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VOCÊ É BONITO(A)! NÃO ACEITE PADRÕES IMPOSTOS POR OUTROS

Mais um ano pela frente e várias oportunidades para descobertas e confirmações sobre si mesmo, chances de crescimento pessoal, de melhoria de autoestima e tantas outras coisas de ordem psicológica e emocional... mas quem quer isso, tem que deixar de se comparar com o que a (cruel e capitalista) mídia (televisão, redes sociais e outras) dá como referências, principalmente, os supostos modelos de perfeição corporal.

A imagem corporal é a maneira como a pessoa se percebe quando se olha no espelho. Praticamente todas as pessoas se imaginam olhando e agindo de uma certa maneira, mesmo que, na verdade,estejam olhando e agindo de maneira diferente para aqueles que estão ao redor. Então vale dizer que uma pessoa tem uma imagem corporal positiva se está sintonizado com a realidade de sua forma e tamanho físico. Essa pessoa entende e aceita completamente seu peso, a forma de seu corpo (das curvas às rugas) e a maneira como seu corpo se move e funciona. Alguns, no entanto, vivem uma desconexão entre a imagem corporal e a realidade da própria forma e tamanho. Quanto maior a diferença entre o que a pessoa pensa e o que realmente ela se parece, maior a probabilidade dela ter uma imagem corporal negativa. Essa percepção negativa de si mesmo pode afetar o seu comportamento e impedir a interação social e seus sentimentos de segurança e felicidade.

Pessoas com uma imagem corporal extremamente negativa geralmente ficam obcecadas com partes do corpo que não gostam. Essa obsessão leva a distúrbios alimentares, depressão e transtornos obsessivo-compulsivos que afetam bastante a saúde e a qualidade de vida de uma pessoa. Embora homens e mulheres experimentem problemas de imagem corporal, é mais comum que as mulheres admitam autopercepção negativa. Na situação cotidiana, é normal ouvir uma mulher mostrar insatisfação consigo mesma na frente de amigos e familiares, numa conversa interna negativa que apenas leva a uma menor autoestima e autoconfiança.

Mas por que as mulheres são tão infelizes com suas aparências? Algumas querem coxas menores, seios maiores ou barrigas lisas. Elas usam celebridades e socialites como seus modelos porém essa tendência deve ser interrompida!

Sim, é verdade, a grande mídia influencia a sua percepção de si mesmo e seu comportamento através da psicologia! As ditaduras do corpo e da moda são frutos da influência dramática do rápido crescimento das mídias sociais, computadores, telefonia celular, televisão, filmes e internet. Estudos recentes validam a existência de um novo problema psicológico, o Transtorno de Dependência da Internet, o que inclusive pode causar tremores, calafrios, náusea e ansiedade em algumas pessoas. Muitos colegas consideram o TDI análogo ao abuso de substâncias, incluindo-o entre outros comportamentos patológicos, como jogos de azar e distúrbios alimentares. Tente remover um jovem "jogador" de um videogame com pressa e você descobrirá como é difícil quebrar o apego entre o adolescente e a tela. Em resumo, algumas pessoas usam as mídias em geral, principalmente as redes sociais, como um refúgio e retiro mental e emocional. Ficam conectados com suas mentes presas por horas, excluindo o mundo ao seu redor. Assim, acabam negligenciando a família, o trabalho, os estudos, as relações sociais e eles mesmos. É uma obsessão viciante, centrada no ser humano, e que altera as mentes das pessoas. Em geral, apresentam aspectos negativos com ruins consequências sobre o comportamento humano, inclusive a percepção sobre si mesmo: a autoimagem, autoestima e autoconfiança.

Para deixar de falar negativamente para si e sobre si mesmo, é necessário que se aprenda algumas técnicas e métodos que ajudam a construir uma imagem corporal positiva e realista. Mas como construir uma imagem corporal positiva? Comece desligando a televisão e as redes sociais! Diminuir seu tempo de atenção à televisão e sua exposição às redes sociais (importantes mídias dos dias atuais) é essencial se você deseja reconstruir sua própria imagem corporal tornando-a mais positiva e realista.

Embora a televisão e as redes sociais sejam os principais meios pelo quais profissionais de marketing e anunciantes podem explorar a baixa autoestima de uma mulher, ainda restam programas, músicas, filmes e livros que visam melhorar a vida. É necessário procurar essas saídas positivas de inspiração e motivação para enriquecer o próprio estilo de vida e aprender a espalhar mensagens positivas para as pessoas ao redor. Corte as notícias sobre celebridades e reality shows, os quais geralmente são manipulados e criados para obter um grande número de visualizações, pois apenas se houver o rompimento com o constante fluxo de reality shows, a grande mídia, as celebridades e os anúncios, é que as pessoas poderão se ver como seres humanos em suas próprias realidades. Conduza a sua própria pesquisa, lendo mais artigos, blogs, podcasts e livros cheios de informações, em vez de anúncios. Olhe para as pessoas que representam almas saudáveis, confiantes e inteligentes como as que você quer se tornar.

Converse mais consigo mesmo sobre esse assunto. As pessoas podem criar imagens corporais positivas e realistas por meio de conversas positivas, tornando-se conscientes do que são capazes e entendendo sua verdadeira forma e tamanho.

Quando me refiro a um diálogo interno positivo refiro-me a falar consigo mesmo usando palavras positivas e ativas que descrevem como nos sentimos, como parecemos e o que estamos fazendo. Muitos mantém, consigo mesmos, conversas negativas apenas por hábito. Por exemplo, quando uma pessoa se vê no espelho e foca nas partes do corpo que não gosta; imediatamente ela transmite essa percepção via mensagem verbal ou mental ao seu inconsciente usando frases como: "minhas coxas são muito gordas!", ou "olha como minha bunda está feia!". Quando se fala dessas percepções negativas, prejudica-se a autoestima. Em vez de focar em algo que não gosta, a pessoa deveria se concentrar nas áreas do corpo que admira e gosta. Poderia, por exemplo, dizer: "meus braços estão bem firmes e em forma!", ou “minha barriga me dá um charme legal!” ou ainda "eu tenho um sorriso muito bonito!".

Usar declarações positivas para se descrever pode aumentar a autoconfiança e ajudar a interagir com outros sem se sentir estigmatizado por alguma insegurança pessoal – elas sempre existem! Não é apropriado que se use uma linguagem positiva apenas ao falar sobre os próprios corpos: deve se empregar uma linguagem ativa para ajudar a alcançar os objetivos que foram definidos. Se você planeja perder peso ou iniciar uma nova dieta, o diálogo interno negativo pode, e inevitavelmente isso vai ocorrer, lhe levar ao fracasso.

Prefira usar palavras como escolher e sou. Declarações como “hoje escolho me alimentar de forma saudável” ou “sou bonita e forte” são ativas e reforçam o inconsciente, ajudando a pessoa a alcançar seus objetivos. Evite usar frases com as palavras preciso, tenho, vou e de sentidos similares. Se você disser: "eu tenho que fazer 30 flexões", o seu inconsciente vai achar que não tem escolha. Se você disser: "vou comer apenas um biscoito de chocolate", a mente sabe que isso pode ser feito em algum momento, só não está fazendo agora. Essa é uma forma de procrastinação e atraso que dificulta o progresso em direção a metas e prazos. Mas se disser: "estou fazendo 30 flexões", a mente trabalhará para levar o corpo a completar 30 flexões. Se disser: "eu escolho comer um biscoito de chocolate", certamente se sentirá fortalecido e controlará as decisões, o que aumenta a autoconfiança.

Pratique o diálogo interno positivo e ativo enquanto se olha no espelho ou inicia um novo objetivo. Uma ótima dica é usar a repetição ao máximo possível.

Sei muito bem que não se pode definir objetivamente a beleza, já que ela não é uma propriedade imutável que se atribui aos objetos, mas uma sensação própria da pessoa que a percebe, ajustada aos seus valores e histórias pessoais. A beleza é relativa, não há como negar, mas essa relativização está profundamente ofuscada pela imposição de uma essência ideal ou de um padrão de beleza. As pessoas são, evidentemente, diferentes – homens e mulheres possuem suas belezas pessoais. Num recado direto às mulheres, quero dizer que vocês são diferentes, podendo ser altas, baixas, gordas, magras, de todas as formas e tamanhos. Toda mulher deveria simplesmente amar seu corpo. Lembrem-se que a beleza é tão somente uma contemplação subjetiva e relativa, e que não deveria ser enquadrada em padrões que excluem e discriminam. Perdoem-me pelo clichê, mas é legítimo: “bonita é ser você mesmo!”

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler mais sobre a ditadura da beleza.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo Whatzapp 11.98199-5612.

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