(Série: Reeditando artigos interessantes)

A
ansiedade pode prejudicar seriamente a capacidade da pessoa na realização do
trabalho, na escola e em situações sociais. Pode interferir, também, nos
relacionamentos com familiares, amigos e parceiros amorosos. Felizmente existem
tratamentos eficazes para isso!
Há
casos em que os medicamentos têm um papel importante no tratamento, no entanto,
pesquisas mostram que o tratamento psicoterapêutico - sozinho ou combinado com
medicação - é um tratamento altamente eficaz para a maioria das pessoas com
transtorno de ansiedade.
Prá
você compreender melhor a importância da ansiedade, informo que ela é comum em
adultos e crianças. Estima-se que cerca de 18% dos adultos e 25% dos
adolescentes entre 13 e 18 anos sofrem de ansiedade, sendo que aproximadamente 4%
dos adultos e quase 6% dos adolescentes apresentam distúrbios de ansiedade
classificados como graves.
São
vários os tipos principais de ansiedade:
-Transtorno
de ansiedade generalizada é caracterizado por preocupação persistente ou sentimentos ansiosos, ou seja, as pessoas tem uma série de preocupações, como
problemas de saúde ou finanças e podem ter a sensação geral de que algo ruim
vai acontecer. Os sintomas incluem inquietação, irritabilidade, tensão
muscular, dificuldade de concentração, problemas de sono e sensação geral de
alerta.
-Distúrbio
do pânico é marcado por episódios de pânico recorrentes, os quais incluem
sintomas como sudorese, tremores, falta de ar ou sensação de asfixia,
batimentos cardíacos ou ritmo cardíaco acelerado e sentimentos de pavor. Tais
ataques acontecem de repente e sem aviso prévio. Pessoas que tiveram ataques de
pânico muitas vezes ficam com muito medo do próximo episódio, o que pode
levá-los a mudar ou restringir suas atividades normais.
-Fobias
são medos intensos sobre certos objetos (aranhas ou cobras, por exemplo) ou
situações (como voar em aviões) que sejam angustiantes ou intrusivos.
-Transtorno
de ansiedade social (ou fobia social) faz com que as pessoas sintam medo de
situações sociais em que possam ficar envergonhadas ou ser julgadas. Elas
normalmente se sentem nervosas nos ambientes sociais, são conscientes disso na
frente dos outros e se preocupam em ser rejeitados ou ofender as pessoas.
Outros sintomas comuns incluem ter dificuldade em fazer amigos, evitar
situações sociais, se preocupar por muito tempo antes de um evento social e
sentir-se trêmulo, suado ou enjoado ao ficar num ambiente social.
-Transtorno
obsessivo-compulsivo é caracterizado por sentimentos e pensamentos persistentes
e incontroláveis (obsessões), e rotinas ou rituais (compulsões). Alguns
exemplos comuns incluem lavagem compulsiva das mãos em resposta ao medo de
germes, checagens repetidas do trabalho em busca de erros, etc.
-Transtorno
de estresse pós-traumático pode se desenvolver após um trauma físico ou
emocional grave, como desastres naturais, acidentes graves ou crimes. Os
sintomas incluem “flashbacks” da experiência traumática, pesadelos e
pensamentos assustadores que interferem com a rotina diária de uma pessoa por
meses ou anos após o trauma.
Embora
existam muitos tipos de transtornos de ansiedade, a pesquisa sugere que a
maioria é impulsionada por processos subjacentes semelhantes. Pessoas com ansiedade
tendem a se tornar facilmente sobrecarregadas por suas emoções, e tendem a ter
reações particularmente negativas a sentimentos e situações desagradáveis. Com
frequência, essas pessoas tentam lidar com reações negativas, evitando
situações ou experiências que as tornam ansiosas. Infelizmente, a evitação pode
sair pela culatra e, na verdade, alimentar a ansiedade.
Como
psicólogos, somos treinados no diagnóstico da ansiedade e na orientação de maneiras
mais eficazes e saudáveis de lidar a situação. A psicoterapia é altamente
eficaz no tratamento de transtornos de ansiedade sendo através dela que
ajudamos os pacientes a aprender a identificar e a “gerenciar” os fatores que
contribuem para a ansiedade. Os pacientes aprendem a entender como seus
pensamentos contribuem para os sintomas de ansiedade e, ao aprender a mudar
esses padrões de pensamento, eles podem reduzir a probabilidade e a intensidade
dos sintomas de ansiedade. Em continuidade, aprendem também técnicas para
reduzir comportamentos indesejáveis associados à de ansiedade.
Especificamente, os pacientes são encorajados a abordar atividades e situações
que provocam ansiedade (como falar em público ou estar em um espaço fechado)
para aprender que seus resultados temidos (como perder a linha de pensamento ou
ter um ataque de pânico) são improváveis.
A
psicoterapia é um processo colaborativo, em que os psicólogos e pacientes
trabalham juntos para identificar as preocupações específicas e
desenvolver as habilidades e técnicas concretas para lidar com a ansiedade.
Os pacientes podem praticar suas novas habilidades fora das sessões para
gerenciar a ansiedade em situações que possam deixá-los desconfortáveis. É
claro que o psicólogo não recomendá que seus pacientes experimentem tais cenários até que haja a certeza de que eles já possuem as habilidades necessárias para
enfrentar efetivamente seus medos.

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para ler sobre a contribuição da psicoterapia no tratamento da depressão.
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Um abraço,
Psicólogo Paulo Cesar
Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório próximo ao Shopping Metrô Santa Cruz. Atendimento de segunda-feira aos sábados. Marcação de consultas pelo tel. 11.94111-3637 ou pelo whatsapp 11.98199-5612
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