma?” Nunca apenas pela reflexão, mas sim pela ação. Tenta cumprir o teu dever e logo saberás o que há em ti. Mas, o que é o teu dever? "A exigência do dia”.

Enfim, amigos, gostaria de dizer que o que interessa à análise existencial é fazer com que experimentemos vivencialmente a responsabilidade pelo cumprimento da missão pois quanto mais aprendermos o caráter de missão que a vida tem, tanto mais nos parecerá repleta de sentido as nossas vidas.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
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SOLIDÃO: UM SINAL DE DEPRESSÃO

A minha motivação inicial era abordar o tema “Depressão”, porém, considerando a importância e o volume de informações a respeito, decidi por apresentar alguns artigos que, juntos, darão uma visão interessante a respeito desse transtorno, o qual, até o ano 2020, será a doença com o segundo maior número de ocorrências no mundo inteiro, superado apenas pelos problemas cardíacos. A depressão é um quadro que abrange o organismo todo, que compromete o orgânico, o afeto e o pensamento, e que altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas, sendo um dos principais sintomas, a solidão, ou o isolamento social, tema que será apresentado nesse artigo.

A solidão é uma manifestação humana que considero de extrema preocupação, dado ao sofrimento que a pessoa sente, ao ver-se, ainda que fantasiosamente, sozinha no mundo. Essa percepção de solidão pode referir-se aos amigos, à família, ambiente de trabalho, enfim, a todas as situações onde, havendo a possibilidade da interação social, o depressivo não a vivencia, acabando por ser inundada pelo sentimento de estar só, no caso em que me refiro, à perda das relações interpessoais. Para melhor compreender o conceito de solidão, Gomes (2001) tenta defini-la em termos sociológicos, de acordo com os quais é subproduto da construção social do indivíduo. Ao afirmar sua individualidade, o homem afirma também a fragmentação do universo social e o isolamento do outro. Esse isolamento, porém, pode tornar-se insuportável e gerar a tentativa de ser superado por meio da relação interpessoal. Do ponto de vista sociológico, a solidão é, assim, o resultado da produção social de um homem "egocentrado", individualista, narcisista. Na visão psicológica, a solidão caracteriza-se pela falta de afetos do outro e está intimamente relacionada com o sentimento, com a sensação de se estar só. A outra pessoa, mesmo estando próxima geograficamente, não é percebida como um ser que realiza a aproximação psicológica, logo, é visto como aquele a quem falta interação e comunicação emocional.

É importante considerarmos, também, que os tempos atuais, marcados por grandes avanços científicos e tecnológicos e pela expansão dos meios de comunicação, tem gerado uma crescente solidão no ser humano haja vista que esta comunicação está altamente comprometida devido ao estilo de vida individualista e consumista. Assim, a solidão assume uma posição de relevância entre os mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. O mundo da tecnologia e da crescente expansão dos meios de comunicação tem, cada vez mais, produzido indivíduos solitários. O desenvolvimento tecnológico, com suas extraordinárias potencialidades de humanização e de socialização, contrapõe-se à crescente solidão e ao individualismo gerados nas relações sociais. O individualismo narcisista aparece como sintoma social nas sociedades ocidentais contemporâneas e produz a solidão, a sensação de vazio, de falta, no homem: A falta ou, melhor dizendo, a suposta falta, levará a comportamentos de compensação ligados ao consumo, tais como comprar e comer. Trata-se de ingerir, de se completar, de tentar preencher o que falta, ou o vazio, gênese da baixa auto-estima de um mundo individualista que dá lugar à solidão. Além disso, há a “revolução sexual”, onde a troca sistemática de parceiros pode esconder uma comunicação humana de muito desespero e solidão, tornando a busca do encontro sexual uma necessidade obsessiva de alimento contra o vazio, no que denomina 'os viciados em amor', gerando a robotização da sexualidade com graves prejuízos emocionais.

E como escapar da solidão? A psicoterapia é um poderosa via para isso pois mostra-se como uma oportunidade de usá-la como recurso poderoso, capaz de fazer a pessoa entrar em contato consigo mesmo para, a partir daí, amadurecer e melhorar significativamente seus relacionamentos. Confronta-se a solidão desenvolvendo os recursos interiores, a força e o senso de direção, usando-os como base de um relacionamento significativo com outros seres humanos. Os indivíduos “artificiais” tornam-se cada vez mais solitários, por mais que se apóiem nos outros, pois gente vazia não possui a base necessária para aprender a amar.

A psicoterapia também pode ajudar a pessoa a reverter alguns traços muito comuns da depressão: imagens negativas sobre si próprio, sentimentos negativos em relação ao futuro e baixa auto-estima. O estabelecimento de uma relação psicoterapêutica de suporte é habitualmente crucial, inclusive no tratamento dos doentes psiquiátricos, independentemente do seu diagnóstico. Mas atenção: não há "técnicas milagrosas"! A psicoterapia demanda um tempo pois considera o real potencial e o gênio inato de cada um. Na terapia, o processo de crescimento deve ser consistente. Deve-se preencher os buracos da personalidade para torná-la novamente inteira e completa, estimulando-se uma maior auto-aceitação e o processo de crescimento humano. De modo bastante simplório, podemos dizer que a psicoterapia é um ginástica para a alma, que dentre os seus benefícios, está o fortalecimento das condições individuais para a melhoria das relações sociais e, por conseguinte, do desaparecimento da sensação de solidão. Pratique psicoterapia: Procure um Psicólogo!


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Desejo que todos fiquem bem e que os doentes sejam curados.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

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NOÇÕES IMPORTANTES SOBRE TRANSTORNO BIPOLAR

Por vários autores - Fonte Internet


Hoje em dia, muito se fala em “bipolar”, então é bom que a gente saiba, ainda que superficialmente, o que é isso a fim de diminuir as fantasias a respeito desse quadro.

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva mas essa designação foi abandonada principalmente porque um paciente “bipolar” não apresenta necessariamente sintomas psicóticos; na verdade, na maioria das vezes, esses sintomas não aparecem. O Transtorno Bipolar é uma doença que se caracteriza pela alternância de humor, sendo que ora a pessoa fica eufórica (episódios de mania) ora deprimida, intercalando com períodos de normalidade, sendo, também, um estado que nem sempre é facilmente identificado, haja vista as freqüências das variações do humor que podem ser diários ou após meses.

Com o que não deve ser confundido
Não devemos confundir transtorno bipolar com as alterações de humor motivadas por dificuldades cotidianas estressantes, pois estas são momentâneas e tendem a desaparecer quando as dificuldades são resolvidas.

Características
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O começo da sua manifestação pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos), o que muitas vezes confunde médicos e psicólogos retardando o diagnóstico da fase em atividade.

Qual a causa da doença?
A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitam seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida, etc.

Sintomas
A mudança do comportamento de euforia para depressão ou vice-versa é súbita, mas o indivíduo não percebe esta alteração ou a atribui a algum fator do momento, pois o senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicadas ou ausentes.

Quando em um episódio de Mania ou Euforia o paciente pode apresentar:
1. Aumento de energia e disposição
2. Humor eufórico
3. Irritabilidade, impaciência, "pavio curto"
4. Distração
5. Exaltação
6. Pensamento acelerado, tagarelice
7. Insônia
8. Otimismo exagerado, aumento da auto-estima
9. Gastos excessivos
10. Falta de senso crítico

Quando em um episódio de Depressão o paciente pode apresentar:
1. Desânimo, cansaço mental
2. Dificuldade de concentração, esquecimento
3. Isolamento social e familiar
4. Apatia, desmotivação
5. Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio
6. Pessimismo, idéias de culpa
7. Baixa auto-estima
8. Alteração do apetite
9. Redução da libido
10. Aumento do sono

Em casos mais graves de Mania, pode ocorrer:
1. Delírios e alucinações
2. Abuso de álcool ou drogas
3. Idéias de suicídio
4. Desinibição exagerada
5. Comportamentos inadequados

Em casos mais graves de Depressão, pode ocorrer:
1. Dores e problemas físicos como, cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo e pressão no peito
2. Idéias suicidas

Tratamento
O tratamento mais indicado atualmente é uma combinação de medicamentos com psicoterapia. O diagnóstico precoce aliado a uma terapêutica adequada é um bom caminho para a melhoria e manutenção da qualidade de vida do portador desse distúrbio. A participação da família também é muito importante. Para auxiliar o paciente, a família precisa saber o que é e como se trata o transtorno bipolar. Esse entendimento trará ao paciente a sensação de apoio e compreensão que serão importantes atitudes no relacionamento familiar. Um bom conhecimento da doença e do seu tratamento pelo paciente, pelos seus familiares e amigos, aumenta a possibilidade de uma vida produtiva, com qualidade e satisfação. Muitas vezes o paciente não percebe que tem esta enfermidade, sendo necessário que familiares e amigos estejam bem informados e saibam reconhecer alguns dos sintomas para poderem encaminhá-lo a um tratamento adequado.

Compilado por Psicólogo Paulo Cesar

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Psicólogo Paulo Cesar

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COMENTÁRIOS SOBRE O ESTRESSE

Por Paulo Cesar T. Ribeiro.
Há dias que não adiciono nada no blog e o motivo não poderia ser outro a não ser a falta de tempo. Muitas pessoas passam pela mesma situação, a de produzir algo e não conseguir, “cobrando-se” depois por uma solução para esse tipo de dificuldade. Muitas vezes surgem as dores de cabeça, de estômago, queda de cabelos, vontade de chorar, hipertensão e incontáveis problemas de pele, mas antes que esses sintomas o levem a gastar “os tubos” com dezenas de médicos especialistas, saiba que eles tem uma causa comum: o estresse, uma reação natural do organismo contra estímulos externos que o amedrontam, excitam ou mesmo o faz feliz. Seu grau inicial, chamado “alerta” é benéfico e quem está nesta fase produz mais e até o desempenho sexual melhora. O estresse só passa a ser danoso quando constante e em níveis elevados.

O estresse relaciona-se com a produtividade (ou qualquer outro parâmetro - felicidade, por exemplo) através de uma curva em forma de sino. A fase ascendente é a do alerta. O perigo dos pontos mais altos dessa fase é que a pessoa vê em sua produtividade uma “eterna ascensão”. Mas a partir de um ponto máximo (variável entre os indivíduos), começa a resistência. Manter-se equilibrado nessa etapa exige técnica. O organismo precisa de uma folga para não entrar em exaustão. É fácil identificar as fontes externas, sendo que a intensidade varia com o indivíduo.

Os sintomas da fale de “alerta” decorrem do aumento da adrenalina circulante no organismo. É um preparo para lutar ou fugir de um inimigo. Se o estímulo desaparece, a tendência é voltar ao estado inicial. Prosseguindo o estímulo, começa a fase de “resistência”, quando mudam os sintomas. Tomadas as providências, nada de mau acontece. Se o tratamento é negligente, chega à fase de “exaustão”, que é muito perigosa. A pessoa fica seriamente doente e está sujeita a um infarto, problemas renais ou de hipertensão arterial, queda de cabelos e problemas dermatológicos.

quando a pessoa se depara com um possível estressor, o corpo reage. O sistema nervoso central excita uma parte do sistema nervoso periférico denominada simpático (cuja mensageira é a adrenalina) e faz aumentar os batimentos cardíacos, melhorar a eficiência da respiração, dilatar a pupila, etc. A pessoa fica lívida, não sente fome ou sono. A questão é de sobrevivência. O hipotálamo (área do sistema nervoso central) determina que a hipófise libere hormônios atuantes nas supra-renais, fazendo-as produzir mais corticosteróides. Estes atuam no fígado (aumenta a síntese de glicose) e sobre outros tecidos (consomem menos glicose). Resultado: mais açúcar (energia) no sangue. Estas ações visam preparar o organismo e impedir os efeitos danosos sobre seu metabolismo.

Mas a excitação desse mecanismo não pode ser permanente. Em casos em que não se elimina a fonte de estresse ou não se consegue recuperar o estado de equilíbrio interno, vem a fase de “resistência”. O organismo tenta recuperar seu equilíbrio interno. Começa a sensação geral de desgaste. Sem controle, abre-se o caminho para a “exaustão”.


Tratamento Preventivo - Controle dos Sintomas
São raras as pessoas que se propõem a fazer um tratamento preventivo do estresse. Ele pode ensinar você a reconhecer sua curva de estresse, seus limites e suas fontes internas e externas. Quem procura ajuda já “stressado” também aprende tudo isso, só que já deve ter agredido muito o seu organismo. Se você se encaixar na categoria dos que só procuram ajuda quando atingiram a fase de “exaustão”, o tratamento deverá ser acompanhado por outros especialistas que se ocuparão das doenças já instaladas e do acompanhamento psicoterápico específico, no caso de você ter algum problema psicológico sério que esteja funcionando como fonte interna permanente de estresse.

Se você já estiver na fase de “exaustão”, é bom que procure ajuda porque será muito difícil que consiga sair dela sozinho. O tratamento feito exclusivamente com calmantes pode durar alguns anos, que podem ser diminuídos para até seis meses se você se submeter ao tratamento específico do estresse, que consiste em um tipo de terapia para que você aprenda o controle dos fatores estressantes.
O trabalho de controle do estresse é feito em 4 frentes. A primeira delas é o atendimento psicológico. Este visa fazer com que você desenvolva uma visão positiva da vida, tenha calma para enfrentar os problemas, tenha maior tolerância à mudanças, evite exagerar as expectativas em relação ao seu desempenho e de pessoas que o cercam, elimine a afobação, características de comportamento comuns a pessoas classificadas pelos psicólogos como “pessoas do tipo A”. São aquelas pessoas agitadas, que estão sempre olhando no relógio, que tentam desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. São as pessoas mais sujeitas a sofrerem estresse. O tipo oposto de pessoa é aquele conhecido como “tipo B”, que são calmas, falam devagar e estão menos sujeitas ao estresse.

A segunda frente de combate ao estresse é o relaxamento, uma vez que a tensão muscular costuma acompanhar o estresse. A eliminação da tensão vai ajudá-lo a enfrentar melhor o estresse. Durante um tratamento específico de estresse, você pode aprender algumas técnicas de relaxamento para empregar nas horas em que se sentir “estressado”. Entretanto, qualquer técnica de relaxamento é boa, desde que você se identifique com ela. Pode ser, até simplesmente, ver televisão. Você vai precisar também aprender a estabelecer uma rotina de recreação e de lazer. Tentar relaxar tomando calmantes é um erro porque eles apenas mascaram o problema. A pessoa precisa aprender a lidar com seu estresse e não apenas fugir dele.

A terceira frente é o exercício físico. Além dele ser positivo para as pessoas menos “estressadas”, ele tem uma razão de ser para os “estressados”. A partir de um certo nível de exercício, o organismo produz beta-endorfinas, substâncias que funcionam como antiestressantes. Elas são encontradas no cérebro e em outros tecidos e podem controlar a sensação normal de dor, além de participar da regulação da temperatura e do apetite, e de ser capaz de melhorar também o sonho e o humor. Os atletas, por exemplo, conseguem continuar sua atividade depois de uma contusão grave devido ao efeito anestésico dessas substâncias. O exercício físico é recomendado para qualquer pessoa, desde que sejam respeitadas suas limitações físicas e de saúde.

Você também tem de ter uma boa alimentação (quarta frente) para poder dar combate ao estresse. Ela é importante porque o organismo esgota suas fontes de vitaminas e nutrientes para conseguir se recuperar do estresse. Isso acaba fazendo com que o organismo fique mais sujeito a ter doenças oportunistas como infecções e viroses. Portanto, é necessário repor, regularmente, esses nutrientes através de uma alimentação rica.

Meu caro amigo, frente a uma situação problemática, dê uma folga a si mesmo antes de enfrentá-la. Esfrie a cabeça, distraia-se da forma que lhe for mais agradável. A solução do seu problema será mais fácil e menos “estressante”. Não crie expectativas exageradas em relação às atitudes ou ao desempenho seu e de outras pessoas. Cada um tem seu ritmo próprio, que precisa ser respeitado. Procure desempenhar tarefas que combinem com ele. Não espere que seu organismo vá agüentar sempre “só mais um pouquinho”. Não aceite tarefas em excesso nem adie seus períodos de descanso. Controle-se ao sentir os primeiros sinais da fase de resistência do estresse e, finalmente, como já vimos, mantenha sempre uma alimentação equilibrada. A recuperação natural do estresse depende da reposição de nutrientes como o cálcio, magnésio, ferro e vitaminas. Eles são gastos pelo organismo durante a fase de resistência. Os exercícios físicos são fundamentais pois a partir de um certo nível de exercício, o organismo passa a fabricar as endorfinas, substâncias que participam do controle da dor, do humor, do sonho e do apetite.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

SOBRE OS MITOS

(Extratos de M. Eliade)

Se até o século XIX, o mito representava tudo o que opunha ao real, hoje busca-se conhecer e compreender o valor do mito, tal como elaborado pelas sociedades antigas, onde o mito era a própria fundamentação da vida social e cultural. Para um primitivo, o mito exprime a verdade absoluta (histórias sagradas numa época dos começos), e por isso ele era exemplar, servia de modelo e justificação a todos os atos humanos. Imitando o ato de um Deus ou Herói, ou simplesmente narrando essas aventuras, o homem das sociedades arcaicas destacava-se do tempo profano e aderia ao Grande Tempo, ao tempo sagrado.

O mito representa, assim, um certo modo de estar no mundo. Considerando-se a vida social, não há solução de continuidade entre o mundo arcaico e o mundo moderno. A grande diferença se faz a nível pessoal pelo pensamento que tem de si o homem atual, função quase inexistente nos membros de sociedades antigas. Deve-se frisar, porém, que o mito nunca desapareceu por completo em termos de experiência individual: ele brota nos sonhos, nas fantasias e nostalgias contemporâneas.

Distrações como forma de “matar” o tempo revelam-se um aspecto importante pois, seja num filme, um livro ou uma novela, a pessoa penetra num universo temporal estranho a ela e se integra em outros ritmos. Essa defesa contra o tempo talvez seja a diferença radical entre as culturas de hoje e as antigas. O gesto responsável reproduzia um modelo mítico, “trans-humano” e, por isso, fora do tempo profano. Sacralizava-se o cosmos no trabalho, nas profissões, na guerra e no amor: eles decorriam num tempo sagrado pois eram a revivência dos Deuses e Heróis. Hoje, o homem se sente prisioneiro de sua profissão e a raiz disso está na dessacralização do trabalho. Por isso ele se esforça por “sair do tempo”: inventa jogos, diversões, distrações sem compromisso - é que ele não consegue mais a “saída” com um trabalho responsável. Quando nos debruçamos sobre a vida dos antigos, descobrimos que quase não tinham distrações - não havia necessidade disso.

A compreensão do mito se contará, sem dúvida, como uma das mais úteis descobertas do século XX. O homem ocidental já não é dono do mundo. “Não basta descobrir e admirar a arte negra ou oceânica, é preciso redescobrir as fontes espirituais dessas artes em nós mesmos, é preciso tomar consciência do que resta ainda de “mítico” numa existência moderna e que assim sucede, porque esse comportamento é consubstancial com a condição humana, enquanto expressão da angústia perante o tempo”. O mistério desse reencontro é ilustrado por Martin Buber na história do rabino Eisik de Cracóvia: O piedoso rabino Eisik da Cracóvia teve um sonho que lhe mandava que fosse a Praga. Alí, sob a grande ponte que leva ao castelo real, descobriria um tesouro escondido. O sonho repetiu-se três vezes e o rabino decidiu-se a partir. Chegado a Praga, encontrou a ponte, mas guardada noite e dia por sentinelas. Eisik não ousou investigar. Girando sempre pelos arredores, atraiu a atenção do capitão dos guardas; este perguntou-lhe, amavelmente, se perdera alguma coisa. Com ingenuidade, o rabino contou-lhe o seu sonho. O oficial explodiu em gargalhadas: “Realmente, homenzinho!”, disse-lhe ele, “tu usaste os teus sapatos para percorrer todo esse caminho simplesmente por causa de um sonho?” O próprio oficial ouvira uma voz em sonhos: “Falavam-me de Cracóvia, ordenando-me que lá fosse e procurasse um grande tesouro na casa de um rabino. O tesouro devia ser num recanto poeirento, por detrás do fogão, onde estava enterrado”. Mas o oficial não tinha qualquer fé nas vozes escutadas em sonhos: era uma pessoa de juízo. O rabino inclinou-se profundamente, agradeceu-lhe e apressou-se a regressar a Cracóvia. Cavou no canto abandonado da casa e descobriu o tesouro que pôs fim à sua miséria.

O indianista Heirich Zimmer comenta assim o conto: “Assim, pois, o verdadeiro tesouro, o que põe fim à nossa miséria e provações, nunca está muito longe, não é preciso ir buscá-lo a um país longínquo; jaz enterrado nos recessos mais íntimos da nossa própria casa, isto é, de nosso próprio ser. Está atrás do fogão, o centro que fornece a vida e calor que comanda a nossa existência, o coração do nosso coração, se soubermos cavar. Mas há, então, o fato estranho e constante de que é só após uma viagem piedosa a uma região longínqua, num país estrangeiro, sobre nova terra, que significado dessa voz interior que guia a nossa procura poderá revelar-se-nos. E, a esse fato estranho e constante, junta-se um outro: aquele que nos revela o sentido da nossa misteriosa viagem interior deve ser ele mesmo, um estrangeiro, doutra crença e doutra raça”.

E este é o sentido profundo de toda verdade redescoberta. E poderia ser o ponto de partida de um novo humanismo, em escala mundial.

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Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

TERAPIA É COISA PRÁ MALUCO?

Autora: Nany Gomero

"Estava no trabalho e acabei comentado com umas pessoas que eu fazia terapia. Elas me olharam com espanto. Uma pessoa até comentou:
- Nossa, mas você não tem cara de quem faz terapia!
Eu fiquei pensando comigo mesma: Como será a cara de quem faz terapia?"

Essa foi uma história que eu ouvi na semana passada. Infelizmente, esse olhar para quem faz terapia é muito comum. É como se fosse algo só pra quem é maluco ou muito problemático. Como se pessoas normais não fizessem terapia. Eu sei que isso abre espaço para questões como: O que é ser normal? O que eu não pretendo discutir aqui. Pra quem tem interesse sobre o assunto, tem um vídeo, muito engraçado, do Fábio Porchat no youtube e um texto, muito interessante, que eu achei no site “Recanto das Letras”.

Ainda existem muitos mitos sobre o "fazer terapia". O fato, é que não há muita divulgação sobre como ela funciona e quais são seus benefícios. Isso gera muito preconceito e muitas idéias erradas. Assim, a falta de conhecimento acaba se tornando a principal fonte desses "olhares de espanto".

Por causa deles, muita gente omite que faz ou já fez terapia. É muito chato ficar se sentindo julgado a todo o momento e complicado lidar com a falta de informação dos outros. Existem também, pessoas com uma curiosidade muito grande sobre a psicoterapia, mas, influenciada por esses olhares, acabam nem se informado sobre o assunto. Assim, esse tipo de visão acaba se solidificando e tomando força.

Cada um tem seus problemas, suas questões, suas insatisfações e sua forma de se colocar no mundo. A terapia trabalha exatamente isso. É aquela velha história do Caetano Veloso: "Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que se é...". É uma forma de nos conhecermos melhor e começarmos a entender o porque agimos de determinada forma. Quais são nossos ganhos, quais são nossas perdas, como isso se reflete no mundo, nas nossas relações. Aprendemos a ver as coisas de novos ângulos, descobrimos novas alternativas, novos olhares e, principalmente, aprendemos a gostar mais de nós.

A terapia é uma ferramenta para novas escolhas, para pessoas como eu e como você. É só querer.

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Psicólogo Paulo Cesar

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