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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

UMA GESTAÇÃO ASSISTIDA MAIS TRANQUILA E FELIZ: O PAPEL DA PSICOTERAPIA

A Fertilização in Vitro (FIV) é um dos procedimentos mais sofisticados da medicina reprodutiva, que possibilita que casais e mulheres com dificuldades de engravidar realizem o sonho de ter filhos. No entanto, além dos desafios médicos e financeiros, a FIV abrange uma variedade de questões psicoemocionais que afetam de modo importante a saúde mental e a qualidade de vida dos envolvidos. Entre os fatores que contribuem para esse impacto, sobressaem-se os sentimentos de ansiedade, frustração, culpa, medo e até mesmo sintomas depressivos.

A decisão pela FIV geralmente ocorre após tentativas infrutíferas de engravidar. Muitas pessoas relataram sentir pressão tanto da sociedade quanto pelo anseio de serem pais, resultando em um processo decisório repleto de expectativas e inseguranças. De fato, pode haver um conflito interno entre a esperança e o medo de não alcançar o resultado almejado que pode afetar a estabilidade emocional antes mesmo do tratamento começar. É uma jornada que pode evocar sensações de impotência, culpa, desamparo e ansiedade. Ademais, o procedimento não assegura um êxito imediato, e cada etapa do tratamento traz novas expectativas, podendo causar frustração na eventualidade de não ocorrer a gestação.

O estresse emocional associado à FIV pode elevar o risco de transtornos de ansiedade e depressão. A ansiedade, nesses casos uma companheira frequente, é alimentada pela incerteza sobre o resultado do tratamento, pelos procedimentos médicos e pelas possíveis complicações. A seu lado, a esperança de realizar o sonho de ter um filho surge como um farol, acendendo um misto de emoções positivas e negativas. É uma montanha-russa emocional, com altos e baixos intensos. A ansiedade, a esperança, a tristeza e a culpa são sentimentos comuns nesse processo, assim como o isolamento social.

É comum que mulheres que não obtiveram sucesso na FIV se sintam culpadas, acreditando que não fizeram o bastante ou que seus corpos estão falhando. Esse sentimento pode ser intensificado por crenças culturais e sociais que responsabilizam a mulher pela gestação. Uma autocobrança excessiva pode levar à exaustão emocional, intensificando a dor do processo. O mesmo pode acontecer com os homens que possuem dificuldades reprodutivas, muitas vezes escondendo seus sentimentos devido à pressão social. Observe, portanto, que além das expectativas e ansiedades relacionadas à gravidez, a FIV acarreta uma carga emocional elevada para os casais que buscam essa alternativa para construir a família, impactando a autoestima, autoimagem e a qualidade de vida dos casais.

A infertilidade pode afetar profundamente a autoestima e a identidade de mulheres e de homens. Em várias culturas, a capacidade de ter filhos está associada à feminilidade e à masculinidade, gerando, com frequência, sentimentos de inadequação e fracasso. Para algumas mulheres, a dificuldade de engravidar pode ser vista como uma falha pessoal, resultando em culpa e angústia. Nos homens, a infertilidade pode ser vivenciada como uma ameaça à sua virilidade ou que pode impactar a autoconfiança e a saúde emocional.

Quando um ciclo de FIV não resulta em gravidez, a sensação de perda pode ser devastadora. Muitas mulheres e casais vivenciam o luto pela ausência do filho desejado, especialmente após a transferência embrionária sem sucesso. A infertilidade pode, assim, afetar profundamente a autoestima e a percepção de identidade. Muitas pessoas sentem que sua capacidade de ser pais faz parte de sua identidade, e a dificuldade de conceber pode gerar sentimento negativos nessas pessoas.

Desenvolver resiliência emocional é essencial para lidar com as frustrações e manter a esperança quanto ao futuro, seja enfrentando novos ciclos de FIV ou considerando outras possibilidades de parentalidade, como a adoção. Sendo resiliente, não se isolará socialmente, algo que acontece com muitos casais, inclusive porque nem todos compreendem as dificuldades e os desafios inerentes ao processo de fertilização in vitro.

O processo de FIV pode fortalecer ou abalar um relacionamento. Enquanto alguns casais encontram maior cumplicidade ao enfrentar juntos os desafios, outros vivenciam conflitos devido ao estresse, às pressões externas e à diferença na maneira como cada um cuida da situação. A rotina do tratamento pode variar a intimidade, seja pelo desgaste emocional, seja pelas exigências médicas que impõem momentos específicos para relações sexuais. O diálogo aberto e o apoio mútuo são essenciais para evitar o distanciamento emocional.

O acompanhamento psicológico durante a FIV em muito auxilia o casal podendo contribuir na elaboração e manejos das emoções intensas e construir estratégias para enfrentar as dificuldades. Além disso, muitas pessoas encontram apoio na espiritualidade, uma fonte de conforto e força para fortalecer a esperança ou para ressignificar suas experiências.

A experiência da FIV é única para cada casal, sendo influenciada por fatores como histórico de vida, apoio social, personalidade e características do tratamento. Trata-se de um recurso valioso em todas as fases do tratamento, visto que o psicólogo, além de fornecer apoio emocional e orientação para lidar com as demandas do tratamento de FIV, também pode oferecer:

  • Ambiente seguro para o casal expressar angústias, medos e esperanças.
  • Estratégias para lidar com o estresse: Técnicas de relaxamento, mindfulness e outras abordagens para lidar com o estresse e a ansiedade.
  • Apoio emocional: Acompanhamento contínuo, oferecendo apoio emocional e incentivando a resiliência.
  • Melhora da comunicação: Auxílio na interação do casal, favorecendo a resolução de conflitos e o fortalecimento dos laços.
  • Preparação para a parentalidade: Apoio ao casal nos desafios e alegrias da paternidade.

A Fertilização in Vitro é um processo que vai muito além da biologia, afetando profundamente a esfera psicoemocional dos envolvidos. É essencial considerar e validar os sentimentos que emergem nesse percurso, buscando suporte emocional e psicológico para reduzir o impacto do estresse, da ansiedade e da frustração.

A jornada da FIV não deve ser solitária – compartilhar experiências, buscar apoio profissional, tanto individual quanto para o casal, e manter um diálogo aberto no relacionamento são fatores determinantes para enfrentar esse desafio com equilíbrio. Aceitar as emoções como parte natural dessa jornada e contar com uma rede de apoio faz toda a diferença para uma experiência mais leve e consciente. Ao oferecer um espaço seguro para expressar seus sentimentos e desenvolver estratégias de enfrentamento, a psicoterapia contribui para a construção de uma jornada mais leve e esperançosa em direção à realização do sonho de ser pai ou mãe.

A preparação para a parentalidade também é um aspecto importante do acompanhamento psicológico, pois ajuda o casal a construir expectativas realistas e a desenvolver habilidades e estratégias de enfrentamento para lidar com os desafios da maternidade e da paternidade.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:


Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à SBRA - Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à ABRA - Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

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