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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

VOCÊ ESCOLHE: FINAL DE ANO COM OU SEM ESTRESSE?

Em teoria, o período de férias natalinas deveria ser menos estressante do que o resto do ano, afinal, as atividades profissionais são substituídas por festividades, reuniões com a família e amigos, acompanhadas de músicas e espírito natalino, um pouco de praia, campo, enfim, muitas opções que deveriam acalmar e alegrar as coisas.... Mas, infelizmente, as palavras "férias", "Natal" e "estresse", algumas vezes, vem juntas!

Sei que isso realmente ocorre pois, como psicoterapeuta, ouço pacientes narrarem situações muito desagradáveis vividas nessa época. Isso é triste pois se trata de bons momentos, com família, amigos e celebração religiosa. O que poderia ser ruim no ápice da positividade e felicidade? Mas o fato é que, há anos em minha carreira profissional, venho lidando com os profundos dissabores de vários pacientes após as festas de fim de ano, sendo muito frequente encontrá-los bem estressados.

Então, como a proposta é aliviar o estresse, decidi sugerir algumas medidas que você poderá, se quiser, adotar para não sofrer de nervosismo.

Prá começar, não vá a eventos que se sinta obrigado a ir, ou seja, se você não quer ir, não vá! É preferível que você dê vazão à sua vontade de caminhar (com ou sem o seu cachorro) ou saia com amigos que você realmente gostaria de ver, ao invés de ir a um evento onde você terá que se esforçar para se animar!

Um outro ponto é perceber como é algo tolo gastar esforço e dinheiro para dar às pessoas coisas que elas não precisam ou, muitas vezes, nem querem. Então, por que não doar para uma instituição de caridade em nome de todas as pessoas da sua lista, exceto, talvez, as pessoas que realmente precisam do presente que você compraria?

As festas de fim de ano podem ser longas e, assim que não houver mais assuntos comuns para uma conversa, pode ser tentador se aventurar com um tema polêmico. Infelizmente, em especial nesses tempos onde tudo é tão polarizado, isso pode ser complicado. Muito poucas pessoas mudam de opinião nas discussões de política, religião, raça, gênero etc., logo, é provável que essa discussão irá prejudicar o espírito de calma e de paz que você deseja para suas férias e época natalina. Quer desestressar? “Pegar leve” pode ajudar.

Por que não organizar uma festa de baixo estresse? Não precisa ser nada cansativo! Você e seus convidados podem obter o máximo proveito se cada um contribuir com os “comes e bebes”. Sendo, os seus convidados, amigos conhecidos, solicite que cheguem mais cedo para ajudarem a arrumar a sala e a servir. Dessa forma, quando os demais convidados chegarem, você poderá conectar-se a eles em vez de ficar de olho no fogão, nos convidados e como as coisas estão sendo servidas. No final da festa, aceite ofertas para ajudar na limpeza. Se ninguém se oferecer, não há nada de errado em perguntar. Muitas pessoas ficariam bem felizes em ajudar o amigo a arrumar as coisas ao final da festa.

Uma outra boa medida para esse período é desenvolver a sua espiritualidade. Não estou falando de religiões nem de cartas de tarô e cristais, mas sim de algo que não exclui o benefício desestressante da espiritualidade ampliada. Requer definir espiritualidade como alguma coisa que é maior que você. Como isso pode reduzir seu estresse? Fornece uma perspectiva interessante para certas situações: digamos que você ganhou cinco quilos e parecia "gorda" naquele vestido, ou que o pernil de natal ficou mais seco que o deserto do Saara... bem, de uma perspectiva espiritual, isso tudo é absolutamente trivial e pouco importante. Manter essa espiritualidade em sua frente e em seu centro pode manter o estresse distante de você!

Minha preferência sempre foi a de passar o natal e réveillon em minha casa ou nas de amigos ou parentes, simplesmente porque os restaurantes fazem, nessas ocasiões, uma megaoperação para lucrarem muito - cobram valores elevados, enchem os clientes com bugigangas compradas a centavos na rua 25 de Março, servem o jantar sob o som altíssimo manejado por algum "DJ MC Qualquer Nome". Uma noite tranquila de Ano Novo em casa é menos estressante, não apenas por causa de controle sobre o som, mas porque você pode, com seus amigos e parentes, compartilhar boas reflexões sobre a vida, servir a comida e beber o que você realmente gosta, por um valor muito inferior que o que é cobrado num restaurante.

Ah! Isso é muito importante! À medida que o final do ano se aproxima, muitas pessoas “entram numas” de lamentar pelos desejos não realizados. Não faça isso de forma alguma! Substitua essa lamentação estressante por uma preparação esperançosa visando a realização de seus planos no ano novo, traçando metas inicialmente fáceis.

Afinal, afora os casos de pessoas estressadas, para todos os demais as férias de final de ano trazem felicidade ou estresse? Minha opinião é que, sendo um período em que se pode passar um tempo com a família, curtir festas diversas, dar e receber afeto de várias pessoas, participar de atividades religiosas, relaxar, manter tradições familiares,  no geral, o período das férias de Natal tende a produzir mais felicidade do que estresse, sendo que, curiosamente, os idosos de ambos os sexos e os homens mostram mais satisfação do que os jovens e as mulheres. De verdade, com um pouco de tolerância, todos podem sentir muita satisfação nessa época.

A todos desejo um feliz Natal e muita prosperidade no ano novo.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

FELIZ NATAL! - NÃO SE OFENDA POR ISSO!ss

 POR FAVOR, NÃO SE OFENDA POR LHE DESEJAR ALGO BOM E VERDADEIRO!


Estou vendo muita gente desejando “Boas Festas!” com um ar meio vago e meio questionador, e eu decidi que não vou mais desejar “Boas Festas!”. Isso parece meio insípido e muito politicamente correto; parece um rosto sorridente de um sorriso contido, algo meio protocolar, sem compromisso e com muito pouco envolvimento. Então, como aprendi que a vida é curta demais para coisas inúteis, não farei mais isso e voltarei à antiga saudação de “Feliz Natal e Feliz Ano Novo!”. Fazendo assim, eu desejo, de coração, tudo o que acredito ser bonito, bom e verdadeiro no mundo e isso merece ser celebrado! Desejo a você a melhor parte da melhor história que todos conhecemos desde o primeiro livro de estórias no colo de nossas mães e pais – onde, contra as probabilidades, o herói chega ao local e, embora ainda tenhamos que viver algumas páginas emocionantes, nossos corações pulam porque sabemos que tudo vai acabar bem: Deus está aqui, Deus está em nós! Deus é o resgate e não importa a religião que se segue, pois estamos religados com o Divino! E isso é natal!
E quando me desejarem “Feliz Natal!”, pode ter certeza de que, de coração, mente e espírito, eu retribuirei e também não me ofenderei! Em vez disso, ficarei grato por você se importar o suficiente comigo para me desejar algo que tenha um significado real para você. Não porque eu acho que a verdade é relativa, mas porque ela me dará uma visão de quem você é, o que faz você se destacar e como melhor entendê-lo. E na compreensão e na tentativa de entende-lo, espero que você e eu nos aproximemos mais como pessoas, como seres humanos nesta perigosa jornada da vida.
Enfim, neste mundo, onde tanta coisa está errada tudo anda tão agitado, agradeço a leitura desta mensagem bem como dos meus artigos, agradeço as experiências que tivemos em conjunto, e desejo a você tudo o que é bom, verdadeiro e bonito!

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
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POR QUE CONSIDERAR A PSICOLOGIA NO TRATAMENTO DA INFERTILIDADE FEMININA?

A psicoterapia é um processo dialético vivenciado entre um psicólogo e o seu paciente com a finalidade de tratar os problemas psicológicos do paciente, como depressão, ansiedade, dificuldades de relacionamento, entre outros. Portanto, refere-se ao uso de métodos psicológicos para aliviar a pressão e a inabilidade psicológica daqueles que se consultam com os psicólogos.

Nos tratamentos da infertilidade feminina, especialistas alertam que, para algumas mulheres, a causa da doença pode ser secundária, enquanto os fatores psicológicos são o principal. Assim, uma vez eliminadas as barreiras psicológicas, o objetivo da concepção poderá ser alcançado rapidamente. Em outras palavras, visto que as dificuldades mentais e emocionais podem afetar a gravidez, a infertilidade também pode gerar alterações mentais e emocionais; se a paciente não receber tratamento psicológico e não conseguir controlar os seus próprios sentimentos e emoções, isso provavelmente a conduzirá a um ciclo vicioso de infertilidade.

Nos últimos anos, descobriu-se que existem muitas causas de infertilidade, incluindo a poluição causada pelo ambiente natural e as causas das próprias doenças e, decerto, os fatores psicológicos não podem ser ignorados. Como exemplo, pode-se citar que as mudanças emocionais entre casais estão intimamente relacionadas à infertilidade masculina e feminina. De fato, um percentual importante dos casais inférteis não consegue encontrar as causas orgânicas, o que está sem dúvida relacionado a fatores mentais e psicológicos.

Visto isso, não é um equívoco afirmar que no tratamento da infertilidade feminina, a atenção deve focar também os aspectos psicológicos, os quais terão um papel auxiliar no tratamento da infertilidade.

Existem muitos exemplos da efetividade dessa abordagem como o caso de algumas mulheres que foram inférteis durante muitos anos engravidarem logo após adotarem um filho - na verdade, isso é principalmente resultado do relaxamento mental.

Quer dizer, as pacientes que sofrem de infertilidade devem ajustar ativamente sua mentalidade (ou seu “psicológico” como atualmente costuma-se falar). Se o ajustamento psicológico for bom, será muito útil no tratamento da infertilidade. Ao contrário, não havendo a adequação psicológica, poderá ocorrer o aumento involuntário do peso e da pressão mental, tornando tudo mais inseguro. Ou seja, o ajuste psicológico ajuda a sair da dor, adequar a sua mentalidade, reduzir o estresse, quebrar o ciclo psicológico vicioso e cooperar com o tratamento com uma atitude positiva, facilitando a consecução do objetivo do tratamento.

A experiência tem mostrado que as barreiras psicológicas das mulheres inférteis se refletem principalmente no complexo de inferioridade, inquietação, estresse mental, reduzida interação social, falta de interesse pela vida, raiva e relutância ou tabu em falar com outras pessoas sobre questões de fertilidade.

A infertilidade de longo prazo nas pacientes, especialmente depois de vários tratamentos não terem efeito positivo, muitas vezes leva a relações interpessoais sensíveis, ansiedade, depressão e paranoia. À medida que o tempo de casamento aumenta, a pressão psicológica torna-se mais pesada. A sensação de perda e a pressão mental são ainda mais agravadas e há uma crescente falta de confiança na cura. Com mais profundidade, deve-se notar que o estado psicológico da infertilidade feminina está intimamente relacionado às diferenças individuais. O estresse apresentado pelas pacientes com alto neuroticismo (nível crônico de desajustamento e instabilidade emocional associados a um desconforto psicológico causado por aflições, angústias e sofrimentos), alto psicoticismo (personalidade tipificada por agressividade e hostilidade interpessoal) e personalidade introvertida é particularmente óbvio: são pacientes que apresentam sintomas óbvios e um longo curso da doença. As pacientes com distúrbios psicológicos relacionados à infertilidade carecem de tratamento psicoterapêutico, mas para isso, dependem do encaminhamento dos médicos e anuência da própria paciente. Aquelas com sintomas psicológicos intensificados, devem consultar-se com o médico responsável pelo tratamento e solicitar que ele esclareça a causa da infertilidade, e opine se é infertilidade relativa ou infertilidade absoluta - isso poderá devolver o controle emocional à paciente. Sendo uma equipe multidisciplinar, o psicólogo deve ajudar na melhora da consciência da mulher em tratamento, enfatizar a necessidade da compreensão do conhecimento médico e ajudá-la a aumentar a capacidade de autocontrole emocional e de adaptação à sua infertilidade. Essas pacientes não devem ficar desamparadas e definitivamente frustradas por causa da infertilidade temporária.

Uma grande quantidade de dados clínicos prova que o estresse mental excessivo e os distúrbios psicológicos muitas vezes levam à disfunção endócrina e aos distúrbios da ovulação, criando uma condição em que quanto mais a mulher deseja engravidar, mais difícil isso se torna. Essa verdade precisa ficar clara para a paciente e para seu marido.

No processo de tratamento, o papel do marido, não pode ser ignorado. Os casais inférteis devem ser respeitados, cuidados e os profissionais da área da Saúde devem dar a eles toda a atenção. Não é apropriado discutir tópicos relacionados à infertilidade fora da situação de tratamento, portanto, os membros da família não devem reclamar, repreender ou ridicularizar intencionalmente o casal, especialmente a mulher. O que é necessário é esclarecimento, encorajamento e auxílio - isso não só contribui para a recuperação da paciente, como também contribui para a harmonia familiar.

Ao mesmo tempo, as pacientes devem melhorar sua "imunidade" e permanecer mentalmente saudáveis. Devem reduzir dúvidas, preocupações, autoculpas e baixas autoestima. Pessoas com boa capacidade de autorregulação têm maior probabilidade de recuperação das questões psicológicas após terem clareza sobre as causas da infertilidade.

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Um abraço,

    Psicólogo Paulo Cesar

    • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
    • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
    • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
    • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
    • Associado à Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
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TENHA QUALIDADE DE VIDA CONTROLANDO O ESTRESSE

Recentemente recebi um convite que me deixou muito feliz, convite esse para escrever um artigo para um conhecido veículo de divulgação. Apesar disso, logo me preocupei com a minha falta de tempo e, claro, por isso tive dúvidas sobre ser capaz de enviar novos textos numa frequência razoável. Muitas pessoas passam pela mesma situação, a de ter que produzir algo e não conseguir, “cobrando-se” depois por uma solução para essa dificuldade. Talvez você, passe por uma situação similar algum dia. Muitas vezes podem surgir dores de cabeça, de estômago, queda de cabelos, vontade de chorar, hipertensão e incontáveis problemas de pele, mas antes que esses sintomas o levem a gastar muito dinheiro com dezenas de médicos especialistas, saiba que eles têm uma causa comum: o estresse, uma reação natural do organismo contra estímulos externos que o amedrontam, excita ou mesmo o faz feliz. Seu grau inicial, chamado “alerta” é benéfico e quem está nesta fase produz mais e até o desempenho sexual melhora. O estresse só passa a ser danoso quando constante e em níveis elevados.

O estresse relaciona-se com a produtividade (ou qualquer outro parâmetro - felicidade, por exemplo) através de uma curva em forma de sino. A fase ascendente é a do alerta. O perigo dos pontos mais altos dessa fase é que a pessoa vê em sua produtividade uma “eterna ascensão”. Mas a partir de um ponto máximo (variável entre os indivíduos), começa a resistência. Manter-se equilibrado nessa etapa exige técnica. O organismo precisa de uma folga para não entrar em exaustão. É fácil identificar as fontes externas, sendo que a intensidade varia com o indivíduo.

Os sintomas da fale de “alerta” decorrem do aumento da adrenalina circulante no organismo. É um preparo para lutar ou fugir de um inimigo. Se o estímulo desaparece, a tendência é voltar ao estado inicial. Prosseguindo o estímulo, começa a fase de “resistência”, quando mudam os sintomas. Tomadas as providências, nada de mau acontece. Se o tratamento é negligente, chega à fase de “exaustão”, que é muito perigosa. A pessoa fica seriamente doente e está sujeita a um infarto, problemas renais ou de hipertensão arterial, queda de cabelos e problemas dermatológicos. 

Quando a pessoa se depara com um possível estressor, o corpo reage. O sistema nervoso central excita uma parte do sistema nervoso periférico denominado simpático (cuja mensageira é a adrenalina) e faz aumentar os batimentos cardíacos, melhorar a eficiência da respiração, dilatar a pupila, etc. A pessoa fica lívida, não sente fome ou sono. A questão é de sobrevivência. O hipotálamo (área do sistema nervoso central) determina que a hipófise libere hormônios atuantes nas adrenais, fazendo-as produzir mais corticosteroides. Estes atuam no fígado (aumenta a síntese de glicose) e sobre outros tecidos (consomem menos glicose). Resultado: mais açúcar (energia) no sangue. Estas ações visam preparar o organismo e impedir os efeitos danosos sobre seu metabolismo. 

Mas a excitação desse mecanismo não pode ser permanente. Em casos em que não se elimina a fonte de estresse ou não se consegue recuperar o estado de equilíbrio interno, vem a fase de “resistência”. O organismo tenta recuperar seu equilíbrio interno. Começa a sensação geral de desgaste. Sem controle, abre-se o caminho para a “exaustão”. 

Tratamento Preventivo - Controle dos Sintomas 

São raras as pessoas que se propõem a fazer um tratamento preventivo do estresse. Ele pode ensinar você a reconhecer sua curva de estresse, seus limites e suas fontes internas e externas. Quem procura ajuda já “estressado” também aprende tudo isso, só que já deve ter agredido muito o seu organismo. Se você se encaixar na categoria dos que só procuram ajuda quando atingiram a fase de “exaustão”, o tratamento deverá ser acompanhado por outros especialistas que se ocuparão das doenças já instaladas e do acompanhamento psicoterápico específico, no caso de você ter algum problema psicológico sério que esteja funcionando como fonte interna permanente de estresse. Se você já estiver na fase de “exaustão”, é bom que procure ajuda porque será muito difícil que consiga sair dela sozinho. O tratamento feito exclusivamente com calmantes pode durar alguns anos, que podem ser diminuídos para até seis meses se você se submeter ao tratamento específico do estresse, que consiste em um tipo de terapia para que você aprenda o controle dos fatores estressantes. 

O trabalho de controle do estresse é feito em 4 frentes. A primeira delas é o atendimento psicológico. Este visa fazer com que você desenvolva uma visão positiva da vida, tenha calma para enfrentar os problemas, tenha maior tolerância a mudanças, evite exagerar as expectativas em relação ao seu desempenho e de pessoas que o cercam, elimine a afobação, características de comportamento comuns a pessoas classificadas pelos psicólogos como “pessoas do tipo A”. São aquelas pessoas agitadas, que estão sempre olhando no relógio, que tentam desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. São as pessoas mais sujeitas a sofrerem estresse. O tipo oposto de pessoa é aquele conhecido como “tipo B”, que são calmas, falam devagar e estão menos sujeitas ao estresse. 

A segunda frente de combate ao estresse é o relaxamento, uma vez que a tensão muscular costuma acompanhar o estresse. A eliminação da tensão vai ajudá-lo a enfrentar melhor o estresse. Durante um tratamento específico de estresse, você pode aprender algumas técnicas de relaxamento para empregar nas horas em que se sentir “estressado”. Entretanto, qualquer técnica de relaxamento é boa, desde que você se identifique com ela. Pode ser, até simplesmente, ver televisão. Você vai precisar também aprender a estabelecer uma rotina de recreação e de lazer. Tentar relaxar tomando calmantes é um erro porque eles apenas mascaram o problema. A pessoa precisa aprender a lidar com seu estresse e não apenas fugir dele. 

A terceira frente é o exercício físico. Além dele ser positivo para as pessoas menos “estressadas”, ele tem uma razão de ser para os “estressados”. A partir de um certo nível de exercício, o organismo produz beta-endorfinas, substâncias que funcionam como antiestressantes. Elas são encontradas no cérebro e em outros tecidos e podem controlar a sensação normal de dor, além de participar da regulação da temperatura e do apetite, e de ser capaz de melhorar também o sonho e o humor. Os atletas, por exemplo, conseguem continuar sua atividade depois de uma contusão grave devido ao efeito anestésico dessas substâncias. O exercício físico é recomendado para qualquer pessoa, desde que sejam respeitadas suas limitações físicas e de saúde. 

Você também tem de ter uma boa alimentação (quarta frente) para poder dar combate ao estresse. Ela é importante porque o organismo esgota suas fontes de vitaminas e nutrientes para conseguir se recuperar do estresse. Isso acaba fazendo com que o organismo fique mais sujeito a ter doenças oportunistas como infecções e viroses. Portanto, é necessário repor, regularmente, esses nutrientes através de uma alimentação rica. 

Meus caros(as) amigos(as), frente a uma situação problemática, dê uma folga a si mesmo antes de enfrentá-la. Esfrie a cabeça, distraia-se da forma que lhe for mais agradável. A solução do seu problema será mais fácil e menos “estressante”. Não crie expectativas exageradas em relação às atitudes ou ao desempenho seu e de outras pessoas. Cada um tem seu ritmo próprio, que precisa ser respeitado. Procure desempenhar tarefas que combinem com ele. Não espere que seu organismo vá aguentar sempre “só mais um pouquinho”. Não aceite tarefas em excesso nem adie seus períodos de descanso. Controle-se ao sentir os primeiros sinais da fase de resistência do estresse e, finalmente, como já vimos, mantenha sempre uma alimentação equilibrada. A recuperação natural do estresse depende da reposição de nutrientes como o cálcio, magnésio, ferro e vitaminas. Eles são gastos pelo organismo durante a fase de resistência. Os exercícios físicos são fundamentais pois a partir de um certo nível de exercício, o organismo passa a fabricar as endorfinas, substâncias que participam do controle da dor, do humor, do sonho e do apetite.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

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