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COMO O CASAL PODE REENCONTRAR A UNIÃO?

"Os melhores momentos da vida juntos são quando você está sozinho", disseram por aí, mas essa é uma afirmação que não é necessariamente uma opinião amplamente compartilhada! Depois de passar a fase de convergência dos cônjuges e da união amorosa, às vezes surge um sentimento de solidão. Nesta fase, é comum o abandono das estratégias de sedução e o relacionamento é dado como certo e garantido. Isso acontece com mais frequência algumas décadas depois, quando os filhos saem para “ganhar o mundo” e o pai ou a mãe se sente sozinho, o que caracteriza a Síndrome do Ninho Vazio.

Uma paciente (58 anos) de psicoterapia assim falou: "De minha parte, foi quando o meu marido foi nomeado diretor do departamento de TI de sua empresa que comecei a me sentir sozinha". Ela continua: “Meus dias eram mais longos e, mesmo em casa, parecia que eu estava em outro lugar”. Observe que narrativa, está implícita que a vida do casal passou e ter menos trocas e pouca cumplicidade. Creio que seja interessante comentar sobre o que desencadeia este sentimento de isolamento. Ele está ligado ao sentimento do casal de as partes não mais estão unidos em seu mundo interior, nas suas emoções, e também por não se unirem um ao outro pois os interesses e as sensibilidades estão diferentes: sendo duas direções, cada um segue seu próprio caminho sem que se cruzem.

Esse novo sentimento dá indícios sobre a situação do casal e faz um alerta de que há algum distanciamento entre os esposos. Portanto, sob a ótica psicoterapêutica, é importante que conversem sobre isso para que melhorem a comunicação. É certo que frente a ausência de diálogo (o que propicia estar com a impressão de estar só), uma reconexão representa o primeiro passo para uma mudança positiva. Podemos, então, descobrir que o outro compartilha dos mesmos sentimentos. Veja o que narra a paciente acima mencionada: "Quando contei ao meu marido sobre meu sentimento de solidão e de vazio, ele respondeu que também sentia a mesma coisa porque tinha a impressão de que eu não queria ouvi-lo falar sobre sua nova experiência profissional e que ele havia parado de falar comigo sobre isso quando era apaixonado por isso. Reconheço que ele não estava errado. Eu já achava seu trabalho muito intrusivo e não queria que ele ocupasse nossas conversas noturnas ou de fim de semana”.

Aqui devemos realçar a importância da partilha. O casal tem que falar das suas emoções, dos seus sentimentos, sair de atividades puramente paralelas para, assim, encontrar interesses comuns, ver amigos juntos, etc. Dependendo das preferências de ambos, podem ler os mesmos livros, ver exposições juntos, passear ou viajar também juntos. Quer dizer, o casal sempre tem que buscar alternativas juntos e encontrar um terreno comum e o desejo de compartilhar.

Mas por outra perspectiva, o relacionamento com o cônjuge tem seus limites. Algumas pessoas exigem muito dele e os motivos, muitas vezes, vêm de muito longe. Se lhe faltou carinho na infância, por exemplo, você pode ser amparado pelo seu companheiro, mas ele não vai conseguir resolver tudo ou preencher tudo. Há, outrossim, uma solidão inerente à nossa condição humana - todos se deparam com esse sentimento existencial. É essencial ser consciente de que um não pode viver a experiência do outro, isto é, não podemos fazer tudo pelo outro, nem ele por nós: precisamos encontrar espaços para estarmos juntos, mas não podem ser todos os espaços, afinal, não é possível encontrar a fusão amorosa original, aquela que vivenciamos com nossos pais. Então? Prontos para um novo começo?

Uma sugestão é considerar o que o casal construiu estando juntos, relembrar a segurança e o carinho que foi dada um ao outro, as alegrias compartilhadas e as dificuldades que passaram, os valores comuns, etc. Considerem igualmente o afeto, a cumplicidade, a confiança, a intimidade, as conversas, o fato de terem sido um para o outro o “porto seguro”..., enfim, há tantos elementos aos quais, muitas vezes, não prestam atenção simplesmente porque ele os constitui. Redescobrir os sentimentos e a paixão inicial não significa que a relação deva ser congelada. Se o projeto de criar os filhos já não existe e ajudar a cuidar dos netos nem sempre é suficiente, é importante ter novos objetivos e desejos comuns a curto e médio prazo, como organizar viagens, associar-se a novos lugares e grupos e assim por diante. Para alguns, essa projeção para o futuro passa por uma casa, adquirindo-a ou reformando-a, afinal de contas, trata-se do ninho onde passarão os “velhos tempos” juntos.

Mas esse “olhar para trás” e falar sobre a própria história do casal talvez seja uma excelente maneira de continuar caminhando lado a lado por muito tempo. Essa rememoração pode levar a saborear o que está acontecendo e motivar a melhorar o resto. Tanto você, leitor(a) como eu sabemos que à volta de uma boa mesa ou num fim-de-semana a dois, olhar pelo retrovisor e recordar o que se construiu e conquistou juntos (exemplo: família, viagens, amizades) é algo maravilhoso e benéfico para “curtir” o presente.

Você pode conhecer o meu trabalho pelos conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Psicologia Clínica (graduando) e Autismo.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

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