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VOCÊ DESEJA SEXO MAIS DO QUE O SEU PARCEIRO?

Desenvolvido por Paulo Cesar T. Ribeiro, psicólogo clínico com pós-graduações em Sexualidade Humana, Psscologia Clínica e Autismo.

Você deseja sexo mais do que o seu parceiro?
Como resolver essa diferença?

Durante a fase de lua de mel de um relacionamento, os impulsos sexuais dos parceiros tendem a ser bem compatíveis. Ambos não estão apenas apaixonados um pelo outro, mas também estão com muito desejo sexual um pelo outro. Eles mal podem esperar para arrancar a roupa um do outro e fazer sexo selvagem e apaixonado. Durante a fase de lua de mel, em relações saudáveis, o casal praticamente não deixa de pensar em fazer sexo o tempo todo, podendo até tornar-se obcecado um pelo outro. Lembro de um paciente que me falou que fazia sexo uma ou duas vezes por dia durante duas primeiras semanas de um romance intensamente apaixonado. Mas no 14º dia, depois de ter quatro orgasmos em algumas horas de sexo, estourou um vaso sanguíneo em seu pênis!! Ele assim percebeu que tinha que diminuir a intensidade e frequência das relações, o que, felizmente, contou com a simpatia da agora esposa com suas limitações físicas.

Nem todo mundo experimenta uma utopia sexual no início de um relacionamento romântico de longo prazo e, mesmo quando o faz, infelizmente não dura para sempre. Depois que a lua de mel termina, o sexo ainda pode ser muito bom, mas pode nunca mais ser tão bom quanto antes. Muitos psicólogos sugerem que o amor romântico é adaptativo. A função “biológica” do amor romântico é aproximar duas pessoas de modo formar vínculos para a vida sendo pais. Quando um bebê está a caminho, seria pouco adaptável ficar sexualmente obcecado com o parceiro romântico, pois os dois devem estar prontos para se apaixonar por um bebê recém-nascido, cujos cuidados serão primordiais.

Na fase de lua de mel de um relacionamento geralmente há um aumento dos impulsos sexuais de ambos os parceiros. À medida que essa fase diminui, o desejo sexual de cada parceiro reverte para o padrão antes característico. Como consequência, os impulsos sexuais do casal podem realmente tornarem-se incompatíveis. Quase inevitavelmente, um parceiro quer mais sexo do que o outro e, por conseguinte, um parceiro se sente frustrado sexualmente em virtude de não ter o sexo tão frequente quanto desejado, enquanto o outro parceiro sente uma pressão indesejada para fazer sexo com mais frequência do que faz. Nas relações heterossexuais, o estereótipo é que os homens geralmente desejam sexo mais frequente que as mulheres, mas esse nem sempre é o caso. As ansiedades de desempenho de homens mais jovens por assumirem responsabilidades de adultos podem diminuir seus impulsos sexuais, enquanto os problemas eréteis de homens mais velhos podem criar pressões de desempenho que fazem o sexo parecer um grande desafio. Estresse e envelhecimento podem afetar também os impulsos sexuais das mulheres. No entanto, alguns indivíduos, mulheres ou homens, podem manter um interesse pelo sexo semanal pelo menos até os 70 anos, enquanto outros podem se tornar essencialmente assexuais nessa idade.
O problema dos impulsos sexuais conflitantes levanta uma questão que os indivíduos em relacionamentos de longo prazo devem responder por si mesmos: 
  • Quanta frustração sexual você consegue suportar num relacionamento de longo prazo, sexualmente exclusivo?
  • Quanto “trabalho” sexual dando prazer sexual ao seu parceiro - mesmo quando você não está de bom humor - é razoável num relacionamento de longo prazo e o quanto é excessivo?
Alguns casais negociam acordos mais abertos para lidar com as frustrações sexuais de relacionamentos monogâmicos, porém nem todo mundo está aberto a compartilhar seus parceiros românticos com outras pessoas. Algumas pessoas recorrem à infidelidade para satisfazer suas necessidades sexuais clandestinamente, mas geralmente a exposição do caso põe em risco o relacionamento. Veja, portanto, que para fazer um relacionamento monogâmico funcionar bem, é preciso haver tolerância a algum nível de frustração sexual e algum nível de “trabalho” sexual. Dentre várias propostas para lidar com a frustração sexual, sugiro que você considere o seguinte: 
  • Deixe seu desejo sexual crescer. De certa forma, o sexo é como alimentar-se. Podemos comer enquanto estamos com um pouco de fome ou com muita fome, e será bem mais agradável quando estamos morrendo de fome. Se você quer ter um sexo muito bom, não é uma má ideia deixar o seu desejo sexual crescer até você “morrer de fome” por sexo. Seu parceiro com desejo sexual mais baixo não sentirá a expectativa de atender você (sob demanda) toda vez que estiver com um pouco de tesão. É mais provável que seu parceiro seja excitado pela intensidade do seu desejo por ele.
  • Tenha empatia pelo seu parceiro que não quer necessariamente fazer sexo quando não estiver com disposição, apenas para atendê-lo – ou seja, sob demanda sempre que você sentir um pouco de tesão. Faça o que puder para colocar seu parceiro de bom humor. Geralmente, isso significa tornar a vida do seu parceiro menos estressante e criar as condições que promovem a intimidade romântica, como ser carinhoso, ser atencioso, ser grato ou ser bem-humorado. Não seja exigente nem raivoso só porque você se sente sexualmente privado e frustrado.
Evidentemente, ninguém quer se sentir pressionado a fazer sexo quando não está de bom humor ou, simplesmente, não está a fim. No entanto, é importante se preocupar com a felicidade sexual do seu parceiro - dar prazer ao seu parceiro, mesmo quando você não está com disposição para o sexo, mostra que se importa com a felicidade sexual dele. Considere, também, que a atividade sexual tem benefícios, como  reforçar o seu interesse e sua conveniência sexual bem como as “proezas” que você faz para deixar o seu parceiro sexualmente feliz. Sempre há uma boa chance de você “entrar no clima” e agradá-lo já que a excitação sexual dele pode estimular a sua.

Tudo, nem precisa ser dito, tem que ser recíproco. Os relacionamentos prosperam com a reciprocidade: “vou coçar suas costas se você coçar as minhas”. Manifeste alegria em estar com o parceiro mesmo quando não estiver de bom humor, inclusive quando ele quer sexo. Tente pensar assim: “se eu puder contar com você para me dar prazer regularmente, mesmo que não seja tão frequentemente quanto eu gostaria, então eu me alegrarei nas outras vezes, em vez de sobrecarregá-lo por ter que satisfazer todas as minhas necessidades sexuais quando você não está de bom humor!”. E não se esqueça de mostrar apreço pelo seu parceiro quando ele mostrar uma preocupação genuína com sua felicidade sexual, a qual não é apenas fazer sexo quando você quer fazer sexo. Essa felicidade sexual é fortalecida ao saber que seu parceiro é sexualmente feliz com você, porque, afinal de contas, o casal geralmente faz as relações que necessitam, e fica livre da pressão para fazer sexo quando não estão de bom humor.

Havendo dificuldades para resolver essas questões tão importantes para a vida, estabilidade e felicidade do casal, considere fazer psicoterapia individual ou de casal. Com certeza, isso lhe ajudará bastante!

Você pode conhecer o meu trabalho pelos meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e diversas pós-graduações como Sexualidade Humana, Psicologia Clínica e Autismo.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.
  • Marcação de consultas pelo tel./whatsapp 11.94111-3637

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