
Há um fato inquestionável e muito preocupante, segundo a ótica da psicologia, que é o seguinte: em nossa sociedade, quase todas as pessoas tem medo da morte. Por que é preocupante? Ora, porque a psicologia visa o ser humano feliz e dedicado à vida, e, se uma pessoa quiser apreciar plenamente a vida, precisa enfrentar esta realidade, ou seja, aceitar que a impermanência e a morte são partes integrantes do estar vivo; e isso, numa medida ideal, deve vibrar dentro de nós e despertar-nos. Compreendendo o sentido da impermanência, muitos dos aspectos da vida que eventualmente se percebe como fascinantes e espetaculares podem parecer um pouco menos atraentes, além de, mais facilmente, facilitar o desapego às coisas e a perda de muitos medos, inclusive da pequena casca de proteção que envolve o ser. Pensar na impermanência da vida desperta o ser humano e lhe dá conta de que nesse exato momento ele está simplesmente vivo!
Os padrões de hábitos de uma pessoa são muito difíceis de quebrar e, quando fazem a tentativa de quebrá-los, sempre aparecem obstáculos que são os desejos e os apegos, os quais induzem a pessoa a repetir os mesmos modelos destrutivos. O psicólogo constata, durante a psicoterapia, que as necessidades emocionais de um paciente, por exemplo, não somente se habituam às coisas materiais, como também à sua auto-identidade. Isso passa a ser um dos focos da psicoterapia pois enquanto a pessoa não se solta de seus apegos à personalidade e à auto-imagem, será difícil até ver esses padrões de vida, quanto mais mudá-los. Percebe-se que, às vezes, a pessoa renuncia a coisas importantes como o dinheiro, o próprio lar, etc., sem grandes dificuldades. Mas os apegos emocionais, tais como o elogio, a censura, o ganho e a perda, o prazer e a dor, as palavras bondosas ou mesmo as ásperas, são muito sutís. Estão além do nível físico... existem na personalidade ou na auto-imagem e as pessoas não estão dispostas a deixá-los partir.

Freqüentemente, sentimo-nos desconfortáveis no presente e aflitos porque o que quer que esteja acontecendo é um “tanto e quanto” inesperado. Achamos difícil relacionar-nos aberta ou diretamente com as situações; fato é que enquanto focalizarmos o passado ou o futuro, nunca lidaremos com o presente e, assim sendo, ele nunca nos dará uma satisfação verdadeira. Quando encontrarmos, dentro de nós, a inspiração, abertura e equilíbrio, nossas vidas se tornarão genuinamente felizes e dignas de serem vividas, e poderemos então, encontrar felicidade (até em nossos trabalhos), pois a base do caminho espiritual é o desenvolvimento em nós mesmos, do que é verdadeiramente equilibrado, natural e significativo.
Enfim, quero dizer que o desfrutar a vida pode ser extremamente importante, porém, freqüentemente, as pessoas projetam a satisfação no futuro, de modo que suas vidas se enchem de sonhos vazios. Isso não quer dizer que se deve deixar de fazer planos inteligentes para o futuro, mas que as pessoas devem viver mais plenamente no presente, e assim, crescerem na direção de suas metas futuras até alcançá-las. Quando uma pessoa se abre para a sua experiência presente, compreende que, exatamente agora, pode desfrutar a sua vida.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
- Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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