É preciso falar sobre a raiva, uma emoção como qualquer outra que faz parte de nossas vidas. Não é tão grave em si, porém, seja explosiva ou contida, pode causar alguns prejuízos à saúde mental e ao corpo. a raiva é prejudicial ao nosso corpo – a maneira como lidamos com a raiva é que pode ser problemática! A verdade é que é importante que se resolva as diferenças sem se deixar envolver por elas, e prá conseguir essa “façanha”, vamos entender o que é a raiva.
Repetindo, a raiva é uma
emoção que, em sua manifestação, envolve a amígdala (uma estrutura localizada
no cérebro) e que engloba nossas emoções primitivas e reações de
sobrevivência. Quando uma situação é percebida como injusta ou frustrante,
essa estrutura gera a raiva e essa desencadeia comportamentos agressivos:
gritos, gestos bem como as manifestações fisiológicas associadas: fluxo
sanguíneo, aceleração, dilatação das pupilas. Em muitos casos, o estímulo que
pode gerar a raiva é processada e se torna consciente, o que dá a possibilidade
de acalmar a emoção antes de desencadear um comportamento agressivo.
Cabe destacar que há temperamentos
mais sensíveis e outros menos, alguns mais, outros menos capazes de regulação
emocional. Os hipersensíveis, os hiper-reativos têm mais dificuldades pois
nessas pessoas, a reação da amígdala favorece a reação excessiva – provável consequência
de alterações causadas por fatores genéticos, ambientais ou familiares. Mas
perder ou manter a calma também é uma questão de educação; sabemos, por
exemplo, que para nos asiáticos é mais raro que fiquem com raiva, comportamento
que consideram particularmente inadequado: eles foram criados assim!
Há situações em que a raiva
atua como uma verdadeira proteção à pessoa, quer dizer, ela serve para colocar barreiras, para dizer “pare!” a uma situação que não lhe convém - dá uma impressão de recuperar o controle e a
segurança. No entanto, além
de cansar em excesso a pessoa que já passou por isso, pode influenciar
negativamente o relacionamento com o outros porque essa raiva pode se transformar
em agressividade. Para evitar isso, é importante entender essa
emoção raivosa e aprender a
canalizá-la.
Observe que estou confirmando
que a raiva é uma emoção que surge quando alguém ou alguma coisa confronta e
danifica os valores pessoais, se opõe ao outro ou o deixa frustrado. É uma
emoção que dá a impressão de poder quando o indivíduo se defende dos ataques
externos. Se a expressarmos de forma útil e construtiva, a raiva pode levar a
uma mudança positiva. Por exemplo, as pessoas que se irritam com a
injustiça social geralmente alcançam resultados positivos levantando a voz e,
assim, provocando mudanças duradouras em seu ambiente. Mas, quando a raiva o domina e estraga o melhor de si, pode levar a sérios problemas na vida
familiar, no trabalho ou até mesmo ser uma ameaça à saúde. A raiva mal
administrada pode levar a agressões a outras pessoas, violência doméstica,
acidentes de carro ou outro comportamento violento. Os indivíduos que não
conseguem controlar a raiva têm maior probabilidade de adoecer e têm
dificuldade em lutar contra as doenças. Aprender a controlar a raiva envolve resolver
problemas, não ser escravo das emoções, não ficar com raiva com
muita frequência ou por muito tempo.
Existem quatro situações
típicas que desencadeiam a raiva, sendo que algumas situações pertencem a mais de uma categoria: 1. frustração (a
raiva é uma reação comum quando tentamos realizar algo importante e algo
inesperado impede o sucesso), 2. irritação e 3. nervosismo (os aborrecimentos diários
são chatos e podem desencadear raiva), e 4. injustiça (ser tratado injustamente
também pode desencadear raiva).
Se você sente que sua raiva
está fora de seu controle ou que está tendo um impacto muito grande em sua vida
e em seus relacionamentos com outras pessoas, é útil fazer uma psicoterapia
voltada para o controle da raiva. Reforço que a raiva não é uma emoção de todo ruim,
mas que assim pode se tornar se for muito frequente e você não conseguir mais
controlá-la. Como todas as outras emoções, é necessário aprender a
administrá-la. Trata-se de aprender a lidar com a emoção de maneira diferente, acalmá-la através de uma reavaliação durante a psicoterapia, o que implica em voltar
à realidade.
Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:
- Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br)
- YouTube(https://youtube.com/c/CanaldoPsicologo)
- Facebook (https://www.facebook.com/paulocesarpctr/)
- Instagram (@paulocesarpsi)
Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
- Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
- Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
- Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
- Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
- Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
- Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
- Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.