
A solidão é uma manifestação humana que considero de extrema preocupação, dado ao sofrimento que a pessoa sente, ao ver-se, ainda que fantasiosamente, sozinha no mundo. Essa percepção de solidão pode referir-se aos amigos, à família, ambiente de trabalho, enfim, a todas as situações onde, havendo a possibilidade da interação social, o depressivo não a vivencia, acabando por ser inundada pelo sentimento de estar só, no caso em que me refiro, à perda das relações interpessoais. Para melhor compreender o conceito de solidão, Gomes (2001) tenta defini-la em termos sociológicos, de acordo com os quais é subproduto da construção social do indivíduo. Ao afirmar sua individualidade, o homem afirma também a fragmentação do universo social e o isolamento do outro. Esse isolamento, porém, pode tornar-se insuportável e gerar a tentativa de ser superado por meio da relação interpessoal. Do ponto de vista sociológico, a solidão é, assim, o resultado da produção social de um homem "egocentrado", individualista, narcisista. Na visão psicológica, a solidão caracteriza-se pela falta de afetos do outro e está intimamente relacionada com o sentimento, com a sensação de se estar só. A outra pessoa, mesmo estando próxima geograficamente, não é percebida como um ser que realiza a aproximação psicológica, logo, é visto como aquele a quem falta interação e comunicação emocional.


É importante considerarmos, também, que os tempos atuais, marcados por grandes avanços científicos e tecnológicos e pela expansão dos meios de comunicação, tem gerado uma crescente solidão no ser humano haja vista que esta comunicação está altamente comprometida devido ao estilo de vida individualista e consumista. Assim, a solidão assume uma posição de relevância entre os mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. O mundo da tecnologia e da crescente expansão dos meios de comunicação tem, cada vez mais, produzido indivíduos solitários. O desenvolvimento tecnológico, com suas extraordinárias potencialidades de humanização e de socialização, contrapõe-se à crescente solidão e ao individualismo gerados nas relações sociais. O individualismo narcisista aparece como sintoma social nas sociedades ocidentais contemporâneas e produz a solidão, a sensação de vazio, de falta, no homem: A falta ou, melhor dizendo, a suposta falta, levará a comportamentos de compensação ligados ao consumo, tais como comprar e comer. Trata-se de ingerir, de se completar, de tentar preencher o que falta, ou o vazio, gênese da baixa auto-estima de um mundo individualista que dá lugar à solidão. Além disso, há a “revolução sexual”, onde a troca sistemática de parceiros pode esconder uma comunicação humana de muito desespero e solidão, tornando a busca do encontro sexual uma necessidade obsessiva de alimento contra o vazio, no que denomina 'os viciados em amor', gerando a robotização da sexualidade com graves prejuízos emocionais.

A psicoterapia também pode ajudar a pessoa a reverter alguns traços muito comuns da depressão: imagens negativas sobre si próprio, sentimentos negativos em relação ao futuro e baixa auto-estima. O estabelecimento de uma relação psicoterapêutica de suporte é habitualmente crucial, inclusive no tratamento dos doentes psiquiátricos, independentemente do seu diagnóstico. Mas atenção: não há "técnicas milagrosas"! A psicoterapia demanda um tempo pois considera o real potencial e o gênio inato de cada um. Na terapia, o processo de crescimento deve ser consistente. Deve-se preencher os buracos da personalidade para torná-la novamente inteira e completa, estimulando-se uma maior auto-aceitação e o processo de crescimento humano. De modo bastante simplório, podemos dizer que a psicoterapia é um ginástica para a alma, que dentre os seus benefícios, está o fortalecimento das condições individuais para a melhoria das relações sociais e, por conseguinte, do desaparecimento da sensação de solidão. Pratique psicoterapia: Procure um Psicólogo!
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Desejo que todos fiquem bem e que os doentes sejam curados.
Um abraço,
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Atendimentos presenciais e por Skype.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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