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O ADOLESCENTE E A SUA AUTOESTIMA


Ajude os adolescentes a manter a auto-estima saudável!
O conceito de auto-estima talvez seja justificado como parte do direito de todos à busca da felicidade e de autorrealização. É certo que isso está enraizado em nossa sociedade por conta da ênfase no individualismo e é nutrido pela crença no autoaperfeiçoamento e no sucesso material. Além disso, a autoestima possui um certo apelo e está validado pelo senso comum. Considerando a capacidade de escolher, pode-se dizer que a maioria das pessoas preferiria ter uma autoestima elevada do que baixa, porque elas ligam isso ao bem-estar pessoal e à eficácia pessoal.

Do meu ponto de vista, a autoestima pode ter um impacto significativo nos relacionamentos. Infelizmente sabemos que num grande número de famílias, há membros bastante inclinados a agir mal com os demais quando estão se sentindo mal consigo mesmos. Quanto pior eles se sentem em relação a si mesmos, pior eles tratam os outros, daí são tratados, de volta, de modo ruim, piores acabam se sentindo sobre si mesmos, pior eles tratam os outros, e assim o ciclo de infelicidade é estabelecido. Nas famílias de baixa autoestima, os relacionamentos realmente podem se tornar mutuamente destrutivos. Nas famílias de elevada autoestima, no entanto, o inverso parece mais provável de ocorrer. Quanto melhor os membros da família se sentem sobre si mesmos, melhor eles se tratam, daí são tratados, de volta, de forma melhor, todos tendem a tornarem-se melhores. Nessas famílias, os relacionamentos geralmente são mutuamente afirmativos e positivos e os seus membros parecem mais inclinados a fazer o melhor para os outros, e não o pior. Portanto, a autoestima positiva não é um tipo de modismo popular ou um “novo babado”. O funcionamento feliz e saudável de indivíduos e famílias depende em parte de uma boa autoestima, particularmente durante a adolescência dos filhos.
Há dois grandes momentos relativos à autoestima durante o curso normal da adolescência. O primeiro ocorre no início da adolescência (9-13 anos), quando a distanciamento do jovem da sua própria infância cria uma perda de contentamento ao não ser definido e tratado por mais tempo como uma criança. Nesse processo, muitos componentes do autoconceito, agora considerados "infantis" (interesses principais, atividades preferidas e relacionamentos que dão suporte à autoestima) podem ser sacrificados em prol do crescimento em direção ao futuro. Muitas "coisas infantis" de significativo valor psicológico podem ser jogadas fora: brinquedos antigos e hobbies podem ser abandonados, e até os amorosos avós podem ser colocados à distância.
O segundo momento na autoestima ocorre no final da adolescência, quando são mais independentes (18-23 anos), e quando o jovem é confrontado com a assustadora realidade da vida livre e autônoma, e se sente oprimido e diminuído pelo choque do futuro. Não aceitando esse desafio e, às vezes, agindo dessa maneira, é fácil sentir-se desapontado consigo mesmo, desmoronar-se e até mesmo se punir, podendo ter pensamentos como: "aqui estou, com 22 anos, ainda bagunçando, desorientado, e não consigo arrumar minha vida!"
Mas, o que é autoestima? Não é algo real no sentido de poder ser examinado visualmente, fisicamente tocado ou observado diretamente. Semelhante a noções como "inteligência" ou "consciência", a autoestima é um conceito psicológico abstrato criado para descrever parte da natureza humana de uma pessoa. Sua existência e utilidade são inferidas através de ações e expressões consideradas evidências de sua presença.
Assim como a solução de um problema pode ser considerado evidência de inteligência, ou, agir de acordo com as crenças éticas pode ser considerado evidência de consciência, insistir em ser tratado de forma justa e respeitosa pode ser considerado como evidência de autoestima. Mais especificamente, a autoestima é composta de duas palavras em uma. Separe-os e o significado fica mais claro. "Auto" é um conceito descritivo e que especifica a si próprio: por quais características específicas identifico o que refere-se a mim? "Estima" é um conceito avaliativo: como eu julgo o valor que tenho? Autoestima, então, refere-se a como uma pessoa identifica e avalia sua definição de si mesmo.
Considere a autoestima como identificação... Quando o adolescente compromete sua identidade apenas com uma parte da vida (ter amigos, competir nos esportes, ter alto desempenho acadêmico, etc.), e os amigos se afastam, ou uma lesão encerra suas participações nos esportes, ou o desempenho escolar diminui, a estima desaba: "Eu não sou nada sem meus amigos!", "Eu sou inútil sem o jogar futebol!", "Eu sou um fracasso se eu não tirar uma nota A!". Para manter a constância relativa de bem-estar durante os altos e baixos normais da adolescência, é realmente útil ter múltiplos pilares de autoestima.
Considere a autoestima como avaliação... Quando o adolescente é rotineiramente duro consigo mesmo (insistindo na excelência, criticando-se por seus fracassos, punindo-se por seus erros, etc.), logo, quando suas expectativas não são satisfeitas, quando as suas imperfeições se tornam aparentes, quando comete erros humanos, daí então a estima desaba: "Eu sou tão estúpido!", "O que há de errado comigo?", "Eu não posso fazer nada certo!" Para manter a constância de bem-estar durante os tentativas e erros da adolescência, será de muita valia que se aprenda a tratar-se com tolerância e compreensão.
Particularmente, numa resposta a uma experiência ruim em que uma tomada de decisão impulsiva ou insensata acarretou em erros, decepções ou problemas, um adolescente pode fazer uma autoavaliação bastante severa, dando excessiva importância a passos comuns que, sistematicamente, diminuem a autoestima. Esses passos são (1) fazer uma má escolha, (2) ter sentimentos negativos, (3) sentir-se culpado, (4) autocriticar-se, (5) punir-se por agir mal, (6) tratar a situação desfavorável como merecida, e (7) gastar mais energia em penitências do que em recuperação.
Se o seu filho ou filha começar a autoagredir-se por fazer escolher imprudentes ou porque a vida não está indo bem, você pode dizer a eles algo como: "Machucar-se quando você já está machucando só piora a dor. Quando você estiver sofrendo, fique um tempo sem se tratar mal – ao contrário disso, trate-se bem! Dessa forma você poderá se motivar a fazer melhor depois, numa outra ocasião".
Há algo mais que mais você pode dizer ao seu filho adolescente sobre a autoestima? Sim! Você pode dizer a ele o seguinte: "quanto mais estreitamente você se define e quanto mais você se avalia negativamente, mais corre o risco de diminuir a sua autoestima. Nesse estado de infelicidade, você, evidentemente, corre o risco de tratar mal a si mesmo e aos outros. Então, faça um favor a si próprio e mantenha sua autoestima elevada, defina-se amplamente e avalie-se gentilmente; na maioria das vezes, você apreciará o valor e desfrutará da companhia de quem e como você é".
Existe realmente essa coisa de ter muita autoestima muito positiva? A resposta é sim, e talvez não seja algo tão bom! As pessoas que se valorizam muito, frequentemente acreditam que são superiores, e que sempre têm razão, são merecedoras de consideração e tratamento especiais, não precisam admitir discordância, sabem de tudo (ou pelo menos tudo que vale a pena conhecer), e que devem ser autorizadas para guiar a vida dos outros. Bem, o fato é que muitos tiranos, pequenos e grandes, desde a criança autorizada até o cruel déspota, tiveram uma autoestima extremamente alta porém ao custo de outras pessoas.
Dentro da matriz de conceitos que explicam o funcionamento psicológico, acredito que a autoestima tenha um lugar útil. Por mais importante que seja, no entanto, a elevada autoestima não é tudo. Por exemplo, a autoestima positiva demais não impede a transgressão. As pessoas com autoestima dessa forma se sentem extremamente fortes sobre quem e como são, e podem se tornar valentões, criminosos e até fanáticos destrutivos. O mal pode, de fato,  reivindicar uma autoestima muito alta. Veja que a autoestima independe do resultado que se alcança, ou seja, não garante a realização. As pessoas que se sentem confiantes em ter um bom desempenho ainda assim são capazes de causar mal-entendidos, erros de cálculo e outros erros. A autoestima elevada pode levar a pessoa ao fracasso e ao sucesso.
Por fim, uma singela mensagem: se você quer se sentir orgulhoso de si mesmo, você tem que fazer coisas que possa fazer você se sentir orgulhoso - os sentimentos seguem as ações.
Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem quanto à autoestima dos adolescentes. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! Clique AQUI para informar-se sobre relacionamentos abusivos na vida dos adolescentes.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612

OS PAIS E O CONTROLE DOS FILHOS ADOLESCENTES

Esse é um importante conflito para os pais: segurar o filho adolescente ou deixá-lo viver a vida?
À medida em que o jovem adolescente segue a sua jornada de amadurecimento, ele passa a pressionar seriamente os seus pais com a intenção de obter mais liberdade para crescer, ora buscando mais independência, ora tentando diferenciar-se por suas características e pelo desenvolvimento da sua individualidade. Em contrapartida, os pais estão sempre ponderando se devem manter as coisas como sempre foram desde a infância ou se deixam as coisas mudarem, dando mais espaço e reconhecimento aos filhos.
Este conflito recorrente assume muitas formas como, por exemplo, os pais se questionarem: “Devo proibir ou permitir?”, “Devo intervir ou ignorar?”, “Devo falar ou calar a boca?”, “Devo proteger ou deixar correr o risco?”, “Devo duvidar ou confiar?”, “Devo insistir ou ceder?” e assim por diante. Mas qual o grau de controle e influência um pai ou uma mãe deve exercer, afinal, agir pouco pode ser negligente e agir demais pode ser opressivo?
Na verdade, o que o adolescente precisa dos pais é um mix de “segurar e largar”. Os pais não tem as respostas certas o tempo todo, e com isso, tem dúvidas continuamente: "E se eu apenas o deixasse tentar?", "Será que eu deveria ter dito não?".
O fato é que é assim que cresce o adolescente – apesar disso e em parte disso! Isto é, cresce “apesar e por causa” do que os pais decidiram controlar ou não controlar, e essa mistura costuma ser boa o bastante para o jovem definir como cuidará de si mesmo sendo um adulto jovem funcionalmente independente e totalmente individual. É claro que os pais podem ser criticados por seus filhos por cometerem erros numa direção ou outra. As críticas mais comuns são acusar a mãe de ser superprotetora, ou acusar o pai de que ele não o ajuda, quando na verdade, o pai escolheu deixar que o filho tomasse suas próprias decisões. Abençoados os pais porque eles podem ser "culpados" em ambos os casos, mas vamos refletir um pouco sobre as suas ações (ou “culpas”).
Pais responsáveis costumam manter uma estrutura familiar permeada de regras e expectativas saudáveis, ​​para que os membros de sua família vivam em segurança. É neste ambiente que o adolescente cresce e no qual, muitas vezes, faz pressão para a mudança e para desenvolver-se. Esses pais optam por fornecer orientação, estrutura e supervisão constantes. As tensões, evidentemente, podem tomar vulto a ponto dos pais afirmarem coisas como “educar, ser pai ou mãe, não é um concurso de popularidade e nós podemos decidir algo conforme o que acreditamos ser o melhor para você; sabemos que você pode inclusive não gostar pois você quer o contrário da nossa decisão. No entanto, nós prometemos estar sempre onde temos que estar, ser flexíveis onde pudermos e sempre dar ouvidos a tudo o que você tem a dizer. Ouvi-lo será sempre muito importante, porque a uma de nossas missões é criar meios para que todos nós, pais e filho, permaneçamos comunicativa e carinhosamente ligados, à medida em que a adolescência nos separa gradualmente, como é o que esperamos que ocorra”.
Dar liberdade ao filho também é importante. Os pais estimulam os filhos dando-lhes mais responsabilidade e independência para a tomada de decisão. Eles fazem isso conscientemente, especificando o que eles exigem do adolescente antes de se dispuserem a colocar aquele jovem ansioso em risco e com mais liberdade pessoal. Se quiserem, fica a sugestão abaixo, uma espécie de "contrato de liberdade", a qual pode ser adotada pelos leitores, e que abrange os seguintes pontos:
  • Credibilidade - dar informações adequadas e precisas aos pais.
  • Previsibilidade – manter as promessas e acordos firmados com os pais.
  • Prestação de Contas – reconhecer e assumir as consequências das escolhas feitas com os pais;
  • Responsabilidade – cuidar das suas tarefas e “negócios” em casa, na escola e no mundo;
  • Mutualidade - viver numa “mão-dupla”, dando e recebendo, na relação com os pais;
  • Disponibilidade – estar disposto a discutir as preocupações dos pais quando elas surgirem;
  • Civilidade – comunicar-se com os pais com palavras educadas, afetivas e respeitosas.
Quanto mais o jovem se apega aos pontos acima, mais inclinado a conceder liberdade os pais provavelmente se tornam. No outro extremo, se o adolescente mentir, quebrar compromissos, culpar os outros, agir de forma não responsável, não se mostrar disponível para falar e usar linguagem ofensiva, é mais provável que os pais endureçam, restringindo o espaço e liberdade dos filhos.
Para que não se pense que o conflito “segurar o filho adolescente X deixá-lo viver a vida” só está nas mentes dos pais, peço que considere o início da adolescência (9 -13 anos). Não mais se contentando mais em ser tratado como uma criancinha, e querendo não fazer mais parte do grupo para o qual a “velha definição” se aplica, o jovem pode, ao mesmo tempo, sentir-se verdadeiramente dividido e ambivalente. Ela ou ele quer parar de agir como uma criança, mas ainda quer se apegar às atividades preferidas da infância, interesses e coisas que causarão tristeza se perdê-las. Ou, pense no adolescente do último estágio (18 – 23 anos), o qual deseja não ter mais as restrições familiares e agir de forma independente - ela ou ele também está dividido e ambivalente, pois ainda quer manter o apoio dos pais e também sente falta de algumas conveniências confortáveis ​​que a vida em casa proporciona.
É bom lembrar que se preocupar demasiadamente em apoiar ou não as escolhas dos adolescentes pode fazer com que os pais ignorem uma outra questão importante. Como poderão, na intenção de promover uma crescente capacidade de autogestão dos seus filhos, discutir produtiva e continuamente com eles sobre as escolhas que fazem, compreendê-los e praticar um bom aconselhamento? O controle parental certamente é importante, mas a comunicação é ainda mais importante.
Finalmente, é fundamental que os pais tomem cuidado se houver o controle for exercido a todo e qualquer custo, pois o esforço pode não valer a pena:
  • ao insistir no controle absoluto, os pais podem fomentar uma dependência doentia no adolescente em crescimento: "aprendi a fazer o que quer que eu seja forçado a contar".
  • quando os pais perdem seu próprio equilíbrio emocional para obter o controle, o adolescente pode acabar assumindo esse controle: "eu sei como usar a resistência para deixar meus pais realmente chateados".
  • ao colocar sua vontade contra a vontade do adolescente e vencer uma luta pelo poder, eles podem criar um grande e constante disputa. O adolescente pensará: "eu posso ter perdido essa batalha, mas serei cada vez mais forte para insistir contra eles e vencer a guerra!"
Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma excelente relação com seus filhos adolescentes. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! Clique AQUI para ler sobre como os adolescentes aprendem com seus próprios sentimentos.
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Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
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