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PSICOTERAPIA É UMA ATIVIDADE DO PSICÓLOGO

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Já antevejo as reações e peço que perdoem-me pela franqueza, mas pensando criticamente sobre o que anda ocorrendo no mundo da psicologia, concluiremos que o momento atual é, no mínimo, preocupante. Tenho conhecimento de que muitas pessoas, sob o título de “terapeutas ou “coach de vida”, tem prometido soluções e curas imediatas e extremamente fáceis aos quatro cantos do mundo, usando "técnicas milagrosas", independentes, mas que, de modo algum, estão baseadas na compreensão da individualidade humana. Não me refiro a profissionais com formações bem fundamentadas, mas sim aos oportunistas que propagam curas instantâneas como se isso pudesse ocorrer sem a devida consideração às teorias do desenvolvimento humano, às necessidades de crescimento e sem o menor respeito ao potencial real e ao gênio inato de cada um. Ou seja, é algo assim: “eu tenho a técnica e a aplico em todas as pessoas que me procurarem, necessitem ou não, seja adequado ou não. É como uma camisa de tamanha universal que todos devem vestir”!!!

Como psicoterapeutas, optamos pelo bem estar e saúde mental do homem. Escolhemos dar propósito às nossas vidas seguindo um laborioso caminho que nos capacita formal e tecnicamente a promover o desenvolvimento humano e melhorar as condições das pessoas através das abordagens psicoterapêuticas nas quais nos especializamos. Em momento algum, um psicólogo age em termos de alegrias instantâneas pois sabemos que o processo terapêutico leva algum tempo, e não apenas em uma única sessão, meia dúzia de sessões ou um festivo e singular momento grupal. Temos muita clareza que estalar os dedos e simplesmente dizer "venha, vamos ser felizes" é uma atitude absolutamente irresponsável.

É verdade que se pode acelerar tudo mas o resultado final é efêmero. Imagine uma ponte sendo construída aceleradamente, sem os cuidados devidos da engenharia que alicerçam a estabilidade e segurança futura da obra: à passagem do primeiro automóvel provavelmente a ponte ruirá. Da mesma maneira, a primeira emoção/frustração/afeto/experiência mais marcante poderá ser suficiente para encerrar o pseudo-equilíbrio instalado por essas técnicas de cura ou solução imediata.

Meus amigos, o verdadeiro processo psicoterapêutico é bem consistente. A cada sessão, tentamos preencher os buracos da personalidade para torná-la novamente inteira e completa. É um processo que se realiza com profundidade e dedicação, pressupondo muito empenho (do psicólogo e do paciente) e tempo!

Uma transformação pessoal em termos de uma maior auto-aceitação deve ser estimulada através do processo psicoterapêutico. Através dele, a pessoa poderá jogar fora todos os papéis sociais artificiais que aprendeu ao invés de aprendermos um outro novo papel igualmente artificial. Ao fazer isso, a pessoa percebe que cada vez que teve que aprender um novo papel artificial ficava excitado, ansioso por estar em dúvida e inseguro quanto ao papel que deveria representar. Isso é fácil de entender: se não sabemos se vamos agradar e/ou convencer, nós hesitamos; o coração, então, dispara e a excitação não flui para a ação à medida em que a ação ainda não pode ocorrer, e é assim que nos vemos com o "medo do palco". Em outras palavras, a ansiedade é o vácuo entre o agora e o depois. Se estamos no agora, não podemos ficar ansiosos já que a excitação flui em atividade espontânea, própria do momento atual. Se estamos no agora, somos criativos e inventivos. Por essa razão, o psicoterapeuta deve estar preparado, com os olhos e ouvidos abertos, liberando a espontaneidade e aceitando a personalidade total, para que a interação psicoterapêutica seja o caminho para a solução. A mera e fria aplicação de testes, formulários, técnicas importadas de culturas estrangeiras em nada contribuirão para o desenvolvimento do cliente.

Quem conduz as psicoterapias são os psicólogos, pessoas preparadas para compreender as pessoas e acompanha-las em sua evolução. O pensamento moderno despertou uma nova consciência nos homens que reforça, sobremaneira, a recuperação da personalidade total. Estamos aprendendo que produzir coisas, viver para coisas e trocar coisas não é o verdadeiro sentido da vida. Estamos aprendendo que a vida deve ser vivida e não comercializada, conceituada e restrita a um modelo de sistemas. A manipulação e o controle não constituem, de forma alguma, a alegria de viver. 

Enquanto pessoas modernas, contemporâneas, estamos escolhendo sermos reais e existirmos; o homem contemporâneo aprendeu a assumir posição, a desenvolver seu centro. Nesta evolução (ou retomada), a minha sugestão é de que façamos uma reflexão a respeito da base do existencialismo: “uma rosa é uma rosa é uma rosa” (Gertrude Stein). Eu sou o que sou e, neste momento, não posso ser diferente do que sou. E o que sou tem repercussões em mim mesmo e também tocam a outras realidades. Vale à pena estender a reflexão ao que diz a velha citação de F. Perls:"Eu faço minhas coisas, você faz as suas. Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas e você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas expectativas: Você é você e eu sou eu. E se, por acaso, nos encontrarmos, é lindo. Se não, nada há a fazer."

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marque uma consulta pelos fones 11.5081-6202 e 94111-3637 ou pelos links www.psicologopaulocesar.com.br ou www.blogdopsicologo.com.br  


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