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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

CORONAVIRUS - É IMPORTANTE MANTER A CALMA!


Quando o medo é alto, precisamos de soluções práticas para reduzir o estresse.

Há cerca de 10 dias eu me manifestei, indevidamente, quanto à pandemia do coronavírus dizendo que as pessoas sem sintomas poderiam participar de grandes reuniões. Um erro gerado por minha negação do perigo e da crença de que isso que estamos vivendo seria algo mais controlável. Hoje penso que é uma situação séria e que merece nossa total atenção e prudência. Mas sei também o quanto as pessoas estão nervosas, assustadas, e sei o quanto tem sido difícil, ultimamente, as pessoas se concentrarem em algo além da pandemia do COVID-19. Sendo psicoterapeuta, tenho conversado muitos clientes sobre seus medos, e creio ser de utilidade os comentários abaixo e, em especial, as dicas sobre o que fazer para ajudar as pessoas a reduzir o estresse durante esses tempos imprevistos.

Obviamente, se você tiver os sintomas, deve rapidamente consultar um médico como falta de ar, febre, etc.. No entanto, se o sistema de saúde ficar superlotado, é possível que nem todos que precisam de cuidados não o tenham disponível. Dessa forma, as opções que podemos tomar para o cuidado pessoal podem ser as mais importantes. Mas é fundamental respirar fundo e não entrar em pânico - esse é o motivo, apesar de precisarmos levar isso a sério e ajustar o dia-a-dia na família e sociedade, para proteger aqueles que são idosos e os que têm problemas de saúde, especialmente aqueles que são fumantes e têm doenças pulmonares.

Uma das maiores razões para o pânico é quando as pessoas não sentem que recebem boas informações em que podem confiar e quando não sentem que têm escolhas. Mas não se pode negar que o Ministério da Saúde está fazendo um excelente trabalho para a contenção e para a prestação de informações sobre o que acontece e os governos federal, estaduais e municipais estão tomando medidas que possibilitam um razoável controle da pandemia.

É certo a necessidade de combater o vírus, mas não um ao outro. Esse vírus não é refere-se apenas a você ser infectado: é mais do que isso, é também você ser um agente de contágio para outras pessoas. Trata-se, portanto, de cuidar um do outro.

Fontes comuns de repulsa incluem sujeira, comida, insetos e animais, fluidos corporais, atos sexuais, ferimentos e morte; portanto, não é de surpreender que uma doença semelhante à gripe (com sintomas como tosse e às vezes vômito ou diarréia) seja algo repugnante. Contudo, uma aversão também desempenha um papel de preconceito. Embora muitos sintomas do Covid19 possam ser repugnantes, todos devem ter o cuidado para não generalizar os sentimentos de repulsa (aversão) aos demais. Expressar hostilidade para com as pessoas infectadas ou sob suspeita não é apenas prejudicial para eles, mas também é prejudicial para você, pois amplifica seu medo e paranóia.

Vamos às dicas para minimizar o estresse

Quando a ansiedade aumenta, você pode sentir como se estivesse flutuando fora do seu corpo. Você pode até se sentir tonto. Essas reações são o nosso sistema nervoso simpático (respostas biológicas ao estresse) em ação. Coloque firmemente seus pés no chão, sente-se e respire sentindo o ar entrando e saindo pelas narinas: isso muda rapidamente sua resposta ao estresse levando-lhe ao relaxamento. Em tempos de crise, boas decisões são necessárias. A parte decisória do cérebro funciona melhor quando a resposta de relaxamento é ativada. Portanto, continue sentindo os pés no chão e as costas na cadeira. Aterre-se ao longo do dia.

Mova a ansiedade através do seu corpo – dance! Os sentimentos estão em seu corpo. Lembre-se da última vez em que você estava preocupado com uma resposta por email ou whatsapp que estava ansiosamente esperando receber – certamente os ombros estavam tensos e havia um bolo no estômago. O corpo humano retém o estresse e quanto mais retém, mais incomoda. Uma vez que sobrecarregados com o estresse, é necessário movê-lo através dos corpos. A melhor maneira de fazer isso é se movimentar: correr, pular ou dançar. Encontre sua música favorita e mova seus quadris, resgate programas como o Wii ou outros mais novos, agite seu corpo e deixe os sentimentos passarem.

Concentre-se no que não mudou. Olhe ao seu redor agora e liste 3 coisas que não mudaram desde o início da crise. Suas plantas ainda estão crescendo e precisando de água? Seus filhos ainda estão pedindo que você traga um lanche para eles? Você ainda está recebendo atualizações meteorológicas pelo rádio ou aplicativos? Você ainda está escovando os dentes (espero que sim)? Concentre-se no que permanece o mesmo. Faça o que puder para manter as rotinas.

Permita-se sentir seu medo. Percebi, durante o atendimento psicoterapêutico nesses dias de coronavírus, que meus clientes sentiam que precisavam tomar uma posição sobre a crise. Ou eles acreditavam que esta é a pior coisa que já aconteceu ou estavam sendo tremendamente exagerados. Eu disse várias vezes que há uma outra resposta. Você pode ficar preocupado e sentir medo sem ter que “catastrofizar” ou minimizar. Permita-se sentir algum medo e preocupação mas sem entrar em pânico, e você poderá tomar melhores decisões. Você não precisa ser nada mais ou nada menos do que você é neste momento. Sinta seus sentimentos e compartilhe-os com alguém próximo a você. Não tente afastar seus sentimentos ou eles simplesmente aparecerão de repente.

Não saber o que vai acontecer e quanto tempo durará essa crise causa muito medo em todos. É importante ter em mente que houveram outras situações em que você sentiu medo numa situação em que lidou com o desconhecido e conseguiu superar. Por exemplo, dar à luz um filho, concluir os estudos da escola, começar um novo emprego, aprender a andar de bicicleta ou aprender a dirigir um carro. Anote uma lista das situações desconhecidas que você lidou no passado. Mantenha isso como um ponto de referência para sua capacidade de lidar com situações desconhecidas. Você pode lidar com este também!

Não podemos saber ao certo quem está portando o vírus Covid-19 (ou outras doenças contagiosas e transmissíveis), ou quando onde uma epidemia começará ou terminará. Nem sabemos se estamos portando o vírus ou se alguma doença está relacionada ao Covid-19. Nem podemos controlar completamente a propagação do vírus ou como a doença se desenvolverá numa pessoa. Quer dizer, embora imprevisível e incontrolável de algumas maneiras, a propagação do vírus também é um tanto previsível (com base em novas informações sobre casos confirmados). Se não tivéssemos informações sobre o coronavírus em geral, suas sequências genéticas ou as formas de testar possíveis casos, seria realmente imprevisível. Ainda não é o fim do mundo – tudo vai passar! Portanto, mantenha a calma.

Espero que tenha gostado desse artigo e que ele lhe ajude a superar esse difícil momento.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana com estacionamento no local. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo Whatzapp 11.98199-5612.

SEU NAMORADO É REALMENTE LEGAL PARA VOCÊ?

Talvez seja hora de desistir da ideia romântica de que ele é perfeito para você.


Nos últimos tempos, os aplicativos de namoro mudaram fundamentalmente o jeito de procurar parceiros românticos. A menina desliza o dedo na tela para a esquerda ou direita através de um grande número de rostos rapidamente, tomando decisões rápidas, inclusive para deixar potenciais bons parceiros e tentar garantir os melhores.
Os humanos sempre encontraram uma maneira de gerenciar essa busca, mas, dado o grande volume de opções, o processo hoje é mais desafiador do que nunca. E muitas garotas acabam sendo realmente ineficazes, e associando-se a rapazes que são incompatíveis ou inadequados para relacionamentos amorosos. E mais, como os dispositivos móveis concedem acesso instantâneo a um mundo inteiro de possíveis namorados, nem sempre é fácil saber quando a pesquisa termina. Veja, aqui, algumas dicas que significam que o namorado que você encontrou pode não ser o melhor:

Estar perto dele nunca é divertido! Isso deve ser algo óbvio, mas é incrível a frequência com que as pessoas enfrentam situações ruis com autojustificação, querendo convencer os demais de que as coisas estão realmente dando certo, mesmo nas piores relações. Confie nos seus instintos e não analise demais as suas emoções. Se você não está feliz com ele na maioria das vezes, preste atenção a esses sentimentos. Isso é especialmente verdadeiro se você estiver numa situação (por exemplo, festa, restaurante favorito etc.) que seja agradável. Se ficar com ele azeda tudo, você pode pensar em encontrar um outro parceiro que faça todas as coisas serem mais divertidas - mesmo as chatas.

Seus sonhos não importam para ele. Ele sabe que você quer entrar na faculdade mas simplesmente não se importa com isso. Em vez de apoiá-la e ajudá-la a procurar os melhores programas, ele diz: "Oh, isso aqui é legal". Isso pode ser parte de uma questão muito maior: ele pode não estar interessado em suas preferências e desejos, grandes ou pequenos. Se ele não pode lidar com seus grandes objetivos e aspirações, como ele vai lidar com todas as coisas pequenas e estranhas que você gosta? Se ele é perfeito para você, não deveria ter problemas quando você toma vários banhos frios ou conversa por horas com uma amiga querida.
Ele raramente faz as pequenas coisas. Individualmente, pequenas coisas são exatamente isso - pequenas. Mas some-as e elas podem se tornar um grande negócio. Considere os seguintes cenários. No cenário A, ele vai ao café e pega um cappuccino e seu lanche favorito. No cenário B, ele envia uma mensagem para você: “Vou ao café em 15 minutos. Posso pegar algo para você? Que tal algo doce para o meu amor? (emojis: cara feliz, coração, cupcake, xícara de café) ”. Ou imagine que você acabou de fazer um jantar romântico para dois. O “meu namorado perfeito”  se ofereceria para trazer vinho ou pão. Se ele realmente acredita que você é a pessoa mais incrível e linda do mundo, ele fará você se sentir assim - mesmo nos dias em que você mesmo não tem certeza disso.
Ele te dá espaço (bom) ... ignorando-a totalmente (ruim). Todos precisam de algum tempo para si próprio em nossas vidas, é claro!. Ele permite que você reserve um tempo para si mesma? Isso é ótimo! Ou ele aprendeu a usar isso como desculpa para abandoná-la em favor de outras atividades? Em um mundo perfeito, vocês seguiriam caminhos separados, recarregariam as baterias e voltariam para compartilhar histórias sobre o que fizeram. No mínimo, ele deve estar animado para vê-la. Sempre!
Ele não está com você emocionalmente. Ele tenta descobrir o que você está pensando e sentindo? A empatia, sem dúvida uma das emoções sociais mais importantes, é a capacidade de entender o que alguém está experimentando. A falta de empatia faz parte dos critérios de diagnóstico para transtornos de personalidade narcisistas e antissociais, portanto, não há nada a ignorar. Isso é significativo. As necessidades físicas também estão ligadas às emoções. Ele descobriu o seu gosto por massagens nos pés e depois incluiu isso em sua rotina (porque quando você se sente bem, ele se sente bem)? Mesmo que você não esteja dormindo juntos, ele descobre que você ama beijos nas costas e faz isso sempre que possível. Essa é uma resposta empática.
Ele não lhe desafia a ser melhor. Às vezes, o crescimento pessoal está em conflito com a autoestima. Um senso saudável de autoestima é magnífico e todos querem que os amigos e parceiros tenham uma visão semelhante. Ele sabe que você é incrível e você é incrível, então para onde você pode ir a seguir? A resposta é que você pode estar no seu melhor agora em comparação com outros momentos da vida, mas isso não elimina a chance de mudanças ainda maiores. Se ele compartilhar dessa maneira de pensar, ele a cutucará nessa direção: “Querida, você é incrível e é por isso que eu te amo, mas você é capaz de muito mais e eu lhe apoio totalmente. Vamos crescer juntos."
Amigos dele. Você pode saber quem são alguns de seus amigos, mas não todos. Tome isso como um sinal de alerta se eles não tiverem ideia de quem você é. Idealmente, ele falaria sobre você com todos, a ponto de lhe conhecerem mesmo sem terem se visto. Além disso, você deve ter uma ideia do que seus amigos gostam e não gostam. Se ele não está falando animado com você sobre o grupo dele, o que mais ele está escondendo?
Seus amigos. Ele se lembra dos detalhes que você compartilha sobre seus amigos? Caso contrário, pode ser um sinal de que ele simplesmente não está prestando atenção. Mais importante, ele pergunta se eles estão indo bem? Isso indica interesse genuíno e mostra que ele está acompanhando o que você valoriza social e emocionalmente. “Como está a Laís? Ela conseguiu encontrar um novo emprego? Me diga se posso ajudar." Claro, não espere que ele pergunte todos os dias sobre todos os seus relacionamentos. Você saberá o que parece razoável.
Seus pais. O mesmo que acima, mas com mamãe e papai. Ele envia alguma mensagem para sua mãe ou pai apenas para dizer um “oi” ou transmitir algumas informações interessantes que eles podem gostar? Por exemplo, se ele sabe que sua mãe adora o Rodrigo Santoro, ele pode enviar uma foto do artista, sobre algum dos filmes que participou. Melhor ainda, ele pode convidá-la para ir ao cinema com vocês se o Santoro fizer parte do do filme! Cuidado se ele nunca mostra interesse em se comunicar com sua família, ou ele apenas se aproxima quando acha que isso o fará parecer bem aos olhos deles.
Muitas vezes, o motivo por escolher namorados que ruins está escondido na vida psico-emocional da menina. Nesse caso, consultar um psicólogo e fazer psicoterapia vem a ser um excelente recurso para clarear a situação e buscar o amor de modo saudável.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI  para ler sobre o que vem a ser psicoterapia.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo Whatzapp 11.98199-5612.

VOCÊ DESEJA SEXO MAIS DO QUE O SEU PARCEIRO?

Desenvolvido por Paulo Cesar T. Ribeiro, psicólogo clínico com pós-graduações em Sexualidade Humana, Psscologia Clínica e Autismo.

Você deseja sexo mais do que o seu parceiro?
Como resolver essa diferença?

Durante a fase de lua de mel de um relacionamento, os impulsos sexuais dos parceiros tendem a ser bem compatíveis. Ambos não estão apenas apaixonados um pelo outro, mas também estão com muito desejo sexual um pelo outro. Eles mal podem esperar para arrancar a roupa um do outro e fazer sexo selvagem e apaixonado. Durante a fase de lua de mel, em relações saudáveis, o casal praticamente não deixa de pensar em fazer sexo o tempo todo, podendo até tornar-se obcecado um pelo outro. Lembro de um paciente que me falou que fazia sexo uma ou duas vezes por dia durante duas primeiras semanas de um romance intensamente apaixonado. Mas no 14º dia, depois de ter quatro orgasmos em algumas horas de sexo, estourou um vaso sanguíneo em seu pênis!! Ele assim percebeu que tinha que diminuir a intensidade e frequência das relações, o que, felizmente, contou com a simpatia da agora esposa com suas limitações físicas.

Nem todo mundo experimenta uma utopia sexual no início de um relacionamento romântico de longo prazo e, mesmo quando o faz, infelizmente não dura para sempre. Depois que a lua de mel termina, o sexo ainda pode ser muito bom, mas pode nunca mais ser tão bom quanto antes. Muitos psicólogos sugerem que o amor romântico é adaptativo. A função “biológica” do amor romântico é aproximar duas pessoas de modo formar vínculos para a vida sendo pais. Quando um bebê está a caminho, seria pouco adaptável ficar sexualmente obcecado com o parceiro romântico, pois os dois devem estar prontos para se apaixonar por um bebê recém-nascido, cujos cuidados serão primordiais.

Na fase de lua de mel de um relacionamento geralmente há um aumento dos impulsos sexuais de ambos os parceiros. À medida que essa fase diminui, o desejo sexual de cada parceiro reverte para o padrão antes característico. Como consequência, os impulsos sexuais do casal podem realmente tornarem-se incompatíveis. Quase inevitavelmente, um parceiro quer mais sexo do que o outro e, por conseguinte, um parceiro se sente frustrado sexualmente em virtude de não ter o sexo tão frequente quanto desejado, enquanto o outro parceiro sente uma pressão indesejada para fazer sexo com mais frequência do que faz. Nas relações heterossexuais, o estereótipo é que os homens geralmente desejam sexo mais frequente que as mulheres, mas esse nem sempre é o caso. As ansiedades de desempenho de homens mais jovens por assumirem responsabilidades de adultos podem diminuir seus impulsos sexuais, enquanto os problemas eréteis de homens mais velhos podem criar pressões de desempenho que fazem o sexo parecer um grande desafio. Estresse e envelhecimento podem afetar também os impulsos sexuais das mulheres. No entanto, alguns indivíduos, mulheres ou homens, podem manter um interesse pelo sexo semanal pelo menos até os 70 anos, enquanto outros podem se tornar essencialmente assexuais nessa idade.
O problema dos impulsos sexuais conflitantes levanta uma questão que os indivíduos em relacionamentos de longo prazo devem responder por si mesmos: 
  • Quanta frustração sexual você consegue suportar num relacionamento de longo prazo, sexualmente exclusivo?
  • Quanto “trabalho” sexual dando prazer sexual ao seu parceiro - mesmo quando você não está de bom humor - é razoável num relacionamento de longo prazo e o quanto é excessivo?
Alguns casais negociam acordos mais abertos para lidar com as frustrações sexuais de relacionamentos monogâmicos, porém nem todo mundo está aberto a compartilhar seus parceiros românticos com outras pessoas. Algumas pessoas recorrem à infidelidade para satisfazer suas necessidades sexuais clandestinamente, mas geralmente a exposição do caso põe em risco o relacionamento. Veja, portanto, que para fazer um relacionamento monogâmico funcionar bem, é preciso haver tolerância a algum nível de frustração sexual e algum nível de “trabalho” sexual. Dentre várias propostas para lidar com a frustração sexual, sugiro que você considere o seguinte: 
  • Deixe seu desejo sexual crescer. De certa forma, o sexo é como alimentar-se. Podemos comer enquanto estamos com um pouco de fome ou com muita fome, e será bem mais agradável quando estamos morrendo de fome. Se você quer ter um sexo muito bom, não é uma má ideia deixar o seu desejo sexual crescer até você “morrer de fome” por sexo. Seu parceiro com desejo sexual mais baixo não sentirá a expectativa de atender você (sob demanda) toda vez que estiver com um pouco de tesão. É mais provável que seu parceiro seja excitado pela intensidade do seu desejo por ele.
  • Tenha empatia pelo seu parceiro que não quer necessariamente fazer sexo quando não estiver com disposição, apenas para atendê-lo – ou seja, sob demanda sempre que você sentir um pouco de tesão. Faça o que puder para colocar seu parceiro de bom humor. Geralmente, isso significa tornar a vida do seu parceiro menos estressante e criar as condições que promovem a intimidade romântica, como ser carinhoso, ser atencioso, ser grato ou ser bem-humorado. Não seja exigente nem raivoso só porque você se sente sexualmente privado e frustrado.
Evidentemente, ninguém quer se sentir pressionado a fazer sexo quando não está de bom humor ou, simplesmente, não está a fim. No entanto, é importante se preocupar com a felicidade sexual do seu parceiro - dar prazer ao seu parceiro, mesmo quando você não está com disposição para o sexo, mostra que se importa com a felicidade sexual dele. Considere, também, que a atividade sexual tem benefícios, como  reforçar o seu interesse e sua conveniência sexual bem como as “proezas” que você faz para deixar o seu parceiro sexualmente feliz. Sempre há uma boa chance de você “entrar no clima” e agradá-lo já que a excitação sexual dele pode estimular a sua.

Tudo, nem precisa ser dito, tem que ser recíproco. Os relacionamentos prosperam com a reciprocidade: “vou coçar suas costas se você coçar as minhas”. Manifeste alegria em estar com o parceiro mesmo quando não estiver de bom humor, inclusive quando ele quer sexo. Tente pensar assim: “se eu puder contar com você para me dar prazer regularmente, mesmo que não seja tão frequentemente quanto eu gostaria, então eu me alegrarei nas outras vezes, em vez de sobrecarregá-lo por ter que satisfazer todas as minhas necessidades sexuais quando você não está de bom humor!”. E não se esqueça de mostrar apreço pelo seu parceiro quando ele mostrar uma preocupação genuína com sua felicidade sexual, a qual não é apenas fazer sexo quando você quer fazer sexo. Essa felicidade sexual é fortalecida ao saber que seu parceiro é sexualmente feliz com você, porque, afinal de contas, o casal geralmente faz as relações que necessitam, e fica livre da pressão para fazer sexo quando não estão de bom humor.

Havendo dificuldades para resolver essas questões tão importantes para a vida, estabilidade e felicidade do casal, considere fazer psicoterapia individual ou de casal. Com certeza, isso lhe ajudará bastante!

Você pode conhecer o meu trabalho pelos meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e diversas pós-graduações como Sexualidade Humana, Psicologia Clínica e Autismo.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.
  • Marcação de consultas pelo tel./whatsapp 11.94111-3637

PSICOTERAPEUTA HUMANISTA - O QUE É ISSO?


Muitos terapeutas explicam, via mídias sociais, sobre suas formas de trabalho, seja um terapeuta cognitivo-comportamental, psicanalista, Gestalt-terapeuta, terapeuta Junguiano, etc. Particularmente, eu me apresento como psicoterapeuta humanista e com acentuada orientação da Psicologia Analítica de Carl Jung e da Psicologia Budista, e gostaria de explicar, nesse artigo, o que vem a ser um psicólogo humanista.

Imagine que você decidiu conversar com um psicoterapeuta humanista mas não sabe quais são os valores, qualidades e habilidades específicas desse tipo de terapia ou do terapeuta! Tentarei esclarecer alguns pontos sobre essa linha que tanto adoro, na esperança de que você entenda o que acontecerá caso opte por fazer psicoterapia nessa linha. Sei que a jornada de cada cliente é única, à medida que descobrem e se conectam com o seu eu autêntico. Compreendo também que cada psicoterapeuta humanista tenha sua própria maneira de trabalhar, mas há alguns conjuntos de valores, qualidades e habilidades que tem que ser comuns a esses psicólogos e que são formas gratificantes e afirmativas para abordarmos nossas vidas. Esse modo de ser reverenciará a vida de alguém que enriquece nossos relacionamentos e aprofunda nossa conexão conosco.
O primeiro conjunto de valores fundamentais que um psicoterapeuta humanista adota incluem (1) a valorização do cliente por seu valor e dignidade inerentes além de seus comportamentos indesejáveis ​​ou ineficazes e (2) a crença de que até o cliente mais ferido tem capacidade e potencial para se curar.
No que tange a qualidades e habilidades que um psicoterapeuta humanista enfatiza, o conjunto engloba (1) ouvir e observar a experiência vivida do cliente com aceitação e curiosidade engajada; (2) desenvolver uma consideração positiva incondicional pelo cliente, expressa verbalmente e incorporada não verbalmente; (3) estar em contato com o seu eu autêntico em relação ao cliente e, conforme o caso, expressar isso ao cliente; e (4) cultivar um senso de empatia altamente desenvolvido que eles expressam ao cliente. Isso significa ser capaz de comunicar com sensibilidade sua percepção da experiência vivida do cliente de uma maneira que ele se sinta profundamente ouvido e compreendido. Isso facilita ao cliente fazer novas descobertas que podem variar de úteis a transformações da vida.
Tudo isso inclui o uso de congruência, empatia e consideração positiva incondicional, um paradigma pioneiro de Carl Rogers, a quem todos os psicólogos humanistas devem agradecer, por ele iniciar essa prática, pesquisar e defender a importância da congruência, da empatia e da consideração positiva incondicional necessária para qualquer modalidade terapêutica que promova o crescimento e a cura. Seu trabalho me inspirou quando eu era estudante e me inspira ainda hoje.
Quanto ao próximo conjunto, houve, em mim, uma considerável influência da psicologia budista. É um conjunto que engloba mais cinco valores, qualidades e habilidades essenciais de um psicoterapeuta humanista. Eles são: (1) o psicoterapeuta humanista pretende estar totalmente engajado no momento presente. Eles reconhecem quando elementos vitais do passado e do futuro do cliente estão contidos no momento presente. Eles exploram o que surge do momento presente, o que pode facilitar mudanças que variam de sutis a dramáticas; (2) o psicoterapeuta humanista acredita que seus clientes se conhecem melhor do que o terapeuta pode conhecê-los. A tarefa do psicoterapeuta não é dar respostas ao cliente, mas fornecer o recipiente para o cliente descobrir suas próprias respostas; (3) o psicoterapeuta humanista sente-se à vontade para “não saber”. Eles têm a capacidade de permanecer presentes e serem pacientes com o processo do cliente até que o mistério de “não saber’ se transforme em maior clareza; (4) o psicoterapeuta humanista é paciente em silêncio até que o terapeuta ou o cliente tenha algo relevante a dizer, atraindo assim o cliente para uma experiência imediata; e (5) o psicoterapeuta humanista confia que qualquer consciência que emerge no momento presente, dentro do cliente, do terapeuta e entre eles, levará à intervenção exata que melhor moverá o processo do cliente.

É fundamental assimilar a importância vital de estar no momento presente com o cliente e explorar o que se desenrola a partir desse momento. Posso dizer que é realmente algo apaixonante estar plenamente presente no momento, dizendo: "E agora... E agora... E agora... E agora... É tudo o que temos".
O próximo conjunto engloba quatro qualidades, atitudes e habilidades que um psicoterapeuta humanista usa no relacionamento cliente-terapeuta: (1) no contexto do relacionamento cliente-terapeuta, o psicoterapeuta humanista valoriza muito a autenticidade. Isso facilita o cliente a confiar em sua própria genuinidade. Como resultado, o cliente pode acessar e expressar com mais facilidade toda a gama de sentimentos. O cliente percebe a coragem necessária para ser autêntico e a necessidade de viver uma vida ideal; (2) o psicoterapeuta humanista valoriza a mutualidade do relacionamento cliente-terapeuta. Existe respeito e carinho mútuos entre o terapeuta e o cliente. O relacionamento não é hierárquico. O psicoterapeuta humanista não tem autoridade sobre como o cliente deve viver sua vida. O cliente é o timoneiro. A experiência do psicoterapeuta humanista consiste em fornecer o contêiner e facilitar o cliente a descobrir como ele quer viver sua vida. Há um nível de igualdade que é reconhecido porque a realidade é terapeuta e cliente são seres humanos navegando em sua própria vida. Há uma apreciação da reciprocidade de necessidades que estão sendo atendidas, embora se reconheça que essas necessidades são diferentes; (3) o psicoterapeuta humanista usa o relacionamento entre o cliente e o terapeuta como um veículo poderoso para explorar diretamente os problemas de relacionamento do cliente. Ao explorar o autêntico relacionamento cliente-terapeuta, há uma consciência mais profunda de como o cliente se relaciona com os outros em sua vida; e (4) um psicoterapeuta humanista valoriza muito o desenvolvimento de um relacionamento Eu-Você entre o cliente e o terapeuta. O psicoterapeuta humanista reconhece a sacralidade do relacionamento e aborda conscientemente o que pode estar impedindo o desenvolvimento da relação Eu-Você.

Quero realmente enfatizar a importância do relacionamento cliente-terapeuta pois esses são "companheiros de viagem" na jornada da vida. Esse relacionamento é um espelho mútuo de como o cliente e o terapeuta se relacionam em suas vidas. Torna-se um veículo para o crescimento pessoal.

Evidentemente é fácil perceber a minha paixão pela perspectiva humanista e existencial; essa perspectiva, na psicoterapia, se concentra na exploração da existência da pessoa com o objetivo de esclarecer, definir, criar e recriar o que o cliente quer que sua vida seja e se torne.

Creio que esta linha de psicoterapia explora, de fato e bem de perto, o que significa ser humano. Dentre as capacidades humanas, há a de escolher, agir, dar sentido, relacionar-se e estar sozinho, ser limitado, estar em um corpo e estar consciente. Durante a psicoterapia humanista, ocorrem simultaneamente dois diálogos: um com o eu interno e outro entre a pessoa e o mundo externo. Assim, o paciente se conhece e aprende a viver na realidade objetiva. Futuramente escreverei um artigo falando um pouco mais da psicoterapia humanista, mas quero reforçar que neste tipo de terapia, o psicólogo não diz como o cliente deve viver sua vida. Em vez disso, ele apoia o processo de busca interna e o diálogo de conexão. O cliente descobre suas próprias correções e desenvolve as habilidades para continuar fazendo isso, mesmo depois do encerramento dos encontros formais no cenário terapêutico.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI  para ler o artigo “Ame-se e Aceite a Si Mesmo para Ser Amado”.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
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Fone e whatsapp: 11.94111-3637

PÂNICO – COMO LIDAR COM ISSO?


Você sabia que as pessoas podem superar os ataques de pânico, apoiando-se no próprio medo?

Já escrevi sobre sintomas e mecanismos dos ataques de pânico (clique em Blog do Psicólogo para acessar os artigos), porisso, nesse artigo, gostaria de me deter em como lidar com o pânico.

As pessoas são constantemente “enganadas” pelos ataques de pânico pois eles fazem as
pessoas acreditarem que estão sob ameaças iminentes. Mas por repetidas vezes, nenhuma ameaça real é identificada, e mesmo assim, são enganadas de novo em uma nova manifestação dos sintomas de pânico. Por quê isso acontece? Penso que seja porque uma pessoa que sente pânico não está disposta a manter-se com os sintomas desta forte ansiedade pelo tempo necessário para descobrir o que acontecerá se ela não tentar combater a ameaça ou fugir dela.

Lutar contra isso ou fugir é, absolutamente, normal. Os seres humanos foram “programados” para aceitar um número muitissimo maior de situações e objetos que realmente não representam uma ameaça, afinal de contas, a vida e existência não é um “game” que pode simplesmente reiniciar. Só há certeza científica quanto a vida terrena, por isso faz sentido ser plenamente precavido. Por exemplo, é melhor ficar em dúvida (em 9 vezes em cada 10, do que errar uma vez!) se o que se ouve é a aceleração de um poderoso motor de carro ou o rugido de um leão. Certamente, se para os ouvidos de alguém quase todos os barulhos soarem como o rugido de um leão, poderá haver sérias conseqüências.

Pessoas que vivem sempre em prontidão, em estados constantes de luta ou fuga, e que vivem suas vidas no modo de sobrevivência, possuem maiores probabilidades de desenvolver certos tipos de doenças, ou um agravamento de alguma doença atual. Viver com medo constante e intenso é péssimo para a saúde, felicidade e produtividade.

Sobreviver é permanecer vivo aqui e agora - não viver uma vida longa e feliz.

Infelizmente, de várias maneiras, uma vida de sobrevivência acaba sendo uma vida de pânico. O indivíduo com pânico só quer saber se algo é prejudicial ou  inofensivo e, via de regra, não está interessado em aprender sobre a natureza, função ou mecanismo de ação do que lhe causa medo. Mas esse interesse mais amplo e profundo pode ser precisamente o necessário para saber lidar os ataques de pânico. Ou seja, é preciso se comportar de maneira inconsistente, aguentar o medo que se sente, sem se focar obstinadamente no dano imaginado e na sobrevivência: é preciso sustentar a experiência do medo e examiná-la com interesse, curiosidade e engajamento.

Se você já sabe que seus ataques de pânico não são causados por nenhuma condição médica, preste bem atenção no que vem a seguir.

Tal como a moça da foto, que se esforça e mantém atenção numa direção específica como se quisesse ouvir ou entender melhor, é importante que você se apoie no medo que você sente com um sentimento de admiração. De modo algum isso significa que você tenha que sofrer ataques de pânico, mas também não significa que você deve “entrar de cabeça” no medo e, assim, perder todo o controle. Você deve ficar o tempo todo no “aqui e agora”, enquanto tenta focar o seu medo.

Veja essa analogia: é como um cientista que nunca viu um raio antes, e que, numa noite clara, enquanto dirigia para sua casa, é surpreendido por relâmpagos à distância. O cientista calmamente estaciona o carro, senta-se e espera pacientemente até o próximo relâmpago aparecer. Nos próximos minutos, ele observa a cor desses flashes, sua frequência, localização e assim por diante. O cientista também escuta com interesse, contando os segundos entre um relâmpago e um trovão e observa as suas várias características, como intensidade e tom. É claro que, enquanto tem mais interesse e curiosidade, o cientista tenta, ao mesmo tempo, permanecer firmemente ancorado. Ao contrário, ele seria dominada pelo medo e confusão. Você precisa adotar essa mesma atitude, quando estiver se sentindo preso em suas tempestades internas. Outra forma é lembrar de outras situações ou objetos em sua vida pessoal que realmente despertaram sua curiosidade. Lembre-se da qualidade de sua atenção e de sua atitude em relação a eles. E aja da mesma forma enquanto estiver tendo um ataque de pânico.

Como você já deve ter concluído, a objetividade é uma ferramenta importante para lidar com o pânico. Ao observar uma experiência objetivamente, você se torna capaz de abordar, ao invés de evitar, o que teme; e, como resultado, você ganha um novo nível de controle mental sobre a situação. Uma maneira de observar objetivamente um ataque de pânico é fazer muitas perguntas, como:
  • O que estou sentindo agora?
  • O que estou sentindo no meu corpo?
  • Como estou interpretando esses sentimentos e sensações?
Se o ataque de pânico for particularmente intenso, antes de fazer as perguntas acima, você precisa se controlar. Para fazer isso, tome consciência do tempo presente e da sua localização atual. Algumas pessoas acham que nomear, descrever ou tocar os objetos ao redor os ajuda a por os pés no chão. Outros preferem se concentrar na respiração - mas se você estiver hiperventilando e, como resultado, adotou uma respiração que elimina a ansiedade, concentre-se em outras sensações do corpo, de preferência específicas, mas imutáveis ​​(por exemplo, sensações nos pés).

Depois de se sentir enraizado, mantenha o foco novamente e observe como o fenômeno do pânico e todos os sentimentos, sensações e pensamentos associados se desenvolvem. Relate para si mesmo o que vê e seja o mais preciso e detalhado possível.

Se você fizer isso com bastante frequência, o medo intenso começará a perder seu domínio e os ataques de pânico se tornarão menos intensos e mais fáceis de se lidar. O objetivo é quebrar o medo sem nome e as mudanças somáticas incompreensíveis, nomeando e descrevendo a experiência. Você pode perceber que o que está sentindo e sentindo, embora desagradável, é compreensível e familiar. Por exemplo:  "Estou com muito medo", "sinto o suor escorrendo pela parte inferior das costas", "sinto minha respiração acelerando", "sinto-me muito zangado por causa do ataque de pânico estar acontecendo novamente", "estou pensando que tudo está fora de controle "" Estou pensando que estou ficando louco "" e assim por diante.

Quando você se adota curiosidade e interesse, você identifica e nomeia o que está acontecendo, e vai descobrir que o pânico se torna cada vez menos convincente e capaz de empurrar você para o modo de sobrevivência e se afastar de novas experiências, proximidade com seu corpo e vivendo sua vida.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo Whatzapp 11.98199-5612.


INSEGURANÇAS NA ADOLESCÊNCIA

Até as pessoas mais confiantes têm algumas coisas sobre si mesmas que não lhes deixam completamente felizes ou satisfeitas. Isso é algo absolutamente natural, assim como, em alguns momentos, duvidar das escolhas que fizemos ou lamentar o que dissemos, ou ainda, querer melhorar a nós mesmos em alguma área. Na verdade, combater a complacência é essencial para progredir e alcançar novos patamares. Mas, atenção: autoavaliação crítica não é o mesmo que insegurança. Essa surge da falta de autoconfiança e alimenta-se de fraquezas internas, sendo que apenas aqueles que são autoconfiantes podem analisar imparcialmente suas próprias imperfeições. Leva tempo para aprender como se posicionar em sua vida e crescer confortavelmente, e a psicoterapia é um excelente apoio durante a fase de crescimento da adolescência, fase em que as dúvidas são constantes e marcantes.
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Durante a adolescência, as inseguranças são onipresentes e abundantes. Na verdade, superar dúvidas é uma parte importante do crescimento e amadurecimento para tornarem-se adultos. Embora as inseguranças afetem todos os adolescentes, elas se manifestam de maneira diferente e com intensidade variável, dependendo da força de caráter e ambiente de cada pessoa. A adolescência é desafiadora de várias maneiras, pois é o momento de grandes mudanças na vida e, com as mudanças, vem o aprender a tratar a pressão, a preocupação, as incertezas e o medo. Sob tais circunstâncias, às vezes um incidente aparentemente pequeno pode se transformar numa grande ansiedade, o que pode gerar um mecanismo de enfrentamento potencialmente autodestrutivo.
Os adolescentes sofrem pressão proveniente de várias fontes, principalmente de si mesmos. A pressão dos amigos, irmãos, dos pais e da sociedade em geral, combinada com as mudanças hormonais, continuamente tira o chão desses jovens e alimenta suas inseguranças. É o momento em que as crianças de ontem começam a tomar suas próprias decisões, procuram maneiras de se expressar e avaliam seu valor um contra o outro. Um vínculo anteriormente sólido entre um pai e um filho tende a enfraquecer durante esse período e o relacionamento se assemelha mais a uma montanha-russa do que qualquer outra coisa. Enfrentar desafios com um sistema de suporte inconsistente, ou sem ter alguém em quem confiar, é realmente uma tarefa assustadora – uma das razões para o adolescente contar com o apoio especializado de um psicoterapeuta com formação adequada.
A identificação de causas específicas de insegurança na adolescência costuma ser uma tarefa difícil para os pais e para os adolescentes. A maioria desses jovens não compartilha ou discute suas dúvidas com os outros, especialmente os adultos, o que dificulta descobrir o que os incomoda e como a situação pode ser sanada. Dito isto, acrescento que as causas das inseguranças dos adolescentes são incontáveis: ficar sozinho, rejeitado, não fazer parte da turma, ter notas ruins, notas que não agradam a mamãe e o papai, performances não boas na faculdade, cometer erros, falhar na tentativa de alcançar algo e, portanto, decepcionar amigos, pais, professores ou a si mesmo, ter o “tipo errado de” corpo, roupas, hobbies, turmas, e a lista continua...
Sabe-se, por exemplo, que sete em cada dez meninas acreditam que não são boas o suficiente ou se comparam de alguma maneira com outras meninas sobre sua aparência, desempenho na escola e relacionamento com amigos e familiares, sentindo-se inferiorizadas nessas comparações. Essas inseguranças brotam da baixa autoestima - as adolescentes com autoestima diminuída têm maior probabilidade de se envolver em comportamentos inadequados na resolução de conflitos. Mas não são apenas as meninas que são vítimas de inseguranças - os meninos também são afetados. Assim como as mulheres, os adolescentes se preocupam excessivamente com a imagem corporal, o que é um fator de risco para sintomas depressivos entre eles. Se não forem tratadas, as inseguranças dos meninos e meninas podem persistir até o início da idade adulta, um fato alarmante, considerando os potenciais efeitos nocivos das inseguranças dos adolescentes e da baixa autoconfiança: problemas para dormir, agressividade, abstinência, ansiedade e depressão estão entre os problemas com os quais os adolescentes inseguros mais lutam. Frente a uma dificuldade de alto grau, os adolescentes geralmente adotam mecanismos de enfrentamento ruins, como comer desordenadamente ou abuso de substâncias tóxicas, sendo que, na realidade, só pioram as coisas e, em casos extremos, podem até ser letais.
Para garantir tranquilidade e segurança de seus filhos durante a adolescência, os pais precisam tomar medidas preventivas precoces. Ajudar as crianças a criar autoconfiança e instilar um senso de valor próprio desde a tenra idade é fundamental para ajudá-las a combater suas inseguranças mais tarde na vida. Ainda assim, a adolescência é cheia de incertezas e a autoconfiança dos adolescentes pode ser facilmente influenciada, de modo que até a maioria dos jovens autoconfiantes precisa de segurança e credibilidade dos pais de tempos em tempos. Para ajudar os adolescentes a melhorarem a autoestima durante a adolescência e também fortalecer e manter um relacionamento positivo, os pais podem optar por essas sugestões:
Elimine a negatividade nas palavras e pensamentos: Comece com uma conversa pessoal positiva. É muito fácil ficar frustrado com as pessoas que não cooperam e perder a calma com elas - fácil, mas improdutivo. Para entender e apoiar uma criança em dificuldades, você precisa ajudá-la a se abrir sobre coisas que a sobrecarregam. Se você critica seus filhos por todos os detalhes mesquinhos, eles não compartilharão suas preocupações com você pelo medo de serem julgados e censurados. Para manter uma dinâmica positiva entre vocês dois, você deve manter uma perspectiva positiva o tempo todo, mesmo quando seu filho não estiver por perto.
Promova uma comunicação aberta: Se algo está incomodando seu filho, você deveria ser a primeira pessoa a quem eles devem pedir ajuda. Você precisa informar aos adolescentes que eles podem lhe dizer qualquer coisa, que você irá ouvir e não julgará, que tentará entender o problema do ponto de vista deles, e que oferecerá feedback, confiança e conselhos construtivos. em vez de condescendência. Evite coisas como "Que tipo de problema é esse?", "A culpa é sua!" ou "Eu disse isso a você".

Identifique os gatilhos: O que causa a ansiedade, agressão ou reticência do seu filho? De onde vêm seus medos? O que faz você reagir de uma maneira ou de outra no decorrer de uma discussão com seu filho adolescente? Conhecer os gatilhos deles - e o seu - é uma arma poderosa para facilitar uma conversa com os jovens, além de removê-los das "zonas de perigo", reduzindo assim os níveis de estresse.

Ajude os adolescentes a trabalhar em seus objetivos e nas estratégias para alcançá-los: Para combater a incerteza, você precisa confiar em seus objetivos e nos indicadores de progresso. A incerteza pode fazer você se sentir desamparado e preso em um lugar - geralmente ruim - na vida. O senso de conquista é indispensável para criar autoconfiança nos adolescentes. Definir metas realistas, dividi-las em submetas menores e medir o progresso relacionado pode fazer a diferença na atitude e na perspectiva de seu filho em relação ao mundo.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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