
Apesar das pessoas estarem se tornando cada vez mais conscientes a respeito de suas escalas de prioridades e também mais preocupadas com a autoestima, autoconfiança, culto ao corpo, felicidade e plenitude na vida, o fato é que um grande número de empresas e uma boa parcela dos chefes nessas empresas ainda não aprenderam que não há linhas divisórias entre o ser humano e o profissional, o que é um dificultador para aspectos como qualidade de vida e felicidade, os quais deveriam ser nas empresas, tão importantes quanto tecnologia e métodos de auditoria, quando se pensa em resultados e produtividade.

Creio que seja importante
dizer que há chefes tóxicos do tipo que não são muito bons em suas
atividades técnicas. Outros, especialmente se narcísicos ou psicopatas,
frequentemente mostram comportamentos destrutivos e prejudicam os outros em
benefício próprio. Denotam apreciar dor e o sofrimento de outras pessoas,
portanto, com reais indícios de que são pessoas más e abusivas. Uma pessoa com
tendências narcísicas e psicopatas é alguém que mostra um forte desejo de poder
e falta empatia pelos outros. Num chefe, isso pode se manifestar querendo levar
vantagens sobre seu time, ficar com o crédito pelo trabalho realizado por um
membro da equipe, ser um profissional excessivamente crítico e intimidador. Essas
pessoas estão focados principalmente em chegar ao topo da pirâmide e não estão
preocupados com quem eles podem prejudicar nesse caminho.
Do ponto de vista da saúde
física, está claro que ser subordinado a um chefe tóxico pode levar a outros
tipos de problemas de saúde: grande risco de pressão alta, estresse crônico,
problemas de sono, ansiedade, problemas de abuso de substâncias tóxicas, ataques
cardíacos e outros problemas de saúde.

Não se pretende tomar por depressão qualquer
sintoma conseqüente às dificuldades e frustrações do dia-a-dia, aos
aborrecimentos a que todos estamos sujeitos ou as reações às queixas dos chefes
sobre as performances dos funcionários. É uma doença afetiva (ou do humor), e
não, simplesmente, um "baixo astral" passageiro. Também não é sinal
de fraqueza ou de falta de pensamentos positivos, mas as conseqüências podem
ser muito negativas para as empresas, como alguns exemplos abaixo:
- A
autoimagem e a autoestima destes trabalhadores costumam estar francamente
deterioradas a ponto de não se verem capazes de realizar suas tarefas ou
novos desafios.
- O
profissional depressivo tende a isolar-se afetando a comunicação interna e
a qualidade do trabalho em equipe.
- A
depressão pode evoluir para a síndrome de pânico ou outras fobias
paralisando o funcionário nas situações de maior pressão.
- O
funcionário poderá apresentar transtorno somatomorfo, ou seja, manifestará
no corpo, em forma de doenças, a ansiedade ou a depressão, podendo ser
frequentemente afastado de suas atividades.
- A
ansiedade é um quadro que poderá evoluir para o consumo excessivo de
álcool e/ou drogas.
- Muitas
vezes somam-se os sintomas de persecutoriedade, ou seja, de ser perseguido
e isso pode alterar negativamente o clima entre os funcionários e gerar
sérios conflitos individuais ou grupais.
Enfim, não apenas importante, é imprescindível cuidar
da saúde psicológica dos trabalhadores. Sentimentos como raiva, tristeza ou
frustração, quando ignorados, podem drenar a vitalidade dos profissionais e, também,
minar a competitividade de uma empresa. O sofrimento é um subproduto inevitável
da rotina dos negócios - administrar mudanças, liderar projetos, criar produtos
ou buscar resultados sempre levará os profissionais a algum nível de sofrimento.
Cuide de si mesmo, fazer psicoterapia é uma boa opção nesses casos, e busque outras soluções para as dificuldades que está vivendo. Se você trabalha numa empresa problemática ou tem um chefe ruim, fique bastante atento pois tudo isso pode ser um veneno que mina a sua autoestima e afeta a sua confiança, tendo como conseqüências, a perda de produtividade à vontade de parar de trabalhar.
Espero que
tenha gostado desse artigo. Há vários outros artigos no Blog do Psicólogo (www.blogdopsicologo.com.br) - acesse-os! CLIQUE AQUI para
ler sobre a depressão.
Um abraço,
Psicólogo
Paulo Cesar
Psicoterapeuta
de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com
acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados
ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
Consultório
próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos
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