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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

PERDA DE DESEJO SEXUAL NOS HOMENS

A perda de desejo sexual é menos comum nos homens do que nas mulheres. Ocorre em cerca de 18 a 22% dos homens em comparação com aproximadamente 30 a 35% das mulheres. Mas para os homens que tiveram diminuição da libido, isso incomoda mais do que nas mulheres, pois os sentimentos dos homens sobre si mesmos e sua masculinidade estão intimamente ligados à sua sexualidade. Por isso, a diminuição do desejo sexual masculino acaba sendo profundamente perturbadora. Só prá ter uma idéia disso, num estudo realizado nos EUA, 46% das mulheres com baixa libido relataram estar satisfeitas com suas vidas, de modo geral; apenas metade dos homens - 23% - estavam felizes com suas vidas de modo geral, quando seu interesse em sexo diminuiu.

O que é uma libido diminuída ou baixo desejo sexual?

Como com muitos traços humanos, o desejo sexual também varia muito. E, mesmo nos relacionamentos bem sucedidos, há momentos em que há alguma incompatibilidade entre os cônjuges. A avaliação do baixo desejo sexual não se baseia apenas na frequência de intimidade sexual, mas em como a pessoa se sente sobre isso tanto antes como depois. Se, durante um período de semanas ou meses, um homem não demonstra interesse sexual e fantasie sobre uma “transa” com sua companheira, ou ainda, se o ato em si não promove sentimentos de proximidade e intimidade e - o mais importante - se ele ou sua parceira estão infelizes com essa falta de interesse, é hora de reconhecer e resolver o problema antes de causar sérios danos ao relacionamento.

O que pode ser feito sobre perda de desejo sexual?

Bem, não há um único remédio para a libido diminuída, e os homens não precisam viver com esse "sofrimento". O primeiro passo para uma solução é identificar a origem do problema (cada homem tem suas causas “pessoais”), e essas causas se dividem em três categorias: biológica, emocional e o próprio relacionamento.

Consulte um médico: uma diversa gama de condições médicas e medicamentos podem afetar negativamente a libido. Qualquer doença grave é susceptível de reduzir o interesse em sexo e, além disso, doenças como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão podem reduzir o fluxo sanguíneo em todo o corpo – inclusive no pênis - impedindo a excitação. Distúrbios das glândulas tireóide e pituitária, que controlam a produção hormonal, também podem diminuir a libido. Alguns medicamentos prescritos para a depressão afetam o desejo sexual, bem como alguns calmantes. O uso excessivo de álcool e drogas ilícitas também prejudicam o interesse sexual.

A testosterona é o hormônio que está mais intimamente ligado à libido, portanto, baixos níveis de testosterona geralmente se correlacionam com a diminuição do desejo sexual. Os níveis de testosterona caem com a idade mas alguns homens jovens podem ter baixa testosterona também. A reposição de testosterona é algo controverso à medida em que alguns estudos mostraram um risco aumentado de doença cardíaca e de câncer de próstata. Logo, é importante que se discuta essa terapia de reposição com seus médicos.

Reduza o estresse: Um cotidiano com contínuas preocupações com emprego, finanças, filhos e relacionamentos podem causar ansiedade e diminuição da autoestima, levando à diminuição da libido na pessoa. Um esforço honesto e concreto do casal para enfrentar o problema e fazer ajustes no estilo de vida pode ser tudo o que é necessário para resolver a situação. Para distúrbios psicológicos mais sérios envolvendo o nervosismo e o estresse, bem como como distúrbios depressivos, história de abuso sexual ou ambiente familiar disfuncional, é necessário a ajuda profissional de um psicoterapeuta.

Entusiasmar-se novamente com o relacionamento: os problemas no quarto podem ou não ser indicativos de problemas maiores no relacionamento. Se uma avaliação sincera conclui que ambos os parceiros são felizes em geral, não há falta de conselhos sobre como recuperar os sentimentos de proximidade emocional que levam a uma maior intimidade e satisfação sexual. Mais uma vez, o psicoterapeuta poderá ajudar para realizar uma “limpeza” dos obstáculos que interferem na boa conexão entre os cônjuges.

É importante reconhecer que a perda de libido e disfunção erétil não são a mesma coisa, mas estão frequentemente vinculados. Homens com disfunção erétil geralmente têm interesse sexual normal, porém apresentam dificuldade de realizar ou manter uma ereção satisfatória. Por outro lado, os homens com diminuição de libido não têm dificuldade erétil, contudo não apresentam o necessário desejo sexual. Por outro lado, ter experiências frustradas de ereção recorrentes pode causar ansiedade, a qual pode fazer a pessoa “apagar” sua libido para evitar o problema no futuro. Muitos casos de disfunção erétil podem ser tratados com medicamentos que podem restaurar a confiança do homem na questão sexual, entretanto, as causas psicológicas da disfunção precisarão ser também abordadas e resolvidas através de psicoterapia.

O mito da sexualidade masculina – de que estão prontos para fazer sexo a qualquer momento e em qualquer circunstância - simplesmente não é verdade para a maioria dos homens. O motivo é, quase sempre, a perda de desejo sexual. A melhor solução é buscar ajuda profissional. Se na etiologia, os fatores orgânicos foram eliminados pelo médico, o aconselhamento psicológico ou psicoterapia tanto para o paciente como para o casal, podem restaurar a conexão emocional necessária para uma relação física bem sucedida.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

A QUESTÃO DO ABUSO INFANTIL NA VIDA DO ADULTO

O abuso sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade absoluta em todo o mundo. É um erro grave, porém comum, acreditar que o abuso sexual infantil seja um evento raro perpetrado contra meninas por estranhos masculinos apenas em áreas pobres da cidade. Pelo contrário, é um tipo de violência muito comum em comunidades grandes e pequenas e numa variedade de culturas e contextos socioeconômicos. O abuso contra crianças é realizado por vários tipos de infratores, incluindo homens e mulheres, estranhos, amigos ou familiares confiáveis ​​e pessoas de todas as orientações sexuais, classes socioeconômicas e origens culturais.

O abuso sexual infantil tem um efeito devastador sobre as vítimas, as quais tentam inúmeros esforços para fugir psicologicamente da experiência traumática através de evitações, tentativas de repressão da memória, distrações, comportamentos viciantes, etc. Crianças que são vítimas de abuso sexual não só sofrem o trauma, como também tornam-se suscetíveis de sofrer uma sintomatologia negativa como resultado dessa violência. Trata-se de uma violência que transmite a horrível informação às vítimas de que seus corpos não são realmente seus.

Meninas ou meninos abusados pelo pai, tio, irmão, avô ou algum amigo ou amigo de confiança da família certamente terão uma visão negativa do mundo e dos relacionamentos interpessoais, sendo que, em função das mensagens que ouvem após a descoberta do abuso, frequentemente crescem com a autoestima muito diminuída pois passam a crer que são pessoas que não possuem valor. O abuso sexual infantil, portanto, dá à menina e/ou ao menino, informações equivocadas sobre como deve ser o relacionamento humano, já que a confiança e o amor que tinham por alguém foram traídos. É compreensível que tenham dificuldades para confiar em alguém quando crescerem, gerando, portanto, problemas importantes em seus relacionamentos sociais e sexuais na vida adulta.

Alguns dos sintomas psicológicos que as pessoas que sofreram abuso sexual apresentam são:
  • Depressão: a perda de autonomia corporal é difícil de se lidar. Isso pode criar sentimentos de desesperança, desânimo e levar a uma diminuição da autoestima. Esses sentimentos levam a depressão que pode variar de leve e passageira a intensa e debilitante, inclusive com pensamentos suicidas.
  • Ansiedade: para muitas pessoas ansiosas, as emoções e os sentimentos não têm uma fonte clara, mas para as vítimas de abuso sexual, a perda de autonomia corporal, juntamente com o medo de que o ataque possa ocorrer de novo, pode causar uma intensa ansiedade. Alguns podem desenvolver agorafobia (medo de lugares abertos e de sentir-se me pânico) e ficam com muito medo quando saem de suas casas. Outros sofrem ataques de pânico, sintomas de alta ansiedade ou um medo crônico relacionado com o tipo físico da pessoa que os agrediu. Alguém que foi estuprado por um homem alto e de cabelos encaracolados com olhos castanhos e nariz proeminente pode defensivamente não gostar, desconfiar ou ter medo de todos os homens encontrados que combinem com essa descrição.
  • Estresse pós-traumático: o estresse pós-traumático neste caso traz a ansiedade, depressão e memórias intensas do abuso como marcas principais. Por causa do trauma, a pessoa pode até ter episódios de desconexão com realidade e perder o controle sobre si mesmo. Há um medo crônico do abandono e eventualmente dissociações de personalidade.
  • Transtornos de personalidade: algumas evidências sugerem que alguns transtornos de personalidade, às vezes, podem ser o resultado de abuso sexual. O comportamento associado a esses transtornos pode ser realmente uma adaptação ao abuso. Por exemplo, uma característica da personalidade borderline é o medo do abandono. Embora esse medo não tenha sentido na idade adulta, evitar o abandono pode ter sido o que protegeu alguém do abuso infantil.
  • Formação insuficiente de vínculos: pode ser um desafio, particularmente em crianças que foram abusadas, manter vínculos saudáveis ​​com outras pessoas. Os adultos que foram abusados quando crianças podem se sentir inseguras em seus relacionamentos, ir contra várias formas de intimidade ou ficar ansiosos ao surgirem pessoas com as quais podem ter novos vínculos.
  • Drogadicção: pesquisas sugerem que sobreviventes de abuso são 26 vezes mais propensos a usar drogas. Drogas e álcool podem ajudar a entorpecer a dor do abuso, mas, muitas vezes, o abuso de substâncias pode levar ao desenvolvimento de novos problemas psicossociais.
  • Gatilhos: são estímulos que trazem à memória, flashes da experiência traumática que sofreram. Uma vítima de estupro cujo atacante mascava chiclete de hortelã pode ter um repentino flashback pelo cheiro de hortelã, por exemplo. Embora os gatilhos variem amplamente, a violência, o abuso subsequente e as intensas discussões sobre o abuso estão entre os gatilhos mais comuns.
Essas vítimas, com elevada frequência, relatam sentimentos como vergonha e culpa, como fossem os agressores e não os agredidos. Além disso, muitos acabam desenvolvendo dificuldades para obterem conquistas profissionais, podem sofrer de impotência sexual, frigidez, transtornos alimentares, psicossomatizações e outros. 

O abuso sexual não deixa apenas cicatrizes psicológicas. Podem haver consequências duradouras para a saúde física da vítima. Uma pessoa que foi abusada pode mostrar contusões, cortes ou ferimentos mais graves, espasmos ou ossos quebrados, e também órgãos genitais machucados. Algumas vítimas desenvolvem infecções sexualmente transmissíveis, outras podem engravidar como resultado da agressão. Também podem sofrer dores crônicas, disfunção sexual, problemas de fertilidade e imunidade diminuída, bem como outras dores ou doenças inespecíficas.

Os efeitos psicológicos do abuso sexual infantil geralmente ocorrem independentemente da extensão específica do trauma que a criança experimentou durante o abuso. Muitos são os fatores que determinam a extensão do impacto negativo do trauma sexual na infância. As crianças são mais propensas a sofrer em maior medida se o agressor for um parente próximo, como um pai, irmão mais velho ou um tio próximo. O abuso sexual pode ocorrer num único episódio ou pode ter continuado ao longo de vários meses ou anos. Mesmo que uma criança possa não ser verdadeiramente consciente do que está ocorrendo sexualmente, ela ainda pode, infelizmente, experimentar as consequências psicológicas negativas citadas anteriormente.

Embora o abuso sexual seja uma experiência traumática e que altera a vida de uma pessoa, a recuperação é muito possível. Um psicoterapeuta compreensivo e compassivo, que saiba o que é um trauma sexual e seus efeitos, poderá ajudar aqueles que sofreram várias formas deste tipo de abuso. Pesquisas mostram consistentemente que a relação entre o psicólogo e a vítima dão o prognóstico mais significativo da recuperação. Assim é que a essas pessoas recomenda-se a psicoterapia, para que resgatem a autoestima positiva, eliminem a culpa e vergonha que foram forçadas a sentir, e também para que percebam que não são pessoas más ou sujas. A psicoterapia também vai ajudar a resolver o problema do medo (às vezes, pânico) de sofrer um novo abuso. Ela ajuda e muito na recuperação das vítimas de abuso sexual infantil. Constitui-se num intenso (e, às vezes, no primeiro) modelo de uma relação saudável para muitas vítimas.

Este imprescindível tratamento (psicoterapia) oferece um relacionamento curativo e nutritivo, onde o paciente pode redescobrir a experiência de autoconfiança e de confiança no mundo. A psicoterapia fornece ao cliente a oportunidade de retrabalhar o trauma em um sentido mais saudável de si mesmo. A maneira pela qual os indivíduos processam emocionalmente e cognitivamente uma experiência traumática contribui para o alívio e resolução do trauma, minimizando significativamente a sensação e percepção de uma ameaça contínua, mesmo quando o trauma ocorreu no passado distante.

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Um abraço,

  • Psicólogo Paulo Cesar
  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
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ESTÁ EM DEPRESSÃO PORQUE O NAMORO ACABOU?

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Muitas pessoas não se lembram de como superaram o fim de alguns dos seus relacionamentos amorosos. Pode ser que tenham ficado deprimidos, ou passaram um tempo enorme assistindo TV, filmes e séries, ou comeram tanto que engordaram. Para essas pessoas, esquecer os momentos ruins da vida é um mecanismo de defesa que a mente usa para evitar um sofrimento maior e assim seguirem em frente com seus projetos pessoais. Mas isso não significa necessariamente que tiveram um processo saudável.

É normal ficar triste após o fim de um relacionamento, sentir-se um pouco vazio e questionar-se sobre o que viveu. Mas, embora fique triste, a pessoa deve manter o seu senso de si mesmo intacto e acreditar que é capaz de amar e ser amada, para então manter a esperança e a crença de que haverá outra pessoa no futuro. No entanto, os sentimentos mais escuros da depressão podem sobrepor os sentimentos habituais após o fim de um relacionamento. Alguns traços característicos da depressão são os sentimentos de desamparo e inutilidade e a perda de esperança para o futuro, sendo que uma pessoa com tendência à depressão pensará que foi literalmente abandonada, embora a mensagem que acaba passando é de que “eu não lhe valorizei o suficiente para ter você em minha vida, eu não mereço ser amado”.  Juntamente com outros eventos importantes da vida emocional (por exemplo, perder o emprego ou a morte de um ente querido), as separações realmente podem desencadear episódios depressivos, principalmente em pessoas que já tiveram episódios de depressão no passado. Mas nem sempre é fácil dizer quando uma razoável elaboração da perda acaba e a depressão começa.

Se você sentir sua tristeza se transformar em uma desesperança mais abrangente, isso certamente é um sinal de que você pode estar entrando numa condição mais séria. Se você começar a se sentir incompleto ou anormal em consequência do término do relacionamento, isso é um sinal de que uma angústia significativa está próxima de ser vivenciada. Outros sinais que você pode notar incluem mudanças no apetite, nos hábitos de sono e higiene ou na capacidade de concentração. Todos esses são sinais clássicos de depressão. Os primeiros 30 dias ou mais após a separação é apenas parte do processo natural de luto, mas se, depois disso, você ainda estiver sentindo tristeza profunda ou pensa que fim do relacionamento significa o fim de sua vida ou das possibilidades de futuros namoros, você está entrando numa depressão. Assim ocorrendo, você deve buscar ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra (psicólogos conversam sobre o problema em busca de solução, psiquiatras usam medicamentos para eliminar os sintomas). Se você já sofreu depressão no passado, é provável que você já tenha feito terapia e saiba quando e como voltar a fazer. No entanto, se for é a primeira vez que você está considerando consultar-se com um psicólogo, não tenha receio e inicie a sua psicoterapia. Garanto que lhe fará bem.

Além da psicoterapia, sugiro que você retome os seus relacionamentos com amigos. Saia ou receba-os em casa para um jantar informal ou matricule-se num curso de algo que sempre quis. Lembre-se que esse é o momento de superar o luto com a certeza de não se isolar de ninguém. Anotar as coisas positivas que acontece no dia-a-dia, incluindo os encontros com amigos ou um curioso artigo que leu; essa é outra maneira de evitar que você caia num padrão de pensamento negativo. Devo advertir que não é recomendável partir para um novo relacionamento imediatamente. Mesmo estando com desejo de ter um(a) companheiro(a), são nesses momentos vulneráveis ​​que perdemos a capacidade de escolher a melhor pessoa para nós. No entanto, com o tempo, quando você está se sentir mais confiante, você vai namorar com outras pessoas e formar novas e saudáveis conexões interpessoais. E isso, em si, pode ser bastante curativo.

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Psicólogo Paulo Cesar

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ADOLESCÊNCIA: RELACIONAMENTOS COM NAMORADOS ABUSIVOS

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A juventude de hoje enfrenta um problema grave e generalizado que é a violência durante o namoro. Um grande número de estudantes do ensino médio relata ter sofrido agressão física e/ou sexual de seus namorados, sendo as meninas e as jovens mulheres, com idade entre 16 e 24 anos, as mais suscetíveis a esse tipo de violência. Infelizmente, muitos dessas jovens temem denunciar o agressor, de modo que o número de ocorrências provavelmente é muito maior do que o que é conhecido.

Compartilharei o caso de uma paciente para que entendam a gravidade desse assunto – relacionamento não saudável e abusivo. De modo objetivo, posso dizer que essa paciente iniciou a psicoterapia em busca de autorrespeito. Ela viveu um relacionamento abusivo a partir dos 15 anos de idade, e o seu também jovem namorado a torturava física e psicologicamente. Explicou-me sobre seu medo que sentia naquele relacionamento abusivo da seguinte maneira: "Ele conhecia todos os meus movimentos, com quem eu estava, onde eu ia e quem eram meus amigos. Ele me ameaçava e me dizia que se algum dia eu o deixasse, ele me mataria. Acabei acreditando nele e logo as suas palavras se tornaram uma real possibilidade para mim. Ele me forçava a fazer sexo em horário escolar, portanto, fui negligenciando com os estudos. Uma vez eu recusei e ele me empurrou nas escadas da escola. Ele era muito agressivo. Ele chegou a cortar em vários lugares do meu corpo com um canivete. Se eu conversasse demoradamente com algum outro garoto, ele me batia. Uma vez, ele me deu um soco tão forte que fiquei com o olho roxo, e isso só porque ele achava que eu conheci um outro cara - na verdade, eu nunca vi o tal garoto. Por causa daquele relacionamento abusivo, minha passagem na escola foi horrível".

Essa paciente era de uma família onde a violência dos parceiros íntimos era prevalente, e continuou a viver no vicioso ciclo abusivo, até que acabou se casando com seu agressor. O abuso continuou em seu relacionamento até que um dia, ela decidiu se libertar. Ela lembra-se que ao educar a sua filha de três anos, repreendendo-a, disse que seu pai iria levá-la "naquela sala" (apontando para a sala em que ela mesma era frequentemente abusada) e que bateria nela quando ele chegasse em casa. Esse foi o momento da mudança. A paciente finalmente assumiu que se não deixasse o marido agressor, o ciclo de abuso se repetiria. Ela se questionou quanto as mensagens que ela estava enviando aos seus filhos e como isso os afetaria no futuro. Ela sabia que não tinha outra alternativa senão escapar daquela relação.

Hoje, passado algum tempo daquela trágica experiência, ela se dedica a orientar e apoiar outras sobreviventes de relacionamento abusivo. Eventualmente dá palestras em escolas na tentativa de ajudar pessoas traumatizadas por conta de relacionamentos violentos.
Vejam, então, o quão importante é que as jovens reflitam e questionem-se sobre a qualidade de seus relacionamentos. Prá ajudar nessa reflexão, sugiro as seguintes perguntas:
  • O seu namorado faz com que você fique isolada de sua família e amigos?
  • O seu namorado faz você se sentir como se tudo fosse culpa sua?
  • O seu namorado lhe agride fisica, verbal, sexual, emocional, mental e/ou financeiramente?
  • O seu namorado lhe controla dizendo onde você pode e não pode ir?
  • O seu namorado controla o que você diz?
  • O seu namorado controla o que você veste?
  • O seu namorado lhe ameaça de alguma forma?
  • O seu namorado lhe obriga a fazer coisas que você não quer fazer?
  • O seu namorado faz você chorar mais do que sorrir?
  • O seu namorado discute com você o tempo todo?

Se você respondeu "sim" a qualquer uma dessas questões, é um sinal de aviso de que você pode estar em um relacionamento que não seja tão bom. Um namoro saudável lhe permite ser sempre quem você é sem ter que mudar o seu jeito de ser por causa de outra pessoa. É preferível confiar em seus instintos e não se culpar por decisões de outra pessoa. Acrescento que sempre deve haver um sentimento de amor e igualdade num relacionamento saudável. O amor não dói e um bom relacionamento deve consistir em paciência, bondade e compreensão.

Pessoal, relacionamentos abusivos deixam consequências. Os adolescentes que estão em relacionamentos assim são mais suscetíveis à depressão e ansiedade, comportamentos de risco ​​(por exemplo, uso de drogas e álcool), auto agressões e ideias suicidas. Além disso, os adolescentes em relações abusivas no ensino médio ficam em maior risco de se envolverem novamente com agressores no período da faculdade.

Se você é uma adolescente e acha que vive um relacionamento não saudável, procure ajuda e conte a um adulto em quem você confia. Pode ser seus pais, tios, amigos, ou, se for necessário, um psicólogo. Lembre-se que esse relacionamento pode por a sua vida em perigo. Ame-se o suficiente para obter a ajuda que precisa para sair deste relacionamento. Ninguém merece ser abusado! Não é sua culpa. Você é importante, sua vida é importante, viver uma vida feliz e saudável é importante.

Se você é o pai ou mãe de uma adolescente que vive um relacionamento abusivo, seja solidário(a). Não julgue nem culpe a sua filha. Os relacionamentos abusivos são complicados e o que sua filha mais precisa é o seu amor e apoio incondicional.
Lembre-se de que todos nós temos uma escolha na vida e ninguém nunca deve tirar isso de nós. O amor não magoa, você é uma pessoa digna e que merece o “melhor”, logo não se conforme com menos do que esse “melhor”.

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Psicólogo Paulo Cesar

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ADOLESCENTES DEVEM APRENDER COM SEUS SENTIMENTOS

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Um dos desafios que muitos de nós enfrentam é permitir que outras pessoas tenham suas próprias experiências emocionais negativas. Normalmente, quando as pessoas com quem nos preocupamos estão tristes, irritadas ou ansiosas, logo tentamos fazê-las se sentirem melhor, ou pelo menos, de forma diferente. Tentamos fazê-las rir, dizer-lhes que tudo vai ficar bem, ou fazer algum tipo de favor para que melhorem. Mas numa análise mais profunda, agindo dessa maneira, na verdade estamos tentando impedir que essas pessoas tenham suas experiências emocionais pessoais. Os pais, em particular, vivem um verdadeiro dilema quando seu filho ou sua filha entra na adolescência e começa a desenvolver seu próprio senso de si mesmo.

Por exemplo, vamos supor que algo aconteceu na vida de uma adolescente e isso fez com que ela ficasse mal-humorada, cabisbaixa, não-comunicativa e displicente com os seus estudos. Frente a isso, a mãe ou o pai tenta agradar a adolescente levando-a para fazer compras, dando-lhe dinheiro para ver um filme, etc. Se essa estratégia não funciona (normalmente é isso que acontece!), e o humor da menina não melhora, a mãe e/ou o pai frustra-se e se expressa para a adolescente: “você tem tantas outras coisas boas acontecendo na sua vida", “você tem tudo que precisa”, etc. No fim, o que resta são sentimentos de impotência e incompetência que os pais acabam considerando sobre si mesmos.

Neste ponto, pode ser útil ou mesmo necessário que os pais dêem um tempo e considerem o que eles estão sentindo nessa situação. Esses pais estão se lembrando de seus próprios conflitos eram adolescentes? Os pais estão se sentindo nervosos e preocupados que a adolescente possa ter algum tipo de dano ou de nunca se sentir bem e esperançosa novamente? Quando os pais são capazes de identificar os seus próprios sentimentos, torna-se mais fácil permitir que os filhos vivenciem os seus sentimentos pessoais.

Para que os seres humanos cresçam emocionalmente, independentemente da idade, eles precisam experimentar todos os tipos de sentimentos, aprender a identificá-los, expressá-los adequadamente e saber como deixá-los ir embora. Se, entretanto, emoções e sentimentos são bloqueados, de alguma forma, por outra pessoa, essa vivência não é realizada e o crescimento torna-se limitado.

Então, o que os pais devem fazer numa situação como essa? A importância de apenas estar presente (ou seja, não ser ausente) frequentemente é ignorada. Servir de testemunha da dor emocional de outra pessoa já é, por si só, terapêutico. O pai também pode verbalizar para o seu filho adolescente: "Estou aqui para ouvir se você quiser desabafar"; ou pode perguntar: "Existe algo que você gostaria que eu fizesse?”, “O que você gostaria que eu dissesse prá você quando você está se sentindo assim?”. Às vezes, o adolescente está aberto para compartilhar seus sentimentos, mas não é capaz de verbalizá-los diretamente aos pais. O pai (ou a mãe, é claro), então, pode sugerir que o adolescente escreva prá ele dizendo o que está acontecendo numa carta ou mesmo num email. Isso pode ser muito benéfico pois permite ao adolescente juntar os seus pensamentos e processar os sentimentos através do ato de escrevê-los. Pode até acontecer de não ser necessário que o pai responda à carta ou email. O simples ato de escrever e colocar os pensamentos e sentimentos "em algum lugar" pode, por si só, fornecer a ajuda necessária.

Enfim, a abordagem, de modo geral, é oferecer apoio, mas também permitir que o adolescente se responsabilize por trabalhar os seus sentimentos. Em outras palavras, trata-se de, essencialmente, deixar o adolescente ter sua própria experiência emocional e com ela, conhecer-se, crescer e tornar-se um adulto preparado para as várias situações que a vida lhe apresentar. Porém, caso esteja havendo significativo sofrimento do(a) jovem, a psicoterapia será um recursos recomendado.

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Psicólogo Paulo Cesar
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SEJA POSITIVO E OTIMISTA... E VIVA MELHOR

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É muito importante ser positivo e otimista. O que me preocupa é que muitas pessoas não acreditam nisso. Então, se você é uma das pessoas que se esforçam para deixar de lado os padrões negativos aprendidos no passado, tenha certeza que você está agindo de maneira correta pois a negatividade pode lhe impedir de avançar na vida. Sei que muitas vezes você pode se sentir incomodado ou em dúvidas por conta de experiências ruins vividas e por eventuais recorrências dessas experiências, mas se você se apegar a essas histórias negativas do passado, poderá se sentir sem energia, desmotivado e acabar desistindo de novos empreendimentos em sua vida.

Então, o que fazer? A primeira coisa é assumir que você é o criador da sua realidade. Se as coisas ruins estão acontecendo com você, tenho que lhe dizer que você é o único que pode mudar isso. Como? Revendo e recontando as suas histórias de vida de uma forma diferente.

Muitas vezes a pessoa entra “de cabeça” numa história negativa de um modo tão fácil que surpreende. Daí, sempre que acontece alguma coisa ruim, ela se lembra da tal história. O que essa pessoa não consegue perceber é que, dessa maneira, ela está dando vida e força à história negativa, e não sabe que o” universo não ouve” que ela não quer que aquilo se repita. Ao dar força a aquela experiencia negativa antiga, a pessoa acaba se lembrando de muitas coisas e, de repente, o padrão negativo está de volta perturbando a sua vida.

É importante contar uma história diferente, olhar para as coisas que você e para que tipo de vida deseja, em vez de constantemente falar sobre o que eram. Pense nisso: se você assistiu um filme ruim, você continuaria pagando para vê-lo novamente e repetidamente?

Outra razão pela qual essa mudança é tão importante e que você, agindo e pensando negativamente, está alimentando futuras histórias ruins. Claro que isso não é bom se você quiser uma vida melhor. A vida e o mundo que você vê é a externalização do que se passa em sua mente. Portanto, você tem que mudar e adotar uma atitude otimista e positiva para perceber, atrair e envolver-se com coisas positivas para sua vida. É simples assim.

Como ficar positivo? Não é difícil, mas exige um mínimo de esforço. Pense com frequência nas coisas que você gosta  e pense nas pessoas que fazem você sorrir. Faça as coisas que fazem você se alegrar e rir. Assista a um filme engraçado, por exemplo. Lembre-se que quanto mais você se tornar feliz e positivo, mais você estará aumentando as boas vibrações para atrair mais bons momentos para sua vida. Em outras palavras, se você está feliz, otimista e positivo, você sempre perceberá, em todas as direções, boas oportunidades na vida.

Pode ser uma luta para fazer isso. Mas essa é fundamental para se livrar dos padrões negativos que afligem sua vida. Ao permanecer nesse caminho, você está cuidando da pessoa mais importante que você conhece – você! E estará criando um futuro melhor para sua própria vida.

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PSICOTERAPIA É UMA ATIVIDADE DO PSICÓLOGO

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Já antevejo as reações e peço que perdoem-me pela franqueza, mas pensando criticamente sobre o que anda ocorrendo no mundo da psicologia, concluiremos que o momento atual é, no mínimo, preocupante. Tenho conhecimento de que muitas pessoas, sob o título de “terapeutas ou “coach de vida”, tem prometido soluções e curas imediatas e extremamente fáceis aos quatro cantos do mundo, usando "técnicas milagrosas", independentes, mas que, de modo algum, estão baseadas na compreensão da individualidade humana. Não me refiro a profissionais com formações bem fundamentadas, mas sim aos oportunistas que propagam curas instantâneas como se isso pudesse ocorrer sem a devida consideração às teorias do desenvolvimento humano, às necessidades de crescimento e sem o menor respeito ao potencial real e ao gênio inato de cada um. Ou seja, é algo assim: “eu tenho a técnica e a aplico em todas as pessoas que me procurarem, necessitem ou não, seja adequado ou não. É como uma camisa de tamanha universal que todos devem vestir”!!!

Como psicoterapeutas, optamos pelo bem estar e saúde mental do homem. Escolhemos dar propósito às nossas vidas seguindo um laborioso caminho que nos capacita formal e tecnicamente a promover o desenvolvimento humano e melhorar as condições das pessoas através das abordagens psicoterapêuticas nas quais nos especializamos. Em momento algum, um psicólogo age em termos de alegrias instantâneas pois sabemos que o processo terapêutico leva algum tempo, e não apenas em uma única sessão, meia dúzia de sessões ou um festivo e singular momento grupal. Temos muita clareza que estalar os dedos e simplesmente dizer "venha, vamos ser felizes" é uma atitude absolutamente irresponsável.

É verdade que se pode acelerar tudo mas o resultado final é efêmero. Imagine uma ponte sendo construída aceleradamente, sem os cuidados devidos da engenharia que alicerçam a estabilidade e segurança futura da obra: à passagem do primeiro automóvel provavelmente a ponte ruirá. Da mesma maneira, a primeira emoção/frustração/afeto/experiência mais marcante poderá ser suficiente para encerrar o pseudo-equilíbrio instalado por essas técnicas de cura ou solução imediata.

Meus amigos, o verdadeiro processo psicoterapêutico é bem consistente. A cada sessão, tentamos preencher os buracos da personalidade para torná-la novamente inteira e completa. É um processo que se realiza com profundidade e dedicação, pressupondo muito empenho (do psicólogo e do paciente) e tempo!

Uma transformação pessoal em termos de uma maior auto-aceitação deve ser estimulada através do processo psicoterapêutico. Através dele, a pessoa poderá jogar fora todos os papéis sociais artificiais que aprendeu ao invés de aprendermos um outro novo papel igualmente artificial. Ao fazer isso, a pessoa percebe que cada vez que teve que aprender um novo papel artificial ficava excitado, ansioso por estar em dúvida e inseguro quanto ao papel que deveria representar. Isso é fácil de entender: se não sabemos se vamos agradar e/ou convencer, nós hesitamos; o coração, então, dispara e a excitação não flui para a ação à medida em que a ação ainda não pode ocorrer, e é assim que nos vemos com o "medo do palco". Em outras palavras, a ansiedade é o vácuo entre o agora e o depois. Se estamos no agora, não podemos ficar ansiosos já que a excitação flui em atividade espontânea, própria do momento atual. Se estamos no agora, somos criativos e inventivos. Por essa razão, o psicoterapeuta deve estar preparado, com os olhos e ouvidos abertos, liberando a espontaneidade e aceitando a personalidade total, para que a interação psicoterapêutica seja o caminho para a solução. A mera e fria aplicação de testes, formulários, técnicas importadas de culturas estrangeiras em nada contribuirão para o desenvolvimento do cliente.

Quem conduz as psicoterapias são os psicólogos, pessoas preparadas para compreender as pessoas e acompanha-las em sua evolução. O pensamento moderno despertou uma nova consciência nos homens que reforça, sobremaneira, a recuperação da personalidade total. Estamos aprendendo que produzir coisas, viver para coisas e trocar coisas não é o verdadeiro sentido da vida. Estamos aprendendo que a vida deve ser vivida e não comercializada, conceituada e restrita a um modelo de sistemas. A manipulação e o controle não constituem, de forma alguma, a alegria de viver. 

Enquanto pessoas modernas, contemporâneas, estamos escolhendo sermos reais e existirmos; o homem contemporâneo aprendeu a assumir posição, a desenvolver seu centro. Nesta evolução (ou retomada), a minha sugestão é de que façamos uma reflexão a respeito da base do existencialismo: “uma rosa é uma rosa é uma rosa” (Gertrude Stein). Eu sou o que sou e, neste momento, não posso ser diferente do que sou. E o que sou tem repercussões em mim mesmo e também tocam a outras realidades. Vale à pena estender a reflexão ao que diz a velha citação de F. Perls:"Eu faço minhas coisas, você faz as suas. Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas e você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas expectativas: Você é você e eu sou eu. E se, por acaso, nos encontrarmos, é lindo. Se não, nada há a fazer."

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  


DICAS PARA MELHORAR A SUA AUTOESTIMA


 (Série: Reeditando artigos interessantes)

Quando se pensa em consultórios de psicologia, costuma-se pensar nas diversas patologias que o ser humano pode sofrer no que tange à saúde mental, tais como transtorno bipolar, paranoia, esquizofrenia, fobias diversas, estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade, etc. Mas o que não se imagina é que um dos mais frequentes motivos que levam à psicoterapia é a percepção negativa que a pessoa tem de si mesmo, ou seja, a baixa autoestima.

Com muita frequência, a depressão e a baixa autoestima andam juntas: a baixa autoestima deixa as pessoas vulneráveis ​​à depressão e a depressão diminui a autoestima. Além disso, a depressão distorce o pensamento, fazendo com que uma pessoa confiante se sinta insegura, negativa e autodepreciativa.

O que se observa é que os pensamentos positivos transformam-se em pensamentos ruins os quais levam a pessoa a pensar coisas como "eu sou incompetente", "eu engulo tudo" ou "eu me odeio"; por outro lado, a elevada autoestima está associada a crenças positivas, como "eu sou bom", "sou um sucesso", "eu sou valioso para os outros", etc. Mas embora a baixa autoestima possa estar profundamente enraizada, você pode afastar essa percepção negativa de si mesmo e, gradativamente envolver-se em atividades que melhorem o seu estado. Vamos, então, a algumas dicas que podem lhe ajudar a fortalecer a sua autoestima:

Lide com o pensamento negativo sobre si mesmo. Várias pesquisas realizadas por renomadas instituições mostram que o pensamento negativo é o principal responsável pela baixa autoestima. A depressão também tira as cores do mundo, deixando-o cinza, influenciando de forma desfavorável o julgamento e pensamentos. Esses, sendo negativos, convertem-se em pensamentos autodestrutivos, tornando a pessoa suscetível a decisões ineficazes e situações abusivas. É como se fosse um mantra ruim que repetidamente declara falhas e dúvidas sobre si próprio até que a pessoa se sinta derrotada e não veja nenhuma esperança ou futuro.

É fundamental, portanto, o combate ao pensamento negativo e pessimista. Uma estratégia valiosa é analisar e avaliar seus próprios pensamentos, e para isso, sugiro que se faça as seguintes perguntas:

  • Que evidência apóia meu pensamento negativo e pessimista?
  • Os outros dizem que isso é verdade sobre mim?
  • Sentimento negativos fazem com que eu me sinta bem comigo mesmo ou mau comigo mesmo?
É claro que esse processo também inclui, necessariamente, a substituição de pensamentos negativos e pessimistas por outros que sejam positivos e otimistas. Não estou dizendo para repetir afirmações vazias, mas pelo contrário, criar e usar autodeclarações factuais, efetivas e significativas.

A realidade é que todos têm pontos fortes e fracos e ter uma autoestima sólida e positiva significa aceitar e apreciar todas as próprias características pessoais. Pessoas com boa e saudável autoestima se sentem bem com relação a si mesmas, apreciam seu próprio valor e orgulham-se de suas habilidades e realizações. Elas também reconhecem que, embora não sejam perfeitas e tenham falhas, essas falhas não desempenham um intenso papel opressivo ou irracional em suas vidas ou em sua própria auto-imagem (como você se vê).

Registro diário. Manter pensamentos negativos em sua cabeça apenas os torna maiores. Ao registrar diariamente esses pensamentos, você reduz a sua importância e passa a ver as coisas boas que existem em seu mundo. Assim, além de listar os pensamentos negativos, é muito bom registrar os aspectos positivos da sua vida, como sua saúde ou seus entes queridos. Por exemplo, para cada pensamento negativo que você registrar, anote algo positivo ao lado dele.

Procure apoio positivo. Cerque-se de pessoas que celebram seus pontos fortes e não suas fraquezas. Fazer isso não só é bom, como também ajuda a solidificar o pensamento positivo.

Crie estímulos visuais. Os estímulos lhe dão uma nova perspectiva e lhe ajudam a reduzir as conversas negativas. Por exemplo, deixe notas positivas em sua casa e no escritório e mantenha citações inspiradoras em sua mesa de trabalho e na tela do computador (área de trabalho).

Comece o dia inspirado. Encontre livros e sites que são inspiradores e que “levantam o astral”. Por exemplo, páginas e/ou grupos virtuais sobre o poder do pensamento positivo nas redes sociais. Desperte-se com uma música vibrante que lhe faça um entusiasta pela vida. Ou comece o dia com uma boa risada. O humor cura!!!. Embora possam parecer simples, esses gestos diários são outra maneira de criar um ambiente agradável e inspirador.

Mantenha a calma. É importante que você se tranquilize e nutra-se de valor pessoal, mesmo quando esta é a última coisa que você acha que merece ou deseja fazer. Na verdade, é aí que é especialmente vital. Alimente sua mente, corpo e alma de maneiras que fazem você se sentir especial. Essas maneiras não precisam ser grandes, como por exemplo, você pode definir algum tempo do seu dia para ficar num estado de silêncio e quietude. Você pode desfrutar de pequenos prazeres como uma xícara de café, uma música bonita ou um pôr-do-sol colorido. Ou você pode comemorar o que você já tem e não o que deseja.

Descubra e persiga suas paixões. Quando você está deprimido e sua autoestima parece que está afundando diariamente, é muito fácil ignorar seus maiores desejos e sonhos. Porisso, é interessante escrever uma lista de coisas que ama, deixar de pensar nas coisas que não conseguiu fazer e se esforçar para realizar o que ainda não conseguiu. Tive um cliente que acreditava que não seria nada na vida e que comparava-se regularmente com seus amigos bem-sucedidos. Quando lhe perguntei pela primeira vez sobre suas paixões, ele não conseguiu identificar nenhuma. Daí sugeri ele fosse mais profundo e que contemplasse suas qualidades e interesses positivos. Depois de escrevê-los, ele percebeu que queria se ser um “personal trainer”. No momento, esse cliente está fazendo cursos e trabalhando para sua certificação. Identificar e perseguir sua paixão aumentou sua confiança e deu-lhe um propósito de vida maior.

Redefina o sentido de “fracasso” e continue tentando. Quando você tem baixa autoestima, é comum pensar em si mesmo como um completo e absoluto fracasso. Mas lembre-se que o fracasso é parte do sucesso. O fracasso não o caracteriza como uma pessoa ou determina sua autoestima. Particularmente, eu não me importo se as pessoas cometem erros. O que realmente me preocupa é a falta de dedicação, a não-realização. Há inúmeras histórias de pessoas perseverantes e que sofreram muitas rejeições. Pense em qualquer grande escritor, cientista ou artista. Todos, com certeza, enfrentaram rejeições em vários momentos de suas vidas.

Não há garantia de que tudo o que você fizer vai gerar uma consequência positiva, mas tudo o que você precisa, nesse momento, é uma tendencia para o sucesso. Por exemplo, pode ser que, para você, ingressar numa faculdade de primeira linha faz de você um sucesso. Use o pensamento positivo e otimista, ou seja, concentre-se nas consequências positivas de suas ações e mantenha-se firme no propósito.

O fortalecimento da sua autoestima não é fácil. Mas as dicas acima podem orientá-lo no início do processo. Se você acha que sua autoestima está rebaixada, consulte-se com um psicoterapeuta e trabalhe para construí-la positivamente. Nunca é tarde demais para se sentir bem consigo mesmo.


Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para assistir um rápido vídeo sobre como eliminar ou diminuir a insegurança pessoal.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612