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ESTRESSADO, DESAPEGADO, CANSADO E SEM MOTIVAÇÃO? SAIBA O QUE É A SÍNDROME DE “BURNOUT”

O “Burnout” é um daqueles momentos da vida em que os profissionais de alto nível deveriam ser mais cuidadosos consigo mesmos. Entretanto, a sensação do tipo “eu sou capaz de fazer tudo" dificulta a percepção do desenvolvimento dessa condição, e o profissional, tão apaixonado pelo que faz, acaba ignorando o fato de estar trabalhando excessivamente, assumindo altos volumes de atividades e colocando uma enorme pressão sobre si próprio.
A síndrome de “Burnout” pode afetar qualquer profissão, atingindo especialmente aqueles chamados "workaholics" – pessoas que vivem para o trabalho e que mostram altos níveis de exigência, além de ideias perfeccionistas. Profissões que impactam de forma direta a vida de outras pessoas são frequentemente muito afetadas, tais como profissionais da saúde em geral, principalmente, médicos e enfermeiros, jornalistas, advogados, professores, psicólogos, policiais, bombeiros, oficiais de Justiça, assistentes sociais, atendentes de telemarketing, bancários, executivos e outros.
Burnout” é um estado de estresse crônico que leva à exaustão física e emocional, desprendimento e desapego quanto a coisas, fatos e pessoas, e sentimentos de ineficácia e falta de realização. Mas não é apenas o resultado de longas horas de trabalho, como muitos pensam. O desprendimento (ou indiferença), a depressão e a sensação de esgotamento podem ocorrer quando uma pessoa não está no controle de como o trabalho está sendo realizado. Igualmente angustiante é trabalhar para um objetivo que não faz eco com as próprias crenças, ou quando o profissional não tem apoio - no escritório ou em casa. Qualquer que seja o motivo, o fato é que quando se sente num estado de esgotamento completo, o indivíduo não é mais capaz de funcionar efetivamente, seja num nível pessoal ou no profissional.
É importante saber que o “Burnout” não acontece de repente - a pessoa não acorda numa manhã e, de repente, se sente esgotado! É algo insidioso, que ocorre com o decorrer do tempo como um vazamento lento, o que torna a condição muito mais difícil de ser diagnosticada. Ainda assim, corpos e mentes dão os avisos, e se a pessoa saber o que procurar, poderá reconhecê-lo antes que seja tarde demais.
Cada uma das consequências do “Burnout” citadas no (3º parágrafo) acima é caracterizada por certos sinais e sintomas, havendo, inclusive, sobreposição em algumas delas. Há um pouco de semelhança com o estresse, sendo a  diferença uma questão de grau - isso indica que quanto mais cedo os sinais forem identificados, maior será capacidade de se evitar o “Burnout”.
Quanto à exaustão física e emocional:
Fadiga crônica: no início, a pessoa pode se sentir com falta de energia e cansado na maioria dos dias. Mais tarde, se sentirá física e emocionalmente exausto, eventualmente com uma sensação de medo pelo que está por vir em determinado dia.
Insônia: nos estágios iniciais, pode surgir dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo uma ou duas noites por semana. Nos estágios avançados, a insônia pode se tornar uma provação persistente, e a pessoa fica tão exausta que não consegue dormir.
Esquecimento, dificuldade de concentração e atenção: a falta de foco e um leve esquecimento são sinais iniciais. Mais tarde, os problemas podem chegar ao ponto do profissional não conseguir fazer o seu trabalho e tudo começar a se acumular.
Sintomas físicos: os sintomas físicos podem incluir dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, dor gastrointestinal, tontura, desmaios e/ou dores de cabeça - todos esses sintomas devem ser avaliados por um médico.
Surgimento de doenças ou piora de outras: como o corpo está esgotado, o sistema imunológico fica enfraquecido, tornando-o mais vulnerável a infecções, resfriados, gripes e outros problemas médicos relacionados ao sistema imunológico.
Perda de apetite: no início, a pessoa pode não sentir fome e pular algumas refeições. Em estágios avançados, pode ter uma perda importante de seu apetite e começar a emagrecer rápida e exageradamente.
Ansiedade: no início, podem haver sintomas leves de tensão, preocupação e nervosismo. À medida que o esgotamento vai se instalando, a ansiedade pode se tornar tão séria que interfere na capacidade de trabalhar de forma produtiva, causando problemas também na vida pessoal.
Depressão: nos estágios iniciais, a pessoa pode se sentir levemente triste, um pouco sem esperança, experimentando sentimentos de culpa e inutilidade como consequência. Na pior das hipóteses, se sentirá preso/limitado, severamente deprimido, e poderá pensar que o mundo ficaria melhor sem ele– uma pessoa cuja depressão causa esse pensamento deve procurar ajuda profissional com urgência.
Raiva: a princípio, isso pode se apresentar como tensão interpessoal e irritabilidade. Mais tarde, pode se transformar em explosões de raiva e discussões sérias em casa e no trabalho - se a raiva chegar ao ponto de se transformar em pensamentos ou atos de violência contra familiares ou colegas de trabalho, a pessoa deve procurar assistência profissional com urgência.
Quanto ao desprendimento e desapego quanto a coisas, fatos e pessoas:
Perda de prazer: no início, pode ser muito branda, como não querer ir trabalhar ou estar ansioso para ir embora. Sem tratamento, a perda de prazer pode se estender a todas as áreas da vida, incluindo o tempo que passa com a família e os amigos. No trabalho, pode tentar evitar projetos e descobrir maneiras de escapar das atividades profissionais. 
Pessimismo: a princípio, isso pode se apresentar como uma conversa interna negativa e/ou algo como "deixar de ver o copo meio cheio para vê-lo meio vazio". Na pior das hipóteses, isso pode ir além de como a pessoa se sente em relação a si mesma e estender-se a questões de confiança com colegas de trabalho e familiares, num sentimento de que não se deve contar com ninguém.
Isolamento: nos estágios iniciais, isso pode ser uma resistência moderada à socialização (por exemplo, não querer sair para almoçar, fechar a porta “sem querer” para manter os outros fora, etc.). Depois, pode sentir raiva quando alguém fala ou interage, ou pode passar a entrar cedo ou sair tarde do trabalho e outros locais para evitar interações.
Desprendimento: como um desapego, refere-se a um sentimento geral de se sentir desconectado dos outros ou do seu ambiente. Pode tomar a forma dos comportamentos isolados descritos acima e resultar no distanciamento emocional e físico do trabalho (ou de outros ambientes) e das suas responsabilidades. Ocorre, com frequência, o adoecimento como forma de evitar o contato com outros, parar de retornar ligações e e-mails, ou chegar atrasado regularmente.
Quanto aos sentimentos de ineficácia e falta de realização:
Sentimentos de apatia e desesperança: isso é semelhante ao descrito no item “depressão” acima. É uma sensação de que, no geral, nada está indo bem ou nada importa. À medida em que os sintomas pioram, essas sensações podem se tornar imobilizadoras, fazendo parecer que as experiências e coisas da vida não tem objetivos.
Maior irritabilidade: isso muitas vezes é resultado de se sentir ineficaz, sem importância, inútil, e de uma sensação crescente de que não é capaz de fazer as coisas de forma tão eficiente ou eficaz como já fez em algum dia. Nos estágios iniciais, isso pode interferir nas relações pessoais e profissionais, porém, em estágios avançados, pode destruir relacionamentos e carreiras.
Falta de produtividade e baixo desempenho: apesar de muita dedicação no trabalho, o estresse crônico impede que o profissional seja tão produtivo quanto antes, o que geralmente acarreta em projetos incompletos e numa lista de tarefas cada vez maior. Às vezes, parece que, por mais que se tente, não há como diminuir a quantidade de trabalho e melhorar a sua qualidade.
O tratamento da síndrome de “Burnout” inclui antidepressivos e psicoterapia, onde o paciente deve repensar suas rotinas para melhorar a qualidade de vida, bem como entender, pela análise, as causas que o levaram a essa condição. A prática de atividade física regular, exercícios de relaxamento, meditação, alimentação saudável, manutenção de "hobbies" e contato maior com amigos e familiares também contribuirão na recuperação.
Burnout” não é como a gripe que desaparece depois de algumas semanas, a menos que se faça algumas mudanças na forma de viver. Isso é, por mais difícil que pareça, a coisa mais inteligente a se fazer, pois pequenas mudanças pode manter uma pessoa com muita energia e disposição suficiente para alcançar todos os objetivos.
Uma dica importante é saber “dizer não”. Determinar limites para que exigências dos outros não se tornem esmagadoras é fundamental. Então, dizer "não" ou "não hoje" ou "desculpe, não posso" é necessário, ainda que não seja fácil. Mas se, por outro lado, não houver nenhum desses problemas da síndrome de "Burnout", ótimo! É bom, contudo, deixar esses sinais (acima) na mente, lembrando que o “Burnout” é uma condição insidiosa que se desenvolve enquanto se vive uma vida superocupada.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a ter e manter uma excelente qualidade de vida. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! Clique em LINK1 e LINK2 para obter mais informações, desta vez sobre estresse e ansiedade.
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

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