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SER OU NÃO SER FELIZ, ESSA É A QUESTÃO!


Busco estar sempre atento aos "sinais" que a vida me apresenta e a esses sinais dar respostas que possam ser colhidas como positivas para as pessoas e, pelo que creio, para o equilíbrio cósmico. Por este motivo, optei em republicar este artigo (com pequenas alterações) pois creio que dessa forma, estarei ajudando a muitos que o lerem.

Sendo um psicoterapeuta, considero que um dos meus principais objetivos é fazer com que o equilíbrio e o bem estar mental e emocional seja recuperado pelas pessoas que me procuram, mas quero dar ênfase, nesse artigo, a um tipo especial de paciente, um tipo de personagem interessante e que eu denomino de “Indivíduo-Hamlet” (criei esse apelido inspirado no personagem da obra "A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca" de William Shakespeare. Hamlet, assoberbado por conflitos existenciais, afasta-se da felicidade e mostra-se, então, melancólico e deprimido. Sua frase mais conhecida é: “Ser ou não ser, eis a questão!”).
É muito comum as pessoas sentirem um pouco de raiva quando se encontram com esse personagem, pois tendem a vê-lo “chorando de barriga cheia”, ao mesmo tempo em que ele se esforça para mostrar prá todo o mundo que “era feliz e não sabia”. Depois da raiva, o estágio seguinte da reação é o da compreensão e compaixão para com o amigo/parente que vive esse papel de “Indivíduo-Hamlet”. É nesse estágio que os amigos tendem a dar “dicas” para que o Hamlet torne-se feliz na vida. Às vezes, dá certo; noutras, estimulam novas reações de ambos que podem acarretar em discussões e agressões pessoais.

Muitos profissionais da Saúde, reconhecidamente os psicólogos, trabalham para que essas pessoas sejam felizes em suas atividades pessoais e profissionais, seja pelo reconhecimento do seu potencial (aparente e subjacente) e necessidade de crescer em seus aspectos ainda não desenvolvidos, seja pela compreensão de seus papéis ou qualquer caminho que se faça valer.

A primeira maneira de se contribuir com um “Indivíduo-Hamlet” é não reforçar a sua contínua lamúria, esse queixume interminável acerca do peso que acredita carregar. Ele deve conscientizar-se que a cada dia, a cada experiência, muda o status quo de suas relações com os demais, e adquire condições de definir ou reforçar sua motivação para o que acredita ser o sentido de sua existência. Não há castigo mais terrível que uma vida inútil e sem esperanças, e essa é a carga desta pessoa enquanto mantiver o seu queixume. Para sair desse sofrimento, é imperioso que o “Indivíduo-Hamlet” esteja focado na construção do futuro, para si, para os outros, para a humanidade. Ele tem que descobrir a beleza e o prazer de estar numa nova situação, reconhecer que ajusta-se às mudanças da vida e que isso é alimento para a sua capacidade criadora; claro está, portanto, que ele deve trabalhar para superar os obstáculos e encontrar a sua felicidade. Nesses termos, as suas dificuldades e frustrações devem ser resolvidas consigo mesmo, sem agredir os amigos, parentes, companheiros, infelizmente algo que é usado nos casos mais graves.

A psicoterapia é uma preciosa ferramenta pois a expansão de consciência torna as pessoas melhores e motivadas para a vida. A consciência e a disciplina interior são um convite à atenção e ao esforço bem direcionado. O “Indivíduo-Hamlet”, por não ser uma pessoa feliz, não está preparado para esse caminho. Felicidade é fruto de vontade própria! É algo interior, íntimo, que faz a pessoa decidir se chegou a hora ou não de ser feliz com alguma coisa; é ter uma misteriosa certeza de que, aconteça o que for, será feliz! “Indivíduos-Hamlet” sentem medo e isso os torna infelizes. Esperam que a felicidade caia do céu, deixando, portanto de se empenharem na inevitável e inexorável luta, na qual é preciso estar sempre pronto a contestar o que quer que seja, tanto no plano individual como no social: é essa disposição que permite enfrentar mudanças (voluntárias e involuntárias) sem sentí-las como ameaças.

Uma outra forma de ajudar a pessoa a deixar de ser Hamlet é estimular a sua pró-atividade: as pessoas felizes agem! Suas ações são tanto instrumento de sensibilidade, voltadas para o enriquecimento interior, quanto meios de provocar mudanças no mundo exterior. Seu esforço se dá no sentido de encontrar um saudável equilíbrio entre a aceitação daquilo que existe e a possibilidade de introduzir modificações. Embora para realizar-se seja gratificante dedicar-se de corpo e alma mesmo aos projetos mais humildes, isso não exclui a busca da perfeição, que é super-gratificante para si mesmo e para os demais. Observem, por exemplo, que os indivíduos felizes não se enquadram entre os que vêem o trabalho apenas como lucro, lucro com poder, poder/felicidade. Para uma pessoa feliz, o lucro não exclui a criatividade e é uma necessidade ao mesmo tempo social e individual.

O “Indivíduo-Hamlet” não tem amigos. Apenas entre os felizes é que se nota uma significativa insistência sobre o valor da amizade e do amor; e a importância desse fato é indiscutível pois o estudo do comportamento humano confirma sobejamente a importância das sólidas relações afetivas para o equilíbrio da personalidade e a realização no trabalho, atividade própria dos seres humanos e que tem, por fim, "produzir" cultura / mudanças na cultura.

Se é verdade que ser feliz exige esforço e vontade, vale a pena considerar que fraqueza de vontade por nascimento é coisa que não existe. A força de vontade, inerente ao ser humano, não é estática, se apresenta em cada caso como função de vários fatores, a saber: conhecimento claro do que se quer, decisão consciente e um certo treino. 

“Indivíduos-Hamlet” parecem dominados pela fórmula fatalista: “a vida é assim mesmo”, ou “assim tinha que ser”. Não sabem que esse fatalismo neurótico significa uma fuga à responsabilidade para consigo próprio e, em decorrência, com os que os rodeiam, com a empresa onde trabalham, com a familia, com os vizinhos de condomínio/rua, com os colegas, etc. A atitude frente à vida de uma pessoa tem certa margem de liberdade de movimento em face do que há nela, assim, como já comentado, trata-se de optar, por vontade própria entre ser feliz ou não.

Se, depois de tudo, alguém duvidar que a procura da felicidade compensa, nada mais convincente do que recentes constatações de pesquisadores do National Cancer Institute, dos EUA. É sabido que stress, emoções e choques no plano afetivo subvertem nosso equilíbrio bioquímico, e que a capacidade dos tecidos de se defenderem dessas ameaças varia de um para outro indivíduo. É igualmente sabido, conforme corroboram esses estudos, que os felizes são setenta vezes menos suscetíveis de contrair doenças, inclusive câncer.

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Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637

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