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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

POR QUE FAZER PSICOTERAPIA?


Não me parece exagero dizer que o mundo civilizado elege aquilo que é concreto ou palpável como indicativo ou referencial para definir aquele que possa ser chamado ou não de bem sucedido na vida. O ser humano vem dedicando seu interesse quase que exclusivo a essa modalidade de conquista. Assim me parece caminhar o sujeito humano civilizado.

A humanidade parece enfrentar um período da historia onde a infertilidade (para não dizer esterilidade) na produção do pensamento é algo preocupante. O bem material se tornou tão valorizado que sufoca a cada dia a capacidade de reflexão do homem. Lembro-me então do saudoso Raul Seixas quando cantava sobre…


“As mensagens que nos chegam sem parar, ninguém pode notar, estão muito ocupados para pensar…”.Raul Seixas, S.O.S.

Como poderia então um sujeito se dispor a momentos onde a concretude das coisas simplesmente perde o valor e dentro de uma sala, deitado num divã, propor junto com seu analista, pensar e tentar através da reflexão entender sua dor, ou de alguma forma aliviar o peso de perceber sua angustias? Essa angustia que com nome de dor, a cada dia se torna mais localizada no corpo físico e longe dos conflitos psicológicos, ou pelo menos sem chance de associação entre uma e outra. Poderíamos dizer: cada dia mais perto do corpo (concreto) e mais distante da alma (subjetivo).

A tecnologia se desenvolve assustadoramente para dar conta dessa dor que surge no corpo. Medicamentos são desenvolvidos cada vez mais eficazes para amenizar essa dor e o homem ganha assim status e onipotência de um Deus. A aceitação do próprio corpo que poderia ser um bom exercício de reflexão sobre si mesmo foi substituída por um avanço espantoso na medicina estética que coloca próteses de silicone para introduzir o que se imagina faltar e retira o que não é desejável. A “casca” do ser humano fica cada vez mais bela, por pequenas fortunas. A evolução medica cura as mais variadas formas de câncer (muitas delas adquiridas pelo consumo de substancias que ele próprio criou). Na psiquiatria elaboram-se antidepressivos e ansiolíticos cada vez mais desenvolvidos, que a cada dia se aplica menos em nome de uma patologia fisiológica, mas em nome de uma psiquiatria estética, onde talvez fosse uma oportunidade de certo trabalho psicoterapeutico, no sentido de restabelecer a capacidade de pensamento e reflexão da própria vida.

Cria armas cada vez mais elaboradas para destruição em massa; promove-se catástrofes na natureza de grandes proporções, como derramamento de óleo no mar, desmatamento e destruições de rios com descarga de esgoto. Como escreve Freud em 1930, no texto O mal estar nas civilizações:
“… As épocas futuras trarão com elas novas e provavelmente inimagináveis grandes avanços nesse campo da civilização e aumentarão ainda mais a semelhança do homem com Deus…”.

Mas, esse desejo sendo realizado sem que se desenvolva a capacidade de pensamento, caracteriza um modo perigoso de caminhar. O indivíduo se vê impelido a buscar uma garantia concreta para o amanhã. Contudo, na busca pelo material a rivalidade e a competição são conflitos sempre presentes. Em uma sociedade onde a família e suas tradições são cada dia menos valorizadas, fica também ameaçado o ambiente de acolhimento e segurança para se sonhar, imaginar e pensar. Desenvolver o aparelho pensador.

Penso que esse modelo de ser humano que somos hoje, necessita urgentemente resgatar sua capacidade de pensar – a principal habilidade que o difere dos outros animais. Pois, ao colocar essa capacidade em prática, também passa a valorizar o subjetivo. Aquilo que ainda não é, mas pode vir a ser. Esquecemos completamente de que tudo aquilo que podemos constatar pelos órgãos dos sentidos é passageiro, mas aquilo que não se pode perceber pelo sensorial é eterno.

A psicanálise assim como as psicoterapias busca, sobretudo, reconstruir essa capacidade de pensamento e imaginação, propõe a produção de pensamento pelo pensamento, esse que constrói o amanhã. O amanhã que é sempre incerto e que na verdade ainda não existe, mas nos preocupa no que poderá nos trazer. O devir. O amanhã só existe hoje se pudermos imaginá-lo e pensá-lo em suas reais possibilidades. Na relação analítica, ou seja, naquilo que se constrói entre terapeuta-paciente, o sujeito tem chance de se conhecer em seus desejos e seus medos (que andam lado a lado). Nesta descoberta podemos criar um modo de ser mais adequado para vivermos em um mundo que também se adequará a nós. Falo antes de tudo de um movimento de expansão da capacidade de reflexão e pensamento.

Fonte: Prof. Renato Dias Martino – Psicoterapeuta e Musico

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

FAMÍLIA É UM PRATO DIFÍCIL DE PREPARAR

(Extraído do livro "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo)


Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.

Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. 

Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 

O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. 

Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente. 

E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? 

Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. 

Não há pressa. Eu espero. 

Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. 

Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. 

Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. 

Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. 

Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. 

Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. 

Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. 

Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na
hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. 

Não existe “Família à Oswaldo Aranha", "Família à Rossini”, Família à “Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. 

Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de “Família Diet”, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir. 

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia- a -dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança, principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. 

O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. 

Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e online.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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COMO SABER SE SOU ALCOÓLATRA?


(Série: Reeditando artigos interessantes)

Poucas coisas são mais gostosas que voltar para casa, tirar o sapato e tomar uma cerveja. Disso todo mundo já sabe, mas, o que ninguém fala por aí é que cada vez mais profissionais ligados à área da saúde apontam que álcool e tabaco, justamente as drogas legalizadas do Brasil, como os principais problemas de nossa saúde pública. E você, que adora uma bebida (e às vezes gosta de dar trabalho para os amigos), saberia dizer se é um alcoólatra?

Ao contrário do que muitos imaginam, beber muito não significa necessariamente ser alcoólatra e sim aquela pessoa que é dependente da bebida (não consegue viver um dia sem ela), assim como qualquer outra droga. "Normalmente a gravidade é avaliada a partir do padrão de uso do álcool pelo indivíduo, e pelas consequências percebidas para a vida, família e o trabalho da pessoa”, diz a psiquiatra e coordenadora do Grupo de Apoio ao Tabagista (GAT), Célia Lídia da Costa.

Segundo o grupo Alcoólicos Anônimos, existe uma série de "sintomas" que indicam que alguém pode ser viciado em álcool, como tentar parar de beber por uma semana (ou mais) sem conseguir o objetivo; a bebida ter causado incidentes em casa; pensar que poderia aproveitar melhor a vida se não bebesse; faltar no serviço nos últimos doze meses por causa da bebida; afirmar que para quando quiser, mas não conseguir. Não é preciso se identificar com todos estes fatos, mas se o perfil desta pessoa se enquadra em algumas dessas situações, seu caso deve ser levado em consideração.

Sílvio Magalhães, coordenador de mídia do AA, explica que o alcoolismo é uma doença de tratamento semelhante ao do diabetes quanto ao aspecto de que não há cura, mas sim um controle constante. "Uma de nossas recomendações é a de que este alcoólatra mude sua rotina radicalmente, sem levar consigo a lembrança do álcool. É uma grande oportunidade para se começar uma nova vida", explica. As reuniões têm duração média de duas horas, são gratuitas e abertas a quem estiver a passar por este problema.

psicólogo Paulo César Ribeiro também aponta como um dos principais sintomas do alcoólatra justamente a negação de que está se tornando um dependente da bebida. "É difícil encontrar a linha que separa o alcoólatra social do dependente e o receio de ser estigmatizado reforça a necessidade de negar que está fazendo uso contínuo de bebidas alcoólicas. Mas, deve-se estar atento deve estar atento a qualquer modificação do comportamento, tais como frequentes explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, falta de diálogo e perda de interesse no cônjuge", enumera.to ao aspecto de que não há cura, mas sim um controle constante. "Uma de nossas recomendações é a de que este alcoólatra mude sua rotina radicalmente, sem levar consigo a lembrança do álcool. É uma grande oportunidade para se começar uma nova vida", explica. As reuniões têm duração média de duas horas, são gratuitas e abertas a quem estiver a passar por este problema.

"O álcool parece atuar sobre os canais existentes nas membranas de células do cérebro.
Através destes canais, o álcool aumenta ou diminui a atividade elétrica do cérebro, e esse efeito altera todas as funções cerebrais. Normalmente, sem o álcool, os canais são abertos ou fechados pela ação de neurotransmissores (substâncias produzidas no próprio cérebro) ou por necessidades dos neurônios. Quando o álcool se liga ao receptor no canal (chamado GABA), ele promove uma inibição da atividade cerebral. O resultado é relaxamento e sedação", explica Célia.

Além desse aspecto, o álcool é uma droga muito ligada a um preenchimento de tristeza, solidão e depressão por parte do alcoólatra. "Trata-se de um comportamento que busca o prazer ou busca a evitação da dor. Ocorre, porém, que depois de um tempo, a pessoa não consegue mais o resultado pretendido com o uso do álcool e ao tentar abster-se, os sintomas desagradáveis se manifestam e para evitá-los, a pessoa mantém o uso do álcool", aponta Paulo César.

O que acontece com o organismo de um alcoólatra?

"O uso prolongado e excessivo de álcool promove uma diminuição da massa do cérebro, que fica mais leve e encolhido do que o cérebro de pessoas sem história de alcoolismo, acarretando na perda de funções intelectuais superiores como o raciocínio, capacidade de abstração de conceitos e lógica, além de afetar a memória e a coordenação motora", explica Paulo César.

Ele também aponta outros graves problemas corporais que atingem o trato digestivo, coração, músculos, sangue, glândulas hormonais. "Pancreatite e afecções sobre o fígado (cirrose, por exemplo) são conseqüências nefastas e comuns. Patologias cardíacas, diminuição da função sexual masculina e da libido também são sintomas bastante frequentes do alcoolismo".

Medidas para reduzir o alcoolismo

Acontece que ao contrário da indústria tabagista, que sofreu uma série de revezes em termos de publicidade, as bebidas alcoólicas continuam a ser vendidas como um produto ligado a diversão. "As propagandas vendem mais do que o próprio produto. Elas vendem idéias ou mensagens que incentivam as pessoas a comprá-lo; as empresas que produzem bebidas alcoólicas gastam muito tempo e dinheiro criando a imagem de que consumir bebidas alcoólicas pareça ser atraente”, diz.

Em 2007, o Governo Federal lançou a Política Nacional sobre o Álcool, que carrega como meta a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil e evitar que o álcool seja consumido com tanta facilidade por menores de 18 anos. "Pela proposta, as bebidas com teor alcoólico acima de 13%, como uísque, por exemplo, só poderão ter publicidade veiculada na TV entre 21h e 6h. No caso das cervejas e das bebidas mais leves, só poderá haver propagandas entre 8h e 20h", lembra.

Os números assustam: cerca de 10% da mortalidade do Brasil se dá em consequência do abusivo consumo de bebidas alcoólicas – seja em acidentes de trânsito ou por doenças e complicações de saúde geradas pelo vício. Outro dado alarmante vem do 2º Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas, promovido pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Ele aponta que 12,3% das pessoas, com idades entre 12 e 65 anos, são portadores de alcoolismo. E se o número de fumantes tem diminuído nos últimos anos no Brasil, ainda que aos poucos, não se pode dizer o mesmo sobre o álcool.

Fonte: Texto escrito por Carlitos Massarico – Site ÁreaH (um site destinado ao público masculino)

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
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A PAZ NO MUNDO

(Geraldo Eustáquio de Souza)

A paz no mundo começa dentro de mim, quando eu me aceito, de corpo e alma e reconheço meus defeitos, com paciência e calma...
e em vez de me fragmentar em mil pedaços, eu me coloco inteiro no que penso, sinto e faço,
passageiro no tempo e no espaço, sem nada para levar que possa me prender,
sem medo de errar e com toda vontade de aprender.





A paz no mundo começa entre nós, quando eu aceito o teu modo de ser sem me opor ou resistir e reconheço tuas virtudes sem te invejar ou me retrair,
e faço das nossas diferenças a base da nossa convivência e em lugar de te dividir em mil personagens, consigo ver-te inteiro, nu, real, sem nenhuma maquiagem,
companheiros da mesma viagem no processo de aprendizagem do que é ser gente.

A paz no mundo começa quando as palavras se calam e os gestos se multiplicam,
quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura,
quando se repudia a doença e se enaltece a cura,
quando se combate a normalidade que virou loucura e se estimula o delírio de melhorar a humanidade,
de construir uma outra sociedade com base numa outra relação em que amar é a regra, e não mais a exceção.


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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

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AUTOESTIMA: NÃO A PERCA!


Por Paulo Cesar T. Ribeiro

No Wikipédia encontra-se uma definição para auto-estima que refere-se à avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003). Ainda segundo esse site, a auto-estima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou competente/incompetente", "Eu sou benquisto/malquisto") como emoções autossignificantes associadas (por exemplo, triunfo/desespero, orgulho/vergonha). Particularmente, gosto da definição que afirma que auto-estima é a capacidade de valorizar a si próprio, reconhecer e aceitar os próprios dons, capacidades e desenvolver o amor-próprio. Isso implica na capacidade de confiar em si próprio, de se sentir capaz de enfrentar os desafios da vida e saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos. Esse conceito tem estreita ligação com o conceito de assertividade, o qual é definido como a capacidade de se expressar franca e sinceramente, sem negar os direitos dos outros, contudo, sabendo defender o próprio espaço sem recuar e, também, sem agredir. Uma conseqüência bastante comum nas relações com uma pessoa de boa auto-estima é que este não deixa dúvidas sobre o que quer e o que não quer em seus relacionamentos.

A auto-estima funciona como se fosse o sistema imunológico da consciência, protegendo a pessoa contra os momentos difíceis que passa na vida, fornecendo resistência, força para agir, capacidade de regeneração, reforço do instinto de sobrevivência e aumentando a disposição para criar e manter relacionamentos saudáveis. Começa a se formar ainda na infância, através dos relacionamentos primários que vivencia. Assim, é fácil concluir que as experiências do passado exercem significativa influência no grau da auto-estima do adulto.
Neste artigo, interessa-me mais alertar sobre as nefastas conseqüências da baixa auto-estima para a vida de uma pessoa. Muitas experiências decepcionantes, frustrações, situações de perda, ou a falta de reconhecimento por aquilo que realiza são comuns causadores da perda da auto-estima. Alie-se a isso, a qualidade de vida das grandes cidades, onde poucos se importam com o próximo e onde há um predomínio do egoísmo nas relações interpessoais, uma verdadeira transformação do ser humano para uma condição de supervalorização do material em detrimento do ser.
A perda da auto-estima está sempre associada à “instalação” de um padrão desfavorável de pensamentos sobre si mesmo e que pode ter, como conseqüências dramáticas, o agravamento da ansiedade, o sofrimento pela distimia e pela depressão, o abandono escolar, condenações criminais, problemas no trabalho, problemas de dinheiro e superficialidade nos relacionamentos.

A pessoa mantém um padrão desfavorável sobre si mesmo que afeta a sua auto-imagem. Ele não gosta deste padrão mas insiste nele porque aprendeu a receber como respostas, aquilo que chamamos de “ganhos secundários” (aprovação social, por exemplo). Como disse, isso é conseqüente das relações primárias e por estas mesmas relações esse quadro é mantido, acarretando num hábito, ou seja, um comportamento que se repete indefinidamente. Uma vez criado o hábito, o padrão de auto-concepção positivo ou negativo vai influenciar os eventos nos quais a pessoa presta atenção, o tipo de percepção que vai tomar consciência, as memórias que vai lembrar e o que ele vai pensar. O padrão mental afeta até os novos pensamentos e as respostas que a pessoa vai dar, sempre na direção de manter o padrão desfavorável e, conseqüentemente, a baixa auto-estima. Em outras palavras, a pessoa pensa negativamente a respeito de si mesmo, e faz de tudo para provar a si mesmo que ele está certo ao avaliar-se negativamente, criando uma verdadeira prisão mental onde o sofrimento psicológico é inevitável. Pior ainda, trata-se de um quadro que refina-se a cada repetição, lançando mão de vários mecanismos de defesa (negar, racionalizar, projetar, compensar, chamar a atenção, etc.) que impedem a pessoa de enxergar-se como verdadeiramente é. Algumas pessoas experimentam a psicossomatização, ou seja, expressam no corpo, sob forma de doença física, uma dor emocional. Outros ainda acabam por se submeterem a diversos vícios tais como beber, comer, usar drogas, comprar compulsivamente, navegar na internet, jogar, etc. Claro que isso significa que a pessoa vai estar envolvido com a auto-agressão, a auto-destruição, associação a pessoas auto-destrutivas e até mesmo, suicídio. A pessoa vive, por assim dizer, de experiências negativas e que são reforçadoras da baixa auto-estima. Assim, freqüentemente expõe-se aos traumas, acumula situações inacabadas, cultiva a procrastinação e evita os demais.

Para melhorar, uma pessoa com esse hábito tem que exercitar a assertividade para perceber que sua imagem pessoal é diferente do que ele percebe a si mesmo. Isso eleva a auto-confiança que, por sua vez, cria um desejo de transformar as características negativas em positivas. A terapia é fundamental nesses casos, porém, se não houver a vontade de quebrar esse circulo vicioso, nada acontecerá.

Fica a mensagem: viver a vida de forma positiva, respeitando-se e aos demais, valorizando-se e cultivando uma boa auto-imagem, Isso, seguramente, será uma proteção contra a perda de algo tão importante como a estima pessoal.

ALCOOLISMO - SAIBA MAIS SOBRE ESSE TRANSTÔRNO

(Série: Reeditando artigos interessantes)

Alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas. Existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez), síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor, distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim, o delirium tremens, que pode ser fatal.

O fenômeno da Dependência: O comportamento de repetição obedece aos mecanismos básicos do reforço positivo e o negativo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou desprazer. Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. No começo, a busca é pelo prazer que a bebida proporciona. Depois de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer anteriormente obtido, não consegue mais parar porque sempre que isso é tentado surgem os sintomas desagradáveis da abstinência, e para evitá-los a pessoa mantém o uso do álcool.

Tolerância e Dependência: A tolerância e a dependência ao álcool são dois eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranqüilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desenvolvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma dose. Um indivíduo que antes se embriagava com uma dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três doses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência. Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se dependente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper ou diminuir o uso do álcool. O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmente encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente nega qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acreditem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo, quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-imagem. O alcoolismo, como qualquer psicodiagnóstico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa reconheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte quebra da auto-imagem e conseqüentemente da auto-estima. Com a auto-estima enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto, lutar contra a própria doença. É uma situação paradoxal para a qual não se obteve uma solução satisfatória.

Aspectos Gerais do Alcoolismo: A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros. Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. Para se iniciar um tratamento para o alcoolismo é necessário que o paciente preserve em níveis elevados sua auto-estima sem, contudo, negar sua condição de alcoólatra, fato muito difícil de se conseguir na prática. Deve-se estar atento a qualquer modificação do comportamento dos pacientes no seguinte sentido: falta de diálogo com o cônjuge, freqüentes explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, perda do interesse na relação conjugal. O Álcool pode ser procurado tanto para ficar sexualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mesmo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acontecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar travando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as iniciativas pessoais resultam em fracassos. As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã, dores abdominais, diarréia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais freqüentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocorrem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e trabalhistas. A susceptibilidade a infecções aumenta e dependendo da predisposição de cada um, podem surgir crises convulsivas. Os transtornos de ansiedade, depressão e insônia podem levar ao alcoolismo. Tratando-se a base do problema muitas vezes se resolve o alcoolismo. Já os transtornos de personalidade tornam o tratamento mais difícil e prejudicam a obtenção de sucesso.

Problemas Clínicos: Diversos são os problemas causados pela bebida alcoólica pesada e prolongada. Fugiria ao nosso objetivo entrar em detalhes a esse respeito, por isso abordaremos o tema superficialmente.

Sistema Nervoso - Amnésias nos períodos de embriaguez acontecem em 30 a 40% das pessoas no fim da adolescência e início da terceira década de vida: provavelmente o álcool inibe algum dos sistemas de memória impedindo que a pessoa se recorde de fatos ocorridos durante o período de embriaguez. Induz a sonolência, mas o sono sob efeito do álcool não é natural. Entre 5 e 15% dos alcoólatras apresentam neuropatia periférica. Este problema consiste num permanente estado de hipersensibilidade, dormência, formigamento nas mãos, pés ou ambos. Nas síndromes alcoólicas pode-se encontrar quase todas as psicopatologias: estados de euforia patológica, depressões, estados de ansiedade na abstinência, delírios e alucinações, perda de memória e comportamento desajustado.

Sistema Gastrintestinal - Grande quantidade de álcool ingerida de uma vez pode levar a inflamação no esôfago e estômago o que pode levar a sangramentos além de enjôo, vômitos e perda de peso. Esses problemas costumam ser reversíveis, mas as varizes decorrentes de cirrose hepática, além de irreversíveis, são potencialmente fatais devido ao sangramento de grande volume que pode acarretar. Pancreatites agudas e crônicas são comuns nos alcoólatras constituindo-se uma emergência à parte. A cirrose hepática é um dos problemas mais falados dos alcoólatras; é um problema irreversível e incompatível com a vida, levando o alcoólatra lentamente à morte.

Câncer - Os alcoólatras estão 10 vezes mais sujeitos a qualquer forma de câncer que a população em geral.

Sistema Cardiovascular - Doses elevadas por muito tempo provocam lesões no coração provocando arritmias e outros problemas como trombos e derrames conseqüentes. É relativamente comum a ocorrência de um acidente vascular cerebral após a ingestão de grande quantidade de bebida.

Hormônios Sexuais - O metabolismo do álcool afeta o balanço dos hormônios reprodutivos no homem e na mulher. No homem o álcool contribui para lesões testiculares o que prejudica a produção de testosterona e a síntese de esperma. Já com cinco dias de uso contínuo de 220 gramas de álcool os efeitos acima mencionados começam a se manifestar e continua a se aprofundar com a permanência do álcool. Essa deficiência contribui para a feminilização dos homens, com o surgimento, por exemplo, de ginecomastia (presença de mamas no homem).
Hormônio Antidiurético - Esse hormônio inibe a perda de água pelos rins, o álcool inibe esse hormônio: como resultado a pessoa perde mais água que o habitual, urina mais, o que pode levar a desidratação.

Fonte: Psicosite


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Lembre-se: Sua paz interior e sua saúde mental devem ser sempre 

as suas prioridades!

Um abração!

Psicólogo Paulo Cesar
Psicologia Clínica e Sexualidade Humana. 

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e online.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana.  Estacionamento conveniado.
  • Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612.

LIDANDO COM O ESTRESSE - BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA


Já tem muitos dias que não adiciono nada no blog e o motivo não poderia ser outro a não ser a falta de tempo. Muitas pessoas passam pela mesma situação, a de tentar produzir algo e não conseguir, “cobrando-se” depois por uma solução para esse tipo de dificuldade. É comum surgirem as dores de cabeça, de estômago, queda de cabelos, vontade de chorar, hipertensão e incontáveis problemas de pele, mas saiba logo que esses sintomas tem uma causa comum: o estresse, uma reação natural do organismo contra estímulos externos que o amedrontam, excitam ou mesmo o faz feliz. Seu grau inicial, chamado “alerta” é benéfico e quem está nesta fase produz mais e até o desempenho sexual melhora. O estresse só passa a ser danoso quando constante e em níveis elevados.

Não confunda a sensação de ansiedade com o estresse. A ansiedade é uma vivência comum a qualquer pessoa e parece um sentimento difuso, desagradável e vago, de apreensão e incertezas, normalmente acompanhados por sintomas autonômicos como a cefaléia, transpiração, palpitações, aperto no peito e leve desconforto abdominal. O estresse, por sua vez, é um estado em que ocorre um desgaste anormal da máquina humana, com percebida redução da capacidade de trabalho ocasionados pela percepção de que não será capaz de realizar o que se propôs.

O estresse relaciona-se com a produtividade (ou qualquer outro parâmetro - felicidade, por exemplo) através de uma curva em forma de sino. A fase ascendente é a do alerta. O perigo dos pontos mais altos dessa fase é que a pessoa vê em sua produtividade uma “eterna ascensão”. Mas a partir de um ponto máximo (variável entre os indivíduos), começa a resistência. Manter-se equilibrado nessa etapa exige técnica. O organismo precisa de uma folga para não entrar em exaustão. É fácil identificar as fontes externas, sendo que a intensidade varia com o indivíduo.

Os sintomas da fase de “alerta” decorrem do aumento da adrenalina circulante no organismo. É um preparo para lutar ou fugir de um inimigo. Se o estímulo desaparece, a tendência é voltar ao estado inicial. Prosseguindo o estímulo, começa a fase de “resistência”, quando mudam os sintomas. Tomadas as providências, nada de mau acontece. Se o tratamento é negligente, chega à fase de “exaustão”, que é muito perigosa. A pessoa fica seriamente doente e está sujeita a um infarto, problemas renais ou de hipertensão arterial, queda de cabelos e problemas dermatológicos.

quando a pessoa se depara com um possível estressor, o corpo reage. O sistema nervoso central excita uma parte do sistema nervoso periférico denominada simpático (cuja mensageira é a adrenalina) e faz aumentar os batimentos cardíacos, melhorar a eficiência da respiração, dilatar a pupila, etc. A pessoa fica lívida, não sente fome ou sono. A questão é de sobrevivência. O hipotálamo (área do sistema nervoso central) determina que a hipófise libere hormônios atuantes nas supra-renais, fazendo-as produzir mais corticosteróides. Estes atuam no fígado (aumenta a síntese de glicose) e sobre outros tecidos (consomem menos glicose). Resultado: mais açúcar (energia) no sangue. Estas ações visam preparar o organismo e impedir os efeitos danosos sobre seu metabolismo.

Mas a excitação desse mecanismo não pode ser permanente. Em casos em que não se elimina a fonte de estresse ou não se consegue recuperar o estado de equilíbrio interno, vem a fase de “resistência”. O organismo tenta recuperar seu equilíbrio interno. Começa a sensação geral de desgaste. Sem controle, abre-se o caminho para a “exaustão”.

Tratamento Preventivo - Controle dos Sintomas

São raras as pessoas que se propõem a fazer um tratamento preventivo do estresse. Ele pode ensinar você a reconhecer sua curva de estresse, seus limites e suas fontes internas e externas. Quem procura ajuda já “stressado” também aprende tudo isso, só que já deve ter agredido muito o seu organismo. Se você se encaixar na categoria dos que só procuram ajuda quando atingiram a fase de “exaustão”, o tratamento deverá ser acompanhado por outros especialistas que se ocuparão das doenças já instaladas e do acompanhamento psicoterápico específico, no caso de você ter algum problema psicológico sério que esteja funcionando como fonte interna permanente de estresse.

Se você já estiver na fase de “exaustão”, é bom que procure ajuda porque será muito difícil que consiga sair dela sozinho. O tratamento feito exclusivamente com calmantes pode durar alguns anos, que podem ser diminuídos para até seis meses se você se submeter ao tratamento específico do estresse, que consiste em um tipo de terapia para que você aprenda o controle dos fatores estressantes.

O trabalho de controle do estresse é feito em 4 frentes. A primeira delas é o atendimento psicológico. Este visa fazer com que você desenvolva uma visão positiva da vida, tenha calma para enfrentar os problemas, tenha maior tolerância à mudanças, evite exagerar as expectativas em relação ao seu desempenho e de pessoas que o cercam, elimine a afobação, características de comportamento comuns a pessoas classificadas pelos psicólogos como “pessoas do tipo A”. São aquelas pessoas agitadas, que estão sempre olhando no relógio, que tentam desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. São as pessoas mais sujeitas a sofrerem estresse. O tipo oposto de pessoa é aquele conhecido como “tipo B”, que são calmas, falam devagar e estão menos sujeitas ao estresse.

A segunda frente de combate ao estresse é o relaxamento, uma vez que a tensão muscular costuma acompanhar o estresse. A eliminação da tensão vai ajudá-lo a enfrentar melhor o estresse. Durante um tratamento específico de estresse, você pode aprender algumas técnicas de relaxamento para empregar nas horas em que se sentir “estressado”. Entretanto, qualquer técnica de relaxamento é boa, desde que você se identifique com ela. Pode ser, até simplesmente, ver televisão. Você vai precisar também aprender a estabelecer uma rotina de recreação e de lazer. Tentar relaxar tomando calmantes é um erro porque eles apenas mascaram o problema. A pessoa precisa aprender a lidar com seu estresse e não apenas fugir dele.

A terceira frente é o exercício físico. Além dele ser positivo para as pessoas menos “estressadas”, ele tem uma razão de ser para os “estressados”. A partir de um certo nível de exercício, o organismo produz beta-endorfinas, substâncias que funcionam como antiestressantes. Elas são encontradas no cérebro e em outros tecidos e podem controlar a sensação normal de dor, além de participar da regulação da temperatura e do apetite, e de ser capaz de melhorar também o sonho e o humor. Os atletas, por exemplo, conseguem continuar sua atividade depois de uma contusão grave devido ao efeito anestésico dessas substâncias. O exercício físico é recomendado para qualquer pessoa, desde que sejam respeitadas suas limitações físicas e de saúde.

Você também tem de ter uma boa alimentação (quarta frente) para poder dar combate ao estresse. Ela é importante porque o organismo esgota suas fontes de vitaminas e nutrientes para conseguir se recuperar do estresse. Isso acaba fazendo com que o organismo fique mais sujeito a ter doenças oportunistas como infecções e viroses. Portanto, é necessário repor, regularmente, esses nutrientes através de uma alimentação rica.

Meu caro amigo, frente a uma situação problemática, dê uma folga a si mesmo antes de enfrentá-la. Esfrie a cabeça, distraia-se da forma que lhe for mais agradável. A solução do seu problema será mais fácil e menos “estressante”. Não crie expectativas exageradas em relação às atitudes ou ao desempenho seu e de outras pessoas. Cada um tem seu ritmo próprio, que precisa ser respeitado. Procure desempenhar tarefas que combinem com ele. Não espere que seu organismo vá agüentar sempre “só mais um pouquinho”. Não aceite tarefas em excesso nem adie seus períodos de descanso. Controle-se ao sentir os primeiros sinais da fase de resistência do estresse e, finalmente, como já vimos, mantenha sempre uma alimentação equilibrada. A recuperação natural do estresse depende da reposição de nutrientes como o cálcio, magnésio, ferro e vitaminas. Eles são gastos pelo organismo durante a fase de resistência. Os exercícios físicos são fundamentais pois a partir de um certo nível de exercício, o organismo passa a fabricar as endorfinas, substâncias que participam do controle da dor, do humor, do sonho e do apetite.

Alerta final: se você é do tipo de pessoa que está sempre estressado, mesmo quando as coisas estão relativamente bem, sempre reclamando de tudo, mau humorado, pondo defeitos nos outros, sempre focado no erro alheio, sem dar um sorriso ao menos, amargo (ou azedo), só conversando sobre assuntos negativos, assim como os sentimentos que cultiva.... nesse caso, procure um psicoterapeuta pois ele poderá lhe ajudar muito, não só no alcance de sua felicidade como também na melhoria de suas condições de saúde.


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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

O SENTIDO DO TRABALHO - FLASHES DO CONSULTÓRIO


Um dos assuntos constantes na terapia (e, obviamente, no "coaching" psicoterapêutico) é o trabalho: o que faz o paciente, seus relacionamentos, sua tarefas e, principalmente, a sua satisfação no trabalho. Evidentemente, por este ser um assunto muito tratado em sessões de psicoterapia, há um significativo número de pessoas insatisfeitas, o que é lamentável pois o trabalho pode representar o campo em que o “caráter de algo único” de uma pessoa se relaciona com a comunidade, recebendo assim o seu sentido e o seu valor, ainda que este sentido e valor seja inerente em cada caso, à realização e não à profissão concreta como tal - ou seja, não é um determinado tipo de profissão concreta que possibilitará a uma pessoa atingir a plenitude. Então, meus amigos, neste sentido, pode-se dizer que nenhuma profissão faz a pessoa feliz.

Muitas pessoas me falam que poderiam ter se realizado plenamente se tivessem escolhido outra profissão e ouvem, de mim, que isso é uma deturpação do sentido do trabalho profissional ou uma atitude de quem está se enganando: se a profissão concreta não traz consigo nenhuma sensação de plena satisfação, a culpa é da pessoa que a exerce, não da profissão. Ela, em si, não é suficiente para tornar a pessoa insubstituível, o que a profissão faz é simplesmente dar-lhe a oportunidade de vir a sê-lo. Meus amigos, o caráter insubstituível da vida humana, a impossibilidade de uma pessoa ser representada por outra no que só ela pode e deve fazer, o seu “caráter de algo único” e irrepetível, sempre depende da pessoa – não do que ela faz, mas de quem o faz e do modo como faz, para além de sua vida profissional, na sua vida particular, como amante, amigo, amado, etc.

Por outro lado, devo comentar que a relação natural de uma pessoa com o seu trabalho profissional (considerado como campo de possível realização criadora de valores) sofre, amiúde, um desvio em virtude das circunstâncias dominantes do trabalho. Sobretudo nos trabalhos tanto mais exatos e oportunos quanto mais impessoais e estandartizados.

Acredito que só se pode conceber tais trabalhos como simples meio para um fim, o fim de ganhar a vida. Esta no caso, começa apenas com o tempo livre e o seu sentido está no modo livre e pessoal como o trabalhador o configura.

Dentre as falas tristes sobre a vida profissional, estão os queixumes das pessoas que estão sempre focadas em acumular dinheiro e bens materiais e que, para além do lucro, para além do dinheiro como meio de viver, se esquecem de enxergar a vida em si. Nestes casos, o “feedback” normalmente mostra que o dinheiro dessas pessoas tem ainda um “para que”, porém as suas vidas deixaram de ter. Importante, então, meus caros, que nunca se esqueça do real valor individual e das pessoas com as quais convivemos. Ter mais não implica em ser mais que outros, especialmente em termos de felicidade.

Encerrando, observa-se que o significado existencial da profissão torna-se claramente visível quando a pessoa fica desempregada, quando então sofre-se um vazio espiritual, com um sentimento de inutilidade apenas por estar desocupado. Esse será o tema do próximo artigo.


Pra falar comigo você pode usar o whatsapp, apenas texto, pelo número 11 981995612 ou usar e email: paulocesar@psicologopaulocesar.com.br. Há também o Skype, por onde faço a maioria dos meus atendimentos. Lá o meu nome é paceteri
Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e por Skype.

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