Observa-se, por exemplo, que se houver excesso de controle e rigidez, a escolha e capacidade de prever o que ocorrerá nessa fase que está por vir é influenciada por um elevado nível de estresse. Em outras palavras, há uma considerável pluralidade de mulheres em tratamento de infertilidade que ficará estressada visto que engravidar não está mais sob seu controle, suas possibilidades de decisões são subitamente limitadas e os resultados futuros podem se tornar desconhecidos. Ademais, se a paciente, em adição ao estresse consequente dos desafios de fertilidade, também crê que a sua condição diária (de fadiga, frustração, ansiedade, irritação, ou seja, de estresse) é o agente causador dos problemas de infertilidade, poderão advir sentimentos de culpa e vergonha, além do aumento do próprio estresse.
A boa notícia é que o aconselhamento centrado no cliente e/ou o tratamento psicoterápico na área de infertilidade vem sendo considerado cada vez mais conveniente e proficiente na preparação de pacientes para o tratamento, resolvendo os efeitos psicológicas negativos e dando suporte ao planejamento de suas vidas após o tratamento, independentemente do resultado.
De fato, em situações como transferência de embriões, a recuperação de óvulos, a espera pelos resultados de teste de gravidez, a decisão sobre esperma ou óvulo doado, adoção ou útero de substituição ou simplesmente lidando com resultados não esperados mostram a necessidade de suporte psicoemocional para a melhor condição de saúde mental.
A experiência tem mostrado que, ao iniciar o
processo de fertilização assistida, as informações prestadas pelos médicos como
esclarecimentos de procedimentos, o entendimento dos termos médicos bem como o
conhecimento das possibilidades de resultados são suficientes para diminuir a
ansiedade. Por exemplo, assimilar que as alterações hormonais provocadas pelo
estresse geralmente são autocorretivas e limitadas no tempo, ou são apenas
gatilhos para condições médicas preexistentes, ajuda, na maioria dos
casos, a minimizar ou eliminar culpas ou vergonhas, e estimula o paciente a se
sentir mais confortável para compartilhar suas preocupações com outras pessoas.
Entretanto, no seguimento do tratamento, pode haver a necessidade do apoio de
um psicólogo quando tiver que tomar decisões, ou para aderir às prescrições de
medicamentos feitas pelo médico. bem como para aprender a lidar com perguntas intrusivas
de familiares ou gestações de amigos e como equilibrar-se entre as exigências
profissionais e o autocuidado durante a delicada fase do processo de
fertilização assistida - ou mesmo como suporte psicoemocional em situações de crise.
A maioria dos psicólogos atuante em psicoterapia de mulheres inférteis afirmam que de três a seis meses de terapia podem fazer uma grande diferença nos níveis de estresse durante o tratamento. Ainda que muitos pacientes com ansiedade ou estresse leves contem com a família e amigos com redes de apoio, é muito importante receber ajuda de um profissional da área de saúde mental pelo tempo que for necessário.
Os psicólogos utilizam técnicas psicoterapêuticas variadas, inclusive técnicas de relaxamento e de meditação, todas apropriadas à situação que a paciente vive. Vale dizer que esses profissionais são flexíveis e usam mais de uma abordagem para ajudar as pacientes em suas jornadas psicológicas.
Deve-se salientar, aliás, que mais importante do que as técnicas são os objetivos da psicoterapia ou apoio psicoemocional no decorrer do tratamento de infertilidade, como, por exemplo, ajudar o paciente a seguir sempre em frente sem que haja perda desnecessária de tempo. Com certeza, contar com esse apoio psicológico especializado vai ajudar a paciente a manter-se resoluta em sua meta de construir a sua família. O psicólogo poderá assegurar a superação de estágios emocionais complicados – qualquer pessoa lida com decepções e alegrias e equilibra-se superando-as, cada qual em seu próprio ritmo, além de entender que podemos experimentar mais de uma emoção simultaneamente. A pessoa não precisa resolver todos os seus problemas para seguir em frente, afinal, nem a vida nem o tratamento da infertilidade funcionam assim. Enfim, a abordagem psicoterápica durante esse processo auxilia as pessoas a assimilarem que devem ser atentas com suas vidas e a buscarem melhorias e mudanças, e não apena, ajudar a diminuir a ansiedade, o estresse e a depressão, os quais podem interferir na capacidade de engravidar.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
- Psicoterapeuta de adolescentes,
adultos e casais.
- Psicólogo de linha humanista
existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações
em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
- Associado à ABRAP – Associação
Brasileira de Psicoterapia
- Associado à SBRA - Sociedade
Brasileira de Reprodução Assistida e à ABRA - Associação Brasileira de
Reprodução Assistida
- Colaborador do site HSPMAIS – Saúde
Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da
Escola Paulista de Medicina).
- Palestrante sobre temas ligados ao
comportamento humano no ambiente social e empresarial.
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metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
- Atendimentos (presenciais e por
internet) de segunda-feira a sexta-feira.
- Psicoterapeuta de adolescentes,
adultos e casais.