
Um dos assuntos constantes na
terapia (e, obviamente, no "coaching" psicoterapêutico) é o trabalho:
o que faz o paciente, seus relacionamentos, sua tarefas e, principalmente, a
sua satisfação no trabalho. Evidentemente, por este ser um assunto muito
tratado em sessões de psicoterapia, há um significativo número de pessoas
insatisfeitas, o que é lamentável pois o trabalho pode representar o campo em
que o “caráter de algo único” de uma pessoa se relaciona com a comunidade,
recebendo assim o seu sentido e o seu valor, ainda que este sentido e valor
seja inerente em cada caso, à realização e não à profissão concreta como tal -
ou seja, não é um determinado tipo de profissão concreta que possibilitará a
uma pessoa atingir a plenitude. Então,
meus amigos, neste sentido, pode-se dizer que nenhuma profissão faz a
pessoa feliz.
Muitas pessoas me falam que poderiam ter se realizado plenamente se tivessem escolhido outra profissão e ouvem, de mim, que isso é uma deturpação do sentido do trabalho profissional ou uma atitude de quem está se enganando: se a profissão concreta não traz consigo nenhuma sensação de plena satisfação, a culpa é da pessoa que a exerce, não da profissão. Ela, em si, não é suficiente para tornar a pessoa insubstituível, o que a profissão faz é simplesmente dar-lhe a oportunidade de vir a sê-lo. Meus amigos, o caráter insubstituível da vida humana, a impossibilidade de uma pessoa ser representada por outra no que só ela pode e deve fazer, o seu “caráter de algo único” e irrepetível, sempre depende da pessoa – não do que ela faz, mas de quem o faz e do modo como faz, para além de sua vida profissional, na sua vida particular, como amante, amigo, amado, etc.
Por outro lado, devo comentar que a relação natural de uma pessoa com o seu trabalho profissional (considerado como campo de possível realização criadora de valores) sofre, amiúde, um desvio em virtude das circunstâncias dominantes do trabalho. Sobretudo nos trabalhos tanto mais exatos e oportunos quanto mais impessoais e estandartizados.
Acredito que só se pode conceber tais trabalhos como simples meio para um fim, o fim de ganhar a vida. Esta no caso, começa apenas com o tempo livre e o seu sentido está no modo livre e pessoal como o trabalhador o configura.
Dentre as falas tristes sobre a vida profissional, estão os queixumes das pessoas que estão sempre focadas em acumular dinheiro e bens materiais e que, para além do lucro, para além do dinheiro como meio de viver, se esquecem de enxergar a vida em si. Nestes casos, o “feedback” normalmente mostra que o dinheiro dessas pessoas tem ainda um “para que”, porém as suas vidas deixaram de ter. Importante, então, meus caros, que nunca se esqueça do real valor individual e das pessoas com as quais convivemos. Ter mais não implica em ser mais que outros, especialmente em termos de felicidade.
Encerrando, observa-se que o significado existencial da profissão torna-se claramente visível quando a pessoa fica desempregada, quando então sofre-se um vazio espiritual, com um sentimento de inutilidade apenas por estar desocupado. Esse será o tema do próximo artigo.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e por Skype.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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