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VOCÊ TEM SÍNDROME DO PÂNICO?

VOCÊ TEM SÍNDROME DO PÂNICO?

Se você tem crises recorrentes de intensa ansiedade ou medo, há uma possibilidade de você sentir a Síndrome do Pânico. Essas crises são entendidas como pujantes, repentinas e inesperadas, e que provocam nas pessoas sensações de mal-estar físico e mental acompanhadas de um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto socorro, seja buscando ajuda de quem está próximo ou alguém de muita confiança.

Mas a reação de pânico é, também, uma reação normal, desde que exista uma situação que favoreça seu surgimento. Por exemplo, estar num local fechado onde começa um incêndio, estar afogando-se ou em qualquer situação com eminente perigo de morte, a sensação de pânico é normal. Entretanto, o pânico passa a ser identificado como patológico e problemático (por isso ganha o título de síndrome ou transtorno do pânico) quando essa mesma reação acontece sem motivo, espontaneamente.

Nas situações em que a própria vida está ameaçada o organismo toma medidas que normalmente não tomaria, perdendo o medo de pequenos perigos para livrar-se de um perigo maior. Para fugir de uma cobra podemos subir numa árvore mesmo tendo medo de altura ou fazendo esforços incomuns, sofrendo pequenos ferimentos que no momento não são percebidos. O estado de pânico é, portanto, uma reação normal e vantajosa para a autopreservação. Aqueles que fogem mais rapidamente do perigo de morte têm mais chances de sobreviver.

Gosto de pensar, quando estou a analisar um paciente com essa síndrome, que o pânico é o medo do medo natural da vida, ou seja, viver é perigoso, estar sozinho é perigoso, mas estar no meio de muitos também é, sair às ruas é perigoso, mas ficar dentro de casa também é, comer peixe é perigoso, mas pão também é...; enfim, é possível listar uma grande e diversificada relação de atitudes e atividades consideradas de risco. Na verdade, estamos expostos ao perigo de estar vivo desde o momento em que nascemos, e igualmente, corremos o risco da morte... Prá isto, “basta estar vivo”, não é assim que muitos falam? Isso é tão básico e comum, mas é assim que funciona a instalação da síndrome: medo, medo e medo, muito mais inexplicável do que explicável.

Gostaria que você atentasse para o fato de ser difícil diagnosticar rapidamente a síndrome do pânico. Na prática, devemos evitar classificar como transtorno do pânico qualquer reação intensa de medo, mas é interessante que você saiba que alguns sinais de que a pessoa tem síndrome do pânico são:

  • Existência de várias crises no período de semanas ou meses.
  • Aceleração da frequência cardíaca ou sensação de batimento desconfortável.
  • Sudorese difusa ou localizada (mãos ou pés).
  • Tremores finos nas mãos ou extremidades ou difusos em todo o corpo.
  • Sensação de sufocação ou dificuldade de respirar.
  • Sensação de desmaio iminente.
  • Dor ou desconforto no peito (o que leva muitas pessoas a acharem que estão tendo um ataque cardíaco).
  • Tonteiras, instabilidade sensação de estar com a cabeça leve, ou vazia.
  • Medo de enlouquecer ou de perder o controle de si mesmo.
  • Medo de morrer.

A maioria das pessoas que sentem pânico, relatam ter a sensação de ameaça iminente, vinda de não se sabe onde, mas que paralisa, toma conta, impede as ações. O desencadeamento da patologia pode ter origens diversas: no passado, no presente, num trauma, num recalque, numa projeção - não há um padrão e cada pessoa terá seu histórico e com ele, a sua razão. O importante é que se compreenda que, independente da origem, ela provoca uma falha no sistema neurotransmissor cerebral, que por sua vez será responsável pela manifestação dos sintomas como pensamentos aterrorizantes, sensação de perigo, taquicardia, medo de ficar só, sufocação, etc.

A síndrome do pânico tem sido muito comum nos dias atuais, afetando milhões de adultos e adolescentes em nosso país e no mundo. O que agrava essa situação é que ainda existem muitas pessoas que precisam de tratamento psicológico mas que não entendem nem aceitam essa necessidade. Se você sofrer de pânico e não se opuser ao próprio tratamento, saiba que uma excelente opção para socorrer as pessoas que procuram ajuda é a Psicoterapia. Diversas pesquisas mostram que a psicoterapia é eficaz no tratamento de muitos tipos de problemas psicológicos, além de ensinar habilidades que deixam as pessoas com novas estratégias para lidarem mais eficazmente com esses problemas, se surgirem novamente no futuro. A solução mais eficaz é buscar e lidar com a origem dos medos e do pânico. Isso pode não ser fácil, mas é um transtorno totalmente tratável. Porém, em casos mais graves, a melhor abordagem é a combinação de um tratamento medicamentoso e psicoterapia. O acompanhamento psicoterapêutico associado ao tratamento com o uso de medicamentos auxiliará na inibição dos sintomas, enquanto paralelamente, a causa é tratada nas sessões de psicoterapia. Vale lembrar que a prescrição de remédios deve ser, impreterivelmente, feita por médicos - psicólogos e psicanalistas não possuem autorização para isto.

Através da clínica, foi possível identificar que o pior da síndrome não está nos sintomas, mas sim no sentimento de solidão de quem é acometido por ela. Nem sempre é possível, para quem sofre, explicar a dimensão do problema, bem como nem sempre é possível à família, compreender o que passa o seu parente. Mesmo assim, sei que algumas pessoas se perguntam por que eles não podem apenas falar sobre seus problemas com os membros da família ou com seus amigos, mas quero dizer que os psicólogos são, de fato, uma melhor alternativa para essa abordagem pois oferecem mais do que essas pessoas podem oferecer quando se trata de escutar os pacientes: são profissionais que dedicaram anos de estudos, treinamento e experiência quando a questão é ajudar as pessoas a melhorarem suas vidas.

Se você sente pânico, procure ajuda. Esse é um tipo de ansiedade que pode aumentar, tornar-se muito grave e prejudicar a sua vida, limitando-a significativamente.

Você pode conhecer o meu trabalho pelos conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

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