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Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

FAÇA PSICOTERAPIA – SEMPRE É BOM!


Levando em conta que ainda existem resistências e desconhecimento sobre a psicoterapia, de tempos em tempos, eu divulgo informações, por escrito ou por vídeo, sobre a importância do processo psicoterapêutico. O que é e prá que serve a psicoterapia? Essa é uma pergunta que sempre me fazem e é sobre isso que abordarei nesse artigo.

O que é psicoterapia? Na origem da psicoterapia está a aspiração do ser humano em viver melhor. É um caminho de encontro consigo mesmo, com o seu ser profundo, um verdadeiro processo de mudança, na maioria das vezes motivada por algum sofrimento geralmente desencadeado por um evento importante como separação, luto, nascimento, doença, trauma, etc. A psicoterapia também responde a uma busca pelo Eu, uma busca por significado e consciência pois ajuda a pessoa a conhecer-se melhor, reencontrar-se, libertar-se, amar-se melhor e realizar todas as potencialidades do seu ser.

A psicoterapia, então, é uma técnica de tratamento dos problemas psicológicos, emocionais e comportamentais sem recorrer a medicamentos – caso isso seja necessário, o paciente é encaminhado a um psiquiatra. Pode-se dizer que é um espaço de liberdade e intimidade para a pessoa falar, abrir-se, ouvir-se e ser escutado com carinho, e que, portanto, requer tempo e a participação ativa da pessoa. Ao cuidar das feridas do passado e ao estimular a energia da vida, a psicoterapia se mostra como um poderoso meio de transformar a si mesmo e de ser melhor em relação aos outros e ao mundo; ao desenvolver a consciência, a empatia e a convivência, a psicoterapia revela-se como uma maneira de assistir e aprimorar a nossa humanidade.

A psicoterapia visa tratar o mal-estar que todo mundo pode sofrer em algum dia na vida e que, dependendo da pessoa e das circunstâncias, pode se manifestar no domínio psicológico, existencial, afetivo, sexual, relacional ou social. A título de exemplo, observe que todos somos levados a controlar, alguns mais e outros menos, as emoções. No entanto, quando elas são expressas livremente a criatividade se desenvolve e encontramos o que chamamos de “realização emocional”. Por outro lado, quando as emoções são reprimidas, elas se voltam de forma destrutiva contra a própria pessoa ou contra os outros sem sempre percebermos. O trabalho do psicoterapeuta consiste em propor à pessoa, de acordo com a sua situação específica e o seu desejo de mudança, meios que lhe permitam evoluir para um estado de bem-estar desejado. Quer dizer, a psicoterapia cria um espaço onde as emoções podem se expressar livremente e um dos papéis do psicólogo é identificar as emoções reprimidas e criar uma estrutura que conduza à sua expressão. Como segundo exemplo, destaquemos que, exceto em casos de doença física, o sofrimento é, muitas vezes, um sinal de conflito psicológico que divide uma pessoa. Ela pode sentir que diferentes "partes" estão lutando entre si, cada uma com razões muito boas e inconscientes para manter suas armas. Por causa dessa luta interna, a pessoa não consegue ser inteiro ou fazer as escolhas "certas", sentindo-se muito perdido. O acolhimento e a escuta sem julgamentos por parte do psicoterapeuta, permitirá à pessoa, antes de tudo, colocar em palavras o seu sofrimento e diminuir o seu "transbordamento" emocional, diminuindo assim a pressão. O apoio do psicólogo irá sensibilizar o cliente e ajudará a compreender o que cada uma destas "partes" quer de "bom" para a pessoa; depois, poderá atualizar as velhas estratégias que foram postas em prática no passado e que não são mais apropriados para a situação ou a pessoa no momento atual. Finalmente, durante a psicoterapia, serão consideradas novas estratégias e um novo modo de operação.

A psicoterapia pode lhe ajudar em várias situações. Como mencionado, muitas vezes o gatilho para a terapia é um sofrimento que perdura e do qual não se consegue libertar; pode ser, também, uma busca de sentido, uma necessidade de apoio para superar uma provação ou mesmo a busca de "quem eu realmente sou" ou de viver melhor nos relacionamentos. O espectro é amplo sendo o ponto comum o sentimento de um chamado profundo para mudar - para transformar algo na maneira de viver a vida.

Muito raramente mencionada, a psicoterapia também pode ser um apoio valioso para pessoas que auxiliam seus entes queridos em suas dificuldades, sejam físicas ou psicológicas. Esses cuidadores não profissionais são frequentemente negligenciados nos caminhos da saúde. Carregando sozinho nos ombros o peso do suporte diário ao seu ente querido doente ou dependente, a terapia acaba sendo uma câmara de descompressão saudável para lidar melhor com essas situações.

Iniciar uma terapia sempre traz uma promessa preciosa que fazemos a nós mesmos. Libertar-se, revelar-se, afirmar-se, amar-se, encontrar-se, conhecer-se, descobrir-se, apropriar-se de si mesmo, viver a própria vida, ser feliz, passar por uma prova, responder a uma pergunta existencial que se faz, para encontrar a paz em si mesmo, para encontrar o gosto de viver. O melhor de tudo é que a psicoterapia é dirigida a todos e o psicoterapeuta está lá para apoiar os momentos difíceis e estimular a energia vital, possibilitando que seu cliente se torne a melhor versão de si mesmo. 

A experiência mostra que conhecendo-se a si mesmo, a pessoa aprende a entender melhor as diferenças e dificuldades dos outros. Isso significa que o processo psicoterápico não só é uma forma de compreender a si mesmo, mas também de expressar as próprias emoções diante dos outros, na busca de uma convivência justa e harmoniosa. Ou seja, a psicoterapia desenvolve a empatia, constrói a paz e capacita a todos para suas escolhas e ações. Isso tudo sem mencionar que a psicoterapia, em transtornos mentais mais graves, consiste em estreita colaboração com o psiquiatra, representando uma essencial alavanca durante o tratamento.

O funcionamento da mente muitas vezes assume um aspecto misterioso. Na verdade, todo comportamento humano obedece a uma lógica precisa, inclusive aqueles que nos parecem os mais loucos. O problema surge quando nos falta a chave para entender essa lógica! Nesse sentido, uma outra função essencial do psicoterapeuta é interpretar aquilo que escapa ao paciente, nele mesmo e nos outros. É possível explorar o próprio inconsciente, essa parte oculta de nós mesmos que contém a chave para muitos mistérios. Por que sofremos repetidos fracassos em determinadas áreas, quando fazemos de tudo para ter sucesso? Por que somos irresistivelmente atraídos por certas pessoas, enquanto há outras que odiamos à primeira vista? Por que temos ideias ou comportamentos que nos parecem estranhos? Aprofundando-se no inconsciente, encontra-se a causa de muitos problemas, possibilitando, assim, que os resolva de forma eficaz.

Um dos aspectos que acho muito bonito na psicoterapia é a compreensão da própria história. Na verdade, todos nós tendemos a repetir o passado, tenha sido ele agradável ou não. A nossa personalidade é formada, em sua maior parte, durante a infância e, para nos adaptarmos ao ambiente, adotamos papéis dos quais, às vezes, não conseguimos nos libertar, de tanto que os internalizamos. Compreender a forma como alguém se construiu e cresceu permite sair da repetição e, assim, mudar o rumo de sua existência.

Por fim, é conhecendo a si mesmo que uma pessoa passa a entender melhor os outros. O que não se entende nos outros é muitas vezes o que o indivíduo deixa de lado em si próprio. Ao nos entendermos melhor, entendemos melhor o que está funcionando ou não em nossos relacionamentos com os outros, tornando-nos menos vulneráveis ​​às suas reações. Assim, esta pode ser uma oportunidade para estabelecer uma melhor comunicação, ou, inversamente, ter forças para nos livrarmos de relações nocivas. Durante nossa existência, adotamos todos os tipos de hábitos, dos mais úteis aos mais prejudiciais. Porém, se adquirimos um hábito que não tínhamos no início, também é possível perdê-lo e adquirir novos. A psicoterapia é um processo de mudança mas, sem sombra de dúvidas, mudar comportamentos e atitudes que estão profundamente ancorados em nós exige que dediquemos um mínimo de tempo a isso. Certamente acontecem “lançamentos” espetaculares em uma única sessão, mas cuidado: esses não são necessariamente os mais frequentes ou os mais duradouros, principalmente entre os adultos.

Creio que a essa altura, você pode estar convencido das vantagens de se fazer psicoterapia, que, afinal, é uma das melhores maneira de curar distúrbios psicológicos e emocionais. E para quem não tem patologias mentais, é uma forma muito eficaz de trabalhar os problemas da vida quotidiana que geram um estado de estresse recorrente.

Tenho que frisar que não há absolutamente nada de vergonhoso em ir à terapia. Todo mundo passa por momentos de estresse ou depressão, e, quando esses sentimentos nos dominam, a terapia, com certeza, ajuda a recuperar o controle. Não há absolutamente nada de vergonhoso em pedir ajuda - mesmo as pessoas que parecem ser completamente equilibradas, às vezes, precisam de uma ajudinha. Conversar com um psicólogo pode proporcionar alívio. Não precisa estar em mau estado, pois a escuta do psicólogo é feita sem julgamento e visa amenizar o seu sofrimento, fazer você virar a página de um acontecimento, orientá-lo em uma reflexão profunda, ajudá-lo a se descobrir, e muito mais!

Como insinuei no início desse artigo, o tema do apoio psicológico ainda não é unanimidade entre o grande público, pairando ainda vários preconceitos ou tabus sobre o fato de recorrer a ajuda psicológica: Vão pensar que estou louco? Sou fraco e preciso de suporte psicológico? Vou remexer no passado e reviver velhas lembranças à toa? Além de ser perguntas equivocadas, convém lembrar que nada é mais valioso do que o seu bem estar e saúde mental. Á guisa de conclusão do artigo, apresento, abaixo, algumas boas razões para iniciar uma psicoterapia:

Ter passado por um trauma: Seja na vida pessoal ou profissional, todos nos deparamos com situações que podem nos chocar. Um trauma nem sempre significa uma situação extrema (morte, assalto, acidente, etc.), às vezes, é um acontecimento perturbador que pode ter um impacto particular numa pessoa, mas não necessariamente em seu próximo. Doença, acidente de trabalho, agressão verbal, certos atos e gestos podem ser inócuos para uma pessoa, mas para outra revelam lembranças dolorosas! O apoio psicológico rápido após um choque pode fazer toda a diferença, a curto, médio e longo prazo. Lembre-se: nem todos somos iguais diante de um trauma, nem todos desenvolvemos os mesmos mecanismos de enfrentamento, mas isso não significa que somos fracos!

Sofrer ou pensar que sofre de um distúrbio: Alcoolismo, ansiedade, bipolaridade, anorexia, depressão, vício... Você sente sofrimento, mas não consegue definir os termos exatos de sua situação ou o que fazer para se acalmar e reconstruir você mesmo.

Estresse: O estresse é uma reação normal e essencial para nossa sobrevivência, mas ele não deve invadir sua vida! Insônia, problemas profissionais, alterações de humor, depressão, sofrimentos diversos, a espiral pode acelerar rapidamente e ter um impacto prejudicial e destrutivo na vida diária. É importante compreender as razões deste mecanismo para poder antecipar melhor as nossas reações e melhor manejá-las!

Doenças físicas inexplicáveis: dores de estômago, dores de cabeça, tonturas, palpitações... Doenças físicas que não podem ser explicadas por uma infecção temporária e seu médico não viu nada de anormal em seus resultados; talvez seja a manifestação de um mal-estar psicológico, e seu corpo pode estar lhe enviando uma mensagem que você precisa de ajuda para decodificá-la!

Fazer um balanço da sua vida pessoal ou profissional: Você precisa ser ouvido, mas não tem escutas imparciais ao seu lado, então, conversar com um psicólogo pode proporcionar um grande alívio. Não precisa estar péssimo, mas a escuta do psicólogo é sem julgamento e visa amenizar o sofrimento do cliente; é uma escuta que faz com que se vire a página de um acontecimento para assim, entrar numa reflexão profunda e se descobrir.

Questionar suas falhas ou os relacionamentos prejudiciais repetitivos: Suas falhas pessoais se sucedem? Você costuma cair no mesmo tipo de padrão romântico ou profissional? Talvez seja hora de fazer um balanço e encontrar um ponto de partida para essas ações recorrentes que parecem não ter saída. Encontrar-se sistematicamente em situações de conflito ou repetir constantemente os mesmos erros como casal são bons motivos para consultar um profissional. 

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

CONTROLE AS SUAS EMOÇÕES – ISSO É REALMENTE POSSÍVEL?

Certa vez, perguntei à minha neta, uma criança, se ela acreditava que as emoções, em geral, são controláveis. Ela me respondeu, com alguma relutância, com um sim, antes de confessar que prá ela, era a coisa mais difícil de fazer no mundo. E se houvesse um truque? insisti! – algo que facilitasse o controle das emoções? Ela poderia considerar, disse, mas que eu não deveria esperar que ela usasse o truque com muita frequência.

Deixando de lado os desafios de entender as emoções pré-adolescentes, penso que aprendi algo importante a respeito de suas crenças sobre as emoções:

  • que não só é possível estar no comando delas, mas que as emoções, em geral, não são ruins;
  • que há utilidade, às vezes até prazer, em “navegar” nas ondas emocionais em constante mudança - até mesmo nas emoções irritantes, como a frustração, e as ardentes, como a raiva.

Um novo fato é que, embora inúmeros estudos em psicologia tenham explorado a influência das emoções no bem-estar, pesquisas recentes sugerem que as crenças que mantemos sobre nossas emoções podem ter implicações importantes em nossa saúde psicológica.

Considere a crença sobre o controle das emoções. Você acredita que as emoções são controláveis ​​(moldadas e ajustadas de acordo com a nossa vontade) ou que são incontroláveis ​​(acontecem “sem serem convidadas” e por “conta própria”)? Por mais inócuas que possam parecer, pagamos um alto preço por essas crenças: elas não apenas podem se tornar fatores de risco para a depressão, mas também podem orientar os esquemas que usamos para gerenciar nossas emoções em nossa vida cotidiana.

Os sinais indicam que todos nós somos algo como estudiosos das emoções, decidindo por nós mesmos o que acreditamos sobre elas. Qual teoria da emoção devemos então tentar aderir para obter melhores resultados psicológicos?

A resposta parece clara: como regra, é benéfico acreditar que as emoções são experiências boas e úteis, e não experiências necessariamente prejudiciais e danosas; também é benéfico acreditar que as emoções são controláveis. Mas, certamente, não sendo muito rígidos visto que se pensarmos que as emoções são totalmente controláveis ​​o tempo todo, como isso deve ser estressante nos momentos em que não conseguirmos controlar nossas emoções. Fato é que não há como negar que seja surpreedente que o caminho para o bem-estar tenha muito mais nuances do que as pessoas possam pensar. Por exemplo, há contextos em que a raiva é a opção mais saudável assim como há ocasiões em que querer se sentir feliz pode sair pela culatra” – enfim, realmente, muito depende do contexto em que estamos sentindo a emoção.

Devemos também ponderar sobre a importância de nossas crenças sobre nossas emoções. O que você acredita sobre o mundo molda o jeito como você percebe e interage com esse mesmo mundo, então, o que você acredita sobre as emoções deve moldar a forma como você aborda e gerencia suas emoções. Por exemplo, se você crê que as emoções são ruins, o que vai acontecer quando você estiver chateado? Ou se você acha que as emoções são incontroláveis, o que vai acontecer quando você precisar administrá-las?

Nossas crenças exercem uma influência penetrante sobre nós, mesmo que não pensemos nelas em nosso dia-a-dia. Elas orientam o que queremos sentir e as estratégias que usamos para regular nossas emoções. Essas crenças, às vezes, vêm de fora com as pessoas nos dizendo como devemos nos sentir, tal qual nossos pais ao dizerem "Não chore" ou "Seja feliz". Quando observamos os outros, podemos vê-los lutando com suas emoções ou julgando-as. Em contrapartida, as crenças também podem vir de nossas próprias experiências. Se eu tivesse dificuldade em administrar minhas próprias emoções, poderia concluir que as emoções são relativamente incontroláveis. Ou, se muitas vezes tenho emoções angustiantes, posso desenvolver uma crença geral de que as emoções são particularmente ruins. No fim das contas, as nossas crenças sobre nossas emoções sempre afetam nosso bem-estar psicológico.

É claro que para que essas crenças abstratas - moldem a saúde e o bem-estar das pessoas, algum processo precisa acontecer. Um dos caminhos mais plausíveis é através regulação emocional (ou seja, os procedimentos que usamos para mudar emoções que temos e quando as temos). Exemplificando, se tenho inclinações a pensar que as emoções são um tanto incontroláveis, é menos provável que tente regulá-las em minha vida diária. Outro processo é a meta-emoção: sentir emoções sobre nossas emoções. Veja bem, se eu acho que as emoções são ruins ou prejudiciais, quando me sentir ansioso pode ser que me sinta mal por estar ansioso, o que me fará sentir pior ainda.

Afinal, quanto de nossas emoções estão realmente sob nosso controle?

Depende do que se defina com "emoção" e o que se quer dizer com "controle" (e o que você quer dizer "realmente"!). As emoções são experiências multi- facetadas e algumas dessas facetas podem ser mais fáceis de controlar do que outras. Por exemplo, mascarar a demonstração externa de emoção pode ser mais fácil em alguns contextos do que mudar como você se sente ou sua fisiologia. Pode depender da intensidade da emoção, onde emoções mais intensas são mais difíceis de controlar do que emoções menos intensas. Ironicamente, pode ser útil não tentar controlar nossas emoções. Se apenas aceitarmos nossas experiências emocionais e as deixarmos seguir seu curso natural, elas podem terminar mais rapidamente. É por isso que a aceitação emocional pode ser uma estratégia particularmente poderosa de regulação emocional - pode ajudá-lo a se sentir melhor, em parte porque você não perpetua suas emoções negativas. O objetivo não deve ser livrar-se ou sufocar todas as emoções, mas tentar tê-las no grau certo e no contexto certo e se recuperar mais rapidamente depois.

E as nossas crenças, podemos mudá-la? O que posso dizer é que as evidências de intervenções psicoterapêuticas mostram que é possível. Cito o caso em que a psicoterapia pode ajudar pessoas com transtorno ansiedade social a reduzir seus sintomas, ajudando-as a perceber e acreditar que sua ansiedade é mais controlável.

Um dos objetivos dos profissionais de saúde mental é ajudar seus clientes a mudar suas crenças desadaptativas. É importante ressaltar que mudar as crenças é apenas um primeiro passo – é crucial também dar às pessoas as ferramentas de que precisam para regular suas emoções. Todavia, convencer alguém de que pode controlar suas emoções é capaz de não ter um efeito muito benéfico se a pessoa também não tiver as ferramentas necessárias para realmente controlar suas emoções. Uma intervenção psicoterapêutica útil deve envolver a mudança de crenças e a aquisição de habilidades para usar formas eficazes de regulação emocional.

Um outro ponto é a forma como a cultura influencia nossas crenças. Bem, em parte, essas crenças vêm de nossa cultura, lembrando que certas emoções são mais valorizadas em algumas culturas do que em outras. Se vivemos em uma cultura que acredita que uma determinada emoção é valiosa, devemos ser mais propensos a valorizá-la - e mais propensos a tentar senti-la.

As crenças que mantemos mudam a forma como administramos nossas experiências do dia-a-dia. Se pudermos mudar modestamente nossas crenças, poderemos mudar a maneira como abordamos as experiências emocionais diárias que se acumulam e se tornam nossa sensação geral de bem-estar. Exempli gratia, se minha tendência é acreditar que as emoções negativas são ruins, sempre que ficar estressado no trabalho ou ter um conflito com minha esposa, sentirei possivelmente mais angústia. Se eu puder mudar para uma crença mais magnânima sobre as emoções - tentando ver minhas emoções com curiosidade em vez de julgamento - essas experiências do dia-a-dia poderão se tornar menos angustiantes. Com o tempo, mesmo pequenas mudanças podem se acumular e acabar movendo montanhas.

Uma dica” para ajudá-los a administrar suas emoções é a seguinte:

Quando você estiver tendo uma experiência intensa, tente sentar-se com a emoção e observe-a. Reconheça-a e não tente se livrar dela imediatamente ou julgá-la como bom ou ruim. Faça algumas respirações profundas. Sinta-a. Talvez consiga descrevê-la – arrisque entender de onde vem (“Acho que estou chateado ou fora de controle”). Tente descentrar evitando o entendimento de “Estou com tanta raiva!” para “Aqui está um momento de raiva”. Se você conseguir diminuir a intensidade de sua emoção, será mais viável repensar a situação e obter uma nova perspectiva. Contanto que você não esteja ruminando ou pensando sobre isso, a emoção acabará por desaparecer por conta própria. São coisas que tento fazer sozinho mas, claro, não nego, é sempre um desafio.

natural.

                                                                      \

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico orientador parental
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

CONTROLE (OU REGULAÇÃO) EMOCIONAL

A vida exige de nós o mínimo de equilíbrio. Ao mesmo tempo, as emoções sinalizam ameaças e recompensas. Quer dizer, como uma bússola que nos guia na direção certa, as emoções têm o poder de nos guiar para as ações certas, logo, o controle emocional é uma das maiores conquistas que podemos alcançar. Mas atenção: tem que haver equilíbrio, sendo necessário estar com a cabeça tranquilaA inteligência emocional é uma habilidade cognitiva que nos permite conhecer e controlar as nossas emoções e é através dela que conseguimos regular as nossas emoções e construir relacionamentos mais saudáveis. Mas o que é Autocontrole (ou Regulação) Emocional?

Ter controle emocional é  a capacidade que o ser humano possui para compreender seus sentimentos e emoções e, dessa forma, agir de modo mais calculado e razoável, sem se deixar levar por impulsos, pensamentos “soltos” ou influências negativas. A inteligência emocional que nos dá condições de controlar melhor as emoções, ser hábil ao regular as próprias emoções em momentos intensos, sejam eles positivos ou negativos, adquirindo condições de se expressar de maneira adequada nas várias situações da vida.

Quando define-se o autocontrole ou regulação emocional, considera-se o processo pelo qual as pessoas influenciam as emoções que têm, quando as têm e como experimentam e expressam seus sentimentos. Isso pode ser automático ou controlado, consciente ou inconsciente, e pode ter efeitos em um ou mais pontos no processo de produção de emoções

Além disso, a definição de regulação emocional abrange sentimentos positivos e negativos, além de como se pode fortalecê-los, usá-los e controlá-los. Esse autocontrole envolve três componentes:

  • Iniciando ações desencadeadas por emoções.
  • Inibindo ações desencadeadas por emoções.
  • Respostas moduladoras desencadeadas por emoções.

Idealmente, o terceiro componente é a melhor maneira de aproveitar ao máximo os processos regulatórios.

Todos os dias, qualquer um de nós, enfrenta centenas de estímulos que provocam emoções, e a maioria deles requer alguma ação ou resposta de nossa parte. É natural que a mente seja fisgada em alguma contemplação negativa ou ignore as emoções inconscientemente depois de ser bombardeada com tantos estímulos todos os dias. A regulação emocional atua como modificadora, e isso nos ajuda a filtrar as informações mais importantes e nos motiva a prestar atenção a elas de uma forma que não evoque estresse ou medo.

Estudos sobre regulação emocional indicam que existe uma correlação positiva significativa entre regulação emocional e controle da depressão. Pessoas com níveis mais baixos de ansiedade apresentam maior controle emocional e inteligência socioemocional. Os estudos indicam que as emoções são respostas adaptativas que têm uma base profundamente enraizada na biologia evolutiva. A maneira como as sentimos e interpretamos afeta como pensamos, como decidimos e como coordenamos nossas ações no dia a dia. Por exemplo, uma pessoa que tem estratégias ruins de autocontrole ou regulação emocional tem maior probabilidade de ser vítima de variações de humor pois suas ações e padrões de comportamento estariam sempre à mercê de suas emoções. Diferentemente, uma pessoa com bom autocontrole terá um melhor equilíbrio e julgamento de seus sentimentos e ações. A regulação emocional nos permite julgar cuidadosamente quais resultados afetivos adotar e quais evitar. Quando confrontamos um estímulo provocador, a reação natural do cérebro é ativar a amígdala, um local do cérebro que regula as respostas de luta ou fuga. Os processos de regulação emocional nos permitem ganhar tempo antes de agirmos nos gatilhos de luta ou fuga.

Note que com a regulação emocional, podemos permitir que o surto inicial de emoções acalme-se e afaste-se da situação antes de reagir a ela. Em outras palavras, o aumento do intervalo de tempo entre o estímulo e a resposta restaura as faculdades mentais que envolvem o pensamento racional e o raciocínio. Como resultado, podemos nos salvar de colapsos emocionais repentinos ou esgotamento. A autorregulação é, então, uma pausa entre sentimentos e reações – ela nos encoraja a desacelerar um pouco e agir depois de avaliar objetivamente uma situação. Por exemplo, um aluno que grita com os outros e bate nos amigos por motivos mesquinhos certamente tem menos controle emocional do que uma criança que, antes de bater ou gritar, conta ao professor sobre seus problemas.

Outro grande aspecto da regulação emocional é o engajamento de valor. Quando reagimos impulsivamente sem prestar muita atenção ao que está acontecendo dentro de nós, muitas vezes podemos nos desviar de nossos valores fundamentais e agir de maneira oposta a eles. Com o autocontrole adequado, ganhamos o poder de manter a calma sob pressão, o que nos impede de agir contra nossos valores e ética fundamentais.

Creio que você já percebeu a importância da autorregulação emocional para o sucesso e felicidade na vida, e é por essa razão que publicarei alguns artigos sobre esse assunto. Esse que você está lendo pode ser considerando uma introdução.

Acredito que todos nós temos a capacidade de construir um repertório emocional robusto e evitar que nossa energia mental seja investida em negatividade. Podemos nos fortalecer olhando para dentro e praticando a autoconsciência ou podemos buscar ajuda externa, envolvendo-nos em uma comunicação positiva com os outros. Não há problema em consultar um psicoterapeuta quando nosso enfrentamento interno falha, talvez até seja esse, para alguns, a melhor solução; o foco principal é criar um escudo emocional positivo que possa canalizar nossas emoções para compor o melhor de nós.natural.

                                                                      \

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico orientador parental
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

SERÁ QUE VOCÊ ESCOLHE SOFRER? SE VOCÊ FOR UM MASOQUISTA, VEJA O QUE FAZER PARA MELHORAR

Você é excessivamente rígido consigo mesmo? Você, secretamente, quer se vingar das pessoas que o menosprezaram, porém acaba se apegando ao ressentimento em vez de fazer algo a respeito? Ou ainda, você trabalha incansavelmente, até a exaustão? Pois saiba que esses comportamentos são considerados traços masoquistas - sendo que não me refiro ao sadomasoquismo sexual, onde um é dominante e o outro submisso. Nessa perspectiva psicológica que apresento, os comportamentos autodestrutivos que um masoquista suporta são muitas vezes cometidos pelo Eu para o Eu. Em outras palavras, os masoquistas infligem dor e humilhação a si mesmos e, por consequência, sofrem de angústia, ansiedade, e outros sintomas.

Aqueles que têm uma personalidade masoquista acreditam que só eles são os culpados pelos problemas, não apenas os problemas que surgem no ambiente dessa pessoa, mas também com aqueles com os quais ela não tem absolutamente nada a ver!!!

Certamente você também já passou por uma situação em que uma pessoa deixa a outra entender que alguém é culpado por alguma coisa. Nesse momento, as pessoas masoquistas pensam imediatamente em si mesmas, embora não sejam diretamente culpadas. O fato é que quando uma pessoa tem uma personalidade masoquista, ela sempre se sente culpada, cria situações nas quais ela é inevitavelmente a culpada, ou seja, essa pessoa está realmente procurando o sofrimento e acredita que o merece, mesmo quando isso não é verdade.

Com o objetivo de ajudar a compreensão das origens de uma estrutura de personalidade masoquista, gostaria de dizer que ela também é chamada de "personalidade autodestrutiva". As raízes dessa estrutura de personalidade vêm de uma batalha de vontades – a da criança em desenvolvimento versus a vontade de pais excessivamente controladores. Esses pais procuram manter o controle a todo custo. Eles exigem obediência em todos os momentos e não há espaço para a criança expressar suas próprias opiniões e necessidades. A condição para receber o amor é ser uma criança “boazinha”; levados ao extremo, os pais podem abusar, castigar e humilhar a criança, ameaçando abandoná-la ou puni-la se ela, a criança, não seguir essa linha. É claro que crescer assim pode ter um impacto profundo. Os filhos podem guardar suas mágoas, desejando se vingar dos pais, mas sem ter poder suficiente para isso. Qualquer tentativa de vingança é feita, então, de forma furtiva ou passivamente agressiva. O comportamento intrusivo ou crítico dos pais pode se tornar a voz de um Crítico Interno de bullying. Os masoquistas, quando adultos, também podem se tornar incrivelmente complacentes, perdendo o contato com sua criatividade e escolhendo trabalhos que são exigentes, mas enfadonhos.

Você pode estar se perguntando se você, ou alguém próximo a você, tem uma personalidade masoquista. Não é exatamente fácil identificá-las, mas, com certeza, sabemos que os masoquistas carregam um forte sentimento de culpa e que, às vezes, outros se aproveitam disso para culpá-los injustamente por algo. Relacionei, abaixo, algumas características das pessoas masoquistas, isto é, os seus traços típicos, que você pode (espero que não) reconhecer em si mesmo ou nos outros:

  • Você trabalha até a exaustão sendo abusivo consigo mesmo, pois se esforça para ir além de seus limites.
  • Você se sente humilhado por dentro (mesmo sendo igual a todos!!) e nunca toma medidas para mostrar aos outros como você realmente se sente.
  • Você, muitas vezes, se sente atraído por relacionamentos abusivos, nos quais continua a ser humilhado e envergonhado. Suportar essa dor - e não mostrar que dói -  é a maneira masoquista de manter algum sentimento de orgulho de si mesmo.
  • Você se sente mal-amado no mundo: sempre teve que trabalhar um pouco mais para ser aceito pelas pessoas ao seu redor, mas isso nunca é suficiente.
  • Seu Crítico Interno ataca tudo o que você faz, levando-o a extremos para provar seu valor, ou seja, você se sacrifica para se sentir necessário.
  • Você acha impossível dizer “não” ou se afirmar. Em vez disso, tenta agradar, mesmo estando ressentido por dentro.
  • Você reclama de falta de sorte na vida, mas nunca faz nada a respeito, recusando até mesmo tentativas dos outros em ajudá-lo. Nesse sentido, as ações positivas de amigos, colegas e parentes são desconsideradas em vez de aproveitá-las.
  • Quando você está indo bem e está prestes a conseguir um bom resultado, se sabota, isto é, bloqueia-se e age para que o que está fazendo não acabe bem.
  • Você, inconscientemente ou não, busca o próprio sofrimento - o sentimento de dor e o insucesso sempre compõem o papel de vítima. Contudo, ao mesmo tempo, tem medo de que as coisas tenham sempre um final trágico.
  • Você se culpa por tudo e pensa o tempo todo: "a culpa é minha, eu mereço o castigo".
  • Você se sente preso a ciclos intermináveis ​​de autodestruição. Acredita que é impossível desfrutar do prazer sem a culpa ou vergonha que lhe acompanha. Você se sente sem esperança sobre o futuro.

Pessoas com personalidade masoquista sentem medo, insegurança e uma dependência absoluta dia após dia devido ao fato de que precisam de alguém para testemunhar suas dores e vitimizações. Esses que exibem tal personalidade sentem que suas vidas devem ser como a de um mártir - submeter-se e sacrificar-se pelos outros é o que lhes dá esperança para um novo dia, mas essa esperança é sempre destruída. Sua falta de egoísmo, pensamento constante nos outros e insegurança incessante a tornam uma pessoa muito insegura e constantemente buscando sofrimento, dor e culpa para se sentir bem. Cabe aqui, o que disse Frida Kahlo: “Agarrar-se ao próprio sofrimento significa correr o risco de se autodestruir por dentro".

E como ajudar a si mesmo, se você tiver traços de uma personalidade masoquista? Seguem algumas sugestões:

  • Procure um psicoterapeuta: A psicoterapia pode ajudá-lo a entender a história do seu passado a qual pode incluir elementos autodestrutivos. Através da consciência sobre o seu passado, você pode começar a fazer escolhas conscientes no seu presente, adquirindo cada vez mais consciência de seus gatilhos.
  • Cuide da sua ansiedade: Pode ser assustador quando você começa a fazer mudanças em sua vida. Depois de uma vida sem correr riscos, é capaz da ansiedade surgir quando você começa a fazer algo por si próprio. Um psicólogo certamente lhe ajudará com estratégias para conter a sua ansiedade, além de oferecer um espaço seguro onde você não será punido por falar a verdade.
  • Enfrente seu Crítico Interior: O que ele quer? Quando é acionado? De quem é a voz? Compreender o seu Crítico Interior pode ser o primeiro passo para gerenciá-lo e impedir que ele arruíne sua vida.
  • Assuma a responsabilidade pessoal: Você pode assumir o controle de suas emoções, sentimentos e ações sem culpar outras pessoas por eles. Isso inclui entrar em contato com sua raiva sobre o que lhe aconteceu quando criança e encontrar maneiras construtivas de expressá-la. Mais uma vez, seu psicoterapeuta pode ajudá-lo a encontrar um caminho.
  • Chore pelo que viveu: Você pode se sentir triste pelo amor dos pais que não lhe foi o bastante em sua infância. Trabalhar as feridas da infância e permitir que elas se curem é um trabalho incrivelmente doloroso, porém, com o apoio terapêutico, lamentar seu passado pode libertá-lo para viver uma vida de sua própria escolha.

Meu amigo, é necessário ser feliz... Se você finalmente descobriu que sofre por ser uma personalidade masoquista, agora é a hora de se perguntar se está realmente feliz com esse modo de pensar e agir. Claro, é verdade que ajudar os outros e se sacrificar faz você se sentir bem, mas se culpar por tudo? Você realmente deve sofrer para que os outros possam ser felizes?

Creio que você não está feliz assim, está? Em algum momento, você será apenas um monte de tristezas que não desejará mais ser e ninguém mais vai pensar em você. À medida que se apega ao seu sofrimento, os outros se aproveitarão para aumentá-lo. Se você não for o único preocupado com sua própria felicidade e bem-estar, ninguém mais o será, logo, deve cuidar de si mesmo e perceber que nunca será feliz num papel de mártir. Pense em você por um momento. Seja um pouco egoísta, pensando em si mesmo, e verá que se sentirá melhor e até perceberá a realidade que você mesmo criou.

Você não é uma pessoa ruim. Quando sofre, se submete, dá tudo de si, por que se sentir culpado? Liberte-se dessa culpa que está ancorada tão profundamente dentro de você e assuma que você, e mais ninguém, é o único responsável por esse sentimento de culpa e por permitir que isso aconteça.

Todos nós buscamos a felicidade, incluindo você. Sempre haverá momentos em que sentiremos tristeza, mas isso não acontece todos os dias! Como disse, seja um pouco egoísta de vez em quando, não se esqueça de si mesmo e seja uma pessoa autoconfiante. Você não pode se culpar por tudo, pensar que é uma pessoa má se não der tudo o que tem aos outros. Você é valioso e tem que pensar em si mesmo também! Você caminha nesta terra para ser feliz e não para sofrer.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

É CARNAVAL! DIVIRTA-SE! PREPARE-SE PARA O FUTURO!

Ó, abre alas, que eu quero passar! Mamãe, eu quero mamar! Você pensa que cachaça é água? Daqui não saio, daqui ninguém me tira! Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu!

Carnaval, dias de irreverência e descontração, em que as pessoas se liberam e adotam posturas e atitudes mais desprendidas e despudoradas, extravasando suas vontades e desejos sem o medo dos julgamentos.

Não é uma festa brasileira e sim, uma festa pagã grega, que servia para comemorar as colheitas. Aos poucos, foram acrescentadas as bebidas, as práticas sexuais, a igreja tentou reprimir, mas a “turma” gostava e se identificava demais com os festejos..., e assim o carnaval ficou até hoje.

A compreensão do fenômeno “carnaval” é ampla, mas vou lhe contar apenas alguns sobre os aspectos sociais e psicológicos.

Há um "negócio" psicológico conhecida por “desindividualização”, entendido como um efeito de massa (portanto, algo coletivo), que é quando a pessoa vai perdendo a autoconsciência e o medo do julgamento alheio. Claro que isso pode ter consequências negativas ou positivas.

Penso que a maioria das pessoas, inclusive você, leitor, já esteve num grupo agindo de um modo diferente do que usualmente agiria se estivesse sozinho. O “lance” é que as pessoas em grupos tendem a perder parte de próprio autoconhecimento e autocontenção – Oba, chegando no carnaval!!!

De certa maneira, as pessoas acabam por fazer coisas quando estão em grupos (ou bandos, diriam os mais críticos) que não fariam sozinhas - porque elas se sentem menos responsáveis ​​por suas ações como um indivíduo. E este processo de “desindividualização” pode ter efeitos poderosos. Por exemplo, numa guerra, os soldados que matam outros seres humanos dizem que não são monstros: apenas estavam em grupo cumprindo ordens e não eram os únicos a fazê-lo. Muitos são envolvidos em atos hediondos de violência por causa da “desindividualização”. Claro que isso é uma consequência negativa do processo, porém, ao "desinvidualizar-se", uma pessoa pode participar de atos festivos mais picantes do que os atos numa festa, digamos, sob controles. Você está imaginando o que pode fazer numa festa como o carnaval? Bem, as pessoas se soltam e acabam, por exemplo, beijando um monte de gente, “plantando bananeiras” ou expondo seus corpos mais do que o habitual, afinal, não se preocupam com o olhar e julgamento dos outros.

É justamente pela “desindividualização” que as pessoas se sentem mais livres (ou menos reprimidas) durante o Carnaval. Cabe a cada um aproveitar os festejos com responsabilidade, entendendo que o limite para a sua felicidade é o seu bem-estar.

Além do mencionado, uma coisa muito importante que ocorre no carnaval é que essa gigantesca reunião com outras pessoas pode ampliar as possibilidades de futuro, ajudar também a enxergar outras escolhas a serem feitas, celebrar a diversidade de caminhos existentes e reforçar a esperança de uma vida diferente daquela que se tem, o que, indiscutivelmente, pode contribuir para o bem-estar emocional. Não significa negar a realidade – pelo contrário. É poder buscar apoio e formas de encarar a existência, a vida, entendendo que, ainda que haja percalços e necessidade de redirecionamentos, a alegria é possível - principalmente, se cada um buscar renovar suas esperanças em um futuro que está sempre por ser construído. Ademais, é compartilhar alegrias – assim como as tristezas. É amparar-se em quem se oferece para estar ao seu lado, para que a esperança se renove e não deixe de existir em cada novo dia.

Divirta-se! É carnaval!!

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 Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.
Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.