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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

VIVENDO FELIZ E SOLTEIRO(A)

Algumas pessoas que fazem psicoterapia comigo dizem que encontrar um par amoroso nos dias atuais está muito difícil. Não posso afirmar se estão corretas nessa observação mas isso despertou uma vontade de escrever sobre a vida de uma pessoa sozinha, ou seja, pretendo, nesse artigo, falar sobre a arte de viver solteiro(a).

Ser solteiro(a) não impede a pessoa de ser feliz, ainda que para muitas, ficar só é um estado negativo. A sociedade não ajuda nisso insinuando um estigma social associado a isolamento ou a problemas de relacionamento, como se a opção pela solitude (estado de privacidade de uma pessoa, não significando, propriamente, estado de solidão; não está diretamente relacionada a sofrimento) implicasse que há algo errado ou defeituoso com quem permanece só. Há, ainda, as redes sociais que “fingem” facilitar a interação humana mas que, na verdade, trás a ilusão de que as pessoas estão verdadeiramente conectadas e interagindo através da escrita pelas redes sociais. Particularmente, penso que "Curtir" é uma forma abreviada de dizer "Eu ouço você e eu concordo" e os “Comentários” funcionam como conversas, criando o devaneio de uma interação com outra pessoa em tempo real. É certo que essa conexão via redes sociais mantém todos informados sobre o que está acontecendo (será mesmo?) mas creio que a maioria das pessoas realmente sabe que esse tipo de comunicação não substitui uma interação humana real e presencial.

Com frequência vejo que, ao contrário da opção em ficar desacompanhado, a solidão implica frequentemente que a pessoa está procurando alguém para se sentir segura e feliz. Quem escolhe ficar desacompanhado não está nessa busca, se bem que, no início, aprender a ficar só pode ser assustador; mas, passada essa fase, o aprendizado obtido servirá como a base para o desenvolvimento e crescimento como ser humano. Há muito a ganhar aprendendo a confiar em sua própria voz interior como sendo a melhor fonte para sua própria orientação. Estar só dá liberdade de ser introspectivo, de pensar por si próprio. Você será capaz de fazer escolhas e tomar decisões melhores sobre quem você é e o que você quer, sem influência externa - muitas vezes, a pessoa é influenciada pelos pensamentos, sentimentos, atitudes, crenças e comportamento daqueles em seu entorno.

É claro que você pode pedir conselhos e opiniões a outras pessoas, mas, em última análise, consultar a si mesmo para decidir o que quer fazer para conduzir a própria  vida bem melhor. Mais especificamente, aprender a ficar desacompanhado é muito bom quando se trata de saber o que você precisa e deseja num relacionamento. A experiência mostra que é muito difícil ter um relacionamento saudável com os outros se não aprendeu a ter um relacionamento saudável consigo mesmo. Muitas pessoas gostam de dizer ao parceiro algo como “Você me completa!". Eu sei que é muito romântico, mas o que isso realmente diz? Que você não é uma pessoa completa sem ele? Estar só permite que você se acesse como a pessoa completa que você já é!!!

Ninguém realmente precisa de outras pessoas para ser feliz. A maioria dos adultos já passou algum tempo “livre” dos outros. Quase todo mundo passou um tempo solteiro ou socialmente "sozinho". Enquanto algumas pessoas se divertem muito com esses anos mais independentes, para outros, a ausência de um ambiente social estável é uma luta emocional. Se estiver com dificuldades para se sentir feliz estando só, leia esse artigo até o fim para conhecer algumas alternativas, as quais não incluem um namoro.

É importante que você aceite estar só, e que fique emocionalmente bem com isso. Pode ser uma experiência positiva se você abraçou a solitude e se sente no controle dela, mas também pode ser uma experiência negativa se acreditar que há algo errado com você, dando a impressão de que vive na solidão ou isoladamente. O primeiro passo para ser feliz sozinho é aceitar essa sua condição com a certeza de não haver nada errado nisso ou em sua personalidade, e você não é desagradável ou que não é merecedor de receber amor. Significa simplesmente que, por enquanto, os relacionamentos não serão o ponto central do seu mundo ... e tudo bem.

Desenvolva um relacionamento consigo mesmo, pois é um erro pensar que só pode haver relacionamento significativo com outra pessoa. Há um ditado que diz que "o relacionamento mais importante que você terá é consigo mesmo" e isso é sempre mais verdadeiro quando a pessoa está num período solitário. Para fortalecer seu relacionamento consigo mesmo, esforce-se para se conhecer melhor. Pergunte-se: o que eu realmente valorizo ​​na vida? Do que ou o que eu preciso mais? O que eu preciso fazer? O que vem depois para mim? Após saber as respostas, forneça a si mesmo o apoio emocional e os incentivos necessários para buscar suas metas recém-criadas.

Tente deixar suas paixões correrem livres. Quando você está num relacionamento comprometido ou contínuo com muitas pessoas, pode perceber que sua lista de "paixões" começa a se adequar ao que as pessoas ao seu redor gostam. Por exemplo, se a sua namorada adora vinho, você poderá se sentir, repentinamente, mais apreciador de vinho do que seria em outras circunstâncias. Enquanto isso, aproveite o tempo criando oportunidades para explorar algumas de suas paixões menos intensas. Quer ler todos os livros de Harry Potter? Leia! Quer experimentar todos os restaurantes japoneses em seu bairro? Por que não? Esta é a hora de fazer isso!

Faça planos contando apenas consigo já que uma das coisas mais difíceis ao ficar só é a ausência de eventos regulares para frequentar. Quando você está num relacionamento, é fácil planejar uma noitada legal. Quando você tem um círculo forte de amigos, é fácil organizar um encontro com todo o mundo. Quando você está sozinho, é mais difícil criar esses tipos de situações. Enfrente isso (estar “sem planos”) escolhendo algumas coisas que você gosta de fazer e depois componha-as no seu dia de uma forma planejada. Por exemplo, caminhe até o seu local favorito de tomar café todas as manhãs e tome um banho quente todas as noites. Ao criar suas próprias rotinas, você começará a ter o sentimento "Estou ansioso para isso" em sua vida.

A ciência da psicologia mostrou que o toque físico é extremamente importante para a felicidade e o bem-estar. Por razões óbvias, esta área da vida pode se tornar extremamente carente quando você está solteiro(a). Por essa razão e para evitar os efeitos negativos da “solidão física”, dê atenção especial à construção deste tipo de afeto em sua vida, onde quer que você possa. Uma maneira de fazer isso é através de abraços. Se você se encontrar com um conhecido casual, certifique-se de terminar o encontro com um longo e agradável abraço. Tenho um amigo que intuitivamente passou a fazer algo pelo qual é sempre muito bem lembrado e quando ele nos passa uma mensagem, sempre escreve ao final, uma sigla que representa o seu jeito de nos cumprimentar: “FDA”, isto é, “forte e demorado abraço!”. Você terá instantaneamente uma onda de reações bioquímicas felizes no cérebro! É isso: 
obtenha afeto físico onde puder.

V
ocê tem orgulho de si mesmo? Uma das belezas de estar só é poder viver de acordo com seus próprios padrões. Quando você não está em dívida com outras pessoas, é mais fácil parar de viver de acordo com as expectativas das outras pessoas quanto ao que você deve fazer. Isso cria uma oportunidade de esclarecer o que você realmente, em seu coração, espera de si mesmo. Isso permite colocar essas expectativas em ação. Com algum esforço, poderá atender as suas próprias expectativas e ficar bastante orgulhoso a respeito de si mesmo.

Tome o coração e o exemplo dos grandes mestres. Eles embarcaram em jornadas solitárias para investigar as profundezas do Ser e encontrar respostas em experiências reveladoras e transformadoras. Espiritualmente, estar sozinho pode aproximá-lo do seu ser interior, permitindo-lhe acessar mais prontamente os aspectos criativos e intuitivos de si mesmo. Se e quando você estiver sozinho, use essas dicas e veja tudo como uma oportunidade. É hora de crescer e se tornar a pessoa que você realmente quer ser. A verdade é que você não ficará sozinho para sempre. E quando você começar a se conectar com as pessoas, certamente valorizará as lembranças de seu tempo sozinho! Dê a si mesmo o presente do seu próprio tempo e energia, isso realmente vale a pena.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

NÃO É SO A RAZÃO – AS EMOÇÕES TAMBÉM CONTAM


Você já parou para ver como as emoções direcionam as nossas vidas? Veja, abaixo, porque devemos levar nossas emoções a sério.

As emoções guiam nossas vidas de um milhão de maneiras. Qualquer que seja a nossa vontade, seja esconder, evitar, ponderar ou expressá-las, a maioria de nós não percebe até que ponto as emoções estão conduzindo os pensamentos e comportamentos. Explorar as emoções é algo que realmente vale à pena para quem quer se conhecer, desenvolver-se, construir relacionamentos saudáveis ​​e saber o que buscar na vida. De certa forma, é correto dizer que a inteligência emocional é mais importante do que o QI, dado a sua influência no trabalho, em relacionamentos, saúde e qualidade de vida.

As emoções podem oferecer muitas dicas sobre o que uma pessoa pensa sobre si e como é afetada por sua história pessoal. Muitas ações são iniciadas pela emoção, o que leva à questão natural de quais emoções estão surgindo e por quê. Saiba que parte das emoções tornam-se adaptadas e outras não, algumas são provocadas pelo momento presente e outras estão enraizadas no passado, porém sempre estão afetando de modo importante o dia-a-dia das pessoas. O fato é que todos precisam viver em harmonia consciente com essas emoções e não tentar controlá-las, sendo que grande parte dessa harmonia vem da compreensão das reações emocionais e de saber identificar se são emoções primárias ou secundárias, bem como quando são adaptadas ou não.

As emoções primárias são a primeira reação emocional. Elas geralmente são seguidos por uma emoção secundária mais defendida. Às vezes, a pessoa está consciente apenas da emoção secundária, por exemplo, uma raiva que encobre a mágoa, o constrangimento que domina a tristeza ou a ansiedade mascarando um medo mais profundo. Em outras palavras, se o parceiro não aparece ou faz algo que decepciona de alguma forma, a pessoa pode se sentir enraivecidos . Essa raiva pode ficar reprimida ou se manifestar na próxima vez que interagirem entre si. No entanto, se houver um olhar mais cuidadoso para a reação inicial da pessoal, certamente serão percebidos, na emoção principal, sentimentos mais vulneráveis, como mágoa, sentir-se indesejado ou envergonhado.

É importante que eu comente que emoção primária não é um ressentimento antigo seguido de resignação ao lembrar de ter sido esquecido numa promoção há dois anos; nem é uma queixa que vem 
de uma mágoa não resolvida. Em vez disso, é um sentimento vital que muitas vezes deixa a pessoa se sentindo muito aberta e talvez vulnerável. As emoções primárias são menos rápidas e menos orientadas para a ação do que as emoções secundárias. Elas são pungentes e intensas e mais propensas a se arrastar lentamente numa pessoa. Quando a pessoa se permite sentir uma emoção primária, muitas vezes experimenta alívio. Não está necessariamente inclinada a agir, mas se sente mais em contato consigo mesmo e ainda mais vivo.

As emoções primárias podem ser reações adaptativas ao momento ou reações não resolvidas do passado pessoal e que foram desencadeadas por eventos atuais. Por exemplo, se a pessoa for uma pessoa que foi tratada como se não fosse inteligente pela própria família, caso seja chamado de "estúpida" ou “incompetente” no dia atual, pode se sentir profundamente magoada ou envergonhada. Além disso, antes de reconhecer essa dor ou vergonha, será levada a uma emoção secundária, como raiva, ressentimento ou defesa.

O melhor, evidentemente, é viver em harmonia com as próprias emoções, em contato, portanto, com o que realmente somos. Se não consegue fazer isso sozinho, a psicoterapia pode lhe ajudar a obter “insights” sobre as reais emoções centrais que estão causando suas reações, e aprender a ser o único a dirigir, escolhendo você mesmo o que fazer. O sentimento é um mecanismo que fornece informações críticas. Ao se concentrar na emoção com compaixão e curiosidade, você poderá descobrir quem é e o que quer – ou seja, encontrar a gema de seu Eu adaptativo e essencial. Em última análise, você merece sentir todas as suas emoções e se tratar com gentileza e cuidado.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma elevada autoestima. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler o artigo SEUS HÁBITOS LHE TORNAM UMA PESSOA INFELIZ?

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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
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O PODER DA AUTOESTIMA NA VIDA DOS ADOLESCENTES

A autoestima é conceito psicológico que pode até ser considerado antigo, porém continua a ter uma grade importância para o ser humano. Isso significa que crianças e adolescentes devem ser cuidados para que sejam pessoas de boa autoestima e, consequentemente, terem mais recursos para alcançarem a felicidade quando adultos e idosos. Nesse artigo, darei mais atenção aos adolescentes e jovens adultos haja vista minha escolha de não atuar com pacientes que são crianças.
A autoestima cria uma mentalidade muito poderosa com a qual o adolescente consegue entender positivamente a sua experiência de vida, bem como motivar o seu próprio comportamento:
  • Autocompreensão positiva da vida: “Como eu percebo e entendo o que está acontecendo comigo?”
  • Automotivação: “O que eu quero fazer por mim mesmo?”


Mas há o outro lado da moeda, isto é, a autoestima, se negativa, pode levar a culpa por maus-tratos que o jovem eventualmente recebe, e pode, na automotivação, limitar o que o adolescente deseja alcançar:
  • Levar a culpa por maus-tratos: “Eu mereço o mal que recebo!”.
  • Limitar o que se quer alcançar: “Para alguém como eu, apenas conseguir já é bom o suficiente!”


Analisando as observações acima, entende-se que, como um filtro, a autoestima alta ou positiva evita que o jovem aceite ser mal tratado, logo, rejeita esse tipo de ação sobre si - “Ninguém pode fazer isso comigo!”. Entende-se, também, que essa mesma autoestima alta ou positiva, como fator motivador, pode favorecer a proposição de metas que concretizem os sonhos desses jovens - “Eu sei que vale a pena fazer o melhor que posso e sei que mereço o melhor!”. Portanto, todos os adolescentes devem ser estimulados em seus crescimentos, a se definirem amplamente e a se avaliarem com bondade, para terem suas autoestimas num bom patamar. Deve-se alertar, em complemento, que desenvolver significativamente apenas um pilar de autoestima pode ser um problema. Por exemplo, um jovem que vem se destacando numa atividade baseada em exímios movimentos de ambas as mãos ficará desolado se uma lesão grave num dos membros exigir que se encerre uma promissora carreira. Como esse adolescente não tem outros pilares de autoestima, vê-se com uma perda incapacitante. Ou ainda, se ele é um adolescente perfeccionista e sem tolerância a erros, certamente ficará furioso consigo mesmo quando se percebe não realizando as ações como antes, passando a repreender-se e a punir-se severamente, o que torna a recuperação muito mais difícil de acontecer. De fato, no desenvolvimento da autoestima dos adolescentes, sempre é melhor definir o "eu" de forma ampla e avaliar esse mesmo "eu" de forma bem gentil.
Naturalmente, a autoestima não é uma constante e pode aumentar e diminuir conforme as diversas fases da vida, particularmente durante os anos de transformação da adolescência. Evidentemente, o ideal é que o jovem alcance os objetivos típicos da adolescência, adquira uma identidade adequada e independência funcional ao final da jornada, pois a vida sempre se apresenta com mudanças, e os desafios à autoestima devem ser enfrentados produtivamente. O garoto ou garota deve continuamente redefinir-se e constantemente reavaliar como está realizando o seu processo de tornar-se adulto. Em cada fase desafiadora da adolescência como “deixar de ser criança”, “ter uma turma de amigos”, “agir de modo mais maduro” e, finalmente, “buscar viver por conta própria”, não é difícil para um jovem sentir desânimos, restringir o seu autoconceito (retrocedendo) e autoavaliar-se negativamente (punindo-se), o que torna a autopercepção positiva e a automotivação criativa mais difícil, e não mais fácil, de manter. Assim, os pais devem monitorar continuamente a autoestima de seus filhos adolescentes:
  • É suficientemente amplo?
  • É mais positivo do que crítico?


Ficar preso em uma definição restrita e avaliação dolorosa pode ser perigoso. Considerando-se hipóteses de situações ruins, como em casos de depressão, vícios, autoagressão ou vitimização, o autoconceito pode ser inadequadamente de pouco valor e a autoavaliação pode ser cruelmente vazia de valor positivo.
Muitos jovens acabam optando por fazer psicoterapia ao perceberem que suas autoestimas são muito baixas. Muitas vezes, desenvolver a autoestima dos filhos é uma armadilha para os pais, pois isso exige uma enorme quantidade de tempo, energia, recursos e cuidados para apoiar e nutrir o crescimento dos filhos. Não é incomum ouvir dizer que é uma atividade de grande sacrifício, visto que os pais acabam por colocar suas necessidades e desejos de lado pelo bem da criança amada; porém, com tanto oferecimento desse tipo, amiúde ocorrem expectativas de retorno com base no que é definido pelos próprios pais – e isso não é legal! O que ocorre quando os pais fazem esse “sacrifício” muitas vezes leva o adolescente ao consultório do psicoterapeuta:
  • Minha mãe se julga pelo modo como cresço ou cresci. Mas eu não sou responsável pelo que ela é como pessoa. Ela me culpa quando não faço algo bem.
  • Meu pai é mega-competitivo. Se alguém pergunta a ele sobre mim, em sua resposta ele sempre pergunta antes: “comparado a que ou quem?”. Daí ele começa a falar como ele fez para eu ser de um modo ou de outro, mostrando uma vaidade esquisita!
  • Meus pais são ultrapassados e querem me educar como se fosse no tempo em que eles eram adolescentes. Eu pago o maior mico por causa disso! Eu fico preso em casa, sem poder sair com meus amigos!

Quando fazem psicoterapia, os jovens passam a entender melhor as posições de seus pais e até suas fraquezas, se existirem. Entendem, por exemplo, que o valor pessoal deles (pais) pode ter sido construído com base na educação que querem passar aos filhos, algo como ser excelentes educadores. Se bem que, às vezes, explodem dizendo: “ser pai ou mãe é tudo que faço e sou, e às vezes isso não é suficiente!". Percebem, também, que muitos pais vêem o desempenho do filho como sendo uma medida de desempenho do adulto – “o que o meu filho está fazendo mostra como eu estou sendo como pai." É por isso que pais desse tipo não falam algo como "estamos orgulhosos de como você fez..." quando o jovem faz alguma coisa muito bem. Em outras palavras, em vez de se congratularem com isso, colocam o crédito em si próprios e simplesmente dizem "que bom para você que sou seu pai!"
Na psicoterapia, além de compreender-se melhor e traçar estratégias positivas para a vida, esses pontos mais vulneráveis dos pais são revistos e o jovem torna-se menos duro quanto à autoestima dos pais, dando espaço para a admiração e apreço sinceros. Claro que os pais devem fazer seus esforços individuais para melhorar essa condição pessoal.
Um outro foco da psicoterapia é prevenir os “acidentes de autoestima”, ajudando os jovens a manterem uma perspectiva adequada sobre a vida e suas variações, dar a eles o apoio se fizerem más escolhas no processo normal de tentativa e erro do crescimento adolescente - uma má escolha não significa que o adolescente seja ruim, significa simplesmente que uma má escolha ocorreu e que agora há um novo aprendizado a ser adquirido, esperando-se que escolhas melhores sejam encontradas, as quais podem fortalecer a autoestima.
Finalmente, gostaria de dizer que para a autoestima dos adolescentes funciona melhor elogiar mais o esforço do que o resultado, porque o primeiro está sob controle, enquanto o segundo, muitas vezes não. Assim, o adolescente vai compreendendo que mesmo que não possa sempre alcançar o que quer, ele pode se sentir bem sobre si mesmo por continuar tentando.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma elevada autoestima. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler o artigo ADOLESCÊNCIA E PSICOTERAPIA. Você pode me “seguir” pelo Blog, Instagram (paulocesarpsi) ou pelo Facebook (@psicologopaulocesar) e ler gratuitamente artigos sobre a Psicologia Humana.

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CIÚME PATOLÓGICO E EXCESSIVO É UM PROBLEMA PARA A VIDA DO CASAL


     (Série: Reeditando artigos interessantes)

O ciúme é um dos sentimentos mais perigosos e destrutivos que existe e que pode prejudicar significativamente a vida de um casal. É um distúrbio que afeta e envenena não apenas a vida da pessoa que o experimenta, como também a pessoa que é o alvo do ciúme. Quando alguém sente o ciúme, significa que está com medo de perder o carinho de um ente querido; entretanto, paradoxalmente, o ciúme pode atingir um objetivo que se pretende evitar, isto é, o rompimento do casal.

Muitos pensam no ciúme como sendo uma convenção social, assim como a monogamia. Isso indica que o entendimento é que a sociedade espera que a pessoa seja ciumenta, aceitando de maneira suprema as normas socialmente definidas. Contudo, oponho-me a essa forma de compreender o ciúme, senão teremos que aceitar como “normal” os pescoços das meninas sendo alongados por anéis de latão em partes da Tailândia e da Birmânia, clitóris cortados com lâminas enferrujadas e lábios costurados no norte da África. Aceito, por outro lado, a idéia de que o ciúme também se alimenta do medo criado socialmente - medo de dificuldades financeiras, de estigmas sociais e de não ter acesso fácil a sexo ou intimidade. Mas enfim, o ciúme existe e é preciso distinguir claramente o ciúme "comum" do ciúme patológico.

O ciúme “comum” é sentido com moderação e pode-se considerá-lo, portanto, normal. É aquele tipo de ciúme que todos podem sentir e sofrer em algum momento do relacionamento, se a pessoa for confrontada com uma experiência que cause o medo de perder o ente querido e de ficar sozinho. É uma emoção dolorosa pois implica em receio intenso de perder o afeto ou o favoritismo de alguém que você ama, por causa de outra pessoa. Todavia, em certas situações que podem provocar muitas dúvidas, o ciúme pode ser um tipo de sinal de alerta útil e eficaz.

O segundo tipo de ciúme - o ciúme patológico ou mórbido - é sinalizado por pensamentos irracionais e obsessivos centrados na possível infidelidade sexual de um amante ou ex-amante, junto com um comportamento inaceitável ou extremo. Em outras palavras, esse tipo de ciúme inclui várias formas de sentimentos confusos e injustificados que transformarão a vida da pessoa ciumenta em um verdadeiro inferno de dúvidas. O ciumento doentio necessita constantemente saber onde o outro está, o que ele faz, com quem está, etc.

Gosto de pensar no ciúme patológico como um sintoma e não um diagnóstico. A pessoa que experimenta esse ciúme tem uma ideia totalmente distorcida da realidade. Ela acha que um pode possuir o outro, controlá-lo como se fosse um objeto pessoal. Diante do medo de perder a pessoa que ama, o ciumento tenta desesperadamente controlar a parceira, mas, estando prisioneiro desse círculo vicioso e infernal, não percebe que isso pode provocar a ruptura / perda do relacionamento ou da qualidade do relacionamento, coisas que tenta evitar a todo custo.

É essencial reagir (tentar melhorar) antes de estragar tudo!!!! O ciúme pode ser consequência de uma profunda falta de autoconfiança, de autoestima e de uma visão equivocada da realidade. É um distúrbio que pode ser superado, já que o ciumento é capaz de aceitar que é impossível para ele controlar tudo, especialmente as pessoas ao seu redor.

Não existe um tratamento medicamentoso para o ciúme. Uma solução para o ciúme é procurar um aconselhamento psicológico ou psicoterapia, o qual deve focar principalmente na melhoria da autoestima e da autoimagem da pessoa que sente ciúme patológico. Além disso, não se pode esquecer que uma pessoa ciumenta sofre muito e que terá que empreender um trabalho psicológico significativo para tentar resolver suas falhas e suas deficiências; sendo, assim, algo sério e importante, a ajuda deve ser de um psicólogo ou de um psiquiatra que exerçam a atividade de psicoterapia. Esses são profissionais especializados em saúde mental, com representatividade oficial, conselho de classe, código de ética e conhecedores de técnicas consagradas de psicoterapia. Evite os terapeutas que não possuem essa formação ou que se utilizam de “técnicas” sem comprovação de estudos científicos.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma excelente qualidade de vida. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para conhecer algumas DICAS PARA MELHORAR A SUA AUTOESTIMA.

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ADOLESCENTES COM DEPRESSÃO – DETALHES A RESPEITO DESSE TRANSTORNO!

Gosto muito dos adolescentes e tenho uma satisfação muito grande quando um paciente está nessa fase da vida. De fato, tenho uma especial atenção aos jovens e preocupo-me com o estado psico-emocional bem como com o futuro deste grupo.

Certa vez escrevi um artigo onde comento que os adolescentes também podem ter depressão e a sentem de uma maneira muito semelhante aos adultos (acesse clicando em ADOLESCENTES TAMBÉM SOFREM DE DEPRESSÃO), entretanto, eles podem sentir suas emoções bem mais intensamente e com maior volatilidade. Mencionei, no artigo, que a depressão no adolescente é um problema grave, e que pode ser prevenida quando se conhece os sintomas. Aqui, pretendo detalhar esse quadro para que pais, parentes e as diversas pessoas (inclusive os próprios adolescentes) tenham um melhor conhecimento e ajam preventivamente com adolescentes com quem convive. Detalhar o transtorno de depressão, contudo, exige que esse artigo seja um “textão”, mas isso é melhor do que deixar faltar informações que podem dificultar o conhecimento e a identificação de jovens deprimidos.

Inicio dizendo que a depressão é uma espécie de mal funcionamento do cérebro no que diz respeito ao controle das emoções (ou do “estado de espírito”). É um transtorno do humor caracterizado por emoções ruins intensas e persistentes, sendo que essas emoções afetam negativamente a vida das pessoas causando dificuldades sociais, educacionais, pessoais e familiares. Depressão não é a mesma coisa de tristeza, e a pessoa deprimida não consegue simplesmente "sair dessa". Ela afeta a maneira como a pessoa pensa, sente e age, tornando-se uma espécie de lente negativa através da qual o deprimido vê e experimenta o mundo. Quando a depressão acontece, geralmente dura muitos meses, se bem que pode haver curtos períodos, o que chamamos de episódios de depressão. A maioria das pessoas que sofrem de depressão experimentará muitos episódios durante sua vida. Um evento negativo (como a perda de uma pessoa amada ou um estresse grave e prolongado) pode desencadear um episódio de depressão, mas em sua maioria, esses ocorrerão espontaneamente. Quero dizer, também, que a depressão não é causada pelos estresses habituais da vida, ainda que esses possam funcionar como “gatilhos”. É um transtorno que, frequentemente, vem acompanhada de sentimentos de ansiedade e que provocam problemas significativos para a família, com amigos, no trabalho ou na escola.

DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES

A depressão, como mencionado, também é sentida por adolescentes e é um sério problema de saúde mental devido ao típico sentimento persistente de tristeza e à perda de interesse pelas atividades costumeiras. Afeta o adolescente na forma de pensar, sentir e se comportar, e pode causar problemas emocionais, funcionais e físicos. É um transtorno que pode ocorrer em qualquer momento da vida, mas ressalto que os sintomas geralmente são diferentes entre adolescentes e adultos. 

A pressão dos colegas, as expectativas acadêmicas e as mudanças que ocorrem no corpo podem trazer muitos altos e baixos para os jovens sendo que, para alguns adolescentes, as fases de “baixa” são mais do que apenas sentimentos temporários - são sintomas de depressão.

A depressão do adolescente não é uma fraqueza ou algo que pode ser superado apenas com força de vontade - há consequências graves e requer tratamento a longo prazo. Para a grande maioria desses jovens, os sintomas de depressão diminuem com o tratamento, o qual é composto de psicoterapia ou, conforme o caso, psicoterapia e medicação simultaneamente.

Os sintomas de depressão em pessoas deste grupo podem variar em gravidade. Esses sintomas e vários outros sinais incluem uma mudança em relação à atitude e aos comportamentos anteriores do adolescente, o que pode causar sofrimento e significativos problemas na escola ou em casa, em atividades sociais ou em outras áreas da vida. Algumas alterações nas emoções e no comportamento do adolescente podem incluir os exemplos abaixo.

Mudanças emocionais:
  • Vontade de chorar constantemente, crises de choro sem motivo aparente.
  • Frustração ou sentimentos de raiva, mesmo sobre assuntos de pouca importância.
  • Sentimentos de tristeza, ansiedade ou "vazios" persistentes.
  • Sentimentos de desesperança ou pessimismo.
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo.
  • Irritabilidade.
  • Perda de interesse ou prazer em atividades habituais ou hobbies, incluindo sexo.
  • Perda de interesse pelos familiares e amigos e/ou conflitos com os mesmos.
  • Fixação em fracassos passados ​​ou autocensura / autocrítica exagerada.
  • Extrema sensibilidade à rejeição ou falha.
  • Dificuldades para pensar, concentrar-se, tomar decisões e lembrar das coisas.
  • Sensação contínua de que a vida e o futuro são sombrios e sombrios.
  • Pensamentos frequentes de morte e tentativas de suicídio.
Mudanças Comportamentais:
  • Fadiga, cansaço e diminuição de energia.
  • Insônia, vigília matinal ou sono excessivo.
  • Alterações no apetite - diminuição do apetite e perda de peso ou aumento do desejo por comida e ganho de peso.
  • Uso de álcool ou drogas.
  • Agitação ou inquietação - por exemplo, estimulação, torção de mão ou incapacidade de ficar quieto.
  • Pensamentos, fala ou movimentos do corpo lentos.
  • Queixas frequentes de dores corporais, dores de cabeça, câimbras ou problemas digestivos que podem exigir visitas frequentes à enfermeira da escola ou hospitais e que não diminuem nem mesmo com o tratamento.
  • Isolamento social.
  • Mau desempenho escolar ou frequentes ausências da escola.
  • Menor atenção à higiene ou aparência pessoal.
  • Explosões de raiva, comportamento de risco ou comportamentos teatrais.
  • Automutilação - por exemplo, corte, queimadura ou piercings e/ou tatuagens excessivas.
Pode ser difícil explicar (aos jovens) a diferença entre as fases boas e ruins da vida, e que as fases de “baixa” podem ser parte de um período de depressão do adolescente. Sempre é recomendável uma conversa com seu filho(a) adolescente e tentar determinar se ele ou ela é capaz de lidar com sentimentos desafiadores ou se a vida lhe parece esmagadora. Se os sinais e sintomas da depressão persistirem e começarem a interferir na vida do jovem ou se você tiver preocupações sobre suicídio ou segurança dele, converse com um psicólogo ou um psiquiatra pois eles possuem formação em Saúde Mental - é um risco muito grande encaminhar um jovem com esse quadro para os chamados terapeutas holísticos ou “coachs”. Saiba que os sintomas de depressão provavelmente não melhorarão por conta própria e podem piorar ou levar a outros problemas se não forem tratados. Adolescentes deprimidos podem realmente estar em risco de suicídio, mesmo que os sinais e sintomas não pareçam graves.

Não se sabe exatamente o que causa a depressão, mas uma variedade de problemas pode estar envolvida, tais como:
  • Trauma da primeira infância: Eventos traumáticos durante a infância, como abuso físico ou emocional, ou perda de um dos pais, podem deixar a pessoa mais suscetível à depressão.
  • Aprendizagem de padrões de pensamento negativo: A depressão em adolescentes pode estar ligada a experiências em que a pessoa se sentiu desamparada - em vez de aprender a se sentir capaz de encontrar soluções para os desafios da vida.
  • Hormônios: Alterações no equilíbrio do corpo de hormônios podem servir de “gatilhos” para desencadear a depressão.
  • Neurotransmissores: Os neurotransmissores são “substâncias cerebrais” que transmitem sinais para outras partes do cérebro e do corpo. Quando esses estão prejudicados, a função dos receptores nervosos e dos sistemas nervosos muda, levando à depressão.
  • Traços de hereditariedade: A depressão é mais comum em pessoas cujos parentes de sangue - como pais ou avós - também têm essa condição.
Muitos fatores aumentam o risco de desenvolver ou desencadear a depressão no adolescente, incluindo:
  • Ter problemas que afetam negativamente a autoestima, como obesidade, problemas de colegas, bullying de longo prazo ou problemas acadêmicos.
  • Ter sido vítima ou testemunha de violência, como abuso físico ou sexual.
  • Ter outras condições de saúde mental, como transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, transtorno de personalidade, anorexia ou bulimia.
  • Ter uma dificuldade de aprendizado ou distúrbio de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH).
  • Ter dor contínua ou uma doença física crónica, como câncer, diabetes ou asma.
  • Ter certos traços de personalidade, como baixa autoestima ou ser excessivamente dependente, autocrítico ou pessimista.
  • Fazer uso abusivo de álcool, nicotina ou outras drogas.
  • Ser gay, lésbica, bissexual ou transgênero em um ambiente sem apoio.
A história da família e os problemas familiares ou com outras pessoas também podem aumentar o risco de depressão do adolescente. Exemplos:
  • Ter um pai, avô ou outro parente de sangue com depressão, transtorno bipolar ou problemas de uso de álcool.
  • Ter um membro da família que morreu por suicídio.
  • Ter frequentes conflitos familiares e família disfuncional.
  • Ter experimentado eventos de vida estressantes recentes, como o divórcio dos pais, assalto ou morte de um ente querido.
Não há como prevenir a depressão. No entanto, as estratégias abaixo podem ajudar. Incentive os jovens que conhecer, bem como o seu filho adolescente, e praticar condutas como essas:
  • Oferecer apoio emocional, compreensão, paciência e encorajamento a amigos que que estejam deprimidos.
  • Tomar medidas para controlar o estresse, aumentar a resiliência e aumentar a autoestima para ajudar a lidar com os problemas quando eles surgirem.
  • Estender a mão para amizade e apoio social, especialmente em tempos de crise.
  • Nunca ignorar comentários sobre suicídio (relate-os ao terapeuta ou a algum adulto de sua convivência).
  • Fazer o tratamento no primeiro sinal de um problema para ajudar a evitar que a depressão se agrave.
  • Manter o tratamento contínuo, se recomendado, mesmo após o desaparecimento dos sintomas, para ajudar a prevenir uma recaída dos sintomas de depressão.
Concluindo, destaco os seguintes pontos:
  • Adolescentes que desenvolvem depressão, na maioria das vezes (se não tratadas), continuam a ter episódios depressivos quando entram na idade adulta e também são mais propensos a ter outras doenças mais graves na idade adulta.
  • Um jovem adolescente com depressão pode fingir estar doente, recusar-se a ir à escola, apegar-se a um dos pais ou preocupar-se com a possibilidade de um dos pais morrer. Podem, também, ficar de mau humor, ter problemas na escola, ser negativas e irritáveis ​​e sentir-se incompreendidas. Como esses sinais podem ser vistos como alterações de humor normais típicas à medida que se passam pelos estágios de desenvolvimento, pode ser difícil diagnosticar, com precisão, um jovem com depressão.
  • A depressão durante a adolescência ocorre num momento de grande mudança pessoal - quando meninos e meninas estão formando uma identidade à parte de seus pais, lidando com questões de gênero e sexualidade emergente, e tomando decisões independentes pela primeira vez em suas vidas.
  • Depressão na adolescência frequentemente ocorre em conjunto com outros distúrbios, como ansiedade, distúrbios alimentares ou abuso de substâncias. Também pode levar a um aumento do risco de suicídio.
A boa notícia é que os adolescentes atuais não mostram preconceito com relação à psicoterapia (para acessar o artigo onde mostro como os adolescentes estão vendo a psicoterapia, clique em ADOLESCENTES E PSICOTERAPIA). A maioria deles concorda que fazer terapia não significa que a pessoa é louca! Pelo menos 1 em cada 5 adolescentes (20%) têm indicações de psicoterapia, e isso é bem compreensível. Pense que, se você quebrar sua perna, você vai a um ortopedista; se você tem uma dor de ouvido, você vai ao otorrinolaringologista; se você está deprimido, ansioso ou precisar de alguém para conversar, você vai a um psicoterapeuta cuidar de sua saúde mental.
Se você é um adolescente e acha que pode estar deprimido - ou tem um amigo que pode estar deprimido, não espere para obter ajuda. Divida as suas preocupações com um profissional de Saúde Mental ou com os pais, um amigo próximo, um líder religioso, um professor ou alguém em quem você confia. E compartilhe esse artigo com seus amigos e conhecidos!

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637