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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

A GENTILEZA AJUDA A SER FELIZ

Você sabia que ser gentil pode fortalecer seus relacionamentos e lhe dar uma sensação de satisfação na vida?

A gentileza é definida como uma qualidade de ser amigável, generoso e atencioso, logo, afeto, bondade, carinho, preocupação e cuidado são palavras associadas à essa qualidade. Embora a gentileza possa dar a alguns a conotação de ingenuidade ou fraqueza, com certeza não é esse o caso. Ser gentil requer coragem e força, e é uma habilidade interpessoal.

Tenho certeza de que você já ouviu falar na teoria da evolução de Darwin e suas conclusões sobre a sobrevivência do mais forte. Em seus estudos, ele percebeu que a sobrevivência do mais apto é geralmente associada ao egoísmo, o que significa que sobreviver - um instinto básico - significa cuidar de si mesmo. Mas Darwin, na verdade, não via a humanidade como biologicamente competitiva e interessada em si mesma. Ele acreditava que somos uma espécie profundamente social e solidária, afirmando inclusive que a simpatia e o cuidado com os outros são instintivos. Hoje em dia já sabemos que dedicar recursos a outras pessoas, em vez de ter cada vez mais para si, traz um bem-estar duradouro. A gentileza e a bondade são, de fato, indicadores importantes de satisfação e estabilidade para as relações humanas, sejam profissionais, de amizade ou amorosas.

Existem diferentes maneiras de ser gentil. Uma maneira é estar atento e proativo ao ver pessoas necessitadas. Um senso de comunidade é criado quando as pessoas são gentis com aqueles que precisam de ajuda. Estar atento, nesse caso, significa perceber quando os outros estão sofrendo. Uma palavra gentil, um sorriso, abrir uma porta ou ajudar a carregar uma carga pesada também são atos de gentileza. Comemorar com alguém que você ama, elogiar alguém honestamente, enviar um e-mail agradecendo por algo, dizer a um amigo como ele é especial para você, ajudar um vizinho idoso, tirar uma foto para um turista, compartilhar casualmente a comida, recusar-se a fofocar e doar roupas velhas e coisas que você não precisa são outras formas de, bondosamente, praticar a gentileza.

Dar passagem a outro motorista no trânsito é, praticamente, uma necessária forma de ser gentil numa cidade como a nossa. Ceder o seu lugar a alguém no ônibus, trem ou metrô também são bons exemplos de como ser gentil, mas quero lembrar que idosos, gestantes e passageiros com criança de colo, com deficiência ou mobilidade reduzida têm prioridade para sentar-se e isso é regulamentado por lei.

Algo que sempre me agrada é encontrar pessoas abertas a celebrar, de todo coração, os sucessos dos outros. Acredito que esse tipo de resposta aos sucessos das pessoas pode informar mais sobre o tipo de relacionamento que uma pessoa pratica do que como como ela responde ao ouvir do outro sobre suas dificuldades. Nunca minimize o sucesso de alguém, não deixe de prestar atenção e nunca fale de problemas ligados ao sucesso dos outros pois ser gentil é ser abertamente feliz pela outra pessoa.

Mas gentileza também é dizer a verdade de uma maneira suave, polida, quando isso for útil para o outro. Receber feedback preciso de maneira amorosa e atenciosa é uma parte importante de um relacionamento confiável, sendo a coragem de dar e receber feedback verdadeiro, um componente essencial de crescimento e do pensamento flexível.

Essa maravilhosa qualidade sobre a qual estou falando inclui ser gentil consigo mesmo. Você se trata gentilmente? Você cuida bem e conversa gentilmente consigo mesmo?

Se você queria saber o segredo de um bom relacionamento, agora já sabe: ser gentil! É algo realmente muito simples e que une não apenas a humanidade, mas também os relacionamentos românticos. A gentileza faz com que se supere a negatividade e, daí, a felicidade surge. Isso é verdade em qualquer tipo de relacionamento - com chefes, colegas de trabalho, amigos, familiares e estranhos, mas é especialmente verdade nos relacionamentos românticos, onde as pessoas querem se sentir seguras e geralmente se deixam vulneráveis ​​emocionalmente.
Existem muitas maneiras de ser gentil e muitas oportunidades de praticar. Talvez a bondade seja mesmo um valor agregue mais satisfação e que fortaleça seus relacionamentos, porém, ainda quero deixar algumas outras dicas.

Um dos aspectos mais fundamentais da gentileza, em qualquer relacionamento, envolve simplesmente prestar atenção. Seja gentil, respondendo à necessidade de atenção das pessoas, afinal, todos querem ser valorizados e notados, principalmente pela pessoa mais importante para você.

Nas conversas com outras pessoas, é sempre bom, além de prestar atenção, certificar-se que um assunto foi concluído antes de passar para outro. Deixar o outro falar e manter um tom de voz moderado é indiscutivelmente um modo gentil de manter um bate-papo agradável. Não queira estar certo o tempo todo, logo aceite a opinião alheia, mesmo que completamente oposta à sua.

Não se preocupe com as pequenas coisas. Repreender e criticar alguém por erros insignificantes se tornou quase um clichê humorístico, mas é, infelizmente, uma das principais fontes de crueldade nos relacionamentos interpessoais, sobretudo nos relacionamentos amorosos. Imagine isso ocorrendo num casamento: ficar constantemente mostrando ao cônjuge que ele ou ela não faz as coisas como você faria ou gostaria que fosse feito. Trata-se de focar nos aspectos negativos de uma pessoa em vez dos positivos, o que tende a piorar à medida que os relacionamentos prosseguem e os parceiros se sentem mais à vontade para criticar um ao outro. Apenas deixe para lá! Comente e reconheça o bem que eles fazem, afinal, fazer o bem gera o bem!

Uma das gentilezas mais difíceis que você pode conceder é ser gentil durante um conflito. Eu sei que num conflito pode surgir uma enorme vontade de gritar ou, pelo menos, de dizer que o outro é um grande idiota. Não faça isso embora o impulso de atacar seja muito humano! Se necessário, reserve um momento para relaxar antes de continuar a conversa. Um conflito tem que ser apenas uma conversa e não uma luta, e, acima de tudo, seu objetivo não deve ser vencer, mas chegar a um acordo.

Muitos esquecem que o toque tem um maravilhoso efeito. Um toque gentil no ombro durante um momento difícil, um tapinha nas costas depois de um trabalho bem-feito ou um abraço amoroso quando seu parceiro chega do trabalho causam efeitos poderosos nas pessoas. O toque físico é especialmente importante quando as tensões estão altas. Como aprendemos, devemos lembrar de ser amorosos mesmo em meio a conflitos e poucas coisas podem dissolver a raiva de uma pessoa como um toque de amor. Mesmo na vida cotidiana, aproveite a oportunidade para mostrar pequenas gentilezas, segurando a mão de seu companheiro enquanto faz compras, sentando-se perto ou dando beijos inesperados.

A única gentileza que pode ser muito difícil de praticar mas que é necessária é o perdão. Rancores e mágoas são péssimos agentes nas relações humanas. Se ficamos rancorosos podemos nos tornar agressivos e/ou passivos, e adotamos uma postura contra a pessoa - isso é cruel. Perdoar é ser gentil. Isso não significa esquecer ou ignorar ingenuamente as transgressões, para que elas aconteçam repetidamente. Significa deixar de lado a ideia de vingança, liberar seu domínio sobre as emoções negativas para que a positividade possa tomar seu lugar novamente. Significa estar disposto a se reconciliar e não sentir raiva.

Assim como todos têm suas próprias forças, temos também as nossas fraquezas. Quando conseguir discernir as fraquezas do outro e intervir para facilitar a vida dele, você fará uma grande gentileza. Talvez a pessoa tenha problemas com números e orçamentos, ajude-o então. E se sua esposa está cansada ​o tempo todo? Ajude-a em todas as tarefas possíveis, inclusive as profissionais. Conheça bem a outra pessoa e seja diplomático.

Há um tipo de bondade que muitas pessoas não querem ouvir: responsabilidade. Sim, responsabilidade é uma gentileza. Imagine um ente querido exigente consigo mesmo, que nunca gasta demais, que avisa quando chegar tarde em casa. Imagine uma parceira que reserva um tempo para conhecê-lo bem o suficiente a fim de não comprar aquela fruta estranha da qual você tem alergia e que se lembre que você adora brownie em seu aniversário. Você acha essa companheira muito gentil, não acha? Ser responsável significa muitas coisas, e, entre elas, significa que você cumpre suas obrigações, planeja o futuro e está disposto a considerar como sua vida - e a de seu amor - podem ser melhoradas. Responsabilidade também é evitar o jogo de culpas - quando as coisas dão errado, as pessoas responsáveis ​​não apontam o dedo: elas examinam a situação e vêem como pode ser resolvida.

Finalmente, o último tipo de gentileza que quero me referir é aquele que realmente ajuda a elevar os relacionamentos - a inclusão. Quando se trata de tomada de decisão, é fácil que os relacionamentos se tornem rapidamente unilaterais com o parceiro mais dominante assumindo. Mas se você tem uma personalidade dominante, pode melhorar muito seu relacionamento, incluindo seu companheiro querido nas decisões que toma como casal. Peça-lhes as suas opiniões sobre coisas pequenas, deixe-o saber o quanto essas opiniões são importantes para você e o quanto você valoriza os pensamentos dele. Por outro lado, se você é do tipo que evita decisões e declara coisas como "prá mim, tudo bem, você decide ”, isso pode causar estresse no seu parceiro, pois ele é forçado a tomar todas as decisões e isso é cansativo! Pense sempre na unidade.

O que menciono nesse artigo é apenas o começo. Conhecendo o básico, busque outras formas de melhorar seus relacionamentos através da gentileza. E lembre-se: essas dicas são aplicáveis ​​não apenas aos relacionamentos românticos, mas a todos os tipos de relacionamentos em sua vida. Certifique-se de ser sempre gentil e perceberá mudanças positivas em sua vida. Acima de tudo, porém, seja gentil com quem você ama - eles merecem mais do que qualquer outro.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612.

AUTOSSABOTAGEM – NÃO FAÇA NADA CONTRA SI MESMO!

Um comportamento é autossabotador quando cria problemas na vida cotidiana e interfere na consecução dos objetivos de alguém. Infelizmente, as pessoas nem sempre estão conscientes de que estão se sabotando, ainda assim, é possível superar quase qualquer forma de autossabotagem. A psicoterapia é um excelente recurso para a interrupção de padrões arraigados de pensamento e ação (como a autossabotagem), ao mesmo tempo em que fortalece os processos de deliberação e autorregulação, ajudando, além disso, a reconectar a pessoa com seus objetivos e valores.

Há muitas razões pelas quais uma pessoa age de maneira prejudicial ao seu próprio bem-estar. Algumas pessoas, é claro, passam boa parte de suas vidas lutando contra poderosos desejos por comida, bebida, jogos de azar e outras tentações que surgem, com custos dolorosos para a saúde ou relacionamentos. Mas as forças que levam à autossabotagem também podem ser mais sutis, como um acúmulo de crenças disfuncionais e limitantes que fazem as pessoas se subestimarem em suas capacidades, suprimir seus sentimentos ou atacar as pessoas próximas a elas. Um aspecto importante sobre lidar com o comportamento contraproducente é identificar de onde ele pode estar vindo.

Independentemente de já ter me referido a isso como um comportamento autodestrutivo, quero acrescentar que a autossabotagem pode interferir nos seus melhores planos e metas fazendo com que uma pessoa, ao invés de focar seus bons objetivos, acaba dando um tiro no próprio pé.

Autossabotagem é, de modo simplista, qualquer ação que atrapalhe a intenção de alguém. Por exemplo:
  • Quanto a uma dieta: As calorias do bolo de aniversário no escritório obviamente não são consideradas.
  • Quanto ao prazo para concluir uma tarefa: Achar que estará mais concentrado e disposto após assistir o próximo episódio da série preferida no Netflix.
  • Quanto a terminar um relacionamento: A pessoa só fará isso depois de reorganizar os móveis da sala, e amanhã, também...
São várias as formas de autossabotagem, sendo a procrastinação, automedicação, o uso de drogas ou álcool, comer demais quando estressadas e conflitos interpessoais os mais amplamente utilizados e reconhecíveis. Essas ações podem ser especialmente perigosas porque são muito sutis – a pessoa pode não perceber o biscoito extra que está comendo ou a dose extra de whiskey que pediu antes de sair. São ações que podem até acalmá-lo e ajudar a relaxar, porém, à medida que essas ações tornam-se mais frequentes. a autossabotagem aumenta e cria um enorme muro de autodefesa difícil de superar.

O fato é que todas as pessoas almejam metas na vida: perder 10 quilos, ser promovido, ter um segundo encontro com alguém em quem está interessado ​​ou tirar férias num lugar paradisíaco. Em outras palavras, o indivíduo estabelece uma meta que é intimamente desejada e repete essa meta para si próprio e, muitas vezes, em voz alta para os outros. Pode escrever esse objetivo em post-its, listas de tarefas, calendários e, talvez, até selecione cuidadosamente uma imagem para colocar num quadro, no espelho do banheiro, na geladeira ou na tela o computador para se inspirar. E não acaba nisso! A pessoa compartilha esse objetivo com os amigos e familiares e declara que este é o ano em que fará isso acontecer. Apesar de todo estratagema usado, esse mesmo indivíduo cria dificuldades para seguir em seu próprio caminho! Para entender de onde vem a autossabotagem, é necessário aprender alguns conceitos-chave sobre o comportamento humano e aumentar a consciência do que pode estar causar interferência em segundo plano.

O ser humano está essencialmente programado para buscar objetivos, porque alcançá-los o faz sentir-se bem. Um dos problemas é que, quando se trata de autossabotagem, a bioquímica humana não discrimina necessariamente entre o tipo de sensação de bem-estar que se experimenta quando se persegue os objetivos e os sentimentos. Obter recompensas e evitar ameaças são como dois lados da mesma moeda. Eles não são sistemas independentes e há uma interação constante no cérebro para tentar equilibrar os dois impulsos. Quando se equilibra a obtenção de recompensas e a prevenção de ameaças, tudo está bem – a pessoa se sente bem consigo mesmo e garante o bem-estar físico e psicológico. No entanto, quando esses dois desejos estão fora de controle, a pessoa é preparada para autossabotar-se. Especificamente, a busca de evitar ameaças às custas de obter recompensas afasta a pessoa dos objetivos desejados. A autossabotagem ocorre quando a sua unidade para reduzir ameaças é maior que a sua unidade para obter recompensas.

Um outro problema é quando a pessoa se sente indigna de sucesso ou felicidade. Numa reviravolta irônica, alguns indivíduos muito motivados se esforçam para trabalhar mais do que precisam e almejam objetivos inalcançáveis, porque acham que precisam compensar um sentimento autoimposto de inadequação. E mais, quando os frutos de seus esforços resultam a coisas boas - um ganho material ou um aumento no status ou no poder - eles transformam situação tornando-a pior para si mesmos. Isso ocorre porque essas pessoas gostam de se sentir coerentes consigo mesmas, isto é, tendem a sincronizar as ações com as crenças e valores pessoais. Se ela, então, acumula vitórias e realizações e, ainda assim se considera ineficiente, inútil, incapaz ou não merecedora, aciona o gatilho interno para se sentir coerente – se é um inútil ou não merecedor do que conquistou, então tem que perder alguma coisa. Uma frase para isso pode ser: “Se é ruim fracassar, é pior ainda ter sucesso”.
Uma outra coisa que gera autossabotagem é quando alguém crê que é melhor controlar o próprio fracasso do que enfrentar a possibilidade de ser pego de surpresa. Esse sujeito acredita que a autossabotagem pode não ser bonita, mas é melhor do que perder o controle da vida.
Veja agora essa situação! A pessoa é promovida para uma nova posição ou obtém resultados acadêmicos bem mais altos que os colegas, e passa a sentir que precisa ter uma queda e, finalmente, isso acontece. Pode ser que ela tenha receio de que, ao ser percebida por causa de seus triunfos, seja chamada de falsa ou acusada de ter enganado alguém. Ou seja, ela pode fazer o mínimo possível e esperar que passe despercebida, ou pode se esforçar muito, porém se preocupando constantemente em ser “descoberta” a qualquer momento. De uma forma ou de outra, isso leva essa pessoa à procrastinação e à dispersão da atenção - se ela se depara com uma tarefa que pode fazê-la se sentir uma farsa, é muito mais tentador atualizar o Instagram novamente, pesquisar roupas ou perceber que não há tempo como o “aqui e agora” para iniciar um projeto alternativo de trabalho.

Tem gente por aí que parece gostar de ser bode expiatório, isto é, uma pessoa arbitrariamente escolhida para carregar, sozinha, a culpa por todos os malfeitos de uma situação, embora não seja responsável por nenhum deles. Se as coisas não forem resolvidas (ou quando não puderem ser resolvidas), pode-se culpar a ação em vez de nós mesmos. Claro que ela me deixou (afinal, eu nunca estava por perto). É claro que fui reprovado nas aulas (mal estudei para os exames). Embora essas razões possam ser verdadeiras, elas são mais frívolas e mais fáceis de aceitar e engolir do que as razões mais profundas que, secretamente, a pessoa acredita ser a causa. Claro que ela me deixou (porque eu não sou digno de ser amado). É claro que eu fui reprovado nas aulas (eu sou incapaz de entender o material de estudo). Essa, portanto, é outra forma de autossabotagem.

Como já citei acima, as pessoas gostam de ser coerentes consigo mesmas. Até tendem a querer a coerência sobre o próprio contentamento. Se a pessoa está acostumada a ser esquecida ou frequentemente se sente esquecida, maltratada ou explorada, é estranhamente reconfortante adiantar-se e se colocar nessa posição.

Por que às vezes superestima-se uma ameaça permitindo, assim, que ela impeça o indivíduo de continuar o seu caminho em direção ao objetivo? Alguns elementos que podem influenciar nisso são o autoconceito baixo ou instável, as crenças limitantes internalizadas, o medo da mudança ou do desconhecido e a necessidade excessiva de controle. São influências que representam aspectos da personalidade e como a pessoa se relaciona com o mundo. Pense nisso como um sistema operacional que funciona em segundo plano e que impulsiona as crenças e o comportamento. Normalmente essas influências surgem quando jovens e, por serem constantes ao longo do tempo, tendem a ficar fora de consciência. É útil pensar sobre essas influências para poder ver com mais facilidade como elas interferem nas decisões, ideias sobre si mesmo, como se comporta, como se sente em determinadas circunstâncias e, particularmente, como motivam a autossabotagem. Aprender a identificá-los ajuda a avaliar a tendência de se autossabotar por superestimar uma ameaça. E o conhecimento é o primeiro passo para impedir os padrões de comportamento que impedem uma pessoa a viver a vida que deseja.

Apesar de tudo que descrevi e de minha profissão, fico sempre tocado quando percebo que alguém pensa na autodestruição pelo medo do sucesso. No fundo, o desespero por realizações não é realmente um medo de ambição e ou de valor próprio - é um medo de fazer o melhor e não ter sucesso, de se decepcionar e ser humilhado publicamente, pois teme que o seu melhor possa não ser bom o suficiente.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

TENACIDADE É A CHAVE DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL


Sempre estou escrevendo alguma coisa a respeito de psicologia, mas não foram muitas vezes que fiz isso dedicando aos meus filhos e netos. Por isso, vou direcionar esse artigo a eles, pedindo as devidas escusas caso sintam algum tom aconselhador. Sei que eles, felizmente, não precisam de conselhos ligados ao tema abaixo, mas é uma alegria e um gesto de muito amor escrever um artigo que possa ajudá-los e aos demais leitores em seus desenvolvimentos pessoais. A proposta implícita neste artigo é reforçar a aceitação de que é sempre possível a melhorar a consciência e a própria identidade, desenvolver talentos e potencial, construir capital humano e facilitar a empregabilidade, além de melhorar a qualidade de vida e contribuir para a realização de sonhos e aspirações.

É um processo, corre ao longo da vida e é uma maneira infalível para as pessoas avaliarem suas habilidades e qualidades, considerarem seus objetivos na vida e estabelecerem objetivos para que possam realizar e maximizar seu potencial. O desenvolvimento pessoal, também conhecido como "crescimento pessoal", pode ser aplicado a vários aspectos da vida de qualquer pessoa. O significado subjacente desse termo se resume à autoconsciência de um indivíduo e à sua autoaceitação. No entanto, muitas pessoas tendem a ser resistentes às mudanças em relação as suas habilidades e perspectivas, o que cria menos oportunidades significativas para que alcancem um desenvolvimento pessoal positivo.

Na realidade, nós humanos não aceitamos que a resistência à mudança seja apenas uma escolha nossa (individual e exclusiva), o que me faz pensar que as pessoas não possuem ampla consciência de que tem um grande poder sobre as próprias ações. Devo então deixar claro que quanto mais resistirmos às oportunidades de nos desenvolvermos, mais permaneceremos presos às nossas existências e emoções atuais. A resistência nos afeta fortemente, pois nos leva a descartar o momento imediato em que nos encontramos, e, assim, evitamos alterar as circunstâncias para melhor. Devemos, por outro lado, comprometermo-nos a evitar o máximo de resistência possível e a tirarmos o máximo proveito da tenacidade dentro de nós. Em todas as ações que realizamos, a tenacidade tem que ser o único aspecto que nos fortalece e contribui para alcançarmos os nossos objetivos.

Tenacidade é definida como uma determinação persistente. É considerado um bom traço de caráter, uma vez que um indivíduo tenaz tem maiores probabilidade de alcançar uma meta que ele estabeleceu para si próprio, apesar das dificuldades encontradas no percurso para atingir essa meta.

Para muitos, as exigências do ensino superior são os maiores desafios que já enfrentaram. Diariamente, os alunos são expostos a uma grande quantidade de novas idéias as quais precisam entender rapidamente para cumprir prazos impostos pela faculdade. Esse processo é ainda mais difícil devido a conflitos de horário com trabalho, dificuldades financeiras e outros problemas pessoais. Muitos estudantes ficam impressionados com tudo, mas todos os anos as pessoas se formam, enquanto outras abandonam os estudos. Na maioria dos casos, há apenas uma coisa que separa aqueles que se formam daqueles que abandonam a escola: essa coisa é a tenacidade, uma qualidade encontrada em todas as pessoas que obtêm sucesso e possui benefícios mesmo em caso de falha. É o impulso dentro das pessoas que as impede de desistir, um poder interno que permite evitar a resistência, permitindo a conclusão de que as pessoas com caráter tenaz têm realmente maiores chances de ter sucesso.

Aqueles que têm caráter tenaz não desistem quando confrontados com obstáculos ou quando fracassam. Num jogo ou na vida, a tenacidade quer vencer e a pessoa adota como crença a frase "o fracasso não é uma opção”. Essa pessoa quer ser conhecida como possuidora de elevada força de vontade, determinação ou persistência, logo, para si, a tenacidade continua sendo a chave do sucesso. Ela empurra os limites de um lado para outro ou além, porque não aceita nada menos que o melhor. No final, os tenazes vencerão (ou se esgotarão tentando), mas pelo simples fato de se esforçarem conscientemente e darem tudo de si, experimentarão o desenvolvimento pessoal.
A vida nos ensina muitas lições. Ela pode nos levar por um caminho acidentado e, às vezes, até nos pega de surpresa. Se a tenacidade não for considerada como um aspecto importante do caráter de um indivíduo, é necessário que, então, em primeiro lugar, ele defina um objetivo específico. Em seguida, deve tomar medidas para atingir esse objetivo e, posteriormente, perceber se o que está sendo feito está funcionando ou não. Um indivíduo deve permanecer persistente na adaptação constante de sua abordagem até que sua meta seja alcançada, claro que sempre não permitindo que a resistência interfira na consecução de sua meta.

O valor da tenacidade é provado repetidamente em várias histórias de sucesso. Só essa informação já é o bastante para que vocês nunca permitam que a resistência afete suas ações para alcançar objetivos pessoais. É a sua tenacidade lhe colocará ao alcance do que luta.

Por fim, gostaria de lhes dizer que o nível de tenacidade de uma pessoa determina o nível de sucesso que se alcança na vida, podendo assim afetar o grau de felicidade alcançada. Seja por causa da fé, amor ou um profundo senso de propósito, as pessoas que têm tenacidade viverão uma vida mais gratificante do que aquelas que desmoronam a cada obstáculo e também do que aqueles que resistem às mudanças. Através do meu próprio desenvolvimento pessoal, aprendi a ser tenaz e, com isso, adotei como um dos meus lemas pessoais que o primeiro passo para uma segunda chance é “me levantar” e iniciar de novo, ou seja, “sacodir a poeira e voltar ao caminho esburacado da vida. Infelizmente uma segunda chance pode não acontecer se a gente resistir, desistir ou deixar de permanecer continuamente determinado quanto aos nossos objetivos.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo sobre a influência negativa da baixa autoestima no trabalho!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612.

RAZÕES PARA SE FAZER PSICOTERAPIA


Muitos dos meus clientes me contam que seus amigos ou parentes perguntam por que fazem psicoterapia. Essa dúvida vem carregada de preconceito daqueles que ainda veem os cuidados com a saúde psicoemocional algo exclusivo dos psicóticos ou psicopatas. Enquanto um em cada cinco adultos sofre de algum tipo de doença mental, apenas cerca de 35 a 45% com comprometimento moderado a grave estão em tratamento. Face a isso, resolvi escrever, mais uma vez, sobre os benefícios da psicoterapia, com a menção de que alguns problemas que não se qualificam como doenças mentais graves podem se beneficiar deste tipo de tratamento e ressaltando alguns sintomas que justificam a frequência a um psicoterapeuta:
  • Sofrer um trauma e não conseguir parar de pensar nisso.
  • Receber contínuos “feedback’s” ruins no trabalho.
  • Sentir tudo de modo muito intenso.
  • Ter dores de cabeça inexplicáveis ​​e recorrentes, dores de estômago ou um sistema imunológico debilitado.
  • Ter relacionamentos tensos e/ou complicados.
  • Usar algum tipo de substancia estimulante para trabalhar ou resolver as coisas da vida.
  • Sentir-se desconectado das atividades anteriormente que gosta.
  • Os amigos dizerem que estão preocupados com o estado psicoemocional.
Só como exemplo, ter algum dos problemas acima é uma boa justificativa para fazer uma psicoterapia. Mas nada forçado é bom, como alguém dizer que uma outra pessoa “tem que” fazer psicoterapia: isso pode soar como uma condenação ou um julgamento e isso vai contribuir para o estigma que envolve a psicoterapia. Muitos argumentos terminam com o comentário do tipo “Você deveria ir à terapia!”, o que é uma forma de dizer “Eu acho que você é louco, vai se tratar!”. Esta não é uma boa maneira de sugerir essa alternativa válida para a saúde - é um insulto! A recomendação tem que ser plena de amor fraternal e cuidados reais com a pessoa para a qual se fala. A propósito, geralmente as pessoas acabam não fazendo as coisas que "deveriam" - fazem as coisas que querem! Uma pessoa terá uma experiência melhor com a psicoterapia (e provavelmente melhores resultados) se for porque deseja aprender, crescer e curar, não porque alguém ache que ela deveria fazer.

Uma outra coisa que me incomoda é quando, ao recomendar a psicoterapia para alguém, se dá o foco na patologia (também conhecido como modelo da doença). De fato, a terapia é eficaz para ajudar as experiências dolorosas a se tornarem toleráveis pois é um método comprovado para alterar padrões prejudiciais de pensamento, relacionamento e comportamento, mas também é usado para tornar ótimas vidas que já são boas.
Para comparação, veja duas maneiras de gerenciar a saúde física: visitar o médico versus treinar na academia. Procura-se o médico para tratar um problema médico: sente sintomas e busca tratamento para retornar ao seu estado "normal". Por outro lado, uma pessoa vai à academia para se manter saudável, alcançar um maior potencial físico e, geralmente, melhorar sua vida. São duas abordagens diferentes para a saúde, uma focada na doença e a outra no bem-estar. A psicoterapia é única, pois atua como o equivalente psicológico do médico e da academia. As pessoas fazem psicoterapia para tratar problemas e para melhorar uma vida já funcional em sua maior parte.
Não sei de ninguém dizendo que as pessoas que se exercitam devem estar doentes ou que não precisam se exercitar! Mas muitos ainda mantém essa ideia antiquada de que a pessoa deve estar louca se for ao psicólogo. Atitudes como essa estão apenas perpetuando o modelo médico da terapia – de que se faz psicoterapia para tratar uma doença. Na realidade, a terapia é também muito útil na busca de bem-estar e de se tornar saudável, alcançar o melhor potencial e melhorar ainda mais uma vida que já tem uma boa qualidade.
Se você já está considerando uma psicoterapia, seguindo a linha do modelo de bem-estar, gostaria de sugerir algumas razões que podem lhe estimular mais ainda a buscar uma psicoterapia:
  • Você quer prosperar em sua carreira - Você diz que está infeliz onde está, por que não está se esforçando para algo diferente? O medo, o trabalho duro ou o conflito interpessoal estão impedindo você? A terapia pode ser o catalisador de mudanças saudáveis ​​em sua carreira.
  • Você quer amar e aceitar a si mesmo - muitas pessoas têm dificuldade com isso e não estão necessariamente deprimidas ou afetadas por outro transtorno mental. A psicoterapia pode ajudá-lo a explorar obstáculos à autoestima e ensinar maneiras práticas de tornar sua felicidade uma prioridade.
  • Você quer ser um pai fantástico - Muitos de nós, apesar de nossas próprias objeções, voltamos aos padrões de pais que observamos em nossas próprias infâncias. A psicoterapia pode ajudá-lo a sair dessa rotina e se tornar o pai / mãe que deseja ser (e seus filhos precisam).
  • Você deseja atingir uma meta de condicionamento físico - os psicólogos geralmente não são “personal trainers”, mas geralmente se entende que o condicionamento físico é tão mental quanto físico. A psicoterapia pode ajudá-lo a superar os obstáculos que o impedem de atingir seus objetivos.
  • Você quer um ótimo casamento - muitos relacionamentos são funcionais, mas não são mais divertidos. O aconselhamento de casais pode ajudar a melhorar a comunicação e criar estratégias para retornar a paixão e a emoção ao casamento.
  • Você deseja que por uma hora por semana possa se concentrar completamente em si mesmo - a psicoterapia é um curso em que você é o assunto. Você pode explorar a si mesmo, aprofundar seus pensamentos e sentimentos atuais, ou apenas sentar e "ficar" por um tempo. Esta prática vital tornou-se uma arte esquecida em nosso mundo hoje.
  • Você quer seguir em frente e perdoar: guardar rancor não é uma condição diagnosticável, mas tem sérias consequências físicas, emocionais e relacionais. Através da psicoterapia, você pode aprender a resolver esses problemas por conta própria e seguir em frente.
  • Você quer entender seu propósito na vida - Muitos psicólogos adoram mergulhar e ajudá-lo a descobrir quem você é em um nível profundo, ajudando-o a descobrir as paixões enterradas sob a ocupação da vida. Um desejo deste tempo de se refletir automaticamente pode significar que…
  • Você quer um lugar para praticar assertividade, expressar emoções ou qualquer outra coisa - a psicoterapia é um laboratório para você explorar, experimentar e praticar comportamentos assustadores no resto da vida. Pessoas tímidas podem praticar confronto. Pessoas desapegadas podem experimentar expressar emoções. Após você tentar isso algumas vezes na sessão, poderá estar pronto para fazer o mesmo no mundo.
Provavelmente estou esquecendo algumas dezenas de outras razões úteis, mas espero que você entenda: a psicoterapia é útil para o tratamento de problemas sérios, mas oferece muito mais. Se conseguirmos superar o modelo médico (de miopia) que contribui para o estigma da terapia, talvez muito mais pessoas consigam entender os benefícios da psicoterapia e possam se desenvolver através desses benefício.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo cujo título é “Felicidade, Um Bem Que Não Cai do Céu”!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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PESSOAS ALTAMENTE SENSÍVEIS DEVEM FAZER PSICOTERAPIA

Se seus amigos, familiares ou colegas já lhe disseram que você é muito sensível, confira os itens abaixo:
  • Você é reage rapidamente a coisas como luzes brilhantes, cheiros fortes, tecidos grosseiros ou sirenes por perto?
  • Você fica abalado quando tem muito o que fazer em pouco tempo?
  • Você evita filmes e programas de TV violentos?
  • Você precisa se retirar, durante os dias mais ocupados, para um quarto escuro, banheiro, para a cama ou algum outro lugar onde possa ter privacidade e sentir-se mais aliviado?
  • Você prioriza a organização de sua vida para evitar situações perturbadoras ou desagradáveis?
  • Você percebe ou aprecia aromas, gostos, sons ou obras de arte delicados ou finos?
  • Você tem uma vida interior rica e complexa?
  • Quando você era criança, seus pais ou professores o viam como uma pessoa sensível ou tímida?
Se você se identificou com alguns dos tópicos acima, você pode ser uma Pessoa Altamente Sensível (sigla PAS). Mas não se preocupe pois isso não significa que há algo errado com você.

O Que Significa Ser Uma Pessoa Altamente Sensível (PAS)?

Ser uma PAS (pessoa altamente sensível) é ser uma alguém que possui uma característica completamente normal (ocorre em 15-20% da população), logo não se trata de um distúrbio, tanto que não há referências a isso no Manual de Diagnóstico, que é o recurso profissional para diagnosticar problemas de saúde mental. Em vez disso, a sensibilidade está se tornando cada vez mais reconhecida como um traço de personalidade e como parte do temperamento inato de uma pessoa, como se fosse naturalmente extrovertida, confiável ou independente. Embora essa característica de sensibilidade possa parecer um pouco diferente para todos, ela inclui alguns elementos fundamentais. PAS’s captam muito mais que os demais sobre o mundo ao seu redor, incluindo os 5 sentidos (desfrutando / saboreando e às vezes sendo excessivamente estimulados pela luz, som, cheiro, tato / textura e sabor), emoções fortes (um PAS pode sentir, de forma abundante, alegria ou excitação e pode ser igualmente superado pela tristeza ou decepção), outras pessoas (PAS’s costumam estar especialmente sintonizados com o clima de uma sala, com os sentimentos dos outros ou até com as mudanças sutis em um amigo ou colega de trabalho, como reconhecer seu sorriso tímido ou ombros caídos, indicando que estão tendo um dia difícil), perfeccionismo (podem ser perfeccionistas e podem se preocupar um pouco com o desempenho ou em não decepcionar os outros. Curiosamente, os PAS’s tendem a ter um desempenho mais fraco quando estão sendo observados de perto devido à sua maior sensibilidade a essa observação).

A PAS costuma ser única e possui suas próprias áreas de sensibilidade, entretanto, quatro características que são comuns a todas as pessoas altamente sensíveis:

Profundidade do processamento: o cérebro de PAS’s são mais ativados que o cérebro de pessoas não altamente sensíveis, significando uma maior profundidade de processamento da mesma informação.
Estimulação: Os sensíveis podem ser mais suscetíveis à superestimulação e sobrecarregar suas mentes, pois coletam muito mais informações e processam mais profundamente.
Emocionalmente responsivo: As PAS’s sentem profundamente e reagem mais fortemente a experiências emocionais - tanto positivas quanto negativas. O que isso significa é que, para eles, o ambiente é muito importante, porque são mais impactados (pessoas e lugares) do que por outros. As PAS’s também são mais capazes de se relacionar com as emoções de outras pessoas, o que significa que possuem maior capacidade de empatia.
Sutilezas da sensibilidade: As PAS’s conseguem captar detalhes sutis que outras pessoas não percebem (como pequenas mudanças em nosso ambiente ou sugestões não verbais de outras pessoas etc.). 

A expressão “Altamente sensível” às vezes pode ter uma conotação negativa em nossa sociedade, mas isso não significa que a pessoa seja fraca nem que precise "endurecer". O indivíduo altamente sensível simplesmente têm um sistema nervoso mais refinado do que o resto da população, permitindo-o captar e processar profundamente informações / estímulos que nem sequer são registrados para a maioria das pessoas. Na verdade, isso pode ser até um presente, existindo muitos benefícios em ser altamente sensível, já que tende a ser:
  • Inteligente, intuitivo e perspicaz, muitas vezes percebendo nuances que outros sentem falta.
  • Altamente empático, compassivo e atencioso com os sentimentos dos outros.
  • Funcionário / estudante consciente e comprometido.
  • Criativo em uma ou mais áreas da vida (arte, música, escrita, resolução de problemas etc.).
  • Profundamente movido pela arte ou natureza e conectado aos animais.
  • Aprendiz rápido e pensador profundo
É realmente como um superpoder, depois que aprende como aproveitar essas características. Então, se você é altamente sensível, não se preocupe, isso não é ruim: ser altamente sensível é uma dádiva!

Se por um lado, essas características podem adicionar tanta riqueza e complexidade à vida, por outro lado, podem criar sentimentos de opressão e desejo de se esconder do mundo. Se você está cansado de se sentir sobrecarregado e frustrado consigo mesmo, seria muito bom considerar  o apoio de um psicoterapeuta que possa lhe ajudar a compreender-se e a desenvolver novas habilidades e entendimento do mundo.

Se você acha que é uma pessoa altamente sensível, reflita: e se você pudesse ...
  • Aprender a gerenciar suas emoções fortes sem ficar sobrecarregado ou ter que abandonar tudo?
  • Sair da montanha-russa emocional e manter a calma mesmo quando as coisas parecerem intensas?
  • Parar de se preocupar e se sentir estressado para que sua inteligência natural possa brilhar?
  • Escolher quando quer deixar algo de lado para que você possa adormecer mais facilmente ou relaxar?arar de sentir que é fraco, sem ter que esconder sua sensibilidade ou "endurecer?
  • Aprender a trabalhar com sua sensibilidade para melhorar seus relacionamentos?
  • Abraçar a sua sensibilidade e encontrar seus talentos / pontos fortes exclusivos para que eles possam trabalhar para você?
A psicoterapia ajuda a tornar melhor a vida das pessoas muito sensíveis. Muitas vezes clientes assim me procuram dizendo que são "diferentes" ou que há "algo errado com eles". Portanto, aprender sobre o que realmente significa ser uma PAS dissipará muitas dúvidas e mentiras que a sociedade alimenta sobre a sensibilidade.

Realmente pode haver algumas áreas da vida de uma pessoa altamente sensível em que não saber como controlar a sensibilidade poderá atrapalhar. Isso é muito comum porque a sociedade não ajuda quando se trata de compreender essas pessoas, muito menos ensinar a lidar com suas características. Aprender a lidar com sua sensibilidade pode assumir várias formas, e o psicólogo deve lhe ajudar a saber quais são as melhores para você. Práticas de conscientização, por exemplo, ajudarão a chegar a uma melhor compreensão de emoções e padrões nas vidas dessas pessoas, padrões, inclusive, que podem não estar funcionando muito bem. O psicoterapeuta poderá, ainda, ensinar habilidades e técnicas para lidar com as coisas de maneira mais eficaz. Coisas assim começas a acontecer com a psicoterapia: gostar mais da vida, sentir-se mais relaxado, sentir-se mais próximo de seus amigos e entes queridos, sentir-se feliz, calmo e consciente a maior parte do tempo, concentrar-se em seus objetivos e saber que você é bom o suficiente, capaz e completo.

De modo geral, podemos dizer que o objetivo da psicoterapia é ajudá-lo a saber que você é íntegro - e que permite que você se sinta mais confiante, contente, alegre, amado e conectado, focado, acolhedor e confortável do jeito que você é. O psicoterapeuta deve trabalhar em sintonia com você ajudando-o a se tornar mais do que você deseja ser, para continuar sua jornada sabendo que você é merecedor, capaz e bom o suficiente.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637