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O PODER DA AUTOESTIMA NA VIDA DOS ADOLESCENTES

A autoestima é conceito psicológico que pode até ser considerado antigo, porém continua a ter uma grade importância para o ser humano. Isso significa que crianças e adolescentes devem ser cuidados para que sejam pessoas de boa autoestima e, consequentemente, terem mais recursos para alcançarem a felicidade quando adultos e idosos. Nesse artigo, darei mais atenção aos adolescentes e jovens adultos haja vista minha escolha de não atuar com pacientes que são crianças.
A autoestima cria uma mentalidade muito poderosa com a qual o adolescente consegue entender positivamente a sua experiência de vida, bem como motivar o seu próprio comportamento:
  • Autocompreensão positiva da vida: “Como eu percebo e entendo o que está acontecendo comigo?”
  • Automotivação: “O que eu quero fazer por mim mesmo?”


Mas há o outro lado da moeda, isto é, a autoestima, se negativa, pode levar a culpa por maus-tratos que o jovem eventualmente recebe, e pode, na automotivação, limitar o que o adolescente deseja alcançar:
  • Levar a culpa por maus-tratos: “Eu mereço o mal que recebo!”.
  • Limitar o que se quer alcançar: “Para alguém como eu, apenas conseguir já é bom o suficiente!”


Analisando as observações acima, entende-se que, como um filtro, a autoestima alta ou positiva evita que o jovem aceite ser mal tratado, logo, rejeita esse tipo de ação sobre si - “Ninguém pode fazer isso comigo!”. Entende-se, também, que essa mesma autoestima alta ou positiva, como fator motivador, pode favorecer a proposição de metas que concretizem os sonhos desses jovens - “Eu sei que vale a pena fazer o melhor que posso e sei que mereço o melhor!”. Portanto, todos os adolescentes devem ser estimulados em seus crescimentos, a se definirem amplamente e a se avaliarem com bondade, para terem suas autoestimas num bom patamar. Deve-se alertar, em complemento, que desenvolver significativamente apenas um pilar de autoestima pode ser um problema. Por exemplo, um jovem que vem se destacando numa atividade baseada em exímios movimentos de ambas as mãos ficará desolado se uma lesão grave num dos membros exigir que se encerre uma promissora carreira. Como esse adolescente não tem outros pilares de autoestima, vê-se com uma perda incapacitante. Ou ainda, se ele é um adolescente perfeccionista e sem tolerância a erros, certamente ficará furioso consigo mesmo quando se percebe não realizando as ações como antes, passando a repreender-se e a punir-se severamente, o que torna a recuperação muito mais difícil de acontecer. De fato, no desenvolvimento da autoestima dos adolescentes, sempre é melhor definir o "eu" de forma ampla e avaliar esse mesmo "eu" de forma bem gentil.
Naturalmente, a autoestima não é uma constante e pode aumentar e diminuir conforme as diversas fases da vida, particularmente durante os anos de transformação da adolescência. Evidentemente, o ideal é que o jovem alcance os objetivos típicos da adolescência, adquira uma identidade adequada e independência funcional ao final da jornada, pois a vida sempre se apresenta com mudanças, e os desafios à autoestima devem ser enfrentados produtivamente. O garoto ou garota deve continuamente redefinir-se e constantemente reavaliar como está realizando o seu processo de tornar-se adulto. Em cada fase desafiadora da adolescência como “deixar de ser criança”, “ter uma turma de amigos”, “agir de modo mais maduro” e, finalmente, “buscar viver por conta própria”, não é difícil para um jovem sentir desânimos, restringir o seu autoconceito (retrocedendo) e autoavaliar-se negativamente (punindo-se), o que torna a autopercepção positiva e a automotivação criativa mais difícil, e não mais fácil, de manter. Assim, os pais devem monitorar continuamente a autoestima de seus filhos adolescentes:
  • É suficientemente amplo?
  • É mais positivo do que crítico?


Ficar preso em uma definição restrita e avaliação dolorosa pode ser perigoso. Considerando-se hipóteses de situações ruins, como em casos de depressão, vícios, autoagressão ou vitimização, o autoconceito pode ser inadequadamente de pouco valor e a autoavaliação pode ser cruelmente vazia de valor positivo.
Muitos jovens acabam optando por fazer psicoterapia ao perceberem que suas autoestimas são muito baixas. Muitas vezes, desenvolver a autoestima dos filhos é uma armadilha para os pais, pois isso exige uma enorme quantidade de tempo, energia, recursos e cuidados para apoiar e nutrir o crescimento dos filhos. Não é incomum ouvir dizer que é uma atividade de grande sacrifício, visto que os pais acabam por colocar suas necessidades e desejos de lado pelo bem da criança amada; porém, com tanto oferecimento desse tipo, amiúde ocorrem expectativas de retorno com base no que é definido pelos próprios pais – e isso não é legal! O que ocorre quando os pais fazem esse “sacrifício” muitas vezes leva o adolescente ao consultório do psicoterapeuta:
  • Minha mãe se julga pelo modo como cresço ou cresci. Mas eu não sou responsável pelo que ela é como pessoa. Ela me culpa quando não faço algo bem.
  • Meu pai é mega-competitivo. Se alguém pergunta a ele sobre mim, em sua resposta ele sempre pergunta antes: “comparado a que ou quem?”. Daí ele começa a falar como ele fez para eu ser de um modo ou de outro, mostrando uma vaidade esquisita!
  • Meus pais são ultrapassados e querem me educar como se fosse no tempo em que eles eram adolescentes. Eu pago o maior mico por causa disso! Eu fico preso em casa, sem poder sair com meus amigos!

Quando fazem psicoterapia, os jovens passam a entender melhor as posições de seus pais e até suas fraquezas, se existirem. Entendem, por exemplo, que o valor pessoal deles (pais) pode ter sido construído com base na educação que querem passar aos filhos, algo como ser excelentes educadores. Se bem que, às vezes, explodem dizendo: “ser pai ou mãe é tudo que faço e sou, e às vezes isso não é suficiente!". Percebem, também, que muitos pais vêem o desempenho do filho como sendo uma medida de desempenho do adulto – “o que o meu filho está fazendo mostra como eu estou sendo como pai." É por isso que pais desse tipo não falam algo como "estamos orgulhosos de como você fez..." quando o jovem faz alguma coisa muito bem. Em outras palavras, em vez de se congratularem com isso, colocam o crédito em si próprios e simplesmente dizem "que bom para você que sou seu pai!"
Na psicoterapia, além de compreender-se melhor e traçar estratégias positivas para a vida, esses pontos mais vulneráveis dos pais são revistos e o jovem torna-se menos duro quanto à autoestima dos pais, dando espaço para a admiração e apreço sinceros. Claro que os pais devem fazer seus esforços individuais para melhorar essa condição pessoal.
Um outro foco da psicoterapia é prevenir os “acidentes de autoestima”, ajudando os jovens a manterem uma perspectiva adequada sobre a vida e suas variações, dar a eles o apoio se fizerem más escolhas no processo normal de tentativa e erro do crescimento adolescente - uma má escolha não significa que o adolescente seja ruim, significa simplesmente que uma má escolha ocorreu e que agora há um novo aprendizado a ser adquirido, esperando-se que escolhas melhores sejam encontradas, as quais podem fortalecer a autoestima.
Finalmente, gostaria de dizer que para a autoestima dos adolescentes funciona melhor elogiar mais o esforço do que o resultado, porque o primeiro está sob controle, enquanto o segundo, muitas vezes não. Assim, o adolescente vai compreendendo que mesmo que não possa sempre alcançar o que quer, ele pode se sentir bem sobre si mesmo por continuar tentando.

Espero que essas informações sejam úteis para você e que lhe ajudem a manter uma elevada autoestima. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI para ler o artigo ADOLESCÊNCIA E PSICOTERAPIA. Você pode me “seguir” pelo Blog, Instagram (paulocesarpsi) ou pelo Facebook (@psicologopaulocesar) e ler gratuitamente artigos sobre a Psicologia Humana.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612

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