
(Série: Reeditando artigos interessantes)
Quando se pensa em consultórios de psicologia, costuma-se pensar nas diversas patologias que o ser humano pode sofrer no que tange à saúde mental, tais como transtorno bipolar, paranoia, esquizofrenia, fobias diversas, estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade, etc. Mas o que não se imagina é que um dos mais frequentes motivos que levam à psicoterapia é a percepção negativa que a pessoa tem de si mesmo, ou seja, a baixa autoestima.
Com muita frequência, a
depressão e a baixa autoestima andam juntas: a baixa autoestima deixa as
pessoas vulneráveis à depressão e a depressão diminui a autoestima. Além
disso, a depressão distorce o pensamento, fazendo com que uma pessoa confiante
se sinta insegura, negativa e autodepreciativa.
O que se observa é que os
pensamentos positivos transformam-se em pensamentos ruins os quais levam a
pessoa a pensar coisas como "eu sou incompetente", "eu engulo
tudo" ou "eu me odeio"; por outro lado, a elevada autoestima
está associada a crenças positivas, como "eu sou bom", "sou um
sucesso", "eu sou valioso para os outros", etc. Mas embora a
baixa autoestima possa estar profundamente enraizada, você pode afastar essa percepção
negativa de si mesmo e, gradativamente envolver-se em atividades que melhorem o
seu estado. Vamos, então, a algumas dicas que podem lhe ajudar a fortalecer a
sua autoestima:
Lide
com o pensamento negativo sobre si mesmo. Várias pesquisas
realizadas por renomadas instituições mostram que o pensamento negativo é o
principal responsável pela baixa autoestima. A depressão também tira as cores
do mundo, deixando-o cinza, influenciando de forma desfavorável o julgamento e
pensamentos. Esses, sendo negativos, convertem-se em pensamentos
autodestrutivos, tornando a pessoa suscetível a decisões ineficazes e situações
abusivas. É como se fosse um mantra ruim que repetidamente declara falhas e
dúvidas sobre si próprio até que a pessoa se sinta derrotada e não veja nenhuma
esperança ou futuro.
É fundamental, portanto, o
combate ao pensamento negativo e pessimista. Uma estratégia valiosa é analisar
e avaliar seus próprios pensamentos, e para isso, sugiro que se faça as
seguintes perguntas:
- Que evidência apóia meu pensamento negativo e pessimista?
- Os outros dizem que isso é verdade sobre mim?
- Sentimento negativos fazem com que eu me sinta bem comigo mesmo ou mau comigo mesmo?
É claro que esse processo
também inclui, necessariamente, a substituição de pensamentos negativos e
pessimistas por outros que sejam positivos e otimistas. Não estou dizendo para
repetir afirmações vazias, mas pelo contrário, criar e usar autodeclarações
factuais, efetivas e significativas.
A realidade é que todos têm
pontos fortes e fracos e ter uma autoestima sólida e positiva significa aceitar
e apreciar todas as próprias características pessoais. Pessoas com boa e
saudável autoestima se sentem bem com relação a si mesmas, apreciam seu próprio
valor e orgulham-se de suas habilidades e realizações. Elas também reconhecem
que, embora não sejam perfeitas e tenham falhas, essas falhas não desempenham
um intenso papel opressivo ou irracional em suas vidas ou em sua própria
auto-imagem (como você se vê).
Registro
diário. Manter pensamentos negativos em sua cabeça apenas os
torna maiores. Ao registrar diariamente esses pensamentos, você reduz a sua
importância e passa a ver as coisas boas que existem em seu mundo. Assim, além
de listar os pensamentos negativos, é muito bom registrar os aspectos positivos
da sua vida, como sua saúde ou seus entes queridos. Por exemplo, para cada
pensamento negativo que você registrar, anote algo positivo ao lado dele.
Procure
apoio positivo. Cerque-se de pessoas que celebram seus pontos
fortes e não suas fraquezas. Fazer isso não só é bom, como também ajuda a
solidificar o pensamento positivo.
Crie
estímulos visuais. Os estímulos lhe dão uma nova perspectiva e
lhe ajudam a reduzir as conversas negativas. Por exemplo, deixe notas positivas
em sua casa e no escritório e mantenha citações inspiradoras em sua mesa de
trabalho e na tela do computador (área de trabalho).
Comece
o dia inspirado. Encontre livros e sites que são inspiradores
e que “levantam o astral”. Por exemplo, páginas e/ou grupos virtuais sobre o
poder do pensamento positivo nas redes sociais. Desperte-se com uma música
vibrante que lhe faça um entusiasta pela vida. Ou comece o dia com uma boa
risada. O humor cura!!!. Embora possam parecer simples, esses gestos diários
são outra maneira de criar um ambiente agradável e inspirador.
Mantenha
a calma. É importante que você se tranquilize e
nutra-se de valor pessoal, mesmo quando esta é a última coisa que você acha que
merece ou deseja fazer. Na verdade, é aí que é especialmente vital. Alimente
sua mente, corpo e alma de maneiras que fazem você se sentir especial. Essas
maneiras não precisam ser grandes, como por exemplo, você pode definir algum
tempo do seu dia para ficar num estado de silêncio e quietude. Você pode
desfrutar de pequenos prazeres como uma xícara de café, uma música bonita ou um
pôr-do-sol colorido. Ou você pode comemorar o que você já tem e não o que
deseja.
Descubra
e persiga suas paixões. Quando você está deprimido e sua
autoestima parece que está afundando diariamente, é muito fácil ignorar seus
maiores desejos e sonhos. Porisso, é interessante escrever uma lista de coisas
que ama, deixar de pensar nas coisas que não conseguiu fazer e se esforçar para
realizar o que ainda não conseguiu. Tive um cliente que acreditava que não
seria nada na vida e que comparava-se regularmente com seus amigos
bem-sucedidos. Quando lhe perguntei pela primeira vez sobre suas paixões, ele
não conseguiu identificar nenhuma. Daí sugeri ele fosse mais profundo e que
contemplasse suas qualidades e interesses positivos. Depois de escrevê-los, ele
percebeu que queria se ser um “personal trainer”. No momento, esse cliente está
fazendo cursos e trabalhando para sua certificação. Identificar e perseguir sua
paixão aumentou sua confiança e deu-lhe um propósito de vida maior.
Redefina
o sentido de “fracasso” e continue tentando.
Quando você tem baixa autoestima, é comum pensar em si mesmo como um completo e
absoluto fracasso. Mas lembre-se que o fracasso é parte do sucesso. O fracasso
não o caracteriza como uma pessoa ou determina sua autoestima. Particularmente,
eu não me importo se as pessoas cometem erros. O que realmente me preocupa é a
falta de dedicação, a não-realização. Há inúmeras histórias de pessoas
perseverantes e que sofreram muitas rejeições. Pense em qualquer grande
escritor, cientista ou artista. Todos, com certeza, enfrentaram rejeições em
vários momentos de suas vidas.
Não há garantia de que tudo o
que você fizer vai gerar uma consequência positiva, mas tudo o que você
precisa, nesse momento, é uma tendencia para o sucesso. Por exemplo, pode ser que, para você, ingressar numa faculdade de primeira linha faz de você um sucesso. Use o pensamento
positivo e otimista, ou seja, concentre-se nas consequências positivas de suas
ações e mantenha-se firme no propósito.
O fortalecimento da sua autoestima
não é fácil. Mas as dicas acima podem orientá-lo no início do processo. Se você
acha que sua autoestima está rebaixada, consulte-se com um psicoterapeuta e
trabalhe para construí-la positivamente. Nunca é tarde demais para se sentir
bem consigo mesmo.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612
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