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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

MULHERES, DIGAM "NÃO" À DITADURA DA BELEZA

Ah, como seria maravilhoso se a beleza interior sempre triunfasse sobre a aparência externa...

Que menina não passou por alguma situação em que se sentiu avaliada através dos olhares dos outros? O que, talvez, muitos não entendem é o quanto isso pode ser dramático para as pessoas, especialmente para as jovens adolescentes. E isso não ocorre apenas quando há o interesse por um relacionamento romântico, mas sim, em todas as interações humanas.

Infelizmente vivemos numa sociedade onde a mídia, principalmente a televisiva, impõe um padrão de beleza de forma cruel, e que causa distúrbios psicológicos de toda ordem. Em nosso país, a valorização de um específico modelo de corpo é um verdadeiro absurdo, pois a imagem corporal imposta não corresponde à realidade da vida das mulheres brasileiras, seja por características biológicas, por falta de tempo e dinheiro para “se cuidar” ou mesmo por que não querem ser diferentes do que são. Entretanto, por força da mídia, uma garota que não seja magra e com o corpo sarado, com a pele e cabelos perfeitos, pode ter sua autoestima severamente diminuída, gerando sentimentos de medo, insegurança, frustração, angústia, ansiedade e, até mesmo, depressão. Em muitos casos, as garotas podem apresentar fobia social e transtornos alimentares. Alie-se a isso, o fato de que esse padrão transforma as meninas em insaciáveis consumistas, todas em busca do ideal de beleza e aparência. As garotas adolescentes são o alvo principal desse bombardeio midiático e capitalista, mas os garotos também o são, ainda que num menor grau.

Para seu conhecimento, outros comportamentos típicos da jovem com baixa autoestima são a necessidade de aprovação (quer ser reconhecida; quer agradar a todos), dependência financeira e emocional, inveja, ciúmes excessivos, sentimento de incapacidade para realizar as coisas, dúvidas do próprio valor, não confiar em si e em ninguém, autoproibição para errar, perfeccionismo, raiva, agressividade, comodismo, vergonha, dificuldade para desenvolver-se psicologicamente e sentimento de inferioridade. Muitos casos de autoflagelação (cortar-se; arranhar-se; machucar-se) também estão associados a essa questão.

É cada vez maior a procura por academias e clínicas de estética e não há problema algum em querer se manter bonita e saudável. Observa-se, contudo, exageros, seja por exercícios levam à exaustão, seja pela privação de alimentos que pode causar doenças como anorexia e bulimia, ou através de cirurgias estéticas que já levaram à morte tantas moças famosas e anônimas.

O que fazer? Qual é o ponto em questão?

O ponto é que a cultura e a mídia seguirão impondo o que é ou deve ser visualmente desejável, independentemente de nosso próprio desenho intuitivo ou o que realmente queremos ou achamos atraente. O “photoshop” é mágico e faz as “correções” na imagem, mas a vida real não é assim. As meninas querem e tentarão quase qualquer coisa para terem o ideal. O problema é que nunca há um ponto final porque o ideal é inalcançável. No final das contas, vem a frustração pela percepção de que o excesso de preocupação com a beleza é desnecessário, uma vez que o conceito de beleza é relativo e muda frequentemente por conta dessa mesma cultura.

Procurar o ideal do corpo não é como identificar uma profissão que se quer seguir. O corpo está determinado pela genética e não há como ir contra isso. A garota pode pagar por um monte de produtos de beleza e cirurgia plástica para melhorar e embelezar a aparência para sentir-se atraente em nossa cultura, mas existem limitações. Produtos e cirurgia não podem mudar o tamanho do quadril, a altura ou a mudança como nossos corpos usam e armazenam gordura. Produtos e cirurgia podem melhorar, mas não criam autoestima – esse é o ponto principal.

Os sentimentos gerados pela ditadura da beleza também geram, com frequência, graves problemas na vida pessoal e na carreira profissional. Por exemplo, a garota fica suscetível a se envolver em relacionamentos instáveis e infrutíferos; por medo de perder o relacionamento e medo de não conseguir conquistar outro, acaba ficando em posição de submissão. Na vida profissional, como ela não confia em si mesma, acaba criando obstáculos para os desafios que surgem – ela tem medo de se arriscar por achar que não vai conseguir.

Quero dizer a vocês, jovens garotas, e também aos seus pais e mães, que a verdade é que não há fórmulas mágicas para melhorar a autoestima. A única solução é o autoconhecimento. Compare a vida de uma garota com essas dificuldades a um guarda-roupa bagunçado, onde é muito difícil encontrar uma roupa limpa (qualidades). É preciso achar as roupas que devem ser lavadas, as que não servem mais (livrar-se de mágoas que ocupam espaço na vida da garota levando-a a sofrer). Depois disso, é necessário encontrar as roupas que estão ali, novinhas sem nunca terem sido usadas (potencial). Pode ser trabalhoso, mas o autoconhecimento permite à pessoa ver as coisas com mais clareza, encontrando as qualidades muitas vezes reprimidas, negadas pela própria pessoa e/ou pelos outros. Mas tem que querer fazer essa mudança, senão não adianta.

Algumas mudanças de postura contribuem para melhorar a autoestima feminina, como fazer algo que gosta; aceitar críticas construtivas; abandonar a coitadinha guardada em si; não afogar as mágoas comendo; realizar práticas espiritualizadas; fazer exercícios físicos; fazer psicoterapia e escolher ser feliz. Não se enquadre em modelos já estabelecidos, pois a beleza está nos olhos de quem vê. Não é uma ciência exata como, por exemplo, a matemática, em que dois mais dois é igual a quatro e não há questionamentos. Ao contrário, o conceito de beleza é subjetivo e são as imperfeições que formam a perfeição relativa.

Você pode conhecer o meu trabalho pelos conteúdos divulgados nesses locais:


Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

VOCÊ PRECISA DE PSICOTERAPIA?

Problemas na vida são inevitáveis e muitos desses problemas nos afetam severamente, a ponto de ser necessário iniciar um processo psicoterapêutico. Diversas pesquisas mostram que a psicoterapia é eficaz no tratamento de muitos tipos de problemas psicológicos, além de ensinar habilidades que deixam as pessoas com novas estratégias para lidarem mais eficazmente com esses problemas, se surgirem novamente no futuro.
As pessoas, com uma ampla gama de problemas - da depressão à luta conjugal, de fobias simples como o medo de voar ao pânico total - podem se beneficiar em muito com a psicoterapia. Nesse artigo, quero apresentar as razões mais comuns que levam uma pessoa a procurar a terapia:
  • Angústia Emocional Significativa ou Crônica: A maioria das pessoas que procuram psicoterapia o fazem para aliviar uma dor emocional ou angústia. Experimentar dor emocional é parte de ser humano, mas, por vezes, esta aflição é grave ou de longa data, e pode prejudicar a sua vida diária. A psicoterapia, então, é um método muito apropriado para sanar essa angústia - tristeza, ansiedade, medos, etc. - que seja persistente e preocupante.
  • Problemas de relacionamento: Muitas vezes, o sofrimento emocional ou psicológico advém de dificuldades nos relacionamentos interpessoais. Essas relações problemáticas podem ser com o marido ou esposa, com pai ou mãe, filhos, colegas de trabalho ou amigos. Ao fazer psicoterapia, você poderá compreender a raiz do problema e aprender as ferramentas que lhe trarão uma significativa melhora em suas relações humanas.
  • Aquisição de Competências: Alguns sofrimentos emocionais ou problemas de relacionamento estão associados à falta de uma habilidade particular. Tais problemas podem incluir timidez excessiva, má comunicação, falta de assertividade ou um fraco controle da raiva. A psicoterapia ajuda as pessoas a adquirirem ou melhorem essas habilidades. Nesses casos, o tratamento se concentra em ensinar as pessoas a serem capazes de fazer o que precisam para se sentirem melhores e mais capazes.
  • Problemas Sexuais: Insatisfação sexual e disfunção sexual são problemas comuns que podem ser embaraçosos para falar. A boa novidade sobre isso é que, ao longo das últimas décadas, os psicoterapeutas fizeram progressos substanciais quando se trata de ajudar as pessoas a obterem prazer e satisfação em seus funcionamentos sexuais.
  • Perda Recente: É próprio do ser humano, apegar-se “poderosamente” a outras pessoas. O processo de adaptação à interrupções dessas relações caracterizadas pelo apego (morte ou separação), frequentemente traz muita dor emocional. A psicoterapia pode ajudá-lo a lidar com a perda – elaborando o luto.
  • Vítima de Trauma ou Abuso: Ser vítima de abuso físico ou sexual, ou outra forma de violência - como estar em um acidente de carro - pode diminuir a sua capacidade de lidar com as lembranças desses fatos e deixar cicatrizes que prejudicam a sua capacidade de viver uma vida normal. A psicoterapia pode ser, para você, um ambiente confidencial para discutir esses traumas que fazem a pessoa inquieta e insegura. Ao se concentrar na cura da ferida causada pelo trauma, a psicoterapia pode ajudá-lo a avançar com sua vida.
  • Casos Clínicos Tratados pela Psiquiatria: Há pacientes portadores de certos distúrbios ou condições mais graves, que se beneficiam de terapêuticas que mesclam psicoterapia e outras formas de tratamento, tais como medicação. Por exemplo, pesquisas mostram que indivíduos com depressão maior ou transtorno bipolar em muito se beneficiam de uma combinação de psicoterapia e medicação. Um tipo de tratamento sem o outro pode produzir resultados inadequados.
  • Crescimento Pessoal / Autodesenvolvimento: Embora você possa não ter condições clínicas ou sintomas, a psicoterapia pode ajudá-lo a aprender mais sobre si mesmo e sobre as outras pessoas, além de ensinar-lhe como controlar sua vida de forma mais eficaz. Ela pode ajudá-lo a superar os obstáculos que o impedem de alcançar seus objetivos e se tornar a pessoa que você quer ser.
Na próxima vez que você se sentir ansioso, deprimido ou precisar de ajuda para lidar com momentos difíceis ou situações dramáticas, considere tratar-se com psicoterapia. Sei que algumas pessoas se perguntam por que eles não podem apenas falar sobre seus problemas com os membros da família ou com seus amigos. Bem, quero dizer que os psicólogos são, de fato, uma melhor alternativa pois oferecem mais do que essas pessoas podem oferecer quando se trata de escutá-lo. Nós, psicólogos, temos anos de estudos, treinamento e experiência quando a questão é ajudar as pessoas a melhorarem suas vidas.
Se você, ou alguém que você conhece, está pronto e desejoso para começar a seguir um caminho a favor de uma vida com melhor saúde e pleno de autoconhecimento, considere a psicoterapia - é mais do que uma correção rápida com poder de permanência.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

CUIDADO, VOCÊ PODE ESTAR SENDO MANIPULADO!


Pelo simples fato de vivermos em sociedade, há uma enorme chance de sermos manipulados (ou manipularmos) por uma outra pessoa. Todos buscamos uma maior segurança e possibilidade de sobrevivência, o que é mais facilmente alcançável se houver a colaboração entre todos. No entanto, manipular pessoas psicológica e emocionalmente parece ser, infelizmente, para muita gente, um dos pilares sobre os quais se consegue maior domínio sobre o outro e assim, a ilusão de estar mais seguro.

A manipulação psicológica é a prática de influenciar indevidamente a alguém, com a intenção de tomar-lhe o poder, controlá-lo e obter benefícios e privilégios às custas desta vítima, seja por distorção mental e/ou exploração emocional.

A manipulação é o “pão de cada dia” da sociedade na qual vivemos e todos, querendo ou não, já sofreram com ela ou a praticaram em algum momento. Então, é importante identificar a diferença entre a influência social saudável e a manipulação psicológica: a influência social saudável ocorre entre a maioria das pessoas e è parte do "dar" e "receber" das relações construtivas; por sua vez, na manipulação psicológica, uma pessoa é usada em benefício da outra. O manipulador cria, deliberadamente, um desequilíbrio de poder e explora a vítima para servir às suas necessidades.

Para ficar bem claro, podemos considerar o seguinte:

As fontes mais frequentes de poder são Bens Materiais (que significa qualquer coisa que represente posse), Informação, Tempo e Afeto / Reconhecimento. Na busca de mais poder sobre o outro, o manipulador dá, nega ou controla Bens Materiais, Informação, Tempo e Afeto / Reconhecimento para obter da vítima, através do medo, culpa ou suborno, mais Bens Materiais, Informação, Tempo e Afeto / Reconhecimento. Graficamente podemos representar assim:


Processo de Manipulação Psicológica e Emocional


Aprender a detectar a manipulação emocional e psicológica implica em poder evitá-la, e para isso, a primeira coisa a se fazer é saber como ela realmente acontece. Abaixo estão algumas formas de manipulações habituais usadas para coagir os outros e colocá-los em posição de desvantagem. Evidentemente, nem todos que agem dessas maneiras estão deliberadamente tentando manipular - algumas pessoas simplesmente têm maus hábitos. Ainda assim, é importante reconhecer esses comportamentos e situações onde seus direitos, interesses e segurança estão em jogo. As formas de manipulações são:

1. Vantagem do Ambiente Privilegiado: O manipulador pode insistir que você se encontre com ele e para, então, interagir num espaço físico em que ele possa exercer mais domínio e controle. Os locais comuns para isso são o escritório do manipulador, casa, carro ou outros espaços onde ele se sente dono e tem mais familiaridade – algo que falta a você.

2. Prospecção e/ou Investigação: O manipulador estimula e permite que você fale primeiro para estabelecer sua linha de pensamento e procurar as suas fraquezas. Muitos vendedores fazem isso ao tentar vender algo para você, fazendo perguntas gerais e sondagens. Com isso estabelecem uma linha de pensamento e comportamento, a partir da qual eles avaliam seus pontos fortes e fracos. Este tipo de questionamento com intenção não revelada também pode ocorrer no local de trabalho ou em relacionamentos pessoais.

3. Manipulação de Fatos: Manipula-se fatos de várias maneiras tais como mentindo, pedindo desculpas, culpando a vítima por causar sua própria vitimização, deturpando a verdade, divulgando ou retendo informações estrategicamente, exagerando, subestimando, adotando um viés unilateral da questão e várias outras formas.

4. Oprimir Com Fatos e Estatísticas: Alguns indivíduos fazem uma espécie de "bullying intelectual", presumindo serem especialistas e mais experientes em determinadas áreas. Eles se aproveitam de você ao impor fatos, estatísticas e outros dados que você talvez saiba pouco. Isso pode acontecer em vendas, situações financeiras, discussões e negociações profissionais além dos relacionamentos interpessoais e sociais. Acreditando terem mais conhecimentos específicos do que você, os manipuladores esperam lhe pressionar com isso pois imaginam-se mais convincentes. Algumas pessoas usam esta técnica sem outra razão senão sentir um sentimento de superioridade intelectual.

5. Inibir o Outro Com Procedimentos e Burocracia: Certas pessoas usam a burocracia (papelada, procedimentos, leis e regulamentos, comitês e outros obstáculos) para manter sua posição e poder, ao mesmo tempo em que tornam sua vida mais difícil. Essa técnica também pode ser usada para atrasar a descoberta de fatos e a busca da verdade, ocultar falhas e fraquezas e escapar de decisões supostamente desfavoráveis ao manipulador.

6. Levantar a Voz e Expressar Emoções Negativas: Há quem levante a voz durante as discussões como forma de manipulação agressiva. A suposição costuma ser a de que ao levantar a voz o suficiente ou exibir emoções negativas, você vai se submeter à sua coerção e dar o que ele quer. A voz agressiva é frequentemente combinada com uma linguagem corporal igualmente agressiva.

7. Surpresas Negativas: É comum o uso de surpresas negativas para colocar a vítima em desequilíbrio, e assim ganhar uma vantagem psicológica. Podem ser usadas numa situação de negociação, numa tentativa da pessoa em alcançar algo a mais para si mesmo, sendo que ao ter uma surpresa negativa, passa a acreditar que não será capaz de alcançar. Normalmente, as informações negativas inesperadas vem sem aviso, então você tem pouco tempo para se preparar e à ela adaptar-se.

8. Pouco ou Nenhum Tempo Para Decidir: Esta é uma tática comum, onde o manipulador coloca pressão sobre você para tomar uma decisão antes de você estar pronto. Ao aplicar tensão e controle, ele imagina que você vai "rachar" e ceder às demandas dele.

9. Humor Negativo Programado Para “Cutucar” Suas Fraquezas e Diminuir o Seu Poder Pessoal: Alguns manipuladores gostam de fazer comentários críticos, muitas vezes disfarçados de humor ou sarcasmo, para fazer você parecer inferior e menos seguro. Os exemplos podem incluir qualquer variedade de comentários que vão desde a sua aparência, o modelo antigo de seu celular, a sua condição financeira ou simplesmente o fato de você chegar dois minutos atrasado e sem fôlego. Fazendo você ficar mal, o agressor espera impor superioridade psicológica sobre você.

10. Julgar e Criticar Provocando Sentimento de Inadequação: Diferente do anterior onde o humor negativo disfarça a má intenção, aqui o manipulador declaradamente lhe desmerece. Fazendo isso constantemente, marginalizando-o e ridicularizando-o, ele tira o seu equilíbrio e consegue manter a sua superioridade. O agressor promove, deliberadamente, a impressão de que sempre há algo errado com você, e que não importa o quanto você tente melhorar pois nunca será bom o suficiente. Significativamente, o manipulador enfoca o negativo sem fornecer soluções genuínas e construtivas, ou sem oferecer maneiras significativas de ajudar.

11. O Tratamento Silencioso: Ao deixar de atender as suas ligações ou responder as suas chamadas, mensagens de texto, e-mails ou outras formas de contato, o manipulador presume possuir poder, fazendo você esperar e pretendendo colocar dúvidas e incertezas em sua mente. O tratamento silencioso é um jogo mental onde o silêncio é usado como uma forma de alavancar poder.

12. Fingir Ignorância: Esta é a tática clássica de "fazer-se de bobo". Ao fingir que não entende o que você quer, ou o que você quer que ele faça, o manipulador faz você assumir o que é da responsabilidade dele. Algumas crianças usam esta tática para atrasar, parar e manipular adultos para fazerem por eles o que não querem fazer. Alguns adultos usam essa tática também quando têm algo a esconder, ou obrigação que desejam evitar.

13. Vitimização: As formas mais comuns de vitimização são o exagero dos problemas pessoais ou de saúde reais ou imaginários, a dependência, a codependência, a revelação de que é frágil para suscitar simpatia e favores, agindo de modo errado, sendo fraco, impotente ou um mártir – nesses casos, pode inclusive, ser tudo falso.

Enfim, fica evidente que a finalidade do manipulador é, na maioria das vezes, explorar a boa vontade da vítima, deixá-la com a consciência culpada, estabelecer um senso de dever e obrigação ou um instinto protetor e nutridor, a fim de extrair benefícios e concessões não razoáveis.

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Psicólogo Paulo Cesar

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ADOLESCENTES E PSICOTERAPIA

Sinal dos tempos: está havendo, por parte dos adolescentes, uma maior procura por psicoterapia pois almejam o autoconhecimento e a aquisição de conhecimentos sobre a maneira de pensar, sentir, agir e reagir. Nesse artigo, compartilharei alguns aspectos valiosos de minha experiência com adolescentes, esse grupo de pessoas especiais e surpreendentes, e que expressam comportamentos, pensamentos e emoções que variam na escala do “nem são crianças – nem são adultos”.

Os pais querem ver seus filhos bem ajustados, felizes, bem sucedidos e socializados, mas essa é uma condição difícil para os adolescentes pois também estão lidando com a pressão dos colegas, alterações hormonais, expectativas acadêmicas, ideais familiares e o próprio processo de autodescoberta – tudo ao mesmo tempo!!!

A boa notícia é que os adolescentes atuais não mostram preconceito com relação à psicoterapia. A maioria concorda que fazer terapia não significa que a pessoa é louca! Pelo menos 1 em cada 5 adolescentes (20%) têm indicações de psicoterapia, e isso é bem compreensível. Por exemplo, se você quebrar sua perna, você vai a um ortopedista. Se você tem uma dor de ouvido, você vai ao otorrinolaringologista. Se você está deprimido, ansioso ou precisar de alguém para conversar, você vai a um psicoterapeuta cuidar de sua saúde mental.

A saúde mental refere-se, simplificadamente, a como a pessoa age, sente e pensa em diferentes situações. Pode-se dizer que os adolescentes têm problemas de saúde mental quando suas ações, sentimentos ou pensamentos criam regularmente obstáculos em suas vidas. Todo mundo tem momentos em que pensam ou sentem algo que não gostam. Outras vezes, as pessoas fazem coisas que outros não gostam. Ambas as situações são normais, mas quando os indesejados pensamentos, sentimentos ou ações frequentemente criam problemas, há a necessidade da avaliação de um especialista. E quais são, de modo geral, os problemas mais frequentes que os adolescentes apresentam?

As mais frequentes dificuldades dos adolescentes podem ter diversas causas, tais como:
  • Insegurança pessoal: Os adolescentes estão numa fase em que a autoestima pode sofrer alguns “bombardeios”, deixando-os inseguros ou agressivos.
  •  Violência: Quando algo ruim acontece com uma pessoa, ou vêem algo de ruim acontecer, eles podem desenvolver uma dificuldade de comportamento, sentimento ou pensamento ligada ao tema.
  • Sexualidade: Esse tema pode ser considerado o mais frequente. São muitas dúvidas sobre sexualidade que afetam o bem estar e a segurança pessoal.
  • Estresse e ansiedade: Todo mundo fica estressado. Alguns estresses podem ser até ser úteis (como motivar você para estudar para a prova). Mas outros podem causar problemas.
  • Perder um relacionamento: Se alguém próximo a você morre, afasta-se ou não quer mais ser amigo(a) / namorado(a), é normal sentir-se triste ou solitário(a). Geralmente, esses sentimentos melhoram ao longo do tempo, mas também podem se agrava ou afetar outras partes de sua vida.
  • Condições médicas: Algumas condições médicas podem fazer você pensar, sentir ou agir estranhamente.
  • Problemas de humor: Nesse grupo incluem-se a depressão, tristeza, irritabilidade e perda de interesse ou prazer por várias atividades.
  •  Transtornos alimentares: Bulimia e anorexia, a preocupação com a imagem corporal quando exageradas merecem atenção especial.
  • Conduta: Comportamentos repetitivos de contrariedade a normas e padrões sociais, conduta agressiva e desafiadora merecem uma reflexão e eventual mudança.
Eu trabalho com adolescentes a partir dos 14 anos e percebo que eles, inicialmente, se sentem desconfortáveis ao falar dos seus problemas. É absolutamente normal sentir uma estranheza ao falar sobre coisas sensíveis e pessoais. À medida em que se acostumam com o psicoterapeuta, seguem de modo mais confiante e relatam facilmente suas necessidades e desejos. Adolescentes querem falar de si e gostam de ser o centro das atenções. O terapeuta tem que dar a condição para que o jovem discuta sobre sua vida. Isso pode, às vezes, não incluir familiares ou problemas escolares; por outro lado, seus amigos, seus sonhos e objetivos, seus sentimentos e suas frustrações são, com certeza, os temas favoritos de discussão.

Adolescentes facilmente se envergonham. Eles estão numa idade em que a autoestima e confiança está ainda se desenvolvendo. Quaisquer dúvidas ou atividades que os coloquem em ameaça produzirão posturas defensivas e progresso difícil na psicoterapia. Eles precisam se sentir respeitados e valorizados para que o processo funcione. A confidencialidade da terapia, por exemplo, é essencial para o sucesso do tratamento, logo, é necessário definir claramente o que é da competência dos pais, sendo necessário haver fidelidade entre o adolescente e seu terapeuta.

Minha abordagem é a Psicoterapia Individual, onde o adolescente se encontra sozinho comigo para falar sobre seus problemas. Cada sessão dura cerca de 50 minutos e, certamente, poderei pedir-lhe que identifique seus sentimentos e seus problemas. Às vezes, recomendo um "dever de casa" para ajudá-lo a lidar com os problemas. Tudo que é dito na terapia é confidencial, a menos que eu tenha fundamentos para acreditar que o jovem pode se machucar ou a alguém.

Dicas finais:
  • Os adolescentes não podem ser forçados a fazerem psicoterapia, seja qual for o motivo.
  • O terapeuta não vai resolver os problemas do adolescente, mas dará o suporte para que ele mesmo faça isso. A terapia é útil se você trabalhar duro com o terapeuta. O terapeuta vai apoiá-lo, e sugerir formas úteis para trabalhar em problemas. Mas se você não trabalhar para resolver o problema, a terapia não vai funcionar.
  • Não aceite, em hipótese alguma, contatos de ordem sexual. Se houver alguma tentativa, diga “não” e conte a seus pais. Qualquer tipo de contato sexual na psicoterapia é inadequada.

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Psicólogo Paulo Cesar

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PSICOTERAPIA DE PACIENTES DA TERCEIRA IDADE

Será que a psicoterapia de pacientes da terceira idade tem bom efeito? Alguns pensam que não e até justificam dizendo que de nada adianta trabalhar conflitos internos e lutas emocionais quando as vidas dessas pessoas estão próximas do fim ou porque são, na velhice, pessoas cognitivamente comprometidas. Mas isso é um péssimo engano, penso que com algum conteúdo preconceituoso, inclusive.

A sociabilidade é outro tema abordado na psicoterapia tendo-se em vista que o idoso normal não busca a solidão nem quer se isolar – engana-se quem assim pensa! Ele é posto nessa condição por algum motivo como as limitações físicas ou a diminuição do número de amigos que deixam o mundo dos vivos ou, para muitos, a dificuldade pessoal para estabelecer novos relacionamentos.


Sabemos que não viveremos para sempre e que, se nada interromper subitamente as nossas vidas, chegaremos à velhice, “aquela fase” em que a maior parte das pessoas diminuem consideravelmente suas participações na sociedade. A expectativa da morte é universal e a perda de algumas habilidades e capacidades não é improvável. É um período em que há uma clara redução das atividades profissionais, desinteresse em novas atividades, muita introspecção e recolhimento quanto às relações sociais. A vida é finita e as pessoas não conseguem ficar no topo das evidências até o fim, mas não há por que a terceira idade ter um caráter negativo ou não-construtivo. Mesmo com redução de algumas capacidades, o idoso pode dedicar-se a aspectos de suas personalidades, à sociabilidade, inteligência e outros, e se sentirem muito bem com isso, aproveitando, inclusive, o fato de estarem mais livres de algumas obrigações. Podem desenvolver mais a compaixão, o contato consigo próprio, dar um novo sentido para a vida e investir mais em si mesmos, mas, nessa etapa da vida também há sofrimento psicológico dado que há longevos que não olham para trás por receio da comparação com a realidade do momento atual em suas vidas. São pessoas que não aceitam as inevitáveis perdas na qualidade de suas saúdes, ou mesmo não são capazes de aceitarem o envelhecimento e a convivência com suas fragilidades ou com o rompimento dos laços, em razão de suas novas posições na sociedade e na família. Ademais, a perda dos cônjuges são causas de muito sofrimento, tristeza e, às vezes, depressão (muito perigoso nesse estágio da vida já que pode causar o agravamento de doenças físicas). Transtornos mentais diversos podem ser exacerbados com a idade, frutos de solidão, diminuição da autoestima, perda de identidade, etc.


Consciente desse cenário, há muitos anos dedico-me ao estudo da psicologia do idoso, “abrindo” ao atendimento psicológico de pessoas da terceira idade com mais frequência. Passei a fomentar a psicoterapia para cada um dos parentes idosos dos amigos e conhecidos a fim de que possa, com ajuda profissional, fazer um balanço da vida, reconhecer suas passagens e experiências, perdoar a quem deve ser perdoado, aplainar as raivas, rever a vida e conscientizar-se do sentido que teve e ainda tem, e com isso, alcançar a sensação de realização e plenitude. A psicoterapia serve igualmente a boa aceitação do parcial distanciamento da vida social e das mudanças de papeis; de mais a mais, existem perdas a serem elaboradas e que farão a pessoa idosa a não se recriminar nem sofrer inutilmente.


Esclareço aos que são contrários à psicoterapia para idosos que muitos deles deixaram de viver prazerosamente suas vidas e que é importante inverter essa condição. Digo, também, que uma pessoa com a idade avançada vive um momento ideal para desfrutar de sua liberdade das prisões emocionais que viveu ao longo da vida. Há pacientes que dizem: “quero fazer psicoterapia e o motivo é simples: tudo o que me resta é o meu futuro!!!!” Que maravilha isso, não é? Em segundo lugar, costumo comentar sobre uma paciente de 75 anos de idade que sempre estava envolvida em discussões acaloradas com vizinhos e que fazia uso de álcool e que, com a terapia, evidenciou-se uma depressão (pelo não reconhecimento dos seus feitos em vida) e problemas de memória e afasia grave (dificuldade em expressar-se com a linguagem). Seu desejo de se comunicar era intenso e isso era o que lhe permitiu ficar conectada a outros. Trabalhamos, na terapia, o alívio dos sentimentos depressivos e irritadiços, até o dia em que ela disse numa sessão que “sintia-se aliviada e chorava de felicidade”. E acrescentou: “Se eu lhe disser o que está acontecendo de mim agora, teriamos que conversar um mês inteiro sem parar! Eu tinha me esquecido de mim, mas me encontrei e vejo coisas boas em mim agora.... agora eu sei que estava com raiva e vejo que não preciso estar com raiva de todo mundo. Eu não estou muito orgulhosa do que fui, mas gosto de ficar sozinha comigo agora!”. Como poderia um terapeuta não se encantar com a capacidade humana que foi co-existente com os problemas típicos e assustadoras da sua idade? Falo sempre do caso de um senhor de quase 80 anos com queixa inicial de intransigência, mal humor e alguma agressividade, e que passou a me dizer, sempre com excelente humor, que na terapia ele entra em pensamentos profundos e que isso alivia as tensões, emoções e experiências vividas nos demais dias da semana, pois passa a compreendê-las melhor.


Vários temas devem ser abordados na psicoterapia de um paciente da terceira idade. Um deles é a sua identidade, frequentemente sustentada por sua condição corporal - sou o que é o meu corpo. Lembro que não existe só o corpo físico, deve-se considerar, igualmente, o corpo imaginário com o qual a pessoa forma sua identidade e dá vazão às suas comunicações simbólicas. Quando o corpo físico muda, há um choque com o corpo imaginário, comprometendo a identidade da pessoa, e, ao invés de adiar ou negar esse ajuste como faz a maioria, na psicoterapia realiza-se esse ajuste e busca-se o equilíbrio necessário para a expressão reveladora da relação do indivíduo consigo mesmo.


A condição econômico-financeira é fundamental para a estabilidade emocional e psicológica do idoso que precisa ter uma renda própria para garantir qualidade de vida numa sociedade onde pessoas são avaliadas pelo que possuem. Qualquer pessoa numa idade avançada não quer depender de ninguém; pelo contrário, quer ter autonomia e manter a liberdade conquistada em sua vida. Imagine os conflitos de uma pessoa que na velhice não tem as condições adequadas para assegurar uma boa qualidade de vida... Ou mesmo daquele que não consegue se aposentar e fica antecipadamente condenado por não ter feito nada: quem não assegura uma aposentadoria digna é visto como um fracassado e se não se aposentar, carregará o estigma de não ter dinheiro, sendo visto pelos demais – inclusive a família! – como um incapaz, um derrotado, um pária.


Freud afirmou que a sexualidade é o mais forte dos impulsos e deu-lhe o nome de libido. Acredita-se que uma pessoa idosa tem a libido diminuída ou nula, chegando-se até a proibir ou discriminar aquele que queira manifestar a sua sexualidade – velho nojento, imoral, etc. Mas o fato é que os desejos sexuais não diminuem com a idade, então, o idoso que estiver bem fisicamente (com o uso de medicamentos ou não) e com desejo de viver plenamente a sua sexualidade, sofrerá censura e será condenado pela sociedade, sendo obrigado a esconder de todos, e até de si mesmo, esse impulso maravilhoso.


O tema “morte” é clássico nessa psicoterapia, sendo obrigatório estimular a reflexão a respeito dela visto que se era algo que parecia distante, na velhice sente-se cada vez mais perto, envolvendo medos, arrependimentos, culpas, vontade de corrigir coisas, etc. O idoso deve ser ajudado a encarar a senilidade apenas como mais uma etapa da vida que pode e deve ser vivida de forma plena. A finitude, por sua vez, além de ser uma nota essencial da vida humana, possibilita o entendimento do caráter da existência. Não se escapa da aceitação da responsabilidade pela vida quando nos referimos à temporalidade, à vida que só vive uma única vez. Talvez o sentido último da psicoterapia de pessoas da terceira idade seja fazer com que esses pacientes experimentem e assumam a responsabilidade pelo cumprimento de suas missões pois quanto mais aprendermos o caráter de missão que a vida tem, tanto mais nos parecerá repleta de sentido as nossas vidas.



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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  

COMO ANDA O SEU HUMOR? TRISTE, RESMUNGÃO E DESMOTIVADO? VOCÊ PODE ESTAR COM DISTIMIA!

Você tem se sentido triste, desanimado a mais ou menos dois anos? Nesse período, tem reclamado da vida, de tudo e de todos e nunca se dá por contente com nada? Seu mau humor é constante? Anda desmotivado? Cuidado, ao invés de ser uma pessoa “excêntrica” e de personalidade e temperamento complicados, você pode estar com um transtorno depressivo persistente conhecido como Distimia, uma espécie de depressão leve e crônica, menos grave e com menos sintomas do que a depressão maior mas que incomoda muito ao paciente e às pessoas com quem ele se relaciona.

Os portadores do transtorno são realmente pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. É um quadro que acomete a adultos, adolescentes e crianças e é de difícil diagnóstico pois confundem-se os sinais da enfermidade com um simples mau humor (inclusive por seus amigos e familiares), o que dificulta muito a aceitação do transtorno e, principalmente, a iniciativa de buscar ajuda.

A distimia pode ser causada geralmente por uma combinação de fatores diversos como os biológicos, psicológicos e/ou ambientais, em vez de uma única causa da doença. A herança genética pode desempenhar um papel causador, assim como o funcionamento anormal nos circuitos cerebrais que ligam diferentes regiões do cérebro e que regulam o humor, mas sabe-se que os principais estressores da vida, uma doença crônica, medicamentos e relacionamentos interpessoais ou problemas de trabalho também podem aumentar as chances de “fazer” uma distimia em pessoas biologicamente predispostos a desenvolver depressão. Mas atenção, diferentemente da depressão maior que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor ou tristeza são constantes.

Quais são os sinais e sintomas da distimia? Os sintomas são os mesmos que os da depressão maior, mas em menor número e não tão intensos. O doente distímico não terá mais do que um período livre de sintomas de dois meses, durante o curso da doença, e deve experimentar, pelo menos, dois dos seguintes sinais e sintomas:
  • Baixa apetite ou comer demais.
  • Insônia ou sono excessivo.
  • Cansaço / fadiga / perda de energia.
  • Tristeza ou humor deprimido ou mau humor na maior parte do dia.
  • Perda de prazer nas coisas que antes eram agradáveis.
  • Baixa autoestima e sentimentos de inadequação.
  • Dificuldade de concentração ou de tomar decisões.
  • Sentimentos de desesperança ou inutilidade ou culpa excessiva.
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, o plano de suicídio ou tentativa de suicídio.
O tratamento da distimia é feito com psicoterapia ou com uma combinação de psicoterapia e medicamentos antidepressivos, em casos de mair gravidade. A psicoterapia é usada em distimia e outros transtornos do humor para ajudar a pessoa a desenvolver habilidades de enfrentamento adequadas para lidar positivamente com a vida cotidiana e para desfazer crenças negativas errôneas desafiadoras sobre si mesmo. A psicoterapia também pode ajudar a aumentar a aderência com medicação e hábitos de vida saudáveis, bem como ajudar o paciente e sua família a entender o transtorno de humor.

Há pessoas com distimia leve que preferem se tratar sem medicação. Para esses, há uma série de mudanças no estilo de vida e remédios naturais que podem ser úteis. Mudanças de estilo de vida saudáveis ​​que podem ajudar a aliviar a distimia incluem dormir o suficiente, uma dieta saudável, a definição de pequenas metas para si mesmo, limitar a ingestão de álcool e a abstenção de qualquer outra droga. Um dos remédios naturais que encontraram algum sucesso no tratamento de depressão leve é a erva de São João, no entanto, estes tratamentos têm resultados variáveis ​​e podem resultar em efeitos secundários, logo devem ser tomadas em cooperação com um médico.

Em casos mais graves, é necessário a adição de antidepressivos ao tratamento, sendo que existem diferentes classes de antidepressivos disponíveis, portanto, apenas o médico, preferencialmente um especialista em psiquiatria, deverá prescreve-lo. O tratamento da distimia graves sempre é mais eficaz quando se inclui o tratamento de medicação e um bom período de psicoterapia. Como mencionado, hábitos de vida saudáveis​ como uma dieta bem equilibrada, exercícios regulares, abstinência de álcool e tabaco e relações positivas e frequentes com amigos e familiares são importantes para melhorar o humor e bem-estar.

As pessoas com distimia têm maior risco de complicações em suas vidas como problemas conjugais, problemas de relacionamentos, insucesso profissional, etc. pois geralmente tem baixo apoio social. Não é errado dizer que estes riscos são maiores para quem sofre de distimia do que para os que sofrem com depressão maior, devido à natureza crônica da doença e maior influência de fatores estressores no desenvolvimento de distimia..

Se você está triste, resmungão, irritado e de mau humor, e se esses sintomas estão presentes há mais de duas semanas, procure ajuda especializada, será melhor para você e sua família. Fique atento a condições de desânimo e tristeza, alterações do apetite e do sono, falta de energia para agir, isolamento social e tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes. A distimia, assim como a depressão clássica, pode atingir crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento antisocial e do temperamento agressivo que não conseguem controlar.

Se, nos últimos tempos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal; não subestime os sintomas da distimia nem se iluda atribuindo esses sintomas ao envelhecimento, à teimosia, à obstinação e as grosserias, ao mau humor e às queixas do “excêntrico” que só reclama e não quer sair de casa.

Você pode conhecer o meu trabalho pelos conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.