-----
Durante a adolescência, as inseguranças são
onipresentes e abundantes. Na verdade, superar dúvidas é uma parte importante
do crescimento e amadurecimento para tornarem-se adultos. Embora as inseguranças
afetem todos os adolescentes, elas se manifestam de maneira diferente e com
intensidade variável, dependendo da força de caráter e ambiente de cada pessoa.
A adolescência é desafiadora de várias maneiras, pois é o momento de grandes
mudanças na vida e, com as mudanças, vem o aprender a tratar a pressão, a preocupação,
as incertezas e o medo. Sob tais circunstâncias, às vezes um incidente
aparentemente pequeno pode se transformar numa grande ansiedade, o que pode
gerar um mecanismo de enfrentamento potencialmente autodestrutivo.
A identificação de causas específicas de
insegurança na adolescência costuma ser uma tarefa difícil para os pais e para
os adolescentes. A maioria desses jovens não compartilha ou discute suas
dúvidas com os outros, especialmente os adultos, o que dificulta descobrir o
que os incomoda e como a situação pode ser sanada. Dito isto, acrescento que as
causas das inseguranças dos adolescentes são incontáveis: ficar sozinho,
rejeitado, não fazer parte da turma, ter notas ruins, notas que não agradam a mamãe
e o papai, performances não boas na faculdade, cometer erros, falhar na
tentativa de alcançar algo e, portanto, decepcionar amigos, pais, professores
ou a si mesmo, ter o “tipo errado de” corpo, roupas, hobbies, turmas, e a lista
continua...

Para garantir
tranquilidade e segurança de seus filhos durante a adolescência, os pais
precisam tomar medidas preventivas precoces. Ajudar as crianças a criar
autoconfiança e instilar um senso de valor próprio desde a tenra idade é
fundamental para ajudá-las a combater suas inseguranças mais tarde na vida.
Ainda assim, a adolescência é cheia de incertezas e a autoconfiança dos
adolescentes pode ser facilmente influenciada, de modo que até a maioria dos jovens
autoconfiantes precisa de segurança e credibilidade dos pais de tempos em
tempos. Para ajudar os adolescentes a melhorarem a autoestima durante a
adolescência e também fortalecer e manter um relacionamento positivo, os pais podem
optar por essas sugestões:
Elimine a
negatividade nas palavras e pensamentos: Comece com uma conversa pessoal positiva. É muito fácil ficar
frustrado com as pessoas que não cooperam e perder a calma com elas - fácil,
mas improdutivo. Para entender e apoiar uma criança em dificuldades, você
precisa ajudá-la a se abrir sobre coisas que a sobrecarregam. Se você critica
seus filhos por todos os detalhes mesquinhos, eles não compartilharão suas
preocupações com você pelo medo de serem julgados e censurados. Para manter uma
dinâmica positiva entre vocês dois, você deve manter uma perspectiva positiva o
tempo todo, mesmo quando seu filho não estiver por perto.
Promova
uma comunicação aberta: Se algo
está incomodando seu filho, você deveria ser a primeira pessoa a quem eles devem
pedir ajuda. Você precisa informar aos adolescentes que eles podem lhe dizer
qualquer coisa, que você irá ouvir e não julgará, que tentará entender o
problema do ponto de vista deles, e que oferecerá feedback, confiança e
conselhos construtivos. em vez de condescendência. Evite coisas como "Que
tipo de problema é esse?", "A culpa é sua!" ou "Eu disse
isso a você".
Identifique
os gatilhos: O que causa a ansiedade, agressão
ou reticência do seu filho? De onde vêm seus medos? O que faz você reagir de
uma maneira ou de outra no decorrer de uma discussão com seu filho adolescente?
Conhecer os gatilhos deles - e o seu - é uma arma poderosa para facilitar uma
conversa com os jovens, além de removê-los das "zonas de perigo",
reduzindo assim os níveis de estresse.
Ajude os
adolescentes a trabalhar em seus objetivos e nas estratégias para alcançá-los: Para combater a incerteza, você precisa confiar
em seus objetivos e nos indicadores de progresso. A incerteza pode fazer você
se sentir desamparado e preso em um lugar - geralmente ruim - na vida. O senso
de conquista é indispensável para criar autoconfiança nos adolescentes. Definir
metas realistas, dividi-las em submetas menores e medir o progresso relacionado
pode fazer a diferença na atitude e na perspectiva de seu filho em relação ao
mundo.
Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários
outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para
ler sobre algumas atividades que ajudam na felicidade.
Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e
casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e
budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no
ambiente social e empresarial.
Consultório próximo à estação de metrô Vila
Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou
pelo Whatzapp 11.98199-5612.