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FELICIDADE, UM BEM QUE NÃO CAI DO CÉU

(Série: Reeditando artigos interessantes)

Tudo o que queremos para os nossos filhos é que sejam felizes. A felicidade é, em grande parte, uma questão de vontade, além de ser, também, algo para o qual os pais podem predispor a criança, logo tornando-a mais suscetível à felicidade do que às culpas e medos, os quais causam tanta dor ao ser humano. Acho que a felicidade está em alguma coisa interior, como se fosse uma decisão de ser felizes quando chegar a hora. Portanto é inútil ter medo. Trata-se de ser de maneira tal que, aconteça o que acontecer, a pessoa saberá lidar com os fatos de modo positivo, garantindo um saldo de felicidade, qualquer que seja a dinâmica da situação. Como pais, podemos ajudar nossos filhos a serem pessoas singulares e independentes, que saibam lidar com suas realidades sem perder de vista a possibilidade de serem felizes. Abaixo, para ajudar nessa missão, relaciono algumas características mais comuns nas pessoas felizes e que podemos ajudar nas nossas crianças:

Disposição Para Mudar: Os pais devem mostrar aos filhos que, longe de esperar que a felicidade caia do céu, os felizes sabem que se trata de uma luta constante, na qual é preciso estar sempre pronto a contestar o que quer que seja, tanto no plano individual como no social. Essa disposição permite enfrentar mudanças (voluntárias e involuntárias) sem sentí-las como ameaças.

O Sentido do Aqui e Agora: Entre os felizes, nota-se uma grande entrega ao momento presente, uma vontade de procurar o que o momento tem a dar sem deixar-se influenciar pelos fantasmas do passado ou pelas expectativas do futuro. Uma vez que muitos de nossos problemas vem tanto do passado quanto de temores a respeito do que virá, desligar o presente do antes e do depois pode mesmo torná-lo mais leve e agradável.

A Aptidão Neurológica Para a Felicidade: A segunda característica dos felizes seria uma perfeita harmonização dos dois hemisférios cerebrais que interagem de diversas formas, inclusive através de conexões elétricas. Os felizes parecem ter um número maior dessas conexões que, segundo alguns neurologistas, se multiplicam graças a certos estímulos externos. O que daí ocorre é que o cérebro dos felizes seria diferente do cérebro dos infelizes. Os defensores da teoria neurológica citam experiências segundo as quais a educação teria um importante papel no desenvolvimento da aptidão para ser feliz: o cérebro de uma criança que cresce numa atmosfera alegre e descontraída desenvolve faixas longitudinais na face interior (correspondente à zona do prazer). Num meio rico em tensões, ao contrário, nota-se o desenvolvimento das faixas laterais do tálamo. Dessas conformações distintas adviria, na vida adulta, a tendência para ser feliz ou infeliz.

A Realização do Próprio Potencial: Os pais devem estimular seus filhos a buscarem o que querem, ao invés de agirem por eles. As pessoas felizes agem por si. Suas ações são tanto instrumentos de sensibilidade, voltadas para o enriquecimento interior, quanto meios de provocar mudanças no mundo exterior. Seu esforço dá-se no sentido de encontrar um saudável equilíbrio entre a aceitação daquilo que existe e a possibilidade de introduzir modificações. Embora para realizar-se seja gratificante dedicar-se de corpo e alma mesmo aos projetos mais humildes, isso não exclui a busca da perfeição, que é prazer para si mesmo e para os demais.

A Atividade Criadora: Os felizes não se enquadram entre os que relacionam trabalho exclusivamente com lucro, lucro com poder, poder/felicidade. Para eles, o lucro não exclui a criatividade, necessidade ao mesmo tempo social e individual. E até fisiológica, se estiverem certos aqueles que afirmam que, pondo a funcionar uma parte do cérebro inativa em trabalhos de rotina, uma atividade criativa é responsável por reações químicas benéficas ao organismo. Por isso, estimule a criatividade do seu filho, faça-o olhar para o mundo de maneiras diferentes.

Uma Atitude Positiva Com Relação ao Amor: Entre os felizes, nota-se uma significativa insistência sobre o valor da amizade e sobretudo do amor. E o estudo do comportamento, tanto humano como animal, confirma sobejamente a importância das sólidas relações afetivas para o equilíbrio da personalidade. Onde mais, a não ser na família, para que as crianças aprendam o valor e a satisfação do amor?

Se é verdade que ser feliz exige esforço e vontade, vale a pena levar em conta alguns conselhos destinados a encurtar o caminho até onde a felicidade possa se encontrar.

1. Não confundir felicidade com emoções positivas, já que as emoções positivas correspondem outras, negativas. A sabedoria oriental ensina que a prática da felicidade se caracteriza pela intensidade homogênea das emoções, sejam quais forem as circunstâncias.

2. Não confundir felicidade com satisfação de desejos. Há pessoas que, apesar dos poucos desejos que tem satisfeitos, são tão hábeis em vivenciar sentimentos agradáveis que se tornam mais felizes do que outras, cujos desejos, amplamente satisfeitos, correm paralelos a uma multidão d sentimentos desagradáveis.

3. Afastar os desejos irrealizáveis para evitar frustrações desnecessárias. Isso implica esforço para ver claro dentro de si, no sentido de distinguir a realidade dos sonhos.

4. Não confundir necessidades e desejos. Ou seja, saber distinguir ser de ter, separar o essencial do supérfluo.

5. Não se deixar atrofiar pela necessidade de conforto. Em outras palavras, não procurar ser poderoso através de bens materiais.

Eduque o seu filho, isso é uma forma de amor. Prepare-se e o prepare para a felicidade. Eleve o grau de auto-proteção do seu rebento através da busca da felicidade. É sabido que stress, emoções e choques no plano afetivo subvertem nosso equilíbrio bioquímico, e que a capacidade dos tecidos de se defenderem dessas ameaças varia de um para outro indivíduo. É igualmente sabido, conforme corroboram esses estudos, que os felizes são setenta vezes menos suscetíveis de contrair doenças, inclusive câncer.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler um artigo sobre o tratamento da depressão.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612

VIDA E DESTINOS

O que há de inevitável na vida apresenta-se ao homem principalmente sob três aspectos, de acordo com suas disposições orgânicas, suas condições nas situações externas concretas e sua atitude (posição) perante as duas primeiras. As disposições representam o destino biológico do homem e a condição representa o seu destino sociológico. Adicione-se a isso o destino psicológico, do qual faz parte aquela atitude que, por não ser livre, não constitui ainda uma livre tomada de posição.

O destino, como conceito geral, pertence ao homem como o chão que o agarra pela força da gravidade. Esse chão deve ser o trampolim de onde nos cumpre saltar para a liberdade. Mas a liberdade só pode ser liberdade em face de um destino, isto é, um livre comportar-se perante o destino. Assim, se quiséssemos definir o homem, teríamos que caracterizá-lo como o ser que se vai libertando daquilo que o determina (biológica, sociológica e psicologicamente), quer dizer, como o ser que transcende todas estas determinações, dominando-as ou configurando-as, apesar delas depender.

O Destino Biológico: Nos casos em que o ser humano defronta-se com o destino biológico, logo nos surgirá o problema de saber até onde chega sua liberdade face ao acontecer orgânico. Desta maneira aproximamo-nos da problemática psicofísica, sem contudo nos introduzirmos na interminável discussão sobre a questão de saber em que medida o organismo físico do homem depende do anímico-espiritual e vice-versa. O confronto entre o “poder do espírito” e o “poder da natureza” não é produtivo, visto ambos fazerem parte do indivíduo, dependendo sempre um do outro. O homem é cidadão de vários reinos, estando na sua vida numa tensão, num constante campo de forças, numa eterna luta entre sua liberdade e seu destino interior e exterior. Os limites do livre “poder-ser” estão infinitamente longe em face do “ter-querer” fatal.

Conhecemos inúmeros casos de pessoas que, de modo exemplar, conseguiram superar as restrições e limitações iniciais, postas à liberdade pelo fator biológico, isto é, as dificuldades que, a princípio, se opunham ao desenvolvimento do seu espírito. Sua forma de vida definitiva faz lembrar uma realização artística, na medida em que a rebelde matéria biológica se foi deixando modelar. O destino biológico é para a liberdade humana, puro material a configurar. A pessoa lhe dá sentido ao integrá-lo na estrutura histórica e biográfica da sua vida.

O Destino Psicológico: Fraqueza de vontade por nascimento é coisa que não existe. A força de vontade, inerente ao ser humano, não é estática, se apresenta em cada caso como função de vários fatores, a saber: conhecimento claro dos objetivos, decisão consciente e um certo treino. Enquanto um homem cometer o erro de, mesmo antes de tentar algo, cismar no inevitável malogro da tentativa, é claro que as tentativas não surtirão efeito.

Os neuróticos pendem, no aspecto psicológico, para uma fé cega no destino, e, ao referirem-se a ele, invocam constantemente a inexorabilidade das suas tendências instintivas, da força dos impulsos, das fraquezas da vontade e do caráter. Parecem dominados pela fórmula fatalista: “A vida é assim mesmo”, ou “Assim tinha que ser”. Vejamos a resposta inesperada e sábia de uma paciente esquizofrênica, quando perguntada se tinha força de vontade: “quando quero, tenho e quando não quero, não tenho!”. Este exemplo faz-nos pensar que o ser humano propende a dissimular a seus olhos o seu próprio livre-arbítrio escondendo-o por trás duma suposta fraqueza de vontade. Tomam tais fraquezas como simplesmente dadas, em vez de nelas virem uma tarefa de complementação de auto-educação.

Por outro lado, o fatalismo neurótico significa uma fuga à responsabilidade com que oneram os homens e sua própria irrepetibilidade e o seu “caráter de algo único”. A atitude frente a vida de um homem tem, portanto, certa margem de liberdade de movimento em face do que há nela, não apenas de físico, mas também de anímico, e nem de longe ele tem que se submeter cegamente ao seu destino psicológico.

O Destino Sociológico: Por toda parte o indivíduo nos surge incrustado na estrutura social. A comunidade determina-o sob dois pontos de vista: por um lado, o organismo social como um todo condiciona-o, por outro, e simultaneamente, o indivíduo é orientado para se ajustar ao referido organismo.

As chamadas leis sociológicas nunca determinam inteiramente o indivíduo, de modo algum o despojando do seu livre-arbítrio. Antes de influenciarem o indivíduo no seu comportamento, tem que passar, digamos, por uma zona de liberdade individual.

O ponto de vista segundo o qual só é valioso o que acarreta algum proveito à comunidade, é insustentável. Conduziria a existência humana a um empobrecimento de valores. Com efeito, há reservas individuais, ou seja, valores, cuja realização pode, e até deve, levar-se a cabo além e independemente de toda e qualquer comunidade humana. Alguns valores vivenciais não podem reclamar o padrão útil para a comunidade, como os ligados a experiências artísticas individuais, estéticas ou vivências da natureza. Não nos esqueçamos, porém, que também existem valores vivenciais ligados diretamente à vivência comunitária mais ampla como na amizade, na solidariedade ou até mesmo no relacionamento amoroso entre duas pessoal. Assim, o homem conserva, também em face do destino social, certa margem de livre possibilidade de decisão, tal como perante o destino biológico ou psicológico.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.