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SUAS CRENÇAS LHE AJUDAM A SER FELIZ?

Uma de minhas crenças é que as pessoas nascem para serem felizes, amar e serem amadas. Quando isso não acontece, é porque algo errado está acontecendo em suas vidas. Vou falar de outra maneira: as pessoas sempre aspiram ser felizes e, segundo Kant, querem ser dignas de suas felicidades, o que entendo como sendo uma busca das pessoas pelos motivos que os façam felizes. Esta é uma importante crença que tenho, mas olhando para a sociedade atual, vejo uma crise imensa fazendo com que falte às pessoas, os motivos para a felicidade; é um vazio existencial, uma falta de razões que muitos sentem em suas vidas e que acabam não sendo substituídas, apenas aliviadas por várias outras coisas igualmente sem sentido de vida.
Amigos, infelizmente vivemos tempos de angústias, e essa angústia, por si só, gera um interessante questionamento:
· Será que toda angústia, numa análise derradeira, não é angústia diante do nada?
· Será que esse nada que o homem vive não se encontra dentro dele mesmo?
· Será que não é o temor de si mesmo que está pondo o homem para correr, fugir de si mesmo?
· Afinal, em que o homem acredita? Ele acredita nele mesmo ou aprendeu e está sendo cada vez mais reforçado a ter dúvidas e nunca mais sair delas?
Reflitamos sobre a famosa frase de Nietzsche, “Deus está morto!”: Pergunto, acerca desta hipotética morte e sobre o que mais impacta as pessoas:
· Será que o espanto foi com a ignorância dos que mataram Deus?
· Será que o espanto foi com a rapidez com que a noticia se espalhou?
· Será que o espanto foi com o alivio dos que responderam “que bom, agora podemos fazer o que quisermos”?
Como psicoterapeuta, a minha maior preocupação diante do “nada” que a idéia de que “Deus está morto!” representa, não se refere absolutamente à questão de sua existência ou não, mas à existência do Deus singular em cada um de nós. O algo mais que permite ao homem transcender, pois “ser gente” implica, necessariamente, numa ultrapassagem, ou, se preferir de uma outra forma, a essência do existir humano é transcender a si próprio na busca de sua felicidade. Todavia, só é possível transcender a quem sabe acreditar, quem tem opinião. Novamente citando Nietzsche: “quem tem um por que viver, suporta quase sempre o como viver”. Isso significa que se conhecemos um sentido para nossas vidas, se cremos em um objetivo ou missão, por exemplo, ainda não realizada, encontramos forças para a superação das dificuldades e descompassos internos. É como se estivéssemos sempre prontos para algo que ainda não aconteceu e ainda assim não vamos nos desesperar se esse algo não acontecer. A esse “acreditar”, acompanha outro fator humano importante que é a fé. Ela não é uma forma de crença ou conhecimento, não é a fé nisso ou aquilo; a fé é uma espécie de certeza sobre a realidade de algo existir; objetivamente, a fé é a certeza do incerto.
A realidade das crenças é muito importante na existência humana porque o sucesso ou fracasso das pessoas durante suas vidas dependerá sempre da maneira com a qual lidam com suas crenças e os seus valores. Adquire-se uma crença porque ela “arruma” explicações, principalmente quando se lida continuamente com frustrações. Mas a crença nada mais é do que um pensamento ou uma idéia; a pessoa acaba se apegando a isso, que ganha bastante valor já que a idéia que a pessoa tem a respeito da relação entre as coisas ou situações se torna uma verdade que, por fim, converte-se em lei e em regras de comportamento. O problema é que também transforma-se em rigidez e a rigidez da personalidade age e impede a pessoa de crescer.
Como disse, esse tema é importante visto que tudo o que fazemos é o que acreditamos. Uma pessoa só faz aquilo que acredita ou quer. A crença determina o comportamento, o relacionamento, o pensamento e o sentimento, sendo um direcionamento para a realização de um futuro que julgamos ser benéfico. Ela dá condições para que a pessoa construa o que é bom, mantenha a verdade e busque o bem e o bom, preencha o vazio existencial. Dá condições, por exemplo, para você ter conseqüências satisfatórias na vida e não ser um frustrado. Além disso tudo, a crença pode também ser uma necessidade metafísica do homem para dar sentido à vida, ainda que haja o perigo de apego às crenças irracionais, as quais transformam a pessoa ou a conduz a um fechamento de sua mente, à estereotipia, rigidez, preconceitos, e tantos outros malefícios psicológicos.
Claro que muito mais se pode falar das preocupações de um psicoterapeuta com relação às crenças humanas, como o fato dela ser uma espécie de ligação entre o cáos e o conhecimento de si mesmo, de ser uma proteção para a insegurança, de ajudar na superação de crises, de fortalecer as dúvidas patológicas e muitos outros “sub-temas” decorrentes que são, com muita freqüência, tratados durante a psicoterapia por serem uma parte das mazelas humanas causadoras de sofrimento emocionais e psicológicas; mas, por ser assim tão vasto, abordarei o assunto detalhadamente em artigos futuros.
Espero que o artigo lhe seja útil ou a alguém que você conheça. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) que podem ser interessantes para o seu momento de vida! CLIQUE AQUI e reflita um pouco sobre a abordagem psicoterapêutica de clientes LGBT.
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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637, pelo whatsapp 11.98199-5612 ou pelo email paulocesar@psicologopaulocesar.com.br 

3 comentários:

  1. muito bom. me identifiquei muito com a parte "A realidade das crenças é muito importante na existência humana porque o sucesso ou fracasso das pessoas durante suas vidas dependerá sempre da maneira com a qual lidam com suas crenças e os seus valores. Adquire-se uma crença porque ela “arruma” explicações, principalmente quando se lida continuamente com frustrações" isso porquê sempre tenho a sensação que tudo dará errado comigo.

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  2. Quando Nietische quis dizer que "Deus está morto." Eu li a obra "O Anticristo" é que ele questionava os valores da igreja que estavam sendo imposto para ele e el tinha que obedecer e que ele não concordava. Nesse sentido, esse Deus imposto pela igreja já estava morto.

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