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A DEPRESSÃO E SEU TRATAMENTO

(Série: Reeditando artigos interessantes)

A depressão é um dos mais frequentes transtornos mentais e afeta milhões de pessoas. Se você não ficou deprimido, as chances de vir a ser são enormes e é por este motivo que quero lhe dar essas dicas.

O tratamento da depressão não deve ser feito apenas com medicamentos. Ela é uma doença do organismo como um todo, logo compromete o físico, o humor e o pensamento. Como altera a maneira que a pessoa vê o mundo e a realidade, o entendimento das coisas, a manifestação das emoções, a disposição e o prazer com a vida, é necessário que o paciente submeta-se a uma psicoterapia para encontrar e resolver as causas da depressão. Os remédios eliminam os sintomas mas não atuam na causa. É realmente um transtorno sério e que afeta a inclusive forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

Sintomas da depressão: sensação de desespero e desânimo que não passa, sensação de desesperança, sentimentos de culpa, pouca energia, dificuldade de concentração, inquietação, distúrbios do sono, sensação de vazio, pensamentos negativos e tristes, dificuldade em manter relacionamentos normais, falta de interesse pela vida. Outros sintomas incluem síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), anorexia nervosa, chorar muito ou não conseguir chorar, sentimento de fracasso, etc. É importante mencionar que não precisa que o paciente apresente todos os sintomas para ser diagnosticado como depressivo.

A depressão pode ocorrer por causas psicossociais (surgem após algum evento estressor psicossocial severo, como luto, divórcio, brigas de casais, mudanças no trabalho, desemprego, doenças de entes queridos, mudança de cidades, etc.), causas genéticas (hereditariedade) e causas bioquímicas (nota-se o desequilíbrio de determinadas substâncias, tais como serotonina, noradrenalina, dopamina, acetilcolina e o sistema do ácido gama-aminobutírico). Também associados à depressão estão o consumo abusivo de drogas ou álcool e dietas, assim como as variações hormonais.

É muito importante que você tenha uma orientação adequada para o diagnóstico e tratamento da depressão com um médico ou um psicólogo clínico pois ambos tem como objetivo ajudá-lo a entender a depressão e desenvolver formas de lidar com ela. Mas assim como os medicamentos, uma psicoterapia não traz resultados imediatos. 

Algumas perguntas facilitam o diagnóstico da depressão, tais como:
• Alguém em sua família sofre de depressão?
• Está tomando algum medicamento? 
• Você sofreu alguma alteração ou perda importante em sua vida? 
• Tem tido alterações no sono ou no apetite? 
• Tem pensado em morte ou suicídio? 
• Tem dificuldade de se concentrar no trabalho? 
• Tem sentido mudanças no desejo sexual? 

A depressão é uma doença tratável mas poucas pessoas procuram tratamento. Esse deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo, incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto, o tratamento deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Deve-se tratar os pacientes deprimidos contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas.

As intervenções psicoterapêuticas podem ser de diferentes formatos, como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família. Há vários fatores que influenciam no sucesso tais como motivação, depressão leve ou moderada, ambiente estável e capacidade para insight. Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida. O uso de antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas de 60% a 70%, no prazo de um mês. 
O tratamento antidepressivo é mais complicado quando são observados risco de suicídio, melancolia severa, episódios recorrentes, mania ou hipomania prévia, depressão com características psicóticas, depressão com características catatônicas, dependência de álcool ou abuso de substâncias, depressão pós-psicótica e depressão superposta a distúrbios de personalidade. Nesses casos, ou quando há risco de homicídio, quando falta ao paciente suporte psicossocial ou quando o paciente não coopera, a prática recomendada é a da hospitalização.

Independentemente do estilo da psicoterapia, essa tem que focar sempre a melhoria dos sintomas e a eliminação dos distúrbios funcionais. A psicoterapia ajudará o paciente a compreender como algumas relações interpessoais, acontecimentos ou maneiras de pensar, contribuem para o seu estado clínico. A psicoterapia ajudará também a reverter alguns traços muito comuns da depressão como imagens negativas sobre si próprio, sentimentos negativos em relação ao futuro e baixa auto-estima. 

Minhas escolhas ao tratar pacientes com quadro de depressão, levam em conta um conjunto de medidas psicoterapêuticas básicas que, unidas à farmacoterapia, vêem multiplicados os seus efeitos: 
  1. Prestar prestar apoio ao paciente e ajudá-lo a compreender que uma depressão é transitória. Eliminar possíveis sentimentos de culpa, fazer o paciente perceber a melhoria depende do seu esforço e que seus familiares esperam por isso. Mostrar que as pessoas sabem que ele está doente e que se trata de uma situação em que a vontade está também afetada.
  2. Recuperar a auto-imagem e a autoestima dos pacientes e reforçar os comportamentos positivos pondo em relevo a atitude a favor da cura.
  3. Melhorar as relações sociais pois o paciente depressivo tende a isolar-se. Identificar o melhor momento e estimular o paciente a sair, mobilizar-se, fazer amigos e outras acoes que melhorarão a sua autopercepção.
  4. Gratificar afetivamente e reforçar todas as conquistas, por mínimas que sejam, obtidas pelo paciente.
  5. As minhas medidas psicoterapêuticas também incluem o que não se deve jazer. Por exemplo: insistir em que o paciente ponha em jogo uma força de vontade supostamente indispensável ou incutir nele uma atitude duvidosa ou vacilante face às vivências depressivas (de culpa ou de morte) de que padece.

Por fim, insisto em reforçar a importância da psicoterapia para reconhecer e explorar fatores que precipitem a depressão e que envolvam perdas interpessoais, disputa de funções, isolamento social ou deficiências no relacionamento social; uma terapia que aposta na exploração e clarificação desses fatores, encoraja os afetos, analisa a comunicação, faz um uso terapêutico das relações interpessoais e promove técnicas de alteração comportamental.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612

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