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POR QUE HOMENS DEVEM FAZER PSICOTERAPIA?


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Começo esse artigo dizendo que, como homem, faço parte desse grupo que precisa de psicoterapia pois o fato de ser psicólogo e atuar na área clínica não me isenta dessa necessidade. Agora, considerando a atuação dos psicólogos em geral, observa-se que os resultados alcançados pelas pessoas ao serem “psicoterapeutizadas” confirmam o valor e a importância disso para todos. Contudo, falando dos homens em especial, fazer psicoterapia ainda é apenas uma (boa) tendência. Nesse artigo, gostaria de expressar a minha opinião sobre a necessidade dos homens fazerem psicoterapia e, para justificar essa opinião, apresentarei pelo menos quatro motivos que a fundamentam:
  1. A recente desconstrução da definição de “Identidade Masculina”: Nos últimos anos está havendo uma espécie de desconstrução da identidade masculina. A sociedade, décadas atrás, tinha uma clara definição do que seria "o homem ideal", coisa que nos anos 2000 não ocorre. Quero acreditar que isso relaciona-se com o fato de vivermos numa sociedade “órfã de pai”. Isto é, mais do que nunca, os pais estão fisicamente ausentes ou emocionalmente indisponíveis, dificultando aos filhos a aprendizagem sobre o que é ser masculino. Essa ausência abriu um espaço para que o conceito de masculinidade fosse discutido e disseminado através do pior dos instrumentos, que é a comunicação de massa, a qual vem fomentando através da televisão, rádio, revistas, e outros, novidades a respeito da identidade de gênero de acordo com interesses políticos e/ou comerciais, num processo indisfarçavelmente manipulador, especialmente da juventude. Observo, em meu dia-a-dia profissional, com o tratamento de adolescentes com dificuldades psico-emocionais, que a maioria deles tem pai ausente. Face a isso, os meninos se agarram a mim em busca de um modelo masculino positivo pois querem um guia, um mentor, um homem maduro para ensiná-los sobre a vida – e isso é o que todos os meninos saudáveis desejam na adolescência. Vejo com bons olhos que isso ocorra com um profissional de psicologia mesmo que cumprindo um papel substituto, pois privados desse modelo, os jovens preenchem o vazio de maneiras não saudáveis. A psicoterapia, assim, torna-se um espaço seguro para os homens que cresceram com pais ausentes, processem a perda que sofreram, seja percebida ou não, e para que criem uma nova e saudável definição do que significa “ser um homem”.
  2. A psicoterapia ajuda a encontrar ferramentas que melhoram significativamente os relacionamentos interpessoais: De um modo geral, os homens são mais propensos a processos racionais e as mulheres às experiências emocionais. Significa que muitos homens resistem a expressar seus sentimentos, eventualmente deixando suas parceiras inseguras, resultando em separações de casais por conta de questões emocionais não ditas entre eles. Os homens entram no “modo CORRIGIR” em vez de se expressarem e garantirem um espaço seguro para suas parceiras. Eles evitam usar a expressão "eu sinto", não praticando uma comunicação plena. Como os psicoterapeutas são treinados para ajudar pessoas a explorarem e processarem sentimentos, ir à psicoterapia acaba sendo como frequentar uma “academia emocional” onde se exercitam os “músculos da expressão emocional”. Uma vez que se expressa, o indivíduo consegue presentificar-se verdadeiramente e criar um espaço seguro para sua parceira conversar com ele. Assim, os confrontos podem se transformar em conversas saudáveis, criando proximidade, confiança e relações mais fortes. Veja que ir a um psicólogo não significa que você tenha problemas. Significa que você quer encontrar uma versão mais saudável de si mesmo. Implica em adicionar mais recursos positivos à sua caixa de ferramentas, as quais influenciam diretamente nos relacionamentos interpessoais. Se você fizer isso, sua parceira vai perceber a diferença e pode ficar inspirada a fazer a sua própria jornada psicoterápica. Quer dizer, um para de “brincar de cabo de guerra” e ambos começam a se mover na mesma direção. Esta é a única maneira de melhorar um relacionamento.
  3. É uma das poucas maneiras que muitos homens aprendem a parar de tentar consertar tudo: Os homens gostam de pensar que podem fazer tudo sozinhos, e não é necessariamente por causa do ego. É uma pressão que ele impõe a si mesmo para cuidar das pessoas com as quais se preocupa. Quando se trata de relacionamentos, frequentemente ele (o homem) não percebe que é apenas 50% da equação. Ao
    pensar que pode corrigí-lo, pode facilmente passar a controlar o comportamento alheio sem mesmo perceber que está fazendo isso. Na verdade, o que ele deveria fazer é deixar de lado o que não pode controlar, e apenas se concentrar em si mesmo – isso é um dos focos da psicoterapia. Somos preparados para manter o foco do cliente, para que ele possa tomar posse de seus problemas e deixar de controlar os problemas das outras pessoas. Eu acredito que com essa mentalidade, a dinâmica de um relacionamento muda pois passa a haver muito menos pressão e muito mais confiança. Claro que as mulheres podem fazer o mesmo, mas a partir do apoio psicológico a tantas delas, concluí que a maioria quer que seu parceiro tome a liderança. Isso lhes dá esperança e cria confiança, e eles ficam inspirados a trabalhar em qualquer coisa que precisam melhorar. É como se, inconscientemente, o casal vivesse um jogo de xadrez: não se muda nem trabalha as causas individuais a menos que a outra pessoa também o faça. Infelizmente, o que cresce nessa dinâmica é a raiva e o ressentimento. 
  4. Temos a responsabilidade de ser melhores homens do que os nossos pais:Eu sei que estamos em 2018 e que muitos progressos foram feitos, mas os homens ainda tendem a esquivar-se ou tem vergonha de ir ao psicólogo. Existe um conceito
    falso generalizado de que psicoterapia é para pessoas com problemas "reais", desconsiderando que ela seja um excelente meio de autoconhecimento  e desenvolvimento pessoal. Por causa deste falso conceito, os homens preferem conversar com seus amigos, os quais, seguindo apenas os seus próprios jeitos de ser e histórias de vida, não conseguem aconselhar os amigos queixosos com a mesma experiência, perspectiva ou autoridade de um profissional de psicologia. Há também a queda dos homens em associar "tratamento psicológico" com fraqueza ou mesmo sentir que estão admitindo uma derrota – “não posso me consertar por conta própria” (o que é uma grande verdade!). Agora, imagine se os homens fizessem psicoterapia tanto quanto eles vão praticar esportes. Quantos relacionamentos seriam salvos? Quantos filhos teriam uma definição mais saudável sobre masculinidade? E quantos filhas teriam melhor autoestima e um radar mais nítido quando tiverem experiências com meninos? Imagine o quanto de dor e danos psico-emocionais poderia ser evitados!! E agora, você me diria que homens fazer psicoterapia não é uma boa idéia?
Uma última e importante recomendação é que ao buscar sua psicoterapia, tenha cuidado e evite pessoas que se autodenominam “terapeutas” ou “Coaches de Vida” pois esses não possuem a devida formação e não pertencem a Conselhos de Profissões Regulamentadas.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Realiza Coaching Psicoterapêutico para desenvolvimento de carreiras.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
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