Formas de Contato:

Fone e Whatsapp: 11.94111-3637

Email: paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL

 VÍDEO

(Leia o artigo FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL abaixo desse vídeo)


ARTIGO: FAKE NEWS AFETAM A SAÚDE MENTAL

As “Fake News” e as desinformações estão tornando a vida mais complicada e sendo responsáveis pela ida de muita gente aos consultórios de psicólogos clínicos, já que podem exacerbar os problemas de saúde mental que temos, aumentando os sintomas e tornando mais difícil a cura ou a maneira de lidar com eles. Essas manifestações nas mídias sociais representam, realmente, uma séria ameaça à estabilidade social e à saúde mental. Levam a novos problemas psicológicos que se desenvolvem devido à dificuldade em lidar com essa falsa realidade, a qual apresenta condições que podem facilmente desencadear ataques de pânico, fobias, ansiedade, desesperança, desespero, tristeza e TOC. Para algumas pessoas as “Fake News” e desinformações alimentam sentimentos negativos e podem até impedi-las de continuar com seu estilo de vida normal por estarem sintonizadas no ciclo de falsas notícias 24 horas por dia. 

A verdade é que a exposição a informações imprecisas desse tipo pode levar à confusão sobre o que é verdadeiro e real, endossando ideias incorretas e fomentando a disposição de compartilhar as informações imprecisas. De fato, é difícil se aventurar de modo online hoje em dia – ou ligar qualquer emissora de televisão – sem se deparar com acaloradas discussões ou propagações de “notícias falsas.  Para muitos consumidores de mídia, pode parecer que estamos vivendo uma era distópica totalmente nova, com cada ciclo de notícias ou coletivas de imprensa nos enviando ainda mais para o fundo do poço. Isso é muito entristecedor e um verdadeiro retrocesso psicossocial.

Na psicologia, acredita-se que as crenças epistêmicas (do conhecimento real e verdadeiro) se desenvolvem e se solidificam durante a infância e a adolescência. Para as crianças, há apenas preto ou branco em muitas questões: uma ideia é boa ou ruim, uma proposição verdadeira ou falsa. Mais tarde, elas aprendem a diferenciar: se alguém gosta de Beethoven ou gosta de músicas pop é uma questão de gosto. Durante esse período, elas tendem a ver opiniões diferentes como iguais – mesmo aquelas sobre questões como as mudanças climáticas causadas por humanos. Em algum momento, aprendemos a avaliar diferentes posições; por exemplo: sim, há opiniões diferentes, mas algumas mais apoiadas em evidências do que outras. Mas nem todos parecem dar esse passo, ficando para o emocional um papel preponderante na qualificação das informações recebidas. Uma vez que “Fake News” (falsas, incompletas ou enganosas) visam manipular as opiniões alheias, elas são projetadas para provocar uma resposta emocional de um leitor/espectador, sendo, muitas vezes, de natureza inflamatória e que podem provocar sentimentos de raiva, suspeita, ansiedade e até depressão, distorcendo nossos pensamentos. 

Mas não é só isso! Reconhecer ou perceber que são notícias falsas também pode provocar sentimentos de raiva e frustração, especialmente se o receptor se sentir impotente diante das tentativas de manipular a opinião pública por meio de “Fake News”. Então, e o que acontece quando encontramos esse tipo de informação? Podemos passar a “pensar” com nosso “cérebro emocional” em oposição ao nosso “cérebro racional”. Assim, tornar-se consciente de que tipo de mídia desencadeia o pensamento emocional e aprender a empregar o pensamento racional pode ajudar. 

Felizmente, os psicólogos conseguiram identificar um tipo de personalidade que não apenas é mais propenso a compartilhar “Fake News” como inclusive não se intimida em compartilhá-las, mesmo depois de ser avisado de que pode ser falso.

Conscienciosidade refere-se à disposição de uma pessoa em ser diligente, confiável, obediente, cautelosa, controlar seus impulsos e seguir as normas sociais. A consciência, portanto, tem papel significativa nesses casos, exceto para esse tipo de personalidade, o qual tem interesse exclusivo na auto-satisfação.

A consciência é um dos traços que compõem a personalidade humana, sendo a conscientização (processo de tornar-se consciente) fundamental quando se trata de identificar o que é informação correta e o que não é. Acontece que essas pessoas compartilham informações  errôneas parece ser motivadas pelo desejo de criar caos. Lamentavelmente, esse desejo não é reduzido mesmo quando o indivíduo viu um aviso de que a história que estava compartilhando pode ser falsa. À vista disso, uma questão crítica para o futuro é que se há algo que possa ajudar a reduzir esse comportamento, talvez seja abordando o desejo de caos desses indivíduos.

As pessoas que negam a existência de fatos acreditam em “Fake News” com mais frequência. São aqueles que chamamos de “pessoas com traços de personalidade sombrios”, ou seja, são as pessoas que sempre colocam seu próprio benefício em primeiro lugar.

Algumas pessoas acreditam em “Fake News” mesmo quando os fatos científicos claramente as contradizem. Essa característica é chamada de "fator obscuro da personalidade" e leva em conta vários traços de personalidade sombrios, como narcisismo, psicopatia ou maquiavelismo. Pode se dizer que "todo mundo é egoísta até certo ponto", no entanto, é problemático quando as pessoas se concentram em seu próprio bem-estar com tanta força que os interesses de seus semelhantes não desempenham mais nenhum papel.

Como citei, as pessoas com traços de personalidade sombrios distorcem a realidade de acordo com seu próprio benefício e quanto menos eles acreditam na existência dos fatos, mais difícil é para que se separe as afirmações verdadeiras das falsas. Além disso, quanto mais forte é o "fator obscuro da personalidade", ou seja, quanto mais acentuado seu interesse próprio em detrimento dos outros, mais eles duvidam que haja diferença entre as descobertas científicas e meras opiniões. Quer dizer, essas pessoas só acreditam no que parece verdadeiro para elas, consequentemente, acham difícil distinguir declarações verdadeiras de falsas; deste modo, possuem predisposição e desimpedimento para acreditar que notícias falsas são verdadeiras - pessoas com traços de personalidade sombrios dobram a realidade ao seu próprio gosto.

Mas existem algumas maneiras de se proteger dos efeitos das notícias falsas:

  1. Mantenha-se informado usando fontes confiáveis.
  2. Converse com amigos ou familiares que estejam interessados ​​em se manter bem informados.
  3. Não acredite em tudo que lê nas redes sociais ou vê na TV.
  4. Questione:
    • Onde está publicado?
    • Que tipo de conteúdo é esse?
    • Quem se beneficia da minha crença em sua veracidade?
  5. Considere que os traços de personalidade que melhor descrevem os consumidores de notícias falsas são histrionismo (emocionalidade excessiva e busca de atenção), esquizotipia (capacidade de estabelecer vínculos afetivos devido a distorções da realidade e comportamentos excêntricos), paranóia e narcisismo.
  6. Considere que indivíduos com tendências de sugestionabilidade e busca de emoções correm mais risco de não detectar notícias falsas corretamente.
  7. Os vieses cognitivos (como o Efeito Barnum) são variáveis ​​que estimulam o consumo de notícias falsas (O Efeito Barnum é um tipo de viés cognitivo significando que ele faz parte de um enorme conjunto de erros cometidos pelo cérebro, que, ao processar as informações recebidas do mundo à nossa volta, toma conclusões equivocadas como corretas. Assim, essas pessoas conseguem dar muito sentido às coisas à primeira vista e, até certo ponto, isso basta para entender o seu contexto e sobreviver).
  8. Intervenções psicológicas baseadas no pensamento crítico podem ser úteis para prevenir o consumo de notícias falsas.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os!

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.

Atendimentos presenciais e por internet.

Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.