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MULHERES JOVENS SEM ÂNIMO PARA O SEXO – POR QUE ISSO ACONTECE?


O período em torno dos 20 anos de idade costuma ser de muitas aprendizagens, festas e descobertas ou intensificação da sexualidade. Se a jovem estiver cursando uma faculdade, então terá várias chances de ir em festas, conhecer muitos amigos e “ficantes”. Numa cultura em que a sexualidade é largamente vivenciada, não transar é praticamente impossível. Bem, se você não está fazendo isso, pensando nisso, ou tentando fazer (ou mesmo as três coisas ao mesmo tempo), então deve haver algo errado com você, certo? Não! Calma, nem sempre é assim! Uma garota ter a libido diminuída não é incomum e isso não é algo que acontece apenas na menopausa. Cerca de 30 por cento das mulheres apresentam baixo grau de atividade sexual e isso pode estar, sim, acontecendo com você, mesmo aos 20 anos ou com idade próxima a essa.

A verdade é que existem muitos fatores que podem afetar o seu desejo sexual. O estresse, variações hormonais ou mesmo a simples diminuição do desejo por conta de um relacionamento de longo prazo são apenas alguns dos motivos mais comuns – e isso sem mencionar que o desejo sexual varia, naturalmente, de uma pessoa para outra. Logo, guarde essa informação de que a libido sempre "flutua" (há períodos com mais desejos e outros com menos ou nenhum), e que não há um padrão "normal" com o qual você possa se comparar. Mas isso não significa que você tenha que aceitar ficar com a libido (e o desejo sexual) diminuída. Se você notou uma queda súbita ou se isso é um problema contínuo e que lhe incomoda ou prejudica um relacionamento ou mesmo a sua vida, você pode fazer algo sobre isso. O primeiro passo é entender a(s) causa(s) desse problema.

Há muitas causas físicas possíveis como sentir dores durante a relação sexual ao invés de prazer; há também o cansaço, o abuso de álcool ou outras drogas, o estresse e alguns medicamentos que alteram a libido. Se, por exemplo, o seu corpo interpretar o estresse contínuo como uma ameaça à vida, naturalmente, a sobrevivência será priorizada antes do prazer. O estresse sobrecarrega as glândulas adrenais, "roubando" substâncias vitais para o desejo e para a resposta sexual. As mudanças hormonais igualmente podem ser uma importante causa. Se você já se notou desejando o sexo principalmente durante certos períodos do seu ciclo sendo que em outros há uma falta total desse mesmo desejo, certamente está ocorrendo um desequilíbrio hormonal que pode ser facilmente sanado. Às vezes, a pílula anticoncepcional provoca a diminuição do desejo e da excitação, bastando o médico mudar o método de controle ou simplesmente a pílula.

Lembro-me de uma paciente com 21 anos de idade que percebeu uma significativa queda em seu desejo sexual depois que começou a usar o anticoncepcional. Narrou que antes sempre estava com vontade se o namorado estivesse por perto, e que “aproveitavam" quase todas as oportunidades em que estavam sozinhos para transarem. Após iniciar o uso da pílula, apesar de estarem juntos constantemente, faziam menos sexo. Ela se considerava feliz ao lado dele, porém, não se sentia excitada sexualmente. Com o tempo, a falta de desejo afetou o seu relacionamento e sua felicidade. Eles superaram esse problema, ficaram juntos (ao que me parece até hoje) e são felizes, mas sem fazerem muito sexo. Importante registrar que esse não é um caso isolado!

Mas não se engane pensando que o sexo decorre apenas de causas físicas! Isso é apenas a superfície de todos os fatores que afetam o desejo sexual de uma mulher. A sexualidade é um processo único porque é emocional, psicológico e físico. Particularmente para as mulheres, os fatores psicológicos são, com frequência, mais importantes para uma libido saudável do que os fatores físicos. 

Culpas, a pressão social e a baixa autoestima são algumas das típicas razões de ordem psicológica que podem lhe impedir de curtir a vida sexual que você deseja. É comum as mulheres sentirem-se com baixa autoestima por se compararem a outras tantas mulheres que conhece ou com aquelas que a mídia propaga como sendo exemplos de mulheres poderosas e sexualmente ativas. É claro que, além disso, se a mulher estiver interessada num homem que ela sabe que não é bom para ela, poderá ser um grande desafio fazer o seu corpo preparar-se para ele. Outras mulheres são inibidas em seus desejos como resultado da educação e/ou de fortes mensagens culturais quedizem que "meninas boas" não querem sexo (ou não devem querer sexo, ou, não devem mostrar que querem sexo) - essas mulheres até conseguem experimentar seus desejos mas depois os reprimem por culpa ou vergonha. Quer dizer, são tantos fatores influenciando o apetite sexual que pode ser realmente difícil para uma mulher descobrir por que a sua libido está enfraquecendo.

Uma outra paciente de psicoterapia, também com 21 anos de idade e cursando a faculdade, contou-me no início do tratamento, que estava “acostumada” com sua baixa libido – “Paulo, não fazer sexo não é um problema para mim, porque eu tenho pouco ou nenhum desejo por isso". Atualmente ela está num relacionamento sério, comprometida há mais de um ano, mas lidar com a idéia de fazer sexo é um problema para ela – apesar de reconhecer que suas culpas e proibições provém, em parte, da educação conservadora e repressora que recebeu. Hoje eu a vejo lidando bem mais positivamente com esse assunto. Ela sabe que tem motivos superáveis que a fizeram ver o sexo como um problema e sua experiência tem sido, segundo ela, gratificante, fazendo-a feliz e esperançosa de ter um casamento igualmente feliz e duradouro. Veja, portanto, que as questões psicológicas podem ter um enorme efeito sobre o desejo sexual. Em muitas mulheres, infelizmente, esses problemas deixam um sentimento de serem sexualmente frustradas e confusas sobre o que fazer. São mulheres que, de certa forma, valorizam a lógica e não deixam as emoções assumirem o comando no quarto. Assim, na verdade, o medo ganha e o desejo sexual perde.

Então, o que você pode fazer sobre isso? Se você acha que sabe o que está causando sua falta de desejo ou não, é uma boa idéia falar com seu médico ou seu psicólogo sobre isso. Não significa que você esteja irremediavelmente com um problema com relação a sexo. Todos merecem ter uma vida sexual satisfatória, mas, enquanto isso não acontece, aqui estão algumas maneiras que podem lhe ajudar a elevar a sua libido: 
  • Alimente-se de forma saudável e faça exercícios regularmente: uma vida sexual saudável começa com a saúde em geral. Os exercícios físicos (não exagerados) produzirão substâncias que lhe farão sentir prazer e alegrias com mais facilidade e lhe ajudará a sentir-se mais sexy do que nunca. 
  • Viva com menos estresse: se a sua vida está repleta de atividades (aulas, estágios, trabalho, etc.), a sua agenda provavelmente está impactando o seu desejo sexual. Tente ficar sozinha para relaxar (um bom e demorado banho ou um bom livro). Isso lhe fará muito bem. 
  • Faça psicoterapia ou busque aconselhamento psicológico: se os problemas psicológicos fizeram sua libido e desejo sexual caírem, é recomendado que você procure um profissional da área de psicologia para falar sobre essas questões. Uma importante recomendação é que ao buscar um psicoterapeuta, tenha cuidado e evite pessoas que se autodenominam “terapeutas” ou “Coaches de Vida” pois esses não possuem a devida formação em Psicologia e não pertencem nenhum Conselho de Profissão Regulamentada, como é o caso dos psicólogos (CRP). 
  • Entre em contato com sua sexualidade: seja você solteiro ou não, uma boa vida sexual começa quando você se sentir confortável a respeito da sua própria sexualidade. Fique algum tempo sozinha e considere o que está acontecendo sexualmente com você, medite, reflita sozinha, além de buscar a ajuda de um profissional. 
  • Enriqueça sua vida sexual: se você estiver em um relacionamento estável, porém sentindo que está caindo numa rotina, isso pode ser prejudicial à sua libido. Tente conversar mais sobre isso com seu namorado ou marido e reserve tempo para a prática do sexo - os estudos mostram que quanto mais sexo você fizer, mais sexo você desejará. Elimine as pressões da vida no momento da transa e faça do sexo algo divertido. Concentre-se no desenvolvimento de sua autoconfiança e segurança pessoal recebendo massagens de seu parceiro (enquanto está nua), dormindo nua com ele, lendo poesias ou contos eróticos juntos, assistindo a filmes, etc. Ou seja, apenas concentre-se em sua própria sensualidade e sexualidade por algum tempo, sem qualquer expectativa de resultados ou orgasmo.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

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