
Correlações
entre autoestima e felicidade, bem-estar e capacidade de realizações continuam
a nos surpreender à medida em que novas pesquisas mostram o quanto a autoestima
contribui para o nosso bem-estar.
Existem
três definições de autoestima que são popularmente usadas e aceitas entre os
psicólogos. A primeira é a capacidade de ter sucesso em áreas significativas da
vida e confiar em seus anseios e intuições (Mruk, 2013). A segunda, vê a
autoestima como uma atitude que aumenta seu senso de dignidade (Rosenberg,
1965). A terceira é de Branden (1992), e é uma mistura das duas primeiras
definições - “Confiança em nossa capacidade de pensar e lidar com os desafios
da vida. Confiança em nosso direito de ser feliz, o sentimento de ser digno,
merecedor, com direito a afirmar nossas necessidades e desejos e a desfrutar das
consequências de nossos esforços”.
Há
certas características que indicam o quão alto é a autoestima de alguém.
Exemplos dessas características são: estar aberto a críticas, reconhecer seus erros,
sentir-se confortável em dar e receber elogios, ser coerente entre o que se
diz, faz, olha, se move, etc. Pessoas com boa autoestima não têm medo de
mostrar sua curiosidade, discutir suas experiências, idéias e oportunidades. Além
disso, divertem-se com os aspectos engraçados de suas vidas e são, de modo
geral, bastante assertivos (Branden, 1992).
Apesar
da autoestima ser algo importante para o ser humano, há uma preocupação de que
isso não seja supervalorizado a ponto das pessoas viverem num mundo onde a
autoestima seja um traço de identidade de uma pessoa. Não se trata de ser contra
a autoestima, mas de não considerá-la um fim em si mesmo. Quando você está indo
bem na escola ou no trabalho, as relações com as pessoas que você ama estão
boas, quando você está jogando bem num esporte qualquer, etc., você vai se
sentir muito bem, é claro. Mas quando você estiver indo mal, certamente vai se colocar
ainda mais prá baixo. Será que isso é bom?
Veja
os resultados de uma interessante pesquisa recente, a qual encontrou uma
correlação entre autoestima e otimismo em estudantes universitários do Brasil.
Um dos resultados mais interessantes veio de uma pesquisa transcultural sobre
satisfação com a vida e autoestima, realizada em 31 países. Foram encontradas diferenças
na autoestima entre culturas coletivas e individualistas, com baixa autoestima
nas culturas coletivistas. Expressar emoções pessoais, atitudes e pensamentos
cognitivos estão altamente associados à autoestima; as culturas coletivistas
parecem ter uma queda na autoestima por causa da falta dessas características. A
China, uma cultura coletivista, descobriu que a autoestima era um prognóstico significativo
da satisfação com a vida. Foi descoberto que, semelhante a outras culturas
coletivistas, a autoestima também teve um efeito sobre a resiliência com
adolescentes - adolescentes com baixa autoestima tinham maior sensação de
desesperança e tinham baixa resiliência.
Em
culturas mais individualistas, os adolescentes que eram ensinados a depender de
suas crenças e seus próprios comportamentos, se sentiam abertos a expressar suas
opiniões e mostraram melhor grau de resiliência e maior autoestima. Esses
estudos levaram a um interesse ainda maior pela autoestima e formas de
aumentá-la, além de resultar na criação de etapas muito simples para melhorar a
autoestima. Essas etapas seguem abaixo como um guia prático. Recomenda-se que
você adote essas medidas diariamente, se pretender aumentar a sua confiança,
resiliência, esperança e autoestima:
- A prática de viver conscientemente: Esteja ciente de suas atividades diárias e dos relacionamentos com os outros, das suas inseguranças e também das suas prioridades pessoais.
- A prática da auto-aceitação: Isso inclui tornar-se consciente e aceitar as suas melhores e piores partes, bem como aquilo que você rejeita em si mesmo.
- A prática da auto-responsabilidade: Isso implica perceber que você é responsável por suas escolhas e ações.
- A prática da auto-afirmação: Agir com suas convicções e sentimentos reais, tanto quanto possível.
- A prática de viver intencionalmente: Alcance metas pessoais que energizem e dêem sentido à sua existência.
- A prática da integridade pessoal: Não compense seus ideais, crenças e comportamentos por um resultado que leve à incongruência. Quando seus comportamentos são congruentes com seus ideais, a integridade aparecerá.
No
mais, acrescento que a autoestima funciona como se fosse o sistema imunológico
da consciência, protegendo a pessoa contra os momentos difíceis que passa na
vida, fornecendo resistência, força para agir, capacidade de regeneração,
reforço do instinto de sobrevivência e aumentando a disposição para criar e
manter relacionamentos saudáveis. Por tanto, viva a vida de forma positiva,
respeitando-se e aos demais, valorizando-se e cultivando uma boa autoimagem.
Isso seguramente, será uma proteção contra a perda de algo tão importante como
a estima pessoal.
Espero
que o artigo seja útil a você. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que
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Um
abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta de
adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha
humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Realiza Coaching
Psicoterapêutico para desenvolvimento de carreiras.
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