Formas de Contato:

Fone e Whatsapp: 11.94111-3637

Email: paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

PESSOAS ALTAMENTE SENSÍVEIS E "GASLIGHTING"

Existem pessoas que possuem um alto grau de sensibilidade e que reagem de forma mais intensa às situações do que os demais, demonstrando muito mais empatia; são pessoas delicadas e hipersensíveis, que demonstram ter um grau de compromisso extremamente alto com todas as coisas que realizam. São as Pessoas Altamente Sensíveis – “PAS” e sobre elas, escrevi um artigo que pode ser acessado clicando AQUINo artigo que trago hoje, quero alertar que, se você for uma “PAS” (Pessoal Altamente Sensível), pode facilmente ser vítima de um dos abusos que, infelizmente, tem se tornado muito frequente.

Penso que é um dom ser altamente sensível, mas isso também vem com desvantagens, como a de ser particularmente suscetível a um tipo de abuso psicológico que tem sido muito comum nos dias atuais, que é o gaslighting - uma manipulação que faz com que a vítima duvide de si mesma, de seu julgamento e de sua sensibilidade, e tudo isso com um agravante: por padrão, as pessoas que estão sujeitas a esse abuso tem grandes dificuldades de se defender e revidar.

Sem dúvidas, existem muitas razões pelas quais uma Pessoa Altamente Sensível (“PAS”) se mostra mais suscetível ao gaslighting, sendo uma das razões mais comuns o fato de tenderem a não confiar em suas próprias intuições, o que favorece que uma situação injusta ou abusiva continue por muito tempo. E dado que as Pessoas Altamente Sensíveis se inclinam a ver e sentir as coisas de maneira diferente das outras, elas sentem uma pressão dos demais ao longo de suas vidas, pressão essa para que pensem, as “PAS”, que estão reagindo de forma exagerada ou se comportando de maneira questionável. As pessoas “PAS”, de certa forma, são condicionadas a desconfiar de si mesmas e do que pensam e sentem; por exemplo, mesmo quando sentem ou percebem que algo está errado ou que estão num relacionamento desequilibrado, podem não se verem como capazes de falar por si mesmas. Elas simplesmente dizem a si mesmas que estão imaginando coisas e tentam justificar os comportamentos do agressor.

Uma outra coisa com a qual as Pessoas Altamente Sensíveis devem estar atentas é que por serem propensas a pensar demais em situações interpessoais e a levar as coisas para o lado pessoal, acabam se tornando mais propensas a cair na manipulação de um gaslighter. Menciono, por exemplo, que indivíduos narcisistas e dominadores facilmente são atraídos pelas sensibilidades das “PAS’s”, o que contribui para a suscetibilidade de sofrer um gaslighting.

Para as Pessoas Altamente Sensíveis, o gaslighting pode ser especialmente prejudicial porque as faz duvidar de sua própria sanidade e realidade, corroendo sua autoestima e afetando sua capacidade de prosperar. Saiba que são várias as maneiras que os gaslighters usam para manipular umaPAS”; e aqui destaco algumas – as mais comuns:

  • O manipulador costuma negar os fatos flagrantemente verdadeiros;
  • além disso, os manipuladores afirmam que a vítima está inventando ou distorcendo o que ocorreu, convencendo-a de que a experiência é irreal.
  • O gaslighter geralmente ignora ou minimiza os pensamentos, sentimentos ou experiências do outro;
  • ou simplesmente o faz sentir-se como um bobo e finge que não entende o que a vítima está dizendo, inclusive criticando a sua linguagem ou expressão facial.
  • É comum, também, o agressor fornecer informações falsas ou reter informações;
  • e espalhar boatos sobre a pessoa que sofreu o abuso.
  • O manipulador, muitas vezes, muda de assunto para desviar a atenção da verdade e/ou atribui seus comportamentos agressivos à vítima.

Há outras formas menos comuns de gasligthing, mas creio que essas são as mais comuns.

No atendimento psicoterapêutico de Pessoas Altamente Sensíveis, um dos pontos que mais enfatizo (para a recuperação do gaslighting), é o “aprender a acreditar em si mesmo”.

Como “PAS”, sua intuição é normalmente precisa porque é uma pessoa que capta uma ampla variedade de sinais ao seu redor o tempo todo. Mas como citei, visto que suas intuições nem sempre se alinham com o que aparece na superfície, a “PAS” tem a tendência de duvidar delas e rejeitar seus palpites. Infelizmente, isso frequentemente resulta em más escolhas ou até mesmo em perigo.

Constantemente a “PAS” sente que está agindo de forma irracional por causa do modo como as outras pessoas respondem ao que diz ou sente. Recuperar-se do gaslighting, portanto, exige o desenvolvimento da autoconfiança e fé no que o corpo e sentimentos estão tentando dizer. Veja algumas dicas sobre como acreditar em seus próprios instintos:

  • Prestar atenção em como se sente em seu “interior físico”.
  • Desenvolver a capacidade de prestar atenção às mensagens que vêm do corpo bem como das emoções, e não apenas do intelecto.
  • Nunca ignorar algo só porque parece improvável ou ilógico.
  • Mesmo que algumas das sensações sejam desagradáveis, elas ainda estão tentando se comunicar com a pessoa.
  • Emoções são a linguagem da alma, logo a “PAS” deve reconhece-los e aprender a respeitá-los.
  • Reservar um tempo todos os dias para relaxar. Sugiro, por exemplo, que se organize os espaços físicos e digitais pois isso possibilitará que a pessoa ouça a si mesmo, em vez do que é externo.

A Pessoa Altamente Sensível pode aumentar sua autoconfiança aprendendo a administrar suas emoções. Quando se sentir "desligada", estará ciente de que algo está errado e mais tenderá a acreditar e olhar para os sinais externos, em vez de ignorá-lo como sendo "uma de suas mudanças de humor". Assim, se tornará menos suscetível à manipulação no futuro. Colocar as próprias emoções em palavras, mantendo uma espécie de diário ou discutir propositalmente as emoções com alguém são práticas interessantes. Dar um nome aos sentimentos ajuda a se sentir mais no controle. Ademais, é recomendável que se aprenda a aceitar os próprios sentimentos mais plenamente ao invés de rejeitá-los. A resiliência emocional aumentará quanto mais a pessoa puder lidar com os sentimentos, em vez de lutar contra eles.

Assertividade é a capacidade de expressar os pensamentos e sentimentos de maneira respeitosa consigo e com as outras pessoas. Existem inúmeras estratégias para aumentar a assertividade e uma delas é dizer “não” de maneira serena e segura. Outra estratégia é expressar suas demandas e desejos com clareza, mesmo que apenas para si mesmo.

Gaslighting é um abuso emocional que pode prejudicar seriamente a saúde mental. Essa experiência pode levá-lo a sentir que é culpado por tudo o que ocorre, mas não coloque a culpa em si mesmo... A autocompaixão é uma habilidade que pode ser adquirida e que exige trabalho para ser dominada. Veja, abaixo, as ações que podem ajudar no desenvolvimento da autocompaixão:

  • Mantenha um diário para registrar suas ideias e emoções. Isso pode ajudá-lo a reconhecer quaisquer padrões no abuso e qualquer autocondenação ou pensamentos negativos que possa estar tendo. Em seguida, faça um esforço para enfrentá-los de maneira indulgente.
  • Visualize-se falando como seu melhor amigo. Você seria solidário com eles ou os condenaria por serem maltratados?
  • Desenvolva relacionamentos com pessoas que estimulem seu caminho em direção à autocompaixão e evite aqueles que o prejudicam.

As “PAS", pessoas sensíveis e intensas, são frequentemente mal compreendidas. Elas são percebidas como sendo muito emocionais ou que estão sendo difíceis por escolha. As pessoas que exibem essas características freqüentemente sentem que devem se desculpar por quem são. Elas poderiam acreditar que, para se adequar às expectativas da sociedade, deveriam mudar, todavia, não só isso é falso como também não é possível dobrar suas qualidades inatas.

Pessoas intensas e sensíveis têm muito a dar ao mundo. A neurodiversidade vem na forma de grande sensibilidade. Você está conectado de maneira diferente, o que pode ocasionalmente tornar a vida difícil, mas não é uma doença e não deve ser denegrido ou ignorado. Ser diferente e acreditar que suas peculiaridades o tornam excepcional são coisas perfeitamente aceitáveis. Há muitos benefícios em ser altamente sensível - você pode ser mais imaginativo e compreensivo do que outras pessoas e pode ser mais capaz de compreender o sofrimento dos outros, então, use seu talento o máximo que puder. Por exemplo, você pode usar sua sensibilidade para criar algo que agregue valor para você e para os outros.

Concluindo, o gaslighting é uma tática psicológica prejudicial. Isso pode fazer você se sentir irracional, indigno e que está constantemente cometendo erros, porém, existem maneiras de se curar desse trauma; primeiro, o que aconteceu com você não foi sua culpa, isto é, você foi vítima do abuso de outra pessoa; em segundo lugar, aceite o que já aconteceu: isso não significa permitir que o abuso continue ou aprovar o abuso. O que aconteceu já aconteceu e não é saudável negá-lo; você pode querer dar a si mesmo tempo e espaço para lamentar tudo o mais que o relacionamento de gaslighting tirou de você. O terceiro e mais importante passo é descobrir como apreciar todos os aspectos positivos de ter um alto nível de sensibilidade; mesmo que você tenha uma perspectiva diferente do mundo, a sua experiência é válida.

Você pode prosperar ao criar um ambiente de apoio para si mesmo. Reserve um tempo para o autocuidado e conheça seus sentimentos. Será também muito bom desenvolver sua criatividade, identificar sua vocação especial na vida e usar a sua profunda sensibilidade e empatia para mudar o mundo.

Se você puder realizar tudo o que foi mencionado acima, desenvolverá uma defesa sólida contra qualquer tipo de “não-validação” e o gaslighting de qualquer pessoa. A longo prazo, você pode se proteger e permanecer firme em seu caminho de cura e para a prosperidade.

Acesse meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

REDES SOCIAIS PODEM PREJUDICAR A SAÚDE MENTAL

A pessoa verifica o Facebook enquanto está na fila do supermercado. Quando o carro pára num semáforo, ela checa o Twitter. Chega no restaurante e imediatamente acessa o Instagram. Enquanto trabalha em seu computador, alertas de mídias sociais aparecem no canto da tela. Você conhece alguém assim?

Claro que sim! A rede social é uma presença constante nas vidas de bilhões de pessoas em todo o mundo. Só o Facebook, por exemplo, possui mais de 1,8 bilhão de usuários. É praticamente inevitável a ocorrencia de fatos diversos e aquisição de novos hábitos. Veja esses exemplos: o indivíduo ao acordar, ainda sem sair da cama, checa suas redes sociais: Instagram, WhatsApp, Facebook, Youtube, Twitter, Tik Tok; ao longo do dia, essa verificação será repetida inúmeras vezes automaticamente; uma nova necessidade se instala que é a de se expor em fotos, stories e outras ferramentas digitais; também começa a se sentir irritado, preocupado, ansioso ou inquieto se acontece de perder o acesso aos seus aplicativos, o que configura uma síndrome de abstinência; vive se comparando com o que vê “acontecer” com outras pessoas também expostas na internet, no que se refere ao que veste, aonde vai, prá onde viaja, que lugares frequenta, etc., com grande risco de se sentir inferiorizado... Quer dizer, a pessoa praticamente busca a felicidade em sua timeline e não na vida real. Vale um alerta: agir dessa maneira implica que a pessoa tem uma presença excessiva nas redes sociais, o que pode trazer depressão, ansiedade e vários outros problemas psicológicos. O problema é que à medida que essa tendência se expande, uma pergunta vem ganhando força: Como a mídia social afeta os usuários em sua saúde mental?

Psicólogos e psiquiatras já perceberam que há uma importante conexão entre rede social, depressão e outros transtornos. Sim, vários estudos apontam muito mais para os sintomas de depressão em usuários das redes sociais e bem menos para os efeitos positivos na saúde mental - como um exemplo do que acontece!

Sabe-se que os pacientes que usam redes sociais e que estão ou estiveram deprimidos eram mais propensos quando passavam o tempo se comparando com os outros nas redes sociais. Essa prática de comparar-se os leva à “ruminação”, isto é, a pensar continuamente sobre interações sociais negativas. A depressão (e outros transtornos mentais), na maioria dos casos, se instala quando:

  • A pessoa sente inveja porque deu muita atenção – e despertou desejos com as coisas que viu - às postagens de outras pessoas nas redes sociais.
  • Há diminuição importante das relações sociais presenciais.
  • Ex’s namorados(as) ou maridos(esposas) são aceitos como amigos em diversas redes sociais e o assinante do aplicativo não é.
  • Surgem sentimentos autodepreciativos.
  • Há uma irresistível necessidade de autoexposição.
  • É negativamente mencionado nas mídias sociais, especialmente quando as atualizações são frequentes.
  • Em consequencia de alguma informação, há ansiedade e perda de interesse com a vida.
  • É obcecado por sua identidade virtual.
  • O mundo “online” determina as ações na vida real.

É importante dizer que não é nenhuma surpresa que as pessoas tenham maior probabilidade de desenvolver depressão ao se compararem com outras pessoas nas redes sociais do que quando fazem comparações na vida real. Isso ocorre porque é mais fácil apresentar uma versão mais glamourizada e irreal de sua vida numa foto bem “produzida” ou em frases de um pequeno texto. Pense numa pessoa que publica uma foto de uma refeição difícil de preparar e uma mesa lindamente posta. Que vê essa postagem não vê que fora do quadro está uma pilha de pratos e panelas sujas e alguns ingredientes desperdiçados.

Mas sejamos justos: os estudos destacam evidências, apesar de não serem muitas, de que as plataformas de mídia social podem ajudar algumas pessoas a melhorar a saúde mental, aprimorando suas redes de apoio social e também por fazerem parte de grupos de ajuda e aconselhamento como AAA, NA, Al-Anom. DASA, MADA, e vários outros.

É importante usar as redes sociais de maneira positiva. Num mundo saturado pela tecnologia de comunicação, comparar sua “vida offline” com o que acha que pode ver sobre a “vida online” e perfeita de outras pessoas é problemático, Preocupar-se excessivamente com sua aparência online tornou-se cada vez mais normal, então, é bom avaliar se o excesso não está prejudicando de alguma maneira.

Visto isso, ajudar as pessoas a reconhecer essa tendência e redirecionar o tempo gasto navegando em redes sociais para melhorar o próprio bem-estar é uma habilidade crítica para psicólogos e outros profissionais da Saúde Mental bem como para pais e educadores. Se o adulto tem dificuldade de lidar com isso - um ambiente em que vê apenas pessoas felizes e bem-sucedidas - os mais jovens, por sua vez, tendem a pensar que a vida dessas pessoas é a vida perfeita, e podem acabar por transformar tudo o que vêem na internet em parâmetros para a própria vida - mas esse embate entre a expectativa e a frustração leva ao prejuízo da saúde mental. Cuidemos principalmente das crianças e adolescente!

O ponto principal é que os riscos e benefícios do uso da mídia social dependem de como a pessoa interage online. Usar o Instagram e/ou o Facebook para manter contato com ex-colegas ou colegas de escola espalhados pelo mundo pode agregar valor à sua vida, mas comparar-se constantemente com os outros ou ir a extremos para melhorar sua imagem na internet provavelmente afetará sua saúde mental.

                                                \

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.

Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

VOCÊ QUER MELHORAR A SUA CAPACIDADE DE SER EMPÁTICO?

Veja essas frases: “Você nunca tem paciência apenas para sentar e ouvir!. Tudo o que você quer fazer é tentar consertar as coisas!.
Você simplesmente não entende o quanto doeu quando você disse isso!.
Você simplesmente não entende!"...

Julgamentos como os citados acima e inúmeros outros, ​​no contexto das relações interpessoais, muitas vezes apontam para um problema popular: a falta de empatia pelo outro! E num mundo onde poucos estão conectados “de verdade” aos outros, dar e receber empatia é mais importante do que nunca, afinal, a maioria das pessoas normais e saudáveis anseiam por ser realmente ouvidas e compreendidas. Felizmente, demonstrar empatia é uma habilidade que pode ser aprendida e praticada, considerando principalmente que quando somos empáticos com alguém, a outra pessoa fica com a certeza de que seus sentimentos são importantes e que recebe preciosos “presentes”: a conexão e a validação.

Ser empático significa estar no mesmo nível das outras pessoas. Implica, também, em focar intensamente os sentimentos que o outro está expressando. Trata-se de colocar-se no lugar do outro, reagir às suas emoções com ternura e validar quem ele é e como se sente – você está, numa determinada situação, com essa pessoa tentando entender o que ela está lhe dizendo e como ela está se sentindo.

A empatia é uma condição das relações interpessoais funcionais. Em contextos pessoais, incluindo casamentos, parcerias, amizades e relacionamentos familiares (com filhos, netos, primos, tios, etc.) bem como em contextos profissionais (por exemplo: relacionamentos gerenciais, entre profissionais e clientes, entre médicos, psicólogos e outros profissionais da Saúde e seus pacientes, entre alunos e professores e colegas, e nos vários relacionamentos da vida), ser empático pode promover confiança mútua, levando a uma comunicação aberta e honesta com as pessoas, facilitando assim a resolução de conflitos interpessoais e mudanças construtivas. Podemos, inclusive, considerar que a Inteligência Emocional de uma pessoa (o quociente emocional tem a empatia como componente central) pode, com frequência, ser mais importante do que o quociente de inteligência (QI), mesmo sabendo que a empatia envolve componentes afetivos / emocionais e cognitivos / racionais!

Há uma diferença entre simpatia ou empatia. Receber simpatia pode parecer que alguém sente pena de você ou o coloca numa posição inferior, como se estivesse dizendo: “Coitado, sinto pena de você!”. Empatia, por sua vez, é ouvir e compreender autenticamente a outra pessoa - sem tentar resolver um problema, dizer a ela o que fazer ou contar uma história semelhante sobre você. Quando se está realmente sintonizado com o outro e ouvindo-o com empatia, o foco permanece nele, não em você, que também não precisa concordar com o que ele está dizendo - você está lá para ouvi-lo e se preocupar com o bem-estar dele.

Penso que ser empático é uma virtude, porém, antes de tudo, é importante distinguir entre empatia como um estado de espírito e empatia como um traço de caráter ou disposição. Veja que, nesse caso, o primeiro está relacionado ao segundo na medida em que aqueles que tem a empatia como um de seus traços de caráter tendem a experimentar estados de empatia ao se relacionarem com as dificuldades dos outros. Como um estado de espírito, a empatia envolve a ressonância com o que está acontecendo no mundo subjetivo do outro. Vamos chamar a pessoa com quem você simpatiza de “alvo de sua empatia”. Agora, quando você tem empatia por alguém, não só sabe o que o “alvo” está passando como também sente, embora, como diria o psicólogo Carl Rogers, sem perder a qualidade do “como se”, ou seja, sem perder a objetividade como um observador. 

O filósofo Aristóteles sustentava que a virtude é alcançada através da prática. Assim como as pessoas aprendem a ser verdadeiras, corajosas e justas dizendo a verdade, fazendo coisas corajosas e tratando os outros com justiça, da mesma forma, ser empático requer prática. Para se tornar empático (ou seja, cultivar a virtude da empatia), é preciso praticar. Logo, a questão é: como você pode alcançar a virtude da empatia? Menciono, a seguir, algumas sugestões extraídas da jornada de minha vida pessoal e profissional como psicólogo clínico.

A comunicação é importante para ser uma pessoa empática, então, ouça com atenção não apenas o que está sendo dito, mas principalmente os sentimentos que estão sendo expressos. Durante a conversa, repita para a pessoa o que você a ouviu dizer, para ter certeza de que a está entendendo. Você pode dizer algo como: “Ouvi dizer que você está se sentindo (triste, zangado ou confuso) sobre (seja qual for a situação)”. E é importante fazer isso porque muitas vezes fazemos suposições erradas sobre os demais com base em nossos próprios problemas ou experiências, em vez de ouvir profundamente o que a outra pessoa nos diz. Ainda sobre comunicação, a pessoa que está falando com você pode informar se você a ouviu corretamente. Se isso não ocorrer, peça-lhe gentilmente que repita o que ela quer que você saiba e mostre que deseja entendê-la. Quando você reprisar com precisão o que está ouvindo, reconheça os sentimentos da pessoa evidenciando que acolhe e compreende esses sentimentos. Você pode dizer algo como: “Vejo que você está sofrendo e se sentindo triste, e sei que isso não é bom”. Ou: “Entendo que esta situação o deixa com raiva e frustrado. Apenas saiba que estou aqui com você.”. Quando a pessoa se sentir ouvida, você pode pensar em soluções se ela pedir, mas, por experiência, digo que a maioria das pessoas não quer que você diga o que fazer. Elas só querem que você as ouça e entenda. É possível que você se surpreenda se eu lhe disser que, muitas vezes, a empatia pode ser expressa de maneira muito simples com apenas algumas palavras como: “Caramba, isso é terrível.” Ou, “Uau, isso deve doer.” Ou, “Você deve estar se sentindo realmente traído.”

Um outro macete é concentrar a sua atenção no bem-estar, interesses e necessidades dos outros, e introduzir os valores humanos compartilhados para isso, o que exige alguma capacidade de assumir a perspectiva de valor da outra pessoa. De igual valia é a sugestão de suspender, temporariamente, seus próprios julgamentos e críticas visto que pronunciamentos e clichês sobre superação e como seguir em frente não o aproximarão do mundo subjetivo da pessoa que quer ajudar, o seu “alvo”. Você não sentirá a dor ou angústia dele nem a tensão em seus próprios músculos. Em vista disso, é melhor dispensar suas próprias análises e críticas, evitando concentrar-se em como consertar as coisas. Nesse sentido, podemos dizer que a empatia é “antipragmática”. 

Há um outro dispositivo que pode promover com eficácia a compreensão empática: a reflexão. Sendo uma forma de expressar compreensão empática no contexto de um aconselhamento - exempli gratia -, a reflexão envolve a tentativa de esclarecer o que o outro está dizendo, reflexionando (e não repetindo) o que o “alvo” está pensando ou sentindo: “Parece que você está se sentindo muito desapontado por não ter recebido um aumento”, “Então, parece que você está pensando que os outros o estão julgando negativamente quando você comete um erro”. Isso não só facilita o desenvolvimento da narrativa do “alvo” como também demonstra que ele está sendo ouvido, além de promover maior clareza e compreensão da narrativa. Um costumeiro efeito é aumentar o potencial de “conectar” e “entrar” no mundo subjetivo do outro, em vez de vê-lo de um ponto de vista externo.

A reflexão visa melhorar a própria compreensão do “alvo” ao inserir significados e implicações mais profundas embutidas em sua narrativa. Mas isso tem que ser feito com cuidado para não alterar os significados propostos. Por exemplo, dizer “Parece que você não gosta do seu pai” para alguém que acabou de dizer “Eu odeio aquele filho da puta!” não traz nada para a mesa, seja cognitiva ou emocionalmente. Em contraste, a resposta “Parece que você sente que seu pai não estava ao seu lado quando você precisou dele” pode abrir novos caminhos para expandir a narrativa. De fato, mesmo que a reflexão seja errônea, ela ainda assim pode ajudar a esclarecer as coisas. Entretanto, muitas reflexões imprecisas podem, de outro modo, destruir as perspectivas de empatia com a “pessoa-alvo”. Considere igualmente que se você tem o hábito de falar ou dar sermões aos outros em vez de ouvi-los, provavelmente não será empático, a menos que faça um esforço concentrado para superar esse hábito.

Uma maneira de não ouvir com atenção (e perder algum “potencial de empatia”) é gastar seu tempo falando sobre si mesmo. Na verdade, os outros provavelmente não se abrirão nem compartilharão seus mundos subjetivos pessoais se forem poucas as oportunidades de discussão / debate e, ademais, se pensarem que você está mais interessado em si mesmo do que neles. No entanto, a autorrevelação (falar sobre si mesmo) pode ser uma forma útil e poderosa de se conectar com valores compartilhados quando é relevante e não excessiva. Com efeito, a autorrevelação que aproxima seu próprio mundo subjetivo do mundo do “alvo” pode, por certo, embelezar e aumentar a empatia: “Lembro-me de quando meu pai me disse que eu nunca chegaria a nada; eu sei o quanto isso me fez sentir mal!”. Aqui, a autorrevelação de suas próprias experiências pode ajudar a iluminar a angústia de um amigo ou um paciente por ter sido rejeitado pelo pai.

Digamos que você tenha passado por uma confusão e divórcio e agora está ouvindo um amigo que está vivendo algo semelhante. Se você começar a ver a narrativa de seu amigo como sendo sua e começar a projetar nela as suas próprias emoções e angústias, então o mundo subjetivo de seu amigo se tornará o seu! Perceba que em consequência você não terá mais condições de se relacionar construtivamente com a situação de seu amigo porque agora é sua também! Você, então, vai se perder naquele mundo, nele se afogando ineptamente junto com seu amigo. Por outro lado, se você chegar ao apuro de seu amigo com um frio "supere isso!" e, assim, não conseguir conectar-se com ele, você estará, destarte, muito longe do mundo subjetivo de seu amigo para lhe ser útil. E qual é a distância adequada e como chegar lá?

A recomendação é de não se envolver muito pessoalmente e tampouco se relacionar com isso de maneira muito impessoal. Há de se encontrar, para um bom equilíbrio, a “distância psicológica”, algo que leve à diminuição máxima da reserva sem que ela desapareça. Por exemplo, sua filha adulta conta como ela é infeliz no casamento e como seu marido é egocêntrico e insensível; e conforme ela desenvolve sua narrativa, você se vê ficando cada vez mais irado e prestes a dizer a ela para se divorciar do “idiota”. Mas, em vez disso, você muda sua perspectiva para ressoar com uma apreciação mais profunda dos sentimentos de sua filha - seu sentimento de desesperança, desamparo, negligência e desilusão. Dessa forma, você transforma sua indignação, afastando-a de sua preocupação prática para se concentrar e se conectar com os valores humanos compartilhados que estão em jogo. Como tal, a experiência permanece altamente carregada emocionalmente, mas as distrações práticas – a condenação e o julgamento sobre como resolver o problema são “filtradas”.

Você realmente quer melhorar a sua capacidade de ser empático? Então pratique! É claro que quando emoções fortes são acionadas, nem sempre é fácil praticar com esses filtros que citei, mas é exatamente por isso que a empatia requer prática e perseverança a fim de cultivar o hábito certo - É também por isso que a empatia é uma virtude ou uma excelência do ser humano.

Embora oferecer empatia possa parecer fácil e direto, há, como disse no início desse artigo, uma surpreendente falta dela na cultura atual. Aprender a se tornar mais empático ajudará a aprofundar suas conexões com seus filhos, parceiros, familiares, amigos, clientes e outros. É uma condição verdadeiramente inestimável. Então, eu recomendo que você pratique as sugestões acima quando um amigo, membro da família, colega, cliente ou outro relacionamento seu quiser – apenas - alguém com quem conversar. Uma vez que não é difícil encontrar tais contextos na corrente principal da vida, posso afirmar que é bastante fácil encontrar ocasiões para praticar a empatia. Isso não o tornará perfeito porque ninguém é perfeito, mas pode, de fato, ajudar a torná-lo mais empático, e isso pode, por sua vez, ser de valor inestimável para melhorar a qualidade de seus relacionamentos interpessoais bem como a vida de muitas pessoas de seu círculo de relacionamentos.

Acesse meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

A FELICIDADE DEPENDE DA ATITUDE MENTAL

Olá, pessoal!

Quem não deseja ser feliz, amar e ser amado? Então saiba que o que mais contribui para alcançar a felicidade é a atitude mental da pessoa!

Assista esse curto vídeo e reflita!



Acesse meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.


UMA PESSOA “GAY” DEVE FAZER PSICOTERAPIA APENAS COM UM PSICÓLOGO “GAY”?



UMA PESSOA “GAY” DEVE FAZER PSICOTERAPIA APENAS COM UM PSICÓLOGO “GAY”?

Como eu disse, no vídeo, de vez em quando, alguém me pergunta: “Paulo, como eu sou “gay”, você acha que eu deveria fazer terapia com um psicólogo “gay” ou isso não é importante? O que faz mais sentido para mim?

Sou psicólogo, meu nome é Paulo Cesar, e acho essas perguntas interessantíssimas!  É realmente uma dúvida legítima, merecedora de resposta com detalhes e que possa ajudar nas reflexões de homoafetivos e demais pessoas LGBTQIA+ sobre suas psicoterapias, e também para orientar os amigos e parentes dessas pessoas a respeito disso. Então, vamos em frente com os devidos esclarecimentos.

Por conta das conversar durantes os atendimentos psicológicos de pacientes “gay”s, identifiquei o que podemos chamar de benefícios de uma pessoa do universo LGBTQIA+ fazer terapia com um psicólogo do mesmo universo. Bem, uma coisa é bastante óbvia: não são necessárias longas explicações para que o terapeuta entenda várias situações do paciente. Outra coisa é que o paciente pode supor, com muita razão, que seu terapeuta ficará confortável e certamente terá ouvido falar de tudo do “mundo “gay””, incluindo sua vida sexual. Além disso, um psicólogo homoafetivo saberá conversar sem dificuldades com seu paciente sobre as normas da comunidade “gay”, o que pode ajudar o seu paciente a tomar decisões sobre o que é saudável ou como o paciente pode querer modular o próprio comportamento.

Mas pertencer à mesma comunidade também pode apresentar desafios que presumivelmente não foram pensados. Por exemplo, se ambos fizerem fazem parte da mesma comunidade, provavelmente pode haver uma competitividade com base na percepção de como cada um domina a vida na referida comunidade. Ao longo dos anos em que venho trabalhando com pessoas LGBTQIA+, descobri alguns pacientes ressentidos comigo por conta de suas próprias hipóteses sobre itens importantes no mundo em que também vivem, o “mundo “gay””; eram hipóteses que se referiam ao meu sucesso, minha aparência, minhas roupas ou, mais significativamente, suas suposições sobre quem eu sou e qual a minha orientação sexual, sempre com base em suas próprias projeções. Cabe salientar que isso, em psicoterapia, é muito comum, qualquer que seja a orientação sexual das pessoas em psicoterapia. Sendo pacientes “gay”s, muitas vezes podem pensar que eu me encaixo no estereótipo do homem “gay” branco que tem tudo e que não honra a santidade do relacionamento. Esses sentimentos são importantes para explorar no relacionamento terapêutico, mas certamente podem ser desafiadores.

Não obstante, tenho que dizer que, ao contrário das suposições de muitas pessoas, os homens “gay”s não são imunes à homofobia, a maior parte internalizada por uma vida inteira vivendo num mundo homofóbico. Presumo, ademais, que o primeiro homofóbico que um paciente encontra é aquele que vê ao parar frente a um espelho. O ponto que gostaria de chegar é que esse medo e raiva podem surgir na psicoterapia para com um psicólogo “gay”, especialmente se ele estiver se sentindo confortável consigo mesmo de uma forma que o paciente ainda não se sente. Certa vez, um paciente me disse que tinha uma imagem mental de mim circulando pelo Shopping J. K. Iguatemi em S. Paulo com um monte de sacolas de compras! Ele não estava totalmente errado visto que, tal como muita gente, tenho as minhas superficialidades do Ser, mas sou também bastante profundo em outras com maneiras bem mais significativas, porém a observação foi útil para a terapia porque me mostrou como ele estava se sentindo preso dentro de si mesmo.

O outro lado da história, ou seja, considerar fazer terapia com um psicoterapeuta não-homoafetivo, pode, para alguns, parecer um pouco assustador. As pessoas LGBTQIA+ costumam fazer suposições sobre o nível de conforto de um psicólogo heterossexual com as coisas sobre as quais ele, o paciente, deseja falar. Mas quero, de imediato, acabar com esse medo: se o psicólogo for maduro e experiente, isso não será um problema. Ademais, encontrar alguém fora de sua comunidade que se sinta confortável com todos os aspectos da vida de um cliente homossexual pode ser uma experiência profunda e curadora. Sei, pela minha própria experiência (perdoem-me a falta de modéstia): com os pacientes LGBTQIA+ que atendi ao longo de minha vida profissional, que a experiência, com certeza, sempre foi nada menos do que transformadora.

Do meu ponto de vista, é interessante explorar as suposições que os pacientes LGBTQIA+ têm sobre os terapeutas heterossexuais e as suposições que eles fazem sobre como os terapeutas os veem. Uma coisa que todos os psicólogos sabem é que, se algo está acontecendo no “set terapêutico”, a mesma dinâmica também está acontecendo em outras partes da vida do paciente. E como não vivemos isolados, um psicólogo heterossexual pode trazer uma perspectiva para o processo que um terapeuta homoafetivo não pode - eles podem falar sobre sua experiência como pais, por exemplo. Às vezes, essa experiência pode ser mais útil do que a perspectiva de um terapeuta “gay”.

Em última análise, a resposta para a pergunta é fazer sua lição de casa e ouvir seu instinto. Faça uma primeira sessão com o psicólogo heterossexual, observe-o, ouça a sua voz e reações do terapeuta, analise a sua postura e, acima de tudo, perceba como se sente. Sentir-se seguro e respeitado por seu psicoterapeuta - seja essa pessoa homoafetiva ou não - é a chave para o sucesso da terapia. Você ficará muito vulnerável durante a psicoterapia com essa pessoa, portanto, garantir esse nível de confiança é essencial.

Finalmente, pessoas LGBTQIA+ podem optar por trabalhar com diferentes psicoterapeutas
com base em sua trajetória de vida. Eles podem iniciar a terapia pela primeira vez com um terapeuta de sua comunidade porque, em alguns níveis, como vimos, a compreensão desta comunidade pode tornar mais fácil a conversa. Em outras ocasiões, talvez mais tarde na vida, um paciente “gay” pode escolher um psicólogo heterossexual diferente com base em outros critérios importantes para aquele momento específico. Não há problema em perguntar a eles se já trabalharam com pessoas LGBTQIA+, mas certifique-se de realmente ouvi-los quando responderem. Mesmo que um terapeuta heterossexual tenha tido poucos ou nenhum cliente LGBTQIA+, eles ainda podem oferecer exatamente o que você precisa e uma resposta do tipo: “Não tive tantas experiências assim, e talvez você me ajude a entender mais” é realmente muito ideal; vocês dois estarão envolvidos no processo.

Enfim, hétero ou homossexual? Em última análise, isso pode importar menos do que outros fatores, mas, seguramente, o vínculo e a sensação de conforto sempre serão o mais importante.

Acesse meus conteúdos nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.

SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA

 

(Leia, abaixo deste vídeo no Blog do Psicólogo, o artigo SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA que contém mais detalhes sobre o assunto.

SUPERAÇÃO DE MOMENTOS DIFÍCEIS DA VIDA

A vida oferece muitos momentos extraordinários e significativos: o profundo prazer de se conectar com o amor da vida, ver o pôr do sol, a emoção de cultivar uma nova amizade, a aquisição de um imóvel próprio, uma viagem que sempre quis fazer, etc. No entanto, a vida também tem o péssimo hábito de lançar desafios e decepções em nossos caminhos, e é cheia de tempos difíceis e de momentos que nos fazem questionar bastante sobre o que esperamos do mundo: a perda de um ente querido, dificuldades financeiras graves, um diagnóstico de saúde negativo ou a perda do emprego. Como superamos esses tempos? Como seguir em frente e dar significado à vida nesses momentos em que nos sentimos sobrecarregados, estressados ​​ou arrasados pela dor?

Como é você quando as coisas dão errado? Você persevera? Ou, você está mais propenso a ceder? Se você for capaz de superar a adversidade e se recuperar após uma grande decepção, então você é realmente uma pessoa resistente, realista e otimista, ou seja, você é uma pessoa resiliente, um diligente sobrevivente.

Penso, contudo, que sobreviver às atribulações não é apenas uma arte! É também uma ciência, e tanto a arte quanto a ciência apontam para um único fato - regular as emoções pode ser a chave para a resiliência e superação.

Lembrem-se que no nascimento todos saem do útero com alguma adaptabilidade, então, acredito que superação é algo natural à humanidade. Á vista disso, julgo ser sempre possível recuperar-se da adversidade e viver uma vida saudável e gratificante. Todos conhecemos algumas pessoas que aplicam a superação dia após dia. Essas pessoas não se veem como vítimas, mas como solucionadoras de problemas. Elas não reclamam do que lhes aconteceu. Apenas olham para frente e resolvem o problema em questão.

Como citei, sobreviver às atribulações é uma arte, a derradeira arte de viver. No cerne da superação resiliente está a crença em si mesmo, mas também a crença em algo maior do que si mesmo. Estamos falando de uma qualidade psicológica que permite que algumas pessoas sejam afetadas pelas adversidades da vida e se recomponham pelo menos tão fortes quanto antes. Em vez de permitir que dificuldades, eventos traumáticos ou falhas os superem e esgotem sua determinação, as pessoas resilientes encontram uma maneira de mudar de rumo, curar-se emocionalmente e continuar avançando em direção a seus objetivos. Trata-se, inclusive, do meio pelo qual as crianças de famílias problemáticas e disfuncionais não ficam imobilizadas pelas dificuldades, mas se recuperam delas, aprendem a se proteger e emergir como adultos fortes e capazes de levar uma vida gratificante.

Pessoas que sobrevivem às agruras não permitem que a adversidade as defina. Eles encontram flexibilidade movendo-se em direção a um objetivo além de si mesmos, transcendendo a dor e a tristeza ao perceberem os momentos ruins como um estado de coisas temporário. A reformulação está no cerne da resiliência, tendo o otimismo como uma importante base. Como exemplo, esclareço que o otimismo ajuda a atenuar o impacto do estresse na mente e no corpo após experiências perturbadoras. Isso dá às pessoas acesso a seus próprios recursos cognitivos, permitindo uma análise fria do que pode ter dado errado e a consideração de caminhos comportamentais que podem ser mais produtivos.

Se você não se sente uma pessoa resistente, realista e otimista, isto é, não se vê como uma pessoa resiliente, um diligente sobrevivente, nem tudo está perdido. Você pode recorrer à psicoterapia como forma de adquirir as habilidades e comportamentos típicos de uma pessoa resistente e forte. Certamente será necessário reinterpretar alguns eventos do seu passado ​​para então encontrar os pontos fortes que você provavelmente teve o tempo todo, além de analisar e interpretar as ocorrências do momento atual. Na medida em que é aprendida, a resiliência parece desenvolver-se a partir do desafio de manter a própria autoestima. Uma amostra disso são as famílias problemáticas ou disfuncionais que fazem seus filhos se sentirem impotentes e mal consigo mesmos; a pessoa adquirindo capacidades resilientes durante a psicoterapia saberá como manter a sua autoestima apesar da poderosa influência negativa dos pais. Realmente são aspectos que podem ser cultivados, sendo, portanto, possível fortalecer seu eu interior e sua crença em si mesmo, para se definir como capaz e competente. Sem dúvida, com psicoterapia é possível fortalecer sua psique, é possível desenvolver um senso pessoal de domínio.

Vários pontos são abordados numa psicoterapia para colocar o paciente numa condição de ficar mais forte e um dos pontos é mostrar que existem elementos de nossa cultura que glorificam a fragilidade. Como psicólogo focado na realidade, tenho que fazer o paciente perceber que possui uma capacidade considerável de força, embora possa não estar totalmente ciente disso.

Como devem estar percebendo, o objetivo desta peça é explicar mais sobre o caminho da superação de situações difíceis. Também já devem ter compreendido que não é um caminho despreocupado - É profundo e há dor, mas também há riso, sabedoria e beleza. Em tempos incertos, a dor pode se tornar evidente tanto no âmbito físico quanto no emocional. A vivência clínica me propicia fazer essa contribuição para os que carecem, nessa área, se desenvolver.

Pessoas resilientes não caminham quando tem apenas chuviscos. Elas andam sob chuva de canivetes e têm cicatrizes para mostrar as suas experiências. Eles lutam - mas continuam funcionando de qualquer maneira. Resiliência não é a capacidade de escapar ileso pois não se trata de magia. Mas essas pessoas também são boas em regular suas emoções e manter a calma sob pressão sendo exatamente isso que permite que usem o que sabem quando mais precisam. Os sobreviventes cultivam o insight, o hábito de se fazer perguntas inteligentes e dar respostas honestas. Eles também tomam a iniciativa, se encarregam dos problemas, se aprofundando e se testando com as soluções. De fato, aprenderam algumas características que vale a pena conhecer:

Pessoas Resilientes / Sobreviventes

  • Positivo vs. Negativo: Sentem mais emoções positivas do que negativas. Vêem a vida com otimismo e têm esperança no futuro. Apreciam o humor e podem rir de si mesmos. Escolhem a gratidão ao invés de cinismo.
  • Orientado para tarefas: Em vez de esperar passivamente para ver o que acontece, identificam problemas que podem ser mudados e depois os mudam. E quando algo não pode ser mudado, aprendem a aceitá-lo.
  • Pensamento flexível: A rigidez cognitiva é inimiga da resiliência. A capacidade de pensar rapidamente e gerar soluções alternativas, pensamentos e ideias é a chave para manter a força psicológica. Opções limitadas levam a soluções limitadas.
  • Saúde: Um aspecto importante da resiliência é manter uma saúde física adequada e evitar riscos. Isso inclui exercícios e nutrição adequados, limitar ou eliminar o uso de álcool, tabaco e cafeína e evitar comportamentos descuidados e imprudentes.

Pessoas Não-Resilientes / Sobreviventes

  • Derrotismo egocêntrico: adotam uma atitude derrotista, vendo-se como vítimas e espectadores com pouco controle sobre o que lhes acontece. Valorizam pensamentos como: “Estou quebrado”, “Estou fraco” ou “A vida é muito difícil”.
  • Desligamento emocional: É fácil se retirar emocionalmente. O mais difícil é confrontar deliberadamente os pensamentos e sentimentos que nos incomodam. Negação, isolamento e evitação são marcas da falta de resiliência.
  • Evitar pontos de vista concorrentes: Tendemos a gravitar em torno de pessoas que concordam conosco - e quando encontramos essas pessoas, nos apegamos. Embora possa ser útil alinhar-se com pessoas que compartilham nossas opiniões e apoiam nossas posições, corremos o risco de ter qualquer um de nossos pensamentos e comportamentos inadequados reforçados. Encontrar pessoas que não tenham medo de desafiá-lo de vez em quando pode ajudar na sua resiliência.
Mas eles não fazem todo o trabalho sozinhos. Quem precisa mudar o comportamento carece de fortes sistemas de apoio – terapêutico, familiar, amizades, cônjuge, etc. – dessas pessoas, recebendo ajuda. Eles não tinham medo de falar sobre os momentos difíceis que estavam passando com alguém que se preocupava com seu bem-estar. Os relacionamentos promovem a resiliência - Pessoas saudáveis fazem o trabalho ativo de dar e receber necessário para obter gratificação emocional dos outros.

Além disso, pessoas com capacidade de superação abstém-se de culpas pelo que deu errado; pelo contrário, internalizam o sucesso, assumindo a responsabilidade pelo que dá certo em suas vidas. As pessoas que praticam a autorregulação geralmente são bem-sucedidas no gerenciamento de seus relacionamentos em casa e no trabalho. Aqueles que não possuem essas habilidades têm uma vida mais difícil em geral.

Superar a dor e o desapontamento sem deixá-los se tornar opressores não é necessariamente fácil para ninguém. Mas os psicólogos sabem o que as pessoas mais adaptáveis fazem para continuarem emocional e mentalmente bem após a morte de um ente querido, perda de emprego, problemas financeiros, doença crônica ou outro revés. Por exemplo, você atribui contratempos pessoais e profissionais apenas à sua própria inadequação ou é capaz de identificar fatores contribuintes que são específicos e temporários? Você exige uma sequência perfeita ou é capaz de aceitar que a vida é uma mistura de derrotas e vitórias? Em cada caso, a última qualidade foi associada a maiores níveis de resiliência.

Durante tempos estressantes, as pessoas contam com uma variedade de maneiras de lidar. Algumas pessoas confiam em suas crenças religiosas ou espirituais. Outras buscam conforto em seus relacionamentos mais queridos. Ainda outros não respondem tão positivamente e alguns se voltam para dentro, ficam sobrecarregados de tristeza e não mais se aproximam dos outros. Como podemos entender esses tempos difíceis e tentar responder de forma mais positiva?

Devemos entender que a vida, como um todo, é bastante significativa. Meu argumento é que o significado serve a uma função adaptativa, e nós, humanos, somos muito bons em encontrar significado de várias maneiras. Algumas pessoas o encontram por meio de relacionamentos, religião ou compromisso de fazer boas ações, sendo que a maioria das pessoas se recupera e encontra significado novamente. Além disso, sempre que possível, devemos olhar para o evento estressante da vida como uma oportunidade e não como uma ameaça. Considerando que a perda de um ente querido dificilmente parece uma oportunidade de crescimento, outras fontes de estresse (por exemplo, perder um emprego ou ficar sem recursos financeiros) podem ser uma oportunidade de ganhar uma nova perspectiva, recalibrar o senso de propósito e vocação para encontrar maneiras de desenvolver suas forças. Com certeza, na maioria das vezes (mas nem sempre), as pessoas encontram algum sentido após eventos estressantes em suas vidas. Enfim, é importante encontrar apoio em tempos difíceis. Relacionamentos íntimos são uma fonte de significado na vida. Ao passar por desafios, o apoio social é fundamental. Compartilhar seus sentimentos, obter apoio de amigos e familiares e ter pessoas por perto para garantir que você cuide de si mesmo são importantes nesse processo. É melhor quando não temos que passar por isso sozinhos.

Gente, a vida é cheia de beleza e alegria, assim como de dor e sofrimento. Todos nós passaremos por momentos difíceis na vida, e superá-los faz parte da experiência humana. Com alguma esperança, podemos tomar medidas para tentar tornar a jornada mais significativa. Pense nisso!

Espero que tenha gostado desse artigo. Há vários outros e você pode acessá-los nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais. Psicólogo de linha humanista com acentuada orientação junguiana e budista. Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana. Atendimento de segunda-feira aos sábados.
  • Atendimentos presenciais e por internet.
  • Marcação de consultas pelo tel. e whatsapp 11.94111-3637.