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SUICÍDIO ENTRE JOVENS – ARTIGO 3



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Esse é o terceiro e último artigo sobre o suicídio entre os jovens.

O suicídio de jovens está entre as três principais causas de morte de adolescentes, sendo, felizmente, bem raro antes da puberdade. Os estudos indicam que, pelo menos, 90% dos adolescentes que cometeram suicídio sofria de algum transtorno psiquiátrico / psicológico (depressão, bipolar, transtorno de personalidade, esquizofrenia, abuso de substâncias tóxicas, etc.) no momento da morte e que mais de metade apresentaram esses mesmos problemas por, pelo menos, dois anos. O suicídio acontece quando alguém, em sua maioria, com algum transtorno psiquiátrico / psicológico, não consegue mais lidar com uma dor emocional muito severa, sentimentos intensamente dolorosos ou uma situação pessoal extremamente estressante.  Ou seja, não é apenas a condição mental que leva a pessoa ao suicídio e sim o conjunto formado pela condição mental somada a um estresse severo ou uma dor psicológica e outros fatores.

Minha preocupação com esse assunto não decorre só dos casos de consultório; decorre dessas estatísticas e de fatos como o suicídio nunca ser algo normal, nunca ser uma maneira racional de resolver um problema e de nunca envolver apenas a vítima.

Fique sempre atento para os seguintes sinais de alerta de que o adolescente pensa ou pretende cometer suicídio:
  • Ameaçar suicidar-se ou prejudicar-se de alguma forma 
  • Ter um plano para cometer o suicídio 
  •  Adquirir os meios que permitam cometer o suicídio (por exemplo, pílulas, arma, drogas, etc.) 
  • Ensaiar um ato de suicídio 
  • Manifestar sentimentos de desesperança 
  • Falar, escrever ou fazer desenhos sobre a morte 
  • Retirar-se de atividades sociais, vínculos ou relacionamentos 
  • Perder o interesse em atividades agradáveis ​​normais e diárias 
  • Descartar itens pessoais importantes 
  • Mostrar mudanças significativas na personalidade e no humor
Um adolescente que está pensando em suicídio também poderá:
  • Queixar-se de ser "podre por dentro" 
  • Dar dicas verbais com declarações como: "Logo não vou ser um problema para você", "nada importa" ou "Não vou voltar a vê-lo" 
  • Colocar suas coisas em ordem - por exemplo, dar bens pessoais, limpar o quarto, jogar fora objetos importantes, etc. 
  • Tornar-se repentinamente alegre após um período de depressão
Observe, também, os fatores de risco, os quais incluem:
  • Uma tentativa de suicídio anterior (independentemente de quão grave tenha sido) 
  • Vivência de uma perda séria (por exemplo, uma relação pessoal, um trabalho, a morte de alguém muito próximo, etc.) 
  • Uma história familiar de suicídio 
  • Uma história de abuso ou violência familiar 
  • Um episódio depressivo grave 
  • Uma depressão prolongada ou outra doença mental grave 
  • O uso/abuso de álcool ou drogas 
  • Uma doença severa incapacitante e/ou crônica e/ou dor intensa 
  • Ser preso ou preso
Evidentemente estes fatores de risco não podem prever o suicídio de qualquer indivíduo específico porém ajudam a determinar o risco.

ALGUNS MITOS SOBRE O SUICÍDIO

Equívoco

Realidade

Aqueles que falam de suicídio com os outros não cometem o suicídio.
Falar sobre suicídio é um sinal de alerta e muitos dos que falam sobre isso são suicidas
Aqueles que tentaram o suicídio realmente queriam morrer.
As pessoas suicidas só querem livrarem-se das dores e continuariam a viver se suas dores pudessem ser encerradas.
Perguntar a alguma pessoa se ela está pensando em suicídio só lhe dará "idéias de suicidar-se".
Muitas vezes você só pode ter certeza perguntando e isso mostra que você se preocupa com a pessoa.
Aqueles que tentaram suicídio estão num risco muito baixo de cometer o suicídio.
As tentativas anteriores são um fator de risco para realmente cometer o suicídio.
Se alguém diz que é suicida, dizer a ele para "fazê-lo" irá demovê-lo desse propósito
Esta pode ser a pior coisa que alguém um pode fazer. Nunca diga "vá em frente e faça isso".
A maioria dos suicídios ocorre com pouco ou nenhum aviso.
A maioria das pessoas menciona o que está sentindo e porque está pensando em suicídio.
A melhoria após uma crise suicida significa que o risco suicida acabou.
Muitos suicídios ocorrem após a "melhoria". Os sentimentos suicidas podem retornar.
Os atos não-fatais são apenas comportamentos de atenção ou apenas tentativas de manipulação.
Para algumas pessoas, comportamentos suicidas são verdadeiros gritos de pedido de ajuda.
Uma vez suicida, sempre suicida.
A maioria das crises de suicídio está limitada em termos de tempo e passará se a ajuda for fornecida.

Como agir se você desconfia que um jovem está pretendendo cometer suicídio? Como ajuda-lo?
  • Considere qualquer ameaça de suicídio muito a sério. 
  • Diga que você quer ajudar. 
  • Não deixe o indivíduo ficar sozinho ou sair sozinho. 
  • Remova os meios potenciais da área. 
  • Não seja conflituoso na linguagem do discurso ou do corpo. 
  • Mova-se lentamente e faça contato normal com os olhos. 
  • Seja cuidadoso e não julgue o jovem. 
  • Não minimize seu motivo para querer morrer. 
  • Deixe-o ter algum espaço. 
  • Diga que a ajuda está disponível. 
  • Não se esqueça de ligar para os Bombeiros 193 ou para a Polícia 190. 
  • Apesar dele dizer "Estou bem agora" mantenha total atenção no comportamento dele.
Certos eventos na vida pessoal, social ou profissional podem provocar comportamentos suicidas. Eles podem influenciar uma pessoa que já está em risco a tentar suicídio. São eventos como: 
  • A ruptura de um relacionamento íntimo. 
  • A perda de “velhos amigos”. 
  • Conflitos pessoais. 
  • Abuso de drogas ou álcool. 
  • Problemas financeiros. 
  • Perdas interpessoais recentes. 
  • Suicídio de um amigo ou membro da família. 
  • Perda de autoestima/status. 
  • Sofrer humilhação, rejeição. 
  • Longo tempo sem emprego. 
  • Doença física, deficiência.
Enfim, gostaria de alertar que qualquer criança ou adolescente com pensamentos ou planos suicidas deve ser avaliada imediatamente por um profissional de saúde mental treinado e qualificado e iniciar, se for o caso, o tratamento adequado. Esses profissionais, via de regra, são os psiquiatras e os psicólogos, portanto, evite pessoas que se autodenominam “terapeutas” ou “Coaches de Vida” pois não possuem a devida formação e não pertencem a Conselhos de Profissões Regulamentadas.

Espero que o artigo seja útil a você. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo que podem ser interessantes para o seu momento de vida! Também no Blog, na coluna do lado direito, há o campo “SIGA-ME POR EMAIL”. Basta escrever o seu para receber gratuitamente artigos sobre a Psicologia Humana.

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Realiza Coaching Psicoterapêutico para desenvolvimento de carreiras.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br

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