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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

AME-SE E ACEITE A SI MESMO(A) PARA SER AMADO(A)


(Série: Reeditando artigos interessantes)
A sabedoria popular nos ensina que a autoestima saudável é um pré-requisito para a vivência de um relacionamento amoroso saudável, ou seja, ensina que sem suficiente amor próprio, as pessoas não são capazes de amar verdadeiramente os outros. No âmbito da ciência psicológica, várias pesquisas comprovam que os sentimentos que uma pessoa tem sobre si mesmo podem, seguramente, influenciar também os sentimentos que ela tem sobre os outros. Mas eu quero lhe dizer que esse é um tema mais delicado e complicado do que parece.
Na verdade, existem amplas evidências de que sentimentos de inutilidade e de ódio a si mesmo podem interferir nos relacionamentos amorosos. Indivíduos com baixa autoestima tendem a subestimar o amor do parceiro e a vê-lo em termos mais negativos - talvez porque não acreditam que "uma pessoa boa e legal" possa amá-lo. Como resultado, também tendem a relatar menos satisfação com seu relacionamento e menos otimismo sobre o próprio futuro. Além disso, aqueles que duvidam da própria autoestima são mais propensos a acreditarem (ansiosamente) que serão rejeitados e vigiam, de modo bem atento, o comportamento de seus parceiros em busca de sinais disso, muitas vezes interpretando erroneamente atos positivos como hostis e de rejeição.
Para as pessoas carentes de amor próprio é igualmente grave o fato de iniciarem relações ruins, escolhendo e permanecendo com parceiros que não as tratam bem, e isso está e para além de verem seus relacionamentos de maneira mais negativa.
Decerto seja de seu conhecimento que as pessoas com visualizações negativas sobre si mesmas, com relativa constância, sentem-se atraídas por aqueles que as vêem como elas se vêem, isto é, negativamente. A baixa autoestima também está ligada à sensação de menos merecimento de felicidade, o que poderia levar as pessoas a tolerar um tratamento inadequado.
Isso significa que a autoestima é melhor para relacionamentos românticos? Não necessariamente! Sob uma perspectiva, se extremado, a autoestima pode transformar-se em narcisismo, e isso envolve egocentrismo e ego inflado. Nos relacionamentos, as pessoas com traços narcísicos estão frequentemente interessadas ​​em parceiros que melhoram sua própria autoimagem, por exemplo, aquelas outras que são consideradas especialmente atraentes ou bem-sucedidos. A consequência é que o que pode parecer superficialmente ser amor e admiração pode, ao contrário, ser uma manipulação, exploração e jogo psicológico. Ademais, o interesse de um narcisista também pode ser passageiro, e isso parece ser uma das razões pelas quais os relacionamentos dos casais de celebridades são “descontinuados”.
Há de se considerar, igualmente, que mesmo quando a alta autoestima não atinge exageros narcísicos, isso não é necessariamente um grande trunfo para os relacionamentos. Hoje sabe-se, através de vários estudos, que pessoas com alta autoestima são mais propensas a usar “estratégias de escape" quando surgem problemas com o parceiro, ao invés de adotarem abordagens mais construtivas. As pessoas com autoestima que são frágeis e dependentes de validação externa (como a autoestima costuma ser) têm maior probabilidade de se tornarem defensivas ou porem a culpa nos outros quando enfrentam suas próprias transgressões.
A autoestima refere-se especificamente a quão valioso nos vemos; entretanto, devemos pensar, também, na autoaceitação, a qual refere-se a uma afirmação muito mais global da pessoa, quando nos autoaceitamos e somos capazes de abraçar todas as facetas de nós mesmos, não apenas as partes positivas ou mais "estimadas".
Acontece que a autoaceitação não é um estado automático ou padrão. Muitos pessoas têm dificuldade em aceitar a si mesmas exatamente como são. Não é tão difícil aceitar as partes boas, mas os aspectos negativos são complicados para serem aceitos, ainda que as pessoas tenham que aceitar-se plenamente, afinal, a verdadeira autoaceitação é abraçar quem você é, sem quaisquer qualificações, condições ou exceções.
Concluindo, o amor próprio, então, pode não ser tão essencial para os relacionamentos como às vezes fazemos parecer. O que parece ser mais saudável é a autoaceitação - isto é, a capacidade se ver como uma pessoa basicamente boa e digna de amor, sem precisar provar nada a si mesma ou sem necessidade de ofuscar os outros. Uma pessoa que aceita a si mesma tem menor probabilidade de sobrecarregar e, às vezes, incomodar o seu parceiro com uma busca excessiva de confiança ou crítica excessiva. A plena autoaceitação pode estabelecer as bases para a autoestima positiva, e os dois freqüentemente andam de mãos dadas, mas dizem respeito a dois aspectos diferentes de como pensamos e sentimos sobre nós mesmos.
Para ser feliz num relacionamento amoroso, portanto, é necessário e importante a aceitação de todas facetas do eu. Não basta simplesmente aceitar o que é bom, valioso ou positivo sobre si próprio, visto que para exercer a verdadeira autoaceitação, a pessoa também deve abraçar as partes menos desejáveis, negativas e feias de si mesmo.
Se você está pensando que aceitar todos os aspectos negativos de si mesmo parece difícil, você não está errado! Não é fácil aceitar as coisas que queremos mudar desesperadamente sobre nós mesmos; no entanto, é somente aceitando-nos verdadeiramente que podemos  iniciar um processo de autodesenvolvimento significativo o qual envolve, a capacidade de amar e ser amado plena e autenticamente. Em outras palavras, devemos primeiro reconhecer que temos traços e hábitos indesejáveis ​​antes de começarmos uma nova história amorosa ou simplesmente, a fantástica jornada para sermos pessoas melhores.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo sobre o ciúme patológico.
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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A FORÇA QUE TEM OS “FILHOS DO MEIO”

É muito comum falarem coisas estranhas (no mínimo) que acabam estereotipando os chamados “filhos do meio”! Muitos os consideram negligenciados, ressentidos, sem motivações, com visão negativa sobre a vida ou que se sentem “não pertencentes” ao grupo familiar! Em outras palavras, pessoas que sofrem da "Síndrome do Filho do Meio". Há, inclusive, estudos de algumas universidades sobre essas pessoas reforçando a idéia negativa sobre elas, como o da Stanford University, que tenta mostrar que os “filhos do meio” são mais invejosos, menos ousados e menos faladores, se comparados aos filhos que nasceram antes ou depois deles.
Minha opinião é que “filhos intermediários” não são quadros de lembranças amarguradas pendurados nas paredes! Eles são seres sociais e importantes colaboradores dos grupos que fazem parte. Se os “filhos do meio” são tão ressentidos e amargos, por que eles são mais cooperativos e confiam em suas amizades? E por que eles são líderes tão bem sucedidos? Você sabia que cerca de 52% dos presidentes norte-americanos foram ou são “filhos do meio”? Martin Luther King, Abraham Lincoln e Madonna, pessoas visionárias com fortes qualidades de liderança e “filhos do meio”.
Embora os “filhos intermediários” sejam algo negligenciados, tanto pelos pais quanto pelos pesquisadores, o fato é que eles realmente se beneficiam disso a longo prazo, pois se tornam mais independentes, pensam diferente (fora da caixinha), resistem bem às pressões e são mais empáticos. Isso lhes dá grandes habilidades como funcionários e também os torna excelentes amigos e parceiros.
Os “filhos do meio” são mais focados do que pensamos. A maioria das pessoas considera o primogênito como tendo mais motivação e ambição, mas eles também estão ambicionando viagens a vários lugares. Baseiam-se mais em princípios e conceitos, como justiça, poder de ganho ou prestígio e, amiúde, são muito motivados por causas sociais. Ainda assim, quando eles entram em um negócio mais tradicional, tornam-se grandes inovadores e líderes de equipe, como Bill Gates.
Gostaria de fazer um rápido comentário sobre algumas das características especiais do “filhos do meio”. Eles são excelentes negociadores, como Anwar Sadat, famoso militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978. Estão acostumados a não seguir o caminho que escolheram e, assim, tornam-se “manejadores” experientes e habilidosos. Eles conseguem ver todos os lados de uma questão, são empáticos e julgam bem as reações dos outros. Também estão mais dispostos a se comprometer, e assim podem argumentar com sucesso. Como muitas vezes tiveram que esperar sua vez um pouco mais quando crianças, acabam ficando também mais pacientes quando adultos.
Essas pessoas são pioneiras, como Charles Darwin, naturalista e biólogo britânico, criador da Teoria da Evolução, e mais propensos a efetuar mudanças do que qualquer outra pessoa com diferente ordem de nascimento. Isso se deve ao fato de ter assumido riscos ao abrirem-se para experimentar coisas novas quando crianças. Um estudo, por exemplo, mostrou que 85% dos “filhos do meio” são abertos a novas ideias, como foram quanto à fusão a frio, em comparação com apenas 50% cento dos primogênitos.
E tem mais! Os “filhos intermediários” são buscadores e propagadores da justiça, como Nelson Mandela (advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e pai da moderna nação sul-africana) e Susan B. Anthony (uma das percussoras da luta pelos Direitos das Mulheres). Focados na justiça, identificam as injustiças em suas famílias e estão sintonizados com as necessidades dos outros à medida que crescem.
O lado difícil dos “filhos do meio” também deve ser considerado. Por exemplo, elas têm que trabalhar a mais para superar as noções preconcebidas negativas que as pessoas têm deles - ou seja, se você acha que os “filhos do meio” não são tão focados, carismáticos, inteligentes, etc., você contrataria um deles? Não se pode negar que a maioria deles têm uma autoestima mais baixa do que os demais devido à falta de exclusividade e atenção em casa quando crianças – se bem que isso pode ser algo realmente positivo, já que não são pessoas egóicas. Além disso, a autoestima não é tão crítica quanto a nossa sociedade acredita. Ter uma noção precisa da sua autoestima é mais importante do que ter uma alta autoestima. Surpreendentemente, novos estudos mostram que a alta autoestima não se correlaciona com melhores notas na escola ou maior sucesso na vida – pois pode extraordinariamente levar a uma falta de perseverança diante das dificuldades.
Finalmente, podemos dizer que os “filhos do meio” evitam provocar situações pois eles não gostam de conflito. Isso pode vir a ser ruim pois podem tender a evitar a solução de problemas no casamento ou no trabalho. Ainda, a dificuldade em dizer “não” pode fazer com que amigos ou colegas de trabalho aproveitem-se deles, afinal são tão confiantes e cooperativos!
Um estudo conduzido mostrou que os “filhos do meio” são mais abertos e aventureiros em relação ao sexo, porém menos propensos a traições quando estão em um relacionamento monogâmico do que os nascidos em outras posições na sequência de nascimentos. Uma pesquisa de felicidade conjugal realizada em Israel mostra que os “filhos intermediários” são os mais felizes e mais satisfeitos nos relacionamentos, e que eles se associam bem aos primogênitos ou aos caçulas e menos a outros “filhos do meio”, o que seria uma forma de evitar conflitos. Do mesmo modo, foi descoberto numa pesquisa com os pais, que essas pessoas são ainda mais permissivos do que os caçulas, o que é muito inesperado. São pessoas que querem dar estrutura e regras aos seus filhos, mas também querem ser livres para fazer escolhas. E, curiosamente, embora os caçulas sejam inclinados a ser pais permissivos, essa permissividade refere-se mais sobre não querer ser incomodado com as regras.
Como o crescimento e desenvolvimento do filho do meio influencia a sua vida adulta, carreira e relacionamentos? Bem, uma posição familiar relaciona-se com os trabalhos para os quais a pessoa é atraída e como ela interage com os outros no local de trabalho. Os “filhos intermediários” são flexíveis, independentes, mas também sociais. Eles não precisam ser supervisionados e essas são habilidades críticas no mundo do trabalho moderno. Eles seriam bons professores, atores, assistentes sociais, diplomatas - mas não seriam tão bons num trabalho onde estivessem isolados, como programadores de computador, ou quando ocupassem uma posição de autoridade na qual teriam que gerenciar outras pessoas. A empatia pode causar estresse - eles seriam bons advogados de defesa, mas não bons promotores! Suas habilidades de negociação são benéficas para os relacionamentos românticos, pois são pessoas que se enquadram bem com todos.
Se eu tivesse que fazer algum comentário a “filhos do meio”, certamente eu não esqueceria de dizer que:
  • às vezes você precisa ser capaz de se afastar, especialmente quando você está sendo explorado, e às vezes você precisa dar um passo à frente, como quando há um conflito que você simplesmente não pode evitar.
  • você será mais feliz se continuar a traçar seu próprio caminho ao longo da vida e correr riscos calculados.
  • você é moderado e equilibrado por natureza, então não tenha medo de provocar situações de vez em quando.
Aos pais de “filhos do meio”, eu gostaria de lembrar que seus filhos são bem sociáveis e muitas vezes passam bastante tempo com os amigos. Eles podem parecer reservados mas são dedicados apenas às suas “famílias escolhidas”. Gostam de estabelecer seus próprios círculos e dependem muito dos amigos – e isso não é uma reação negativa à vida familiar. Não se preocupem muito com a forma como vocês estão dividindo a atenção entre seus filhos - vocês não estão prejudicando os “filhos intermediários”. Certamente eles alcançarão o que desejam exatamente por causa da maneira como estão sendo criados, e desenvolvem estratégias e habilidades que os colocam em boa posição quando adultos.
Espero que essas informações sejam úteis para você, esclarecendo alguns aspectos da psicologia dos “Filhos do Meio”. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler mais como e por que os adolescentes devem aprender com seus próprios sentimentos!
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

PESSOAS DE SUCESSO TAMBÉM BUSCAM PSICOTERAPIA


O sucesso não torna as pessoas imunes à depressão, problemas de relacionamento com esposa(o) ou namorada(o), dificuldades de relacionamentos com pais ou filhos, estresse ou qualquer outra coisa de ordem psicológica. Pessoas de sucesso fazem psicoterapia e costumam buscar um psicólogo tão logo um dessas complicações ocorrem. Mas, além desses problemas comuns que muitas vezes levam as pessoas à psicoterapia, há outros que são um pouco mais exclusivos para as pessoas que atingem altos níveis de realização. Quero, aqui, abordar algumas das razões mais comuns pelas quais as pessoas bem sucedidas procuram psicoterapia.
Há pessoas que mantém uma persistente sensação de que não são boas o suficiente, apesar do sucesso que alcançaram. Essa sensação é realmente algo problemático, mas é igualmente, uma condição diagnosticável. A despeito da competência e perícia comprovadas, neste quadro a pessoa se sente como uma fraude completa e, ao invés de se orgulhar de suas realizações, ela pode atribuir o seu sucesso à sorte ou a um esforço temporário, em vez da capacidade inerente.
As pessoas que apresentam essa condição frequentemente se apresentam ao consultório do psicoterapeuta com uma questão à parte, como ansiedade ou depressão. Eles geralmente não querem reconhecer seus sentimentos subjacentes de inadequação, mesmo para um profissional de Saúde Mental. A questão tende a surgir depois de algumas sessões de psicoterapia. Com o tratamento bem-sucedido, esse paciente passa a pensar sobre si mesmo de acordo com os fatos relacionados à sua conquista, sentindo-se, com isso, cada vez mais autêntica e positivamente orgulhosa dos seus feitos.
Qual o motivo que leva as pessoas a altas realizações? Evidentemente as pessoas de sucesso são motivadas e tem suas razões íntimas para buscarem o sucesso. Elas geralmente trabalham muito, perseveram bastante e se recuperam da adversidade mais rápido do que as outras pessoas. Porém, enquanto algumas pessoas são natural e saudavelmente motivadas, outras tem suas motivações provenientes da mágoa ou da dor. O sucesso pode mascarar temporariamente a mágoa de uma pessoa, mas a angústia se esconde logo abaixo da superfície. Por exemplo, uma criança que ouviu seu pai insistentemente dizer que ela "nunca seria nada na vida" poderá adotar como único propósito de vida, provar que seu pai está errado. Ou alguém que experimentou um doloroso divórcio pode decidir que o sucesso é a melhor forma de vingança. A psicoterapia pode ajudar as pessoas a descobrir como curar suas feridas passadas para que elas possam ser ainda mais eficazes e felizes à medida que avançam.
Um outro motivo que leva essas pessoas de sucesso à psicoterapia é o medo de perder tudo. Quanto mais ela pessoa ganha, mais tem a perder e, infelizmente esse medo de perder tudo pode fazer com que algumas pessoas de sucesso fiquem paralisadas. Elas se preocupam com o fato de estarem a apenas uma decisão de arruinar tudo o que conseguiram com tanto esforço e trabalho.
A psicoterapia pode ajudar as pessoas de sucesso a reconhecer que seu patrimônio líquido não está vinculado à sua autoestima. Sendo bem conduzida, terá como um dos resultados o reconhecimento de que, mesmo que falhem, ainda assim ficarão bem. A terapia também será uma oportunidade de aprender maneiras saudáveis ​​de lidar com a ansiedade e criar estratégias para acalmar a constante dúvida sobre si mesmo.
Sabemos como é triste viver solitariamente. As altas realizações podem afastar pessoas bem-sucedidas dos familiares e amigos. A distância física também pode contribuir para a solidão, um fato muito comum pois empreendedores se mudam para novas oportunidades de emprego. Além disso, pessoas de sucesso são frequentemente colocadas em cargos de gerência de alto nível ou de direção, com muitas atividades que acabam por dificultar que façam amizade com seus subordinados, logo, menos oportunidades de socialização no trabalho.
O tratamento psicológico para lidar com sentimentos de alienação pode envolver ajudar as pessoas a se identificarem e a viverem de acordo com seus valores. Uma pessoa que valoriza amigos e familiares pode reconhecer que está dando muita ênfase ao trabalho, por exemplo. A psicoterapia, ademais, pode encorajar a busca de maneiras de substituir a rede profissional por oportunidades casuais para formar amizades genuínas.
Com muita frequência, a primeira coisa que uma pessoa de sucesso diz ao entrar no meu consultório de terapia é: “Eu provavelmente não deveria estar aqui. Há pessoas com problemas muito maiores que precisam do seu tempo mais do que eu”. Embora haja uma noção comum de que pessoas bem-sucedidas se sintam fortes e autoconfiantes, muitas delas também se sentem culpadas. Elas podem questionar se merecem um carro novo, ou podem se sentir culpados simplesmente por sair de férias!!
A terapia psicológica muitas vezes se concentra em ajudar as pessoas a mudarem suas crenças básicas para que possam deixar de se sentir indignas de suas realizações. O tratamento, além do mais, pode incluir a ajuda às pessoas para que reconheçam como seu sucesso lhes proporciona uma oportunidade de ter um impacto maior no mundo.
Enfim, a cura pela fala, como muitas vezes é chamada a psicoterapia, é capaz de resolver uma infinidade de problemas que podem estar impedindo o seu progresso ou o seu bem-estar. A verdade é que um psicoterapeuta experimentado irá contribuir com você na continuação e avanço em sua caminhada em direção ao seu maior potencial, mesmo se você já for um grande sucesso.
Espero que essa informações sejam úteis para você que em está em dúvida sobre fazer psicoterapia ou não. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler sobre como a baixa autoestima pode lhe prejudicar em sua vida profissional!
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QUER SER FELIZ? CONHEÇA ALGUMAS ATIVIDADES BEM FÁCEIS QUE LHE AJUDARÃO A SER MAIS FELIZ HOJE

Uma mensagem de agradecimento a alguém, passar um tempo com outras pessoas, ouvir música, pensar livre e sobre coisas felizes e muito mais. A ciência da psicologia pesquisa continuamente sobre o que pode fazer as pessoas felizes. Aqui descreverei algumas das atividades que, se você as fizer ainda hoje, sentirá as vibrações positivas fluírem em você. Continue depois por uma semana ou mais (melhor se continuar por, pelo mesmo, três semanas) e você perceberá o seu humor melhorar muito.
Elimine, mentalmente (apenas), algo bom da sua vida
É surpreendente o tempo que as pessoas ficam pensando em coisas boas que não aconteceram mas que poderiam ter acontecido. É muito tempo! Mas, e as coisas boas que aconteceram e que talvez não tivessem acontecido?
Digamos que você nunca tivesse conhecido o seu parceiro, seu amigo ou não tivesse conseguido o emprego em que está atualmente. Como seria a vida sem algumas dessas coisas que acabaram se tornando garantidas?
Pensar no que pode não ter ocorrido pode vir a ser tremendamente poderoso se usado da maneira correta. Pensar no que não aconteceu mas que poderia ter acontecido (pensamento contrafactual) pode ajudar na criação de um sentido para a vida e aumentar a sua satisfação com o que você já dispõe. Então, elimine mentalmente algo bom da sua vida para assim passar a realmente apreciá-lo.
Envie uma mensagem de gratidão
A gratidão é uma emoção poderosa que nos ajuda a desfrutar aquilo que possuimos. “Puxe” de dentro de si o sentimento de gratidão e, agora mesmo, envie uma mensagem de whatsapp, um email, mensagem de texto, ou outra forma de contato a alguém que lhe ajudou de alguma forma. Agradeça a ele pelo que fez por você, por mais simples que que tenha sido essa ajuda.
Isso é muito fácil e pode ser realizado rapidamente. Um estudo descobriu que praticar a gratidão pode aumentar a felicidade em 25%. Uma outra pesquisa constatou que apenas mensagens enviadas ao longo de um período de três semanas foram suficientes para elevar de maneira confiável, a felicidade e a satisfação do indivíduo com a vida.
Gaste um pouco de dinheiro a favor de outra pessoa
Contrariando a muitos, afirmo que dinheiro pode fazer uma pessoa feliz - mas só se for usado da maneira correta. Uma das maneiras mais fáceis é gastá-lo a favor dos outros. Mas, muitos devem estar se perguntando, por que gastar dinheiro com os outros aumenta a felicidade? A resposta está na própria história da humanidade pois, desde que a humanidade existe, observa-se que dar bens aos outros nos faz nos sentirmos bem. Ao agirmos assim promovemos uma visão de nós mesmos como responsáveis, bondosos e capazes de ajudar, o que nos faz sentirmo-nos felizes. É também em parte porque gastar dinheiro com outras pessoas ajuda a consolidar nossas relações sociais e as pessoas com laços sociais mais fortes são geralmente mais felizes. Então, compre um presente para um amigo hoje ou leve-o a um restaurante - você vai se sentir bem sobre isso, eu prometo.
Faça alguma atividade física
Qual é a estratégia número um que as pessoas usam para se sentir melhor, aumentar seus níveis de energia e reduzir a tensão? Atividades físicas!
Calma, não precisa ser uma maratona, pois uma simples caminhada ao redor do quarteirão fará esse milagre. Todos sabem que sair, esticar as pernas e “desenferrujar” ajuda as pessoas a se sentirem melhor, mas sempre há desculpas para evitar essa atividade.
Se você está em casa, reserve um tempo para uma viagem ou um passeio que não inclua o carro e dependa mais de suas pernas. Se você estiver no escritório, faça sempre uma caminhada na hora do almoço, em vez de lanchar na frente do computador.
Ouça música
O item número dois na lista de todas as estratégias utilizadas pelas pessoas para se sentirem melhor é ouvir música. A música influencia o humor de várias maneiras, mas a maioria das pessoas considera como alto, o poder da música de modificar e estimular os sentimentos positivos, e essa é, para essas pessoas, a principal razão pela qual elas adoram música. Em minha opinião, particularmente gostamos do fato de que a música sempre pode tornar nossos bons humores ainda melhores. Mesmo a música triste pode trazer prazer, pois muitas pessoas desfrutam da mistura contraditória de emoções que ela cria.
Faça planos...
Lembre-se daqueles dias de infância que antecederam o Natal, quando você não aguentava esperar para ter os seus presentes? O prazer de antecipação é algo simplesmente incrível.
Pesquisas sobre a psicologia da felicidade mostram que a antecipação do prazer pode ser uma poderosa emoção positiva. As pessoas gostam mais de pensar sobre como as coisas serão bacanas e gratificantes antes delas acontecerem do que pensar nelas depois. Então, faça um plano agora e tente sempre ter algo para esperar, ainda que pequeno.
…Com amigos
Os melhores tipos de planos são aqueles feitos com amigos. Não é só pelo prazer da antecipação, é também porque se mantém a amizade viva.
Um estudo de 8 milhões de telefonemas descobriu (isso não é algo exatamente surpreendente) que quando as pessoas fazem frequentes contatos umas com as outras, suas amizades são muito mais propensas a serem mantidas por um longo tempo.
Se um incentivo econômico pode ajudar a motivá-lo a fazer planos com amigos, então olha os resultados de uma interessante pesquisa na Inglaterra. Estabeleceu-se um certo valor monetário em diferentes tipos de relações sociais... Após os procedimentos (que aqui não apresento), estimou-se que mudar o comportamento “ver amigos ou parentes menos de uma vez por mês” para “ver amigos ou parentes na maioria dos dias” valia mais 85.000 libras por ano para um indivíduo comum. Em outras palavras, a pessoa teria que ganhar 85.000 libras (cerca de 130.000 dólares) a mais por ano para ficar feliz como se visse amigos ou parentes na maioria dos dias da semana.
Faça uma pequena lista de três coisas boas que aconteceram hoje
No final do dia, antes de ir para a cama, passe alguns minutos pensando em três coisas boas que aconteceram hoje. Essas coisas não precisam ser tão incríveis assim - apenas três coisas que fizeram você se sentir um pouco melhor. Você também pode refletir sobre os motivos que fizeram essas coisas acontecerem. As pessoas que adotam essa prática tem a felicidade aumentada e os sintomas depressivos totalmente diminuídos seis meses depois. Se você fez algumas das coisas mencionadas nesse artigo, você já terá pelo menos três coisas para sua lista.
Explore suas positividades
Faça as coisas em que você é realmente muito bom. Seja o que for, as pessoas costumam ficar mais animadas quando fazem algo em que se destacam.
Pense nessas coisas (em que você é bom): podem ser habilidades sociais, habilidades físicas, habilidades esportivas ou qualquer outra coisa. Pode fazer alguém rir ou dar uma ajuda a alguém. Em seguida, tire algum tempo durante o dia para usar essa habilidade. Quando as pessoas praticam suas positividades, isso as torna mais felizes.
Tenha devaneios felizes
Se você é menos realizador e mais sonhador, essa atividade é para você: tenha um sonho feliz. Ao longo do dia, nossas mentes tendem a perambular muito, mas direcionar essa perambulação mental de maneira positiva pode ser muito benéfico. Considerando estratégias para saborear a vida, a viagem mental positiva é uma das mais eficazes. Sabe-se que as pessoas pensam em períodos de suas vidas quando tinham gratificações, momentos cheios de sucesso, amor e amizade.
A mente pode tentar revidar relembrando constrangimentos ou fracassos passados, mas mantenha-a focada num devaneio feliz. Vá em frente, sente-se e tenha um pouco de lembranças felizes.
Espero que essa informações sejam úteis para você que em está em dúvida sobre fazer psicoterapia ou não. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para saber como os nossos apegos podem nos prejudicar na busca da felicidade!
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DEPRESSÃO: ASPECTOS INTERESSANTES DE UMA CONDIÇÃO MAL COMPREENDIDA


Gostaria de apresentar, nesse artigo, alguns aspectos interessantes sobre a depressão, uma condição muito comum porém ainda muito mal compreendida. Sabe-se que a depressão é considerada “a doença do século” porém observa-se, ainda, um preconceito muito grande para com as pessoas deprimidas. Aqueles que estão nessa situação, ou seja, os depressivos, se sentem impotentes, sem esperança, sem valor e acreditam que suas vidas estão fora de controle.
A depressão é algo relativamente fácil para ser diagnosticada, mas é muito difícil de tratar. É uma condição muito mais complexa do que muitos imaginam - é bem mais do que "ficar triste" o tempo todo ou pensar que a vida não tem sentido. Vamos ver, abaixo, alguns aspectos importantes sobre a depressão e que dão uma luz sobre uma circunstância complexa e, ao mesmo tempo, muito comum.
A pessoa deprimida não costuma ter nenhuma meta específica. As pessoas que estão deprimidas tendem a generalizar e abstrair excessivamente - "É tudo a mesma coisa para mim, eu não me importo ...". É por isso essas pessoas tendem a traças metas mais gerais e comuns do que as pessoas que não estão deprimidas. Por exemplo, pessoas deprimidas podem dizer a si mesmas: “Eu quero ser feliz”, mas isso não dá nenhuma indicação sobre como isso será alcançado. As pessoas não deprimidas, por outro lado, são mais propensas a ter objetivos específicos como: "Vou manter contato com minha família telefonando para eles uma vez por semana". Como eles são precisos, é mais provável que atinjam suas metas específicas do que metas gerais e comuns.
A pessoa deprimida costuma ficar “ruminando” sobre vários assuntos depressivos. Um sintoma importante da depressão é a “ruminação”, isto é, quando os pensamentos depressivos povoam, rondam e circulam pela mente. Infelizmente, não se pode simplesmente dizer a uma pessoa deprimida para deixar de pensar em coisas depressivas ou deixar de ter pensamentos depressivos - é inútil! Isso porque o tratamento dos sintomas da depressão é, em parte, estimular o autocontrole da atenção da pessoa. Um método que pode ajudar nesse sentido é a “Atenção Plena”. Mindfulness leva a pessoa a viver no momento presente, ao invés de se dirigir sua atenção a arrependimentos passados ​​ou preocupações futuras. Uma recente revisão vários estudos sobre mindfulness comprova seus benefícios no tratamento da depressão.
A pessoa deprimida costuma ter uma memória ruim. Um dos sintomas menos conhecidos da depressão é o seu efeito adverso na memória. Ao longo dos anos, estudos mostraram que pessoas que sofrem de depressão têm problemas com a memória declarativa, que é a memória de fatos específicos, como nomes ou lugares. Isso se deve, em parte, ao fato das pessoas com depressão estarem muito suscetíveis a perder a capacidade de diferenciação entre experiências semelhantes, o que também é uma outra faceta da tendência para generalizar demais. A depressão também confunde outros tipos de memória, incluindo a capacidade de recordar significados e de transitar no espaço físico.
A pessoa deprimida tem dificuldade para se lembrar dos “bons tempos”. Precisamente por causa das dificuldades de memória e do humor deprimido, pode ser difícil para as pessoas deprimidas se lembrarem dos bons momentos. Uma técnica que pode ajudar é tentar criar um "espaço de memória" emocional, algo como se fosse uma loja mental de lembranças felizes específicas para usar enquanto não se recupera da depressão.
A pessoa deprimida apresenta um Realismo Depressivo. Há evidências de que a maneira pela qual os deprimidos vêem o mundo é mais precisa do que os não-deprimidos - essa teoria é chamada de Realismo Depressivo. As pessoas não deprimidas tendem a ser um pouco otimistas demais: elas acham que tiveram um desempenho melhor nas tarefas do que realmente têm e prevêem um desempenho melhor do que realmente podem alcançar no futuro. As pessoas deprimidas, ao contrário, avaliam seu próprio desempenho com mais precisão e realismo, então, de certa forma, os deprimidos são mais realistas.
As pessoas deprimidas tem uma precisa percepção do tempo. Um estudo recente descobriu que pessoas deprimidas têm uma percepção de tempo mais precisa do que as não-deprimidas, e, explicando os resultados, pode-se dizer que os deprimidos são precisos ao estimar o tempo, enquanto as estimativas das pessoas não deprimidas são muito altas. Isso pode ocorrer porque pessoas com depressão leve concentram sua atenção no tempo e menos nas influências externas. A percepção precisa do tempo pode não ser um grande consolo para os deprimidos, mas sugere como a atenção é alocada na depressão e por que as pessoas deprimidas costumam dizer que o tempo parece se arrastar.
As pessoas deprimidas podem ser tratadas com exercícios. Está muito claro para a maioria de nós, que o exercício faz com que o paciente se sinta melhor por um curto período, mas será que isso pode também tratar a depressão a longo prazo? Uma nova revisão sobre material obtido após 26 anos de pesquisa descobriu que pode, sim! Esses estudos sugerem que o exercício físico não só faz com que as pessoas se sintam melhor no momento, mas também ajuda a impedir futuros episódios de depressão. Não é de se admirar que muitos profissionais da Saúde Mental tem prescrito exercícios no tratamento da depressão.
Pessoas deprimidas sentem a dor física com mais intensidade. As observações são de que, realmente, as pessoas que estão deprimidas também podem experimentar níveis mais intensos de dor física. São vários os estudos que mostram que os indivíduos induzidos a um estado depressivo tornam-se menos capazes de lidar com a dor. Quando as pessoas saudáveis ​​se entristecem com pensamentos negativos e música depressiva, seus cérebros processam a dor mais emocionalmente, o que os leva a achar a dor ainda mais desagradável.
O estilo de pensamento influencia no estado depressivo do paciente. As pessoas geralmente pensam que a depressão é causada, pelo menos em parte, por grandes e ruins eventos de vida. Isso é verdade, mas a depressão também refere-se ao modo como as pessoas reagem a esses eventos e, de fato, a estressores comuns e cotidianos. Está comprovado que pessoas que tiveram grandes reações emocionais a eventos relativamente pequenos tiveram maior probabilidade de ter sintomas depressivos quando foram acompanhados dez anos mais tarde. A importância do estilo de pensamento, além da genética e das circunstâncias, é respaldada por outro estudo recente, que descobriu que o modo como as pessoas pensam sobre seus problemas influenciam os níveis de depressão que vivenciam. Explicando: embora não possamos mudar o histórico familiar de uma pessoa ou suas experiências da vida, é possível ajudá-la a mudar a maneira como ela pensa e ensiná-la estratégias de enfrentamento positivas que podem atenuar e reduzir os níveis de estresse.
Espero que essa informações sejam úteis para você, esclarecendo mais alguns pontos a respeito da depressão. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler mais comentários sobre a depressão e seu tratamento!
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

O QUE É PSICOTERAPIA E COMO ELA FUNCIONA



NÃO DEIXE DE LER O ARTIGO ABAIXO:
"O QUE É PSICOTERAPIA E COMO ELA FUNCIONA"

Você já se sentiu sobrecarregado ou estressado, a ponto de ter dificuldades para resolver os 
seus problemas? Se sua resposta é “sim”, saiba que você não está sozinho. Estima-se que mais de 25% da população adulta mundial já passou ou está passando por períodos de depressão, ansiedade ou algum outra dificuldade psicológica. Algumas pessoas precisam de ajuda para lidar com uma doença grave, perder peso ou parar de fumar. Outras lutam para conseguirem superar separações, problemas de relacionamento, abuso sexual ou doméstico, perda de emprego, a morte de alguém muito amado, estresse, abuso de substâncias psicoativas ou outros problemas igualmente importantes e que podem se tornar debilitantes.

A psicoterapia é um eficaz recurso para todas essas questões porém, ainda há muito desconhecimento, desconforto e preconceito a respeito dela. Esse é o motivo que me fez apresentar num único artigo, o máximo de informações que possam modificar essa situação e facilitar a ida das pessoas ao psicólogo. O artigo é longo, porém, servirá para eliminar suas dúvidas quanto a essa maravilhosa experiência que é fazer psicoterapia.

O que é a psicoterapia?

Um psicólogo pode ajudá-lo a lidar e resolver os problemas que citei no início desse artigo. Através da psicoterapia, nós ajudamos pessoas de todas as idades a conquistarem vidas mais felizes, saudáveis ​​e produtivas. Durante a psicoterapia, podem ser usados vários procedimentos cientificamente validados que auxiliam as pessoas a desenvolver hábitos mais saudáveis ​​e mais eficazes. Esses procedimentos seguem vários tipos de abordagens tais como terapia cognitivo-comportamental, interpessoal, existencial, humanista, fenomenológica, Junguiana e outras, todas com o mesmo fim, que é ajudar as pessoas a cuidar de seus problemas.

A psicoterapia é um tratamento colaborativo baseado na relação entre o paciente e o psicólogo. Fundamentada no diálogo, ela cria um ambiente de apoio que favorece a conversa aberta com alguém que é objetivo, neutro e imparcial. Você e seu psicólogo trabalharão juntos para identificar e mudar os padrões de pensamento e os comportamentos que impedem que você se sinta bem.

Ao final da terapia, você não apenas terá resolvido o problema que o fez procurar um psicólogo, como também terá aprendido novas habilidades que lhe ajudarão a enfrentar melhor quaisquer desafios que surjam no futuro.

Quando você deve pensar em fazer psicoterapia?

Por causa dos muitos equívocos sobre a psicoterapia (como mencionado acima), eu entendo que você possa ficar um pouco relutante. E ainda que você conheça a realidade em vez de mitos sobre isso, ainda assim poderá se sentir nervoso em tentar quando pensar em fazer psicoterapia. Mas posso lhe garantir que superar esse nervosismo e a desconfiança vale a pena. Digo com muita segurança que sempre que sua qualidade de vida não estiver como você quer, a psicoterapia pode lhe ajudar.

Algumas pessoas procuram psicoterapia porque se sentem deprimidas, ansiosas ou com raiva há muito tempo; outras podem querer ajuda porque alguma doença crônica está interferindo em seu bem-estar emocional ou físico; outros, além do citado, podem estar passando por um divórcio, enfrentando um distanciamento dos filhos, sentindo-se pressionado num novo emprego ou lamentando a morte de um membro da família, por exemplo.

Veja alguns momentos em que você poderia se beneficiar da psicoterapia:
  • Quando você está sentindo uma sensação intensa e prolongada de desamparo e tristeza.
  • Quando você está percebe que o desamparo e a tristeza estão lhe levando a uma depressão
  • Quando você está convivendo com muitos medos e não sabe bem como lidar com situações do passados.
  • Quando seus problemas parecem não melhorar apesar de seus esforços e ajuda de familiares e amigos.
  • Quando você acha difícil superar um luto ou uma separação. 
  • Quando você acha difícil se concentrar em tarefas de trabalho ou realizar outras atividades cotidianas.
  • Quando você fica excessivamente preocupado, fica esperando o pior ou está constantemente “no limite”.
  • Quando a vida acelerada ou excessos de preocupações lhe tornam ansioso(a) e/ou numa situação de pânico.
  • Quando suas condutas (como beber muito álcool, usar drogas ou ser agressivo), estão prejudicando você ou outras pessoas.
Quais são os diferentes tipos de psicoterapia?

Existem muitas abordagens diferentes de psicoterapia e nós podemos usar uma ou mais abordagens conforme o caso. Cada perspectiva teórica atua como um roteiro para ajudar o psicólogo a entender os seus clientes, seus problemas e o desenvolvimento de soluções. Significa dizer que o tipo de abordagem a ser usado com você dependerá de uma variedade de fatores: atualização sobre pesquisas psicológicas, orientação teórica do psicólogo e o que funciona melhor para sua situação.

A perspectiva teórica do seu psicólogo afetará o que acontece no consultório. Psicólogos que usam terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, podem pedir para que seus pacientes façam determinadas tarefas de casa, ou solicitar que se colete mais informações (por exemplo, registrar reações em situação específica), ou mesmo que o paciente pratique novas habilidades entre as sessões. Em contraste, as abordagens psicanalítica e humanista geralmente se concentram mais em falar do que em fazer. Por exemplo, o paciente pode passar algumas sessões discutindo suas primeiras experiências para ajudar a si mesmo e ao psicólogo a entender melhor as causas dos problemas atuais. O psicólogo pode, também, combinar elementos de vários estilos de psicoterapia. De fato, a maioria dos terapeutas não se liga a nenhuma abordagem e, em vez disso, mesclam elementos de diferentes abordagens e ajustam o tratamento de acordo com as necessidades de cada cliente. A principal coisa a saber é se o psicoterapeuta tem experiência na área em que você precisa de ajuda e se ele (o psicólogo) acha que pode ajudá-lo.

Tendo decidido fazer psicoterapia, você precisa encontrar um psicólogo.

Por que escolher um psicólogo para psicoterapia? Além do fato do psicólogo ter um profundo respeito pelo ser humano e ser capaz de ver cada indivíduo em sua particularidade, somos especializados em psicoterapia e em outras formas de tratamento psicológico. Temos treinamento, formação acadêmica, experiência em avaliação, diagnóstico e tratamento de saúde mental e mudança de comportamento. A graduação de um psicólogo leva, pelo menos cinco anos, sem contar aqueles que decidem fazer pós-graduação, mestrado ou doutorado. Normalmente, antes de iniciarmos no atendimento de pessoas, realizamos estágio clínico supervisionado em algum ambiente de saúde organizado. Além disso, somos registrados no Conselho de Psicologia, o qual normatiza e regulamente a nossa profissão. Evite, portanto, profissionais não-psicólogos, sem formação reconhecida pelo MEC e que não pertencem ao Conselho de Psicologia. Há pessoas que se dizem psicoterapeutas mas que não tem a formação adequada. Coach, Facilitador de Barra de Access, Hipnólogos, Terapeutas de Theta Healing, Terapeutas Holísticos, Constelador Familiar e vários outros fazem parte desse grupo.

É importante dizer que psicólogos e pacientes trabalham juntos, então tem que haver uma boa "química", por isso não tenha medo de perguntar o que quiser ao psicólogo ao iniciar a terapia, coisas como experiência clínica e experiência no tratamento de problemas como o seu. Só faça a terapia se, na primeira sessão, você se sentir confortável e o profissional lhe inspirar confiança.

A melhor maneira de fazer contato inicial com um psicólogo é por telefone, mas você pode usar whatsapp ou e-mail como alternativa – esses são menos seguros do que o telefone quando se trata de confidencialidade. Os psicólogos geralmente estão com clientes e nem sempre atendem as ligações imediatamente. Basta deixar uma mensagem com o seu nome, número de telefone e breve descrição da sua situação.

No inicio do artigo eu disse que você pode se sentir nervoso ao fazer contato com um psicólogo. Essa ansiedade é perfeitamente normal, mas ter a coragem de superar essa ansiedade e fazer a ligação é o primeiro passo no processo de se buscar ajuda para se sentir melhor. Nós, psicólogos, entendemos como é difícil fazer contato inicial, isso é novo para você, mas é algo que lidamos regularmente.

Você deve se preparar para a consulta psicológica?

Não necessariamente, mas sugiro que você faça algumas poucas coisas básicas, que são:
  • Aprenda sobre psicoterapia: Se algum de seus amigos tiver feito psicoterapia, pergunte a eles como foi. Leia sobre isso na internet e, se você já fez psicoterapia, pense no que gostou e no que não gostou durante essa experiência com o psicólogo. 
  • Mantenha a mente aberta: Mesmo que você seja cético quanto aos resultados produzidos pela psicoterapia, ou mesmo que esteja indo só porque alguém lhe disse, esteja disposto a tentar. Seja o mais honeste e mente aberta possível, para que você possa aproveitar essa oportunidade para aprender mais sobre si mesmo.
  • Certifique-se de saber o local do consultório do psicoterapeuta: Verifique o endereço no site do psicólogo ou faça uma busca no mapa para não se atrasar e ter pouco tempo para conversar.
  • Uma sessão típica de psicoterapia dura cerca de 50 minutos. Para aproveitar ao máximo esse tempo, faça uma lista dos assuntos que você quer abordar em sua primeira sessão e o que você quer trabalhar na psicoterapia. Mesmo uma vaga idéia do que você quer realizar pode ajudar você e ao seu psicólogo a prosseguir de forma eficiente e eficaz.
  • Se você foi encaminhado por outro profissional, como um médico, mantenha consciência sobre o motivo pelo qual foi recomendado fazer psicoterapia. Se um professor sugeriu que seu filho fosse submetido a psicoterapia, você pode trazer boletins ou anotações do professor dele ou dela. Seu psicólogo poderá ligar para esses profissionais para obter informações adicionais, se você der permissão por escrito. Registros de psicoterapia anterior ou testes psicológicos também podem ajudar seu novo psicólogo a ter uma noção melhor de você. Se você estiver tomando algum medicamento, anote quais são, principalmente se forem medicamentos psiquiátricos ou neurológicos.
Pode ser difícil lembrar de tudo o que acontece durante uma sessão de psicoterapia. Um caderno pode ajudá-lo a guardar as perguntas ou sugestões do seu psicólogo e suas próprias perguntas e idéias. Anotar algumas coisas durante a sessão pode ajudá-lo a permanecer engajado no processo. A terapia requer tempo, logo, várias sessões. Leve a sua agenda para que você possa definir o dia e horário da sua terapia.

É normal sentir-se nervoso quando na primeira consulta de psicoterapia, mas preparar-se antecipadamente pode ajudar a acalmar seus nervos.

O que pode acontecer na primeira consulta da psicoterapia?

É claro que cada psicólogo tem o seu estilo e método de trabalho, mas uma coisa comum a todos é o levantamento de informações a respeito do paciente na primeira sessão. A anamnese serve para o profissional obter o máximo de informações suficientes para dar uma noção realista sobre o caso. Apresentarei aqui, como a consulta normalmente se desenrola quando é comigo, ressaltando que outros colegas podem conduzir a sessão de outra maneira.

Não se preocupe se você não souber o que fazer quando a sessão realmente começar. Vejo como normal o cliente sentir-se um pouco ansioso mas o psicoterapeuta tem experiência suficiente para dar o tom e fazer as coisas começarem e, eficazmente, alcanças os objetivos. Com alguns clientes, essa sessão parece um jogo de perguntas e respostas. Por exemplo, o psicólogo pode fazer perguntas como: "O que lhe trouxe aqui hoje?" ou "O que fez você decidir fazer terapia agora, em vez de um mês ou um ano atrás?" ou ainda, “O que você espera de um psicólogo?”. Isso ajuda a identificar seu problema, mesmo que você não esteja plenamente consciente dele. Você pode sentir raiva ou tristeza sem saber o que está causando esses sentimentos ou como parar de se sentir assim. Se o problema for muito doloroso para falar, costuma-se não forçar o paciente a dizer mais do que ele se sente confortável em compartilhar, até que ele conheça melhor o terapeuta. Então, não há problema se você disser que ainda não está pronto para falar sobre algo. Com certeza, será questionado sobre a sua própria história e de sua família, e dos problemas psicológicos antecedentes como depressão, ansiedade ou problemas semelhantes; isso normalmente antecede a investigação de como o seu problema está afetando a sua vida cotidiana. O psicólogo vai querer saber se você notou alguma mudança em seus hábitos de sono, apetite ou outros comportamentos e que tipo de apoio social você tem - família, amigos e colegas de trabalho. Não há pressa nesse processo, logo, essa etapa pode levar mais de uma sessão. Ao guiá-lo, o terapeuta vai deixá-lo definir o ritmo - se trata de contar sua história. À medida que você ganhar confiança no psicoterapeuta e na psicoterapia, ele vai perscrutar a sua disposição para compartilhar coisas que não se sentiu à vontade em responder no início. Uma vez que o terapeuta tenha uma história completa, de modo colaborativo buscará, com você, alcançar as respostas que melhorarão a qualidade de sua vida. Ao final da primeira sessão, amiúde, o psicólogo fará sugestões de ações imediatas. Se você estiver muito deprimido, por exemplo, poderá recomendar que procure um médico para descartar quaisquer condições médicas subjacentes, como um distúrbio da tireoide. Se você tiver uma dor crônica, poderá precisar de fisioterapia, medicação e ajuda para insônia e psicoterapia. Em poucas sessões, a expectativa é que o paciente tenha uma nova compreensão do seu problema, um plano de ação e um novo senso de esperança.

É nessa sessão que são apresentadas as questões logísticas, como honorários, como cancelar consultas, confidencialidade, quando fazer os pagamentos, etc.

A psicoterapia é muitas vezes referida como a terapia da fala, e é isso que você vai fazer enquanto o seu tratamento continuar. Você e o seu psicólogo, se engajarão num diálogo sobre seus problemas e como consertá-los.

O que você deve esperar ao decidir ir além da primeira sessão e continuar com a psicoterapia?

Conforme sua psicoterapia segue em frente, você continuará o processo de construção de um relacionamento terapêutico confiante com seu psicólogo. Como parte do processo contínuo de buscar conhecimentos sobre você, o psicólogo pode querer fazer alguma avaliação. Os psicólogos são profissionais treinados para administrar e interpretar testes psicológicos, os quais podem ajudar a determinar a profundidade de sua depressão, identificar características importantes de personalidade, descobrir estratégias de enfrentamento inadequadas das questões vividas (como dificuldades com a bebida), ou identificar dificuldades de aprendizagem. Os resultados dos testes podem ajudá-lo a diagnosticar uma condição ou fornecer mais informações sobre a maneira como você pensa, sente e se comporta. Como isso depende de cada profissional,  particularmente, no meu caso, o uso de testes é bem reduzido, dado as características de meu estilo e da população que atendo.

Você e o psicólogo continuarão explorando seus problemas por meio de conversas. Para algumas pessoas, apenas conseguir falar livremente sobre um problema traz um importante alívio. Nos estágios iniciais, o psicólogo lhe ajudará a esclarecer o que lhe incomoda. Você passará para uma fase de solução de problemas, trabalhando em conjunto para encontrar formas alternativas de pensar, se comportar e gerenciar seus sentimentos. Você poderá interpretar novos comportamentos durante as sessões e fazer os exercícios propostos para praticar novas habilidades. Conforme avança, vocês avaliarão seu progresso e determinarão se suas metas originais precisam ser reformuladas ou expandidas.

Em alguns casos, o psicólogo poderá sugerir o envolvimento de outras pessoas. Se você estiver tendo problemas de relacionamento, por exemplo, ter um cônjuge ou parceiro lhe acompanhando numa sessão pode ser útil. Da mesma forma, um indivíduo com problemas com o filho poderá querer trazê-lo à sessão. E alguém que tenha dificuldade em interagir com os outros pode se beneficiar da psicoterapia de grupo ou da presença de um amigo durante o processo.

É bom mencionar que ao começar a resolver o problema que o levou à psicoterapia, você também estará aprendendo novas habilidades que lhe ajudarão a ver a si mesmo e ao mundo de maneira diferente. Você aprenderá a distinguir entre as situações que pode mudar e aquelas que não pode, e se habituará a focar em melhorar as coisas sob seu controle.

Como você pode aproveitar ao máximo a psicoterapia?

A psicoterapia é diferente de tratamentos médicos ou odontológicos, em que os pacientes geralmente se sentam passivamente enquanto os profissionais trabalham neles e lhes informam seus planos de diagnóstico e tratamento. Na psicoterapia não há essa postura de um psicólogo lhe dizendo o que fazer pois se trata de uma colaboração ativa entre você e ele.

De fato, centenas de estudos comprovam que uma parte muito importante para o êxito da psicoterapia é a relação de colaboração entre psicólogo e paciente, também conhecida como “aliança terapêutica”. Então, seja um participante ativo e envolvido na psicoterapia: ajude a definir metas para o tratamento, faça perguntas sobre o andamento do processo, se você achar que uma sessão não foi boa, compartilhe esse feedback e tenha um diálogo para que o psicólogo possa avaliar os motivos, responder e adaptar seu tratamento de maneira mais eficaz, peça sugestões de livros com informações úteis sobre seus problemas, etc.

Há um ponto muito importante: como a mudança de comportamento é algo difícil, a prática também é fundamental. É fácil retroceder em velhos padrões de pensamento e comportamento, por isso fique atento às sessões. Observe como você está reagindo às coisas e aproveite o que aprende nas sessões psicoterapêuticas e aplique o que aprende nas situações da vida real. Quando você leva para a terapia aquilo que aprendeu entre as sessões, essas informações podem informar vários aspectos sobre o seu desenvolvimento. Com a prática regular, você consolidará os ganhos obtidos, agilizará a psicoterapia e manterá seu progresso depois que terminar.

Você deve se preocupar com a confidencialidade?

Os psicólogos consideram a manutenção de sua privacidade extremamente importante e isso faz parte do código de ética dos profissionais de psicologia, a ponto de ser uma condição da sua licença profissional. Psicólogos que violam a confidencialidade do paciente correm o risco de perder o direito ao exercício da profissão.

Não posso deixar sem esclarecimentos, entretanto, que a quebra do sigilo profissional está prevista no Código de Ética do Psicólogo para casos em que o paciente encontra-se em situação de risco ou oferece, no momento atual, risco a terceiros. Trata-se de uma decisão que cabe somente ao psicólogo, mesmo se demandada por instâncias superiores. O psicólogo tem autonomia técnica e ética para fazê-lo quando julgar necessário, conforme gravidade de cada caso e desde que não fira o Código de Ética ou as resoluções do Conselho Federal de Psicologia. Se, ao longo do processo de atendimento, o psicólogo detectar que o sujeito está sob uma situação de violência ou abuso, por exemplo, – e que há chance de esse ato repetir-se – ou ainda em situação de risco à sua integridade ou a de terceiros, então o profissional pode optar pela quebra de sigilo, apresentando uma denúncia (que pode ou não ser anônima) junto ao órgão competente.

Para fins psicoterapêuticos, que é o foco principal desse artigo, recomendo que, para tornar sua psicoterapia tão eficaz quanto possível, seja aberto e honesto sobre seus pensamentos e comportamentos mais privados. Isso pode ser estressante, mas não precisa se preocupar com seus segredos pois o psicólogo não os compartilhará com ninguém. Eles levam a confidencialidade tão a sério que podem até não agir como se não lhe conhecesse, caso se lhe encontre no supermercado ou em qualquer outro lugar - e não há problema se você não disser “oi!” também. Psicólogos não se sentem mal com isso, pois entendem que o paciente está protegendo sua privacidade.

Algumas pessoas se perguntam por que não podem, simplesmente, falar sobre seus problemas com familiares ou amigos. O fato é que os psicólogos oferecem mais do que um lugar para desabafar e possuem anos de treinamento e experiência que em ajudar as pessoas a melhorar suas vidas. Além disso, há muitas evidências significativas mostrando que a psicoterapia é um tratamento muito eficaz do que um “bate-papo” com amigos. Centenas de estudos mostram que a psicoterapia ajuda as pessoas a fazer mudanças positivas em suas vidas – no mínimo, cerca de 80% das pessoas apresentam benefícios; um paciente de psicoterapia é melhor no final do tratamento do que 80% daqueles que não recebem tratamento algum.

Como funciona a psicoterapia – como é o processo?

Podemos dizer simplificadamente que o sucesso do tratamento é o resultado de três fatores concomitantes: (1) tratamento baseado em evidências e que seja apropriado para o seu problema, (2) a experiência clínica do psicólogo e (3) suas características, valores, cultura e preferências.

Quando as pessoas iniciam uma psicoterapia, geralmente estão sentindo que o sofrimento nunca terminará. A psicoterapia ajuda as pessoas a entenderem que podem fazer algo para melhorar a situação. Isso leva a mudanças que estimulam o comportamento saudável, melhorando relacionamentos, expressando melhor as emoções, agindo melhor no trabalho ou na escola, ou pensando cada vez mais positivamente. Embora algumas questões e problemas respondam melhor a um estilo particular de psicoterapia, o que permanece crítico e importante é a “aliança terapêutica” e o relacionamento com o psicólogo.

Quanto tempo leva uma psicoterapia?

Você pode pensar fazer psicoterapia significa se comprometer com anos de tratamento semanal. Isso, de forma alguma, é uma regra. A duração da psicoterapia depende de vários fatores: o tipo de problema ou distúrbio, as características e a história do paciente, os seus objetivos, o que está acontecendo na vida do paciente fora da psicoterapia e a rapidez com que ele progride. Algumas pessoas sentem-se bem aliviadas depois de uma só sessão de psicoterapia pois um psicólogo pode dar uma nova perspectiva, ajudá-lo a ver as situações de forma diferente e oferecer alívio para a dor psicológica ou emocional. A maioria das pessoas identifica alguma melhora após poucas sessões, especialmente se estiverem trabalhando sobre um único problema, específico e bem definido, e não esperaram muito tempo antes de procurar ajuda.

Se você estiver sofrendo de extrema ansiedade, por exemplo, poderá se sentir melhor simplesmente porque procurou ajuda - um sinal de esperança de que as coisas vão mudar. E mesmo que o seu problema não desapareça depois de algumas sessões, você pode se sentir confiante de que já está progredindo e aprendendo novas habilidades de enfrentamento que o ajudarão bem no futuro. Outras pessoas e situações exigem mais tempo - talvez um ano ou dois - para se beneficiarem da psicoterapia. Eles podem ter sofrido traumas graves, ter vários problemas ou simplesmente não está claro o que os está deixa insatisfeitos. Observo, com frequência, que muitas pessoas continuam a psicoterapia mesmo depois de resolverem os seus problemas e o motivo é que elas continuam a experimentar novas percepções, melhor bem-estar e melhor “funcionamento” na vida.

Como você  saberá que está pronto para parar com a psicoterapia?

A psicoterapia não é um compromisso vitalício. Você e o seu psicólogo decidirão juntos o momento da alta da psicoterapia. Um dia, você perceberá que não vai mais acordar com o problema que o levou à psicoterapia, ou você receberá feedbacks positivos dos outros, e então, você e o seu psicólogo avaliarão suas condições para você seguir em frente sem a psicoterapia.

E o que acontece depois que a psicoterapia acaba?

Você provavelmente visita seu médico para exames periódicos. Você pode fazer o mesmo com seu psicólogo. Talvez você queira se encontrar com seu psicólogo novamente algumas semanas ou um mês depois que a psicoterapia terminar apenas para relatar como você está. Não pense na psicoterapia como tendo início, meio e fim. Você pode resolver um problema, depois enfrentar uma nova situação em sua vida e sentir que as habilidades que aprendeu na terapia precisam de alguns ajustes. Basta entrar em contato com seu psicólogo novamente. Afinal, ele já conhece sua história. Evidentemente, você não precisa esperar por uma crise para vê-lo novamente. Você pode precisar apenas de uma sessão de "reforço" - pense nisso como um ajuste de saúde mental.

E sobre os custos? É caro fazer psicoterapia?

Muita gente pensa que fazer psicoterapia é caro, mas isso não é verdade. Psicólogos geralmente são acessíveis a adaptar os valores à realidade do paciente. Se você tem plano de saúde / convênio médico, verifique se ele pode cobrir serviços de saúde mental, como psicoterapia. Muitos pacientes que atendo tem praticamente custo zero, pois tem os valores pagos ressarcidos pelo plano de saúde.

Espero que essa informações sejam úteis para você que em está em dúvida sobre fazer psicoterapia ou não. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler mais sobre os motivos pelas quais as pessoas fazem psicoterapia!

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) e em meu canal do YouTube (www.youtube.com/c/CanaldoPsicologo) - acesse-os!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

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