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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

A PSICOTERAPIA NUMA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA BUDISTA

(Série: Reeditando artigos interessantes)

É triste a constatação, mas existe um número sem fim de pessoas que sente que está faltando alguma coisa na vida mas que não tem absolutamente nenhuma idéia sobre qual é o problema, nem o que deveria fazer para acabar com essa sensação de vazio interno.

Vejo frequentemente no consultório: a pessoa anseia por algo, sente a dor e a perda, sofre, e tudo o que ela precisa para aliviar esse descontentamento sempre esteve defronte seus próprios olhos, mas ela não consegue perceber. É  melancólico, porém exige-se que o processo terapêutico toque esse tema tão logo seja percebido, fazendo o paciente entender que esse triste estado pessoal, esse profundo descontentamento é real - porém é causado pela sí próprio. Toda a dor que se causa a si mesmo e aos outros, como ódio, humilhação, manipulação, etc., é causada por aquele que a sente. Sai do coração da pessoa, da confusão que está dentro dela.

Em termos psicoterapêuticos, é imprescindível que o paciente veja exatamente qual é o problema sob pena de perpetuá-lo, não só com ele mesmo mas também nas gerações vindouras: a pessoa não percebe e não assume o seu próprio dilema, transfere aos filhos a confusão que reina em sua mente e em seu coração, e assim segue, geração após geração, fazendo a mesma coisa. Ou seja, esse processo tem que ser interrompido, e ponto final!

A chave para interromper esse sofrimento está dentro de cada um de nós, mas isso não significa que estaremos livres de problemas, nem que, se apenas nos comportarmos corretamente, as coisas sairão conforme nossos desejos. A vida de nenhuma pessoa foi, é ou estará livre de dificuldades, mas enxergar a natureza dos problemas, o que eles são e de onde eles vem, ajudará bastante a manter-se o mais próximo possível do equilíbrio e da saúde mental.

É também muito comum acreditar que cuidar dos problemas implica em eliminá-los, ou, o que é mais grave, distorcê-los e negar a realidade. Evidentemente esse modo de abordar os problemas é patológico pois o que está se fazendo é tentar transformar a realidade em algo que ela não é, como se fosse um rearranjo e manipulação do mundo para que não existam latidos de cães à noite, não aconteçam acidentes de qualquer tipo ou que as pessoas que amamos nunca morram. É indiscutivelmente inútil essa tentativa, mas muitos continuam tentando; contudo, a vida é real, a erva daninha crescerá (embora a odiemos e a queiramos extirpar) e as lindas flores fenecerão (embora as amemos e queremos que durem para sempre).

A esta altura, você já deve ter notado que estou trazendo um fato que as pessoas não gostam de aceitar, que é a caracterização da vida humana pela insatisfação. Você já percebeu que normalmente nós temos, num dia, mais insatisfações que satisfações? Isso é um dado da realidade, no entanto, não é por isso que nos deixamos abater. Não aceitar esse fato é negar a realidade, ou uma tentativa de encobrir, atenuar, reinterpretar os fatos.

No tratamento psicoterapêutico atravessa-se pela difícil etapa que é a aceitação de que a insatisfação que vivemos se origina em nós mesmos, pois surge da ignorância quanto à nossa situação de fato, de nosso desejo de que a realidade seja algo que não é, ou seja, o nosso anseio, nosso desejo, nossa sede de algo que não é parte da realidade é o que nos deixa insatisfeitos. Portanto, temos que descobrir e aceitar a origem das nossas insatisfações, para então criarmos condições de dar um ponto final às suas formas mais profundas e existenciais.

Enfim, num processo psicoterapêutico apoiado na psicologia budista, a pessoa embarca numa jornada envolvendo movimento e direção, partindo para a própria intimidade, para o próprio Eu. Uma jornada para o despertar e para o “aqui e o agora” e assim, poder viver a vida estando plenamente presente. Para tanto, há de se compreender que a vida é passageira e aceitar essa condição, e, em seguida, entender que já somos (de alguma forma) seres completos, íntegros, faltando apenas ver que cada um é o próprio porto, o próprio refúgio, a própria salvação.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo  sobre relacionamentos abusivos na adolescência.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612


O PAPEL DA PSICOTERAPIA FRENTE AO SOFRIMENTO HUMANO


Por Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

A maioria de nós tende a exagerar um sofrimento, outros chegam a usar a dor pessoal para conquistar a atenção das pessoas, sem contar aqueles que só se sentem amados se alguém prestar um minuto de atenção nas suas lamúrias. Acho que cabe aqui uma simples pergunta: será que o sofrimento ou a dor não tem a sua importância no desenvolvimento psicológico de uma pessoa?

Sim, meus amigos, o sofrimento tem uma importância imensurável. Sempre me lembro do Dr. Vitor, um de meus professores do  tempo de minha formação acadêmica, que dizia que "o ser humano só aprende com a frustração"! Essa frase me incomodava muito e ficava martelando em minha mente, até que acumulei suficiente experiência no atendimento psicoterapêutico para deixar a minha própria ilusão e aceitar o papel da dor, ou da perda, ou do sofrimento, ou da frustração (tudo com o mesmo significado, nesse caso), para o nosso crescimento.

Gosto de dizer, a respeito do processo de cura, que, ao atingir a intolerância ao sofrimento, a pessoa começa a enxergar uma luz, aquela pequena fresta que, se explorada, pode significar o encontro do caminho da felicidade, ou, pelo menos, da paz de espírito. Quer dizer, precisamos do sofrimento para conseguir enxergar o caminho. A exploração psicoterapêutica navega pela dor humana, senão, que utilidade teria? É isso que fazemos no espaço terapêutico: seguir, passo a passo, pé ante pé, em direção à origem do sofrimento psicológico para, então, encontrar, se existir para o caso, a trilha que leva ao fim do sofrimento. Esse misterioso universo existe dentro de cada um de nós, num espaço chamado de Sombra, uma área intrapsíquica da qual retiramos toda a luz, tornando-a uma Sombra assustadora, terrível, onde depositamos o que não aceitamos em nós mesmos e que tanto nos esforçamos para negar que existe.

Haverá medo, provavelmente, mas também haverá a suficiente coragem para entrar em contato com o sofrimento, e por conseguinte, haverá alegria, conforto, crescimento, paz, alegrias e cura. Esse é o papel da psicoterapia: ajudar a pessoa a transpor esse abismo que a impede de ser feliz!

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Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

O VENTO QUE SOPRA PELAS FLORES


O VENTO QUE SOPRA PELAS FLORES
Uma História Tibetana de Cura
(autor desconhecido)

Há vários anos atrás, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade. "Tenzin", é como vou chamá-lo, foi diagnosticado como portador de uma forma de linfoma das mais fáceis de curar.

Ele foi internado em um hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia. Mas durante o tratamento, este homem normalmente gentil tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa de seu braço e negou-se a cooperar. Gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor. Os médicos ficaram desconcertados. Depois, a esposa de Tenzin falou com o pessoal do hospital. Ela contou que Tenzin foi um prisioneiro político dos chineses por 17 anos. Eles mataram sua primeira esposa e ele foi repetidamente torturado e brutalizado durante todo o tempo em que esteve preso. As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fizeram Tenzin recordar todo o sofrimento que passou nas mãos dos chineses. “Eu sei que vocês querem ajudá-lo," ela disse, "mas ele se sente torturado pelo tratamento. Ele volta a sentir ódio internamente - da mesma maneira que os chineses o fizeram sentir. Ele prefere morrer a viver com o ódio que ele está sentindo agora. E, segundo nossas crenças, é muito ruim ter tamanho ódio no coração na hora da morte. Ele precisa estar apto para rezar e limpar seu coração.

"Assim, o médico dispensou Tenzin e recomendou uma equipe da clínica de repouso para visitá-lo em casa. Como eu era a enfermeira encarregada de cuidar dele, entrei em contato com um representante da "Anistia Internacional" para pedir-lhe conselhos. Ele me disse que a única forma de sanar o trauma da tortura era "falar a respeito". "Essa pessoa perdeu sua confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível." Mas quando eu encorajei Tenzin a falar sobre suas experiências, ele ergueu suas mãos e me fez parar.

Ele disse, "Preciso aprender a amar de novo se eu quiser curar minha alma. Sua tarefa não é fazer perguntas. Sua tarefa é me ensinar a amar novamente." Respirei profundamente e perguntei, "E como eu posso fazê-lo amar de novo?”. Tenzin respondeu prontamente, "Sente-se, tome meu chá e coma meus biscoitos." 

O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil bebê-lo! Mas, foi o que eu fiz. Por várias semanas, Tenzin, sua mulher e eu nos sentamos juntos e tomamos chá. Nós também conversamos com os médicos para achar formas de tratar suas dores físicas. Mas era sua dor espiritual que deveria ser diminuída.

Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado de pernas cruzadas em sua cama, recitando preces de seus livros. Com o passar do tempo, sua mulher foi pendurando mais e mais 'thankas', bandeirolas budistas coloridas, nas paredes. Em pouco tempo, o quarto parecia um colorido templo religioso.

Na chegada da primavera, eu perguntei o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na primavera. Ele abriu um grande sorriso e disse, "Nós nos sentamos e aspiramos o vento que sopra pelas flores." Eu pensei que ele estava falando poeticamente, mas suas palavras eram literais. Ele explicou que os tibetanos fazem isso para serem pulverizados com o pólen das novas floradas, carregadas pela brisa. Eles acreditam que esse pólen é um potente medicamento.

No primeiro momento, achar muitas floradas parecia um pouco difícil. Mas, um amigo sugeriu que Tenzin visitasse algumas floriculturas locais. Eu liguei para o gerente de uma floricultura e expliquei-lhe a situação. Sua reação inicial foi: "Você quer o que???". Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou. Então, no final de semana seguinte, eu busquei Tenzin, sua esposa e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, xícaras, biscoitos, almofadas e livros de preces. Eu os deixei na floricultura e combinei de pegá-los às 17 horas. No outro final de semana, visitamos uma outra floricultura. E mais outra no terceiro fim-de-semana.

Na quarta semana, eu comecei a receber convites das floriculturas para Tenzin e sua mulher para voltarem novamente. Um dos gerentes disse, "Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias...ah, sim! E temos belas dafnias. Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnias! E eu quase me esqueci! Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e sua esposa vão adorar!"

No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido birutas coloridas para Tenzin saber de que direção o vento estava soprando. Logo, as floriculturas estavam competindo pelas visitas de Tenzin. As pessoas começaram a se importar com o casal tibetano. Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento. Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal. E no final do verão, Tenzin voltou ao seu médico para novos exames e determinar o desenvolvimento da doença.

Mas o doutor não achou nenhuma evidência de câncer.  Ele estava abobalhado; disse à Tenzin que ele simplesmente não sabia explicar aquilo. Tenzin levantou seu dedo e disse:

"Eu sei porque o câncer se foi. Ele não podia mais viver num corpo tão cheio de amor. Quando eu comecei a sentir a compaixão das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e todas essas pessoas que queriam saber de mim, eu comecei a mudar por dentro. Agora, eu me sinto afortunado por ter a oportunidade de ser curado dessa forma. Doutor, por favor, não acredite que a sua medicina é a única cura. Às vezes, a compaixão pode também curar um câncer."

"Se eu for como todo mundo, quem será como eu?"


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Psicólogo Paulo Cesar

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SOBRE A MÁGOA

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Você já sentiu, alguma vez, a dor causada por uma pancada na quina da mesa, da cama, ou de outro móvel qualquer? Sim, aquela pancada que quase nos faz perder os sentidos, e que deixa um hematoma no corpo.

A princípio, surge uma marca avermelhada, depois arroxeada, e vai mudando de cor até desaparecer por completo. Geralmente o local fica dolorido, e sempre que o tocamos sentimos algum desconforto. A marca permanece por um tempo mais ou menos longo, conforme o organismo.

Agora imagine se, por distração, você bate novamente no mesmo lugar do hematoma. A dor é ainda maior e a cor se intensifica. Se isso se repetisse por inúmeras vezes, o problema poderia se agravar a tal ponto que a lesão se converteria num problema mais grave.

Com a mágoa acontece algo semelhante, com a diferença de que a marca é feita no coração e é causada por uma lesão afetiva. Num primeiro momento a marca é superficial, mas poderá se aprofundar mais e mais, caso haja ressentimento prolongado. Ressentir quer dizer sentir outra vez e tornar a sentir muitas e muitas vezes. É por isso que o ressentimento vai aprofundando a marca deixada no coração.

Como acontece com as lesões sofridas no corpo, repetidas vezes no mesmo lugar, também o ressentimento pode causar sérios problemas a quem se permite assim continuar. Se um hematoma durasse meses ou anos em nosso corpo, a possibilidade de se transformar em algo mais grave, até num câncer... seria grande. Isso também acontece com a mágoa agasalhada na alma por muito tempo.

Cada vez que nos lembramos do que motivou a mácula no coração, e nos permitimos sentir outra vez o estilete na alma, a mágoa vai se aprofundando mais e mais. Além da possibilidade de causar lesões, gera outros distúrbios nas emoções de quem a guarda por muito tempo.

Por todas essas razões, vale a pena refletir sobre esse mal que tem feito muitas vítimas. Semelhante a um corrosivo, a mágoa vai minando a alegria, o entusiasmo, a esperança, e a amargura se instala. Silenciosa, ela compromete a saúde de quem a mantém e fomenta ódio, rancor, inimizade, antipatias.

Muitas vezes a mágoa se disfarça de amor-próprio para que seu portador consinta que ela permaneça em sua intimidade. E com o passar do tempo ela se converte num algoz terrível, mostrando-se mais poderosa do que a vontade de seu portador para eliminá-la.

De maneira, muitas vezes, imperceptível, a mágoa guardada vai se manifestando numa "vingançazinha" aqui, numa "traiçãozinha" ali, numa crueldade acolá. E de queda em queda a pessoa magoada vai descendo até o fundo do poço, sem medir as consequências de seus atos. Para evitar que isso aconteça conosco é preciso tomar alguns cuidados básicos:
  • O primeiro deles é proteger o campo das emoções, fortalecendo as fibras dos nobres sentimentos, não permitindo que a mágoa o penetre.
  • O segundo é tratar imediatamente a ferida antes que se torne mais profunda, caso a mágoa aconteça.
  • O terceiro é drenar, com o arado da razão, o lodo do melindre, que é terreno propício para a instalação da mágoa.
É importante tratar essa suscetibilidade à flor da pele, que nos deixa extremamente vulneráveis a essas marcas indesejáveis em nosso coração, tornando-nos pessoas amargas e infelizes. Agasalhar ódio, mágoa ou rancor no coração, é o mesmo que beber veneno com a intenção de matar o nosso agressor.

Pense nisso e não permita que esses "tóxicos" se instalem em seu coração. Cuide-se! Se necessário, procure um psicólogo!

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar


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GESTOS DE EQUILÍBRIO


Em nossa sociedade, quase todo mundo tem medo da morte, mas para apreciar plenamente a vida, precisamos enfrentar essa realidade. A impermanência e a morte são partes integrantes do estar vivo e conscientizar-se disso pode vibrar dentro de pessoa e despertá-la. Nascer como ser humano é um privilégio muito raro e é importante que apreciemos nossas vidas.

Com a compreensão da impermanência, muitos dos aspectos da vida que comumente achamos fascinantes já podem nos parecer menos atraentes. Porém, com essa compreensão, mais facilmente podemos largar nossos apegos e medos, assim como a nossa pequena casca de proteção. Pensar na impermanência da vida nos desperta - damo-nos conta de que nesse exato momento estamos de fato vivos e que à vida devemos responder!

Nossos padrões de hábitos são muito difíceis de quebrar e, quando o tentamos, sempre aparecem obstáculos pois nossos desejos e apegos nos induzem a repetir os mesmos modelos destrutivos. Nossas necessidades emocionais não somente nos habituaram às coisas materiais, como também à nossa identidade pessoal. Mas, enquanto não nos soltarmos dos nossos apegos à personalidade e à auto-imagem, será difícil ver esses padrões de vida, quanto mais mudá-los.
Às vezes renunciamos a coisas importantes: nosso dinheiro, nosso lar, etc....., sem muita dificuldade. Mas os apegos emocionais, tais como o elogio, a censura, o ganho e a perda, o prazer e a dor, as palavras bondosos e as ásperas, são muito sutís. Estão além do nível físico. Eles existem na personalidade ou na auto-imagem e não estamos dispostos a deixá-los partir.

Nossos apegos exercem uma influência magnética, que nos retém num lugar como se estivéssemos na prisão. É difícil dizer se essa força controladora provém de nossos atos passados, do nosso medo da morte ou de alguma origem desconhecida; o fato é que sentimos que não podemos nos mover e, assim, toda a sorte de frustração e mais sofrimento. Entretanto, à medida em que crescem nossa compreensão e nossa percepção, vemos a importância de trabalhar as nossas emoções, apegos e negatividades, e vemos também que a solução final vem de dentro. Nesse momento, em que despertamos para nossa penosa condição, começamos a mudar nossas atitudes mais íntimas com algum progresso verdadeiro, pois as mudanças estão dentro de nós. Quando observamos com cuidado, os nossos sentidos e sentimentos, aprendemos a aceitar-nos, a apreciar-nos e a estar abertos para os outros. Através da integração e do equilíbrio de nossas mentes e dos nossos corpos é possível atingir a paz interior e a alegria que é o amor.

Freqüentemente, sentimo-nos desconfortáveis no presente e aflitos porque o que quer que esteja acontecendo é um tanto ou quanto inesperado. Achamos difícil relacionar-nos aberta ou diretamente com as situações. Enquanto focalizamos o passado ou o futuro, nunca lidamos com o presente e, assim sendo, ele nunca nos dá uma satisfação verdadeira. Quando encontramos dentro de nós inspiração, abertura e equilíbrio, nossa vida se torna genuinamente feliz e digna de ser vivida, e podemos então, encontrar felicidade até no nosso trabalho, pois a base do caminho espiritual é o desenvolvimento em nós mesmos, do que é verdadeiramente equilibrado, natural e significativo.

O desfrutar a vida pode ser extremamente importante para nós; porém, freqüentemente, projetamos a satisfação no futuro, de modo que nossas vidas se enchem de sonhos vazios. Isso não quer dizer que devamos deixar de fazer planos inteligentes para o futuro, mas que devemos viver mais plenamente no presente, e assim, cresceremos na direção de nossas metas futuras até alcançá-las. Quando nos abrimos para a nossa experiência presente, compreendemos que, exatamente agora, podemos defrutar as nossas vidas.

Por Psicólogo Paulo Cesar - Extraído do livro do autor Tartang Tulku
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"Encaro essa vida como o percurso de uma essência real; a alma apenas deixa sua corte para ver o país. Os céus tem em sí uma representação da terra e se a alma se tivesse contentado com idéias, não teria viajado para além do mapa. Mas os padrões excelentes lhes explora a simetria, ela a forma. Assim, sua descendência reproduz o original..." (Thomas Vaughn)

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Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e por Skype.
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