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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

A PSICOTERAPIA AJUDA A PESSOA A SER FELIZ?

Por conta de meu trabalho como psicoterapeuta, atendo uma quantidade enorme de pessoas infelizes. Minha missão frente a elas é investigar as causas da infelicidade e ajudá-las a encontrarem seus caminhos pessoais para que sejam felizes e saudáveis. Um de minhas frases recorrentes e que "todo mundo quer ser feliz: amar, ser amado e ser feliz!". De fato, está mais do que constatado que essa é a busca mais comum em toda a humanidade. Mesmo que a pessoa diga que quer ser infeliz, sabe-se que, na verdade, nesta pessoa há também uma busca escondida e que é sempre otimista e positiva. Lembremo-nos de Pascal quando se referia a essa questão, dizendo que "todos querem ser felizes, inclusives os que vão se enforcar...".

Eu tinha uma outra postura antigamente, ainda com grande influência dos tempos de faculdade, postura aquela que fazia com que eu abordasse o tema da felicidade através da velha questão grega e filosófica, onde felicidade, vida boa e sabedoria se integram; logo ví que, para os objetivos de um trabalho psicoterapêutico, aquela visão e postura antiga não tinham aplicação. Afinal de contas, de que serviria “filosofar” sobre o assunto, sem ajudar o paciente a encontrar algo prático, como é a própria vida, para ser feliz?

A felicidade é uma meta, mas sei que o sistema em que vivemos dificulta sobremaneira que se atinja essa meta. A estruturação do trabalho, o sistema econômico, a injustiça social, os dramas familiares, além de todas os transtornos mentais leves ou não, realmente atuam deixando para as pessoas a impressão que não é possível (muitas vezes, nem aceitável) que sejam felizes. Aquele que consegue alcançar a felicidade, drástica e apressadamente é chamado de sábio – apenas por ter encontrado o caminho da felicidade!!!! Aqui cabe uma pergunta bem pertinente ao mundo moderno: e se a felicidade for obtida por conta de uso de antidepressivos, euforizantes, ansiolíticos, enfim, por pílulas que se oferecem para que a humanidade se sinta permanentemente (e sem nenhum efeito secundário, sem viciar, sem dependência !!!), num estado de completo bem-estar, de completa felicidade, isso seria ser verdadeiramente um sábio (e feliz)?
 
Bem, meus amigos, se ser sábio significa ser feliz, concluo que isso não se consegue de qualquer maneira ou a qualquer preço, logo não é uma felicidade qualquer, em especial, como é a felicidade dessas pílulas “mágicas”. Não é uma felicidade obtida à custa de drogas, ilusões ou diversões. Creio que o papel do psicólogo, nesse casa, é trabalhar pela adesão aos medicamentos porém apenas temporariamente e conforme o caso pois uma pessoa dever a sua felicidade a um remédio é algo inconsistente, falso e preocupante. Evidentemente o mesmo se aplica a uma felicidade que proviesse apenas de um sistema eficaz de ilusões, mentiras ou esquecimentos.

Durante a psicoterapia, é importante que o paciente aprenda que o essencial é não mentir, e antes de mais nada não se mentir. Não se mentir sobre a vida, sobre nós mesmos, sobre a felicidade. E se a pessoa não estiver feliz, entender e aceitar essa condição evitando um tipo de felicidade malograda ou outros tipos de armadilhas. Há de se compreender a idéia de que a felicidade depende, em muito, das nossas ações e da nossa abertura para o amor. Você já percebeu que muitos infelizes não se abrem para a experiência amorosa, seja essa um amor romântico ou apenas fraternal?

Depois de um bom tempo de experiência como psicoterapeuta, vejo que o que falta à uma pessoa para ser feliz é “saber viver” em seu sentido profundo, um “saber viver” que nos faz entender que não há ciência tão árdua quanto a de saber viver bem e naturalmente esta vida. É quase uma forma de arte ou de aprendizado: o de aprender a viver, apenas isso. Então, ser feliz é uma questão de vontade! E, mais do que a atitude positiva diante do amor, o paciente precisa ser disposto a experimentar mudanças sempre, com um bom sentido de “aqui e agora”. Melhor será se der vazão à sua atividade criadora e buscar a realização do próprio potencial.

E eu sou feliz? Bem, já tive muitos problemas como qualquer pessoa normal mas não diria que eles tenham reprimido o meu potencial para ser feliz. Neste momento, não vai nada mal e a alegria me parece imediatamente possível. Cedo tomei consciência de que não havia nascido em um “berço de ouro” e tive que trabalhar muito, apostando sempre na psicologia, ciência que adoro. Tive sorte, estive doente e continuo vivo e contente de assim estar. Ora, a não ser por algum novo problema ou mesmo uma angústia particular, sou um amante da vida (isso inclui minha família e amigos queridos) e me apraz viver e lutar pela vida - pela boa vida - e buscar novos conhecimentos. Se isso não é felicidade, então o que é a felicidade?

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  


SEPARAÇÃO / DIVÓRCIO - UM BOM MOMENTO PARA FAZER PSICOTERAPIA

Paulo Cesar Teixeira Ribeiro

Como se diz por aí, “casar é fácil, difícil é se separar!”.... E sim, é verdade que os sentimentos e emoções vivenciados numa separação de casal podem tão intensos que chegam a desestruturar uma pessoa, normalmente aquela que tem mais dificuldade em lidar com a perda.
O casamento pode ser considerado, psicologicamente, um espaço no qual o mundo interno de cada um é reencenado e as necessidades e ansiedades se expressam na expectativa de respostas e soluções. Sempre existem fantasias inconscientes de cada cônjuge sobre como deve ser o casamento, sendo o amor o responsável pela ilusão de encontrar, na realidade, a resposta para o desejo experimentado no mundo inconsciente. Essa é uma visão psicológica da vida conjugal.
Claro que ninguém se casa pensando em se separar. Ao contrário, as expectativas e o olhar no futuro vislumbram apenas coisas positivas, além disso há ainda o companheirismo, cumplicidade, amizade, apoio mútuo, lealdade, prazer e a vontade de ter filhos e a vontade de formar a própria família. Porém, quando o casamento acaba, uns “se resolvem” facilmente e outros se vêem sozinhos, ficam deprimidos, não conseguem aceitar a nova realidade e lida com o novo status na vida. De fato, essa pessoas podem ficar tão estressadas que poderão sofrer, além da depressão que mencionei, de transtornos como ansiedade, síndrome do pânico, hostilidade, medo, raiva, abuso de álcool ou drogas, e, é claro, crises existenciais profundas. Esse artigo está endereçado a quem sofre intensamente a perda do amor. Essas pessoas se apegam fortemente às outras e a incluem em suas próprias identidades, mesmo que seus relacionamentos sejam destrutivos. Mas no dia em que o casamento ou o namoro termina é preciso descobrir sozinho o que fazer, e não há rito predeterminado para isso. É hora de descobrir por conta própria o que fazer, para onde ir, para quem e com quem contar, e, acima de tudo, como reorganizar a própria vida e retomar a rotina.
Para digerir tudo isso é importante falar sobre o que sente, pensa. Isso faz parte da busca pelo entendimento do que se passou, favorecendo a reconstrução de uma nova identidade, a recuperação da autoestima, deixar de chorar por algo que aconteceu e tocar a vida para frente. O tempo é importante, sendo que uns levam mais, outros menos tempo, mas é fundamental parar para elaborar o que ocorreu, o que foi sentido, o que foi e que não foi vivido. Com o tempo, a pessoa consegue refazer seus planos, abandonando os antigos projetos, e perceberá que a felicidade e as inúmeras possibilidades que nos levam a ela, está em nós e que só depende de nós mesmos alcançá-la e apropriar-se dela. Nesse estágio, posso afirmar que o “ex-sofredor” aceitou a separação. Aceitar não é se conformar, não é passar a gostar do que aconteceu, não é concordar com o que aconteceu. Aceitar é combinar com você mesmo que você não vai mais entrar nessa briga interna a respeito do acontecido e vai seguir com a vida.
Aprendi ao atender clientes em separação ou divórcio, que é praticamente inevitável o entorpecimento causado pelo choque e que não deixa a “ficha cair”. A isso, costuma seguir a raiva e as tentativas de manter a relação, quando então, vendo o insucesso da tentativa, entra em desespero, reconhecendo finalmente a perda e a impossibilidade da voltar. Por fim, vem a tão desejada recuperação, com a tristeza dando lugar a sentimentos positivos e a pessoa avaliando o que fará para viver bem a nova vida.
Algumas dicas que sugiro para superar essa difícil fase são as seguintes:
• Fale sobre sua perda e sua dor. Não evite o assunto pois falar sobre ele faz bem. O psicólogo pode ser a pessoa com quem você fará o desabafo.
• Em hipótese alguma, aceite o sentimento de culpa. Simplesmente analise o que aconteceu.
• Elabore os sentimentos negativos como a raiva pois é importante percebê-los e expressá-los.
• Não se isole.
• Evite decisões importantes ou grandes mudanças no primeiro ano após a separação.
• Exercite lembrar-se de eventos positivos de sua vida em que não houve a participação do outro.
• Se tem algo do que se foi em sua casa, empacote tudo, devolva ou guarde fora do seu campo de visão.
• Passe as datas importantes com seus amigos queridos e familiares.
• Não queira mostrar aos seus amigos que você está infeliz.
• Re-adeque-se à realidade da vida e ao trabalho.
• Não tenha expectavas ilusórias.
• Pare de se perguntar “Por que isso aconteceu comigo”? e faça perguntas que olham o futuro como “O que devo fazer para ser feliz?”
Será muito positivo se você procurar uma ajuda profissional, mas não aceite quem diz que tudo será resolvido numa única ou poucas sessões, ou mesmo num alegre e único momento grupal. Estalar os dedos e dizer "vai, seja feliz" é uma atitude irresponsável. Vai acontecer que na primeira emoção/frustração mais marcante você poderá ver no chão o pseudo-equilíbrio instalado pela cura imediata. Saiba que a maioria das pessoas que fazem psicoterapia não são doentes: são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por crises e muitas delas sofrendo uma perda. Com o psicoterapeuta você poderá dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos, e será compreendido e orientado nas decisões a serem tomadas. As sessões de terapia, seguramente, farão você se sentir melhor!
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo à estação Vila Mariana do metrô. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelo celular whatsapp 11 94111-3637.