ARTIGOS MAIS LIDOS:
Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

É NECESSÁRIO CONTROLAR A RAIVA

É preciso falar sobre a raiva, uma emoção como qualquer outra que faz parte de nossas vidas. Não é tão grave em si, porém, seja explosiva ou contida, pode causar alguns prejuízos à saúde mental e ao corpo. a raiva é prejudicial ao nosso corpo – a maneira como lidamos com a raiva é que pode ser problemática! A verdade é que é importante que se resolva as diferenças sem se deixar envolver por elas, e prá conseguir essa “façanha”, vamos entender o que é a raiva.

Repetindo, a raiva é uma emoção que, em sua manifestação, envolve a amígdala (uma estrutura localizada no cérebro) e que engloba nossas emoções primitivas e reações de sobrevivência. Quando uma situação é percebida como injusta ou frustrante, essa estrutura gera a raiva e essa desencadeia comportamentos agressivos: gritos, gestos bem como as manifestações fisiológicas associadas: fluxo sanguíneo, aceleração, dilatação das pupilas. Em muitos casos, o estímulo que pode gerar a raiva é processada e se torna consciente, o que dá a possibilidade de acalmar a emoção antes de desencadear um comportamento agressivo.

Cabe destacar que há temperamentos mais sensíveis e outros menos, alguns mais, outros menos capazes de regulação emocional. Os hipersensíveis, os hiper-reativos têm mais dificuldades pois nessas pessoas, a reação da amígdala favorece a reação excessiva – provável consequência de alterações causadas por fatores genéticos, ambientais ou familiares. Mas perder ou manter a calma também é uma questão de educação; sabemos, por exemplo, que para nos asiáticos é mais raro que fiquem com raiva, comportamento que consideram particularmente inadequado: eles foram criados assim!

É notório que a raiva também acontece por conta própria como resultado da presença de algo irritante, uma necessidade não satisfeita ou um desejo não realizado. Também pode ser uma forma de liberar outras emoções reprimidas como o medo, a ansiedade, a tristeza. O difícil controle destas emoções leva a um acesso de raiva durante o qual tudo “explode”. Entretanto, saliento que como todas as emoções, a raiva é natural e é um sinal de alerta quando uma de nossas necessidades não está sendo atendida ou quando nos sentimos inseguros.

Há situações em que a raiva atua como uma verdadeira proteção à pessoa, quer dizer, ela serve para colocar barreiras, para dizer “pare!” a uma situação que não lhe convém - dá uma impressão de recuperar o controle e a segurança. No entanto, além de cansar em excesso a pessoa que já passou por isso, pode influenciar negativamente o relacionamento com o outros porque essa raiva pode se transformar em agressividade. Para evitar isso, é importante entender essa emoção raivosa e aprender a canalizá-la.

Observe que estou confirmando que a raiva é uma emoção que surge quando alguém ou alguma coisa confronta e danifica os valores pessoais, se opõe ao outro ou o deixa frustrado. É uma emoção que dá a impressão de poder quando o indivíduo se defende dos ataques externos. Se a expressarmos de forma útil e construtiva, a raiva pode levar a uma mudança positiva. Por exemplo, as pessoas que se irritam com a injustiça social geralmente alcançam resultados positivos levantando a voz e, assim, provocando mudanças duradouras em seu ambiente. Mas, quando a raiva o domina e estraga o melhor de si, pode levar a sérios problemas na vida familiar, no trabalho ou até mesmo ser uma ameaça à saúde. A raiva mal administrada pode levar a agressões a outras pessoas, violência doméstica, acidentes de carro ou outro comportamento violento. Os indivíduos que não conseguem controlar a raiva têm maior probabilidade de adoecer e têm dificuldade em lutar contra as doenças. Aprender a controlar a raiva envolve resolver problemas, não ser escravo das emoções, não ficar com raiva com muita frequência ou por muito tempo.

Existem quatro situações típicas que desencadeiam a raiva, sendo que algumas situações pertencem a mais de uma categoria: 1. frustração (a raiva é uma reação comum quando tentamos realizar algo importante e algo inesperado impede o sucesso), 2. irritação e 3. nervosismo (os aborrecimentos diários são chatos e podem desencadear raiva), e 4. injustiça (ser tratado injustamente também pode desencadear raiva).

E como saber se minha raiva é um problema? Nesse caso, convém observar algumas coisas. Se ela for frequente demais é uma delas. Às vezes apropriada e útil, a raiva nos leva a resolver problemas. No entanto, se enfrentarmos muita raiva quase todos os dias, a qualidade de vida, as relações sociais e a saúde podem sofrer um grande golpe. Analise também a intensidade e o tempo da raiva. Se ela perdura por muito tempo acaba interferindo no humor e psicossomatizando; lembre-se que quando estamos constantemente com raiva, até mesmo os menores detalhes podem nos irritar. Uma outra coisa é que é mais provável que nos tornemos agressivos quando nossa raiva for intensa. Atacar os outros, verbal ou fisicamente, não é uma forma eficaz de resolver conflitos e pode levar à violência. Será especialmente preocupante se a raiva perturbar o trabalho e as relações sociais visto que sendo intensa e frequente, pode levar a problemas nos relacionamentos com colegas de trabalho, familiares e amigos

Se você sente que sua raiva está fora de seu controle ou que está tendo um impacto muito grande em sua vida e em seus relacionamentos com outras pessoas, é útil fazer uma psicoterapia voltada para o controle da raiva. Reforço que a raiva não é uma emoção de todo ruim, mas que assim pode se tornar se for muito frequente e você não conseguir mais controlá-la. Como todas as outras emoções, é necessário aprender a administrá-la. Trata-se de aprender a lidar com a emoção de maneira diferente, acalmá-la através de uma reavaliação durante a psicoterapia, o que implica em voltar à realidade.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário