Formas de Contato:

Fone e Whatsapp: 11.94111-3637

Email: paulocesar@psicologopaulocesar.com.br

Daqui em diante, você encontrará muitos outros artigos sobre psicologia. A finalidade da Psicoterapia é entender o que está ocorrendo com o cliente, para ajudá-lo a viver melhor, sem sofrimentos emocionais, afetivos ou mentais. Aqui você encontrará respostas sobre a PSICOTERAPIA - para que serve e por que todos deveriam fazê-la. Enfim, você encontrará nesses artigos,informações sobre A PSICOLOGIA DO COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

POR QUE É IMPORTANTE DAR UM SENTIDO À VIDA?

Qual o sentido de sua vida? Quem sou eu? De onde vim? Prá onde vou? O que devo fazer na vida? Essas são perguntas que a humanidade se faz desde o início da história. O vazio existencial que a vida moderna nos trouxe está alinhado com a falta de respostas a essas perguntas, em especial, a pergunta "O que devo fazer na vida?" ou "Qual o sentido de minha existência?"

Um dos motivos que levam uma pessoa a iniciar uma psicoterapia são as reflexões e as dúvidas sobre a velha e boa questão do sentido da vida. E é preciso que seja dito que a consequência terapêutica dessa reflexão é o imediato confronto com a realidade da vida bem como a percepção de que podem existir dificuldades para a aceitação de alguns aspectos da própria realidade. Mas não há como escapar: a vida sempre nos interroga, e é a ela devemos sempre responder, portanto, somos, cada um de nós, responsáveis por nossas vidas e assim devemos ser durante as nossas existências.

Conversar sobre o sentido da vida na psicoterapia também costuma trazer reflexões sobre a finitude de uma pessoa - não a que encerra a vida, mas sim, uma finitude que, necessariamente, represente algo que dá sentido à existência humana. É inevitável falar sobre a morte no decurso da terapia e muitos manifestam que acreditam que, em última análise, tudo carece de sentido já que a morte, no fim, tudo destrói! Será que é realmente assim?

Particularmente não concordo com esse pensamento. Meu argumento é que se fossemos imortais poderíamos, com razão, adiar cada uma das nossas ações até o infinito e nunca teria a menor importância realizá-las agora. Quero dizer, com isso, que a finitude, a temporalidade, não é apenas uma nota essencial da vida humana, mas é, igualmente, constitutiva do seu sentido, estando fundada em seu caráter irreversível. Por essa razão, entende-se mais facilmente a responsabilidade que uma pessoa tem pela vida quando a referimos à temporalidade, à vida que só vive uma única vez. Por outro lado, nunca poderíamos avaliar a plenitude de sentido de uma vida humana com base na sua duração uma vez que não se avalia uma biografia pela sua extensão ou pelo número de páginas, mas sim pela riqueza do seu conteúdo, constatando-se, nessa avaliação, a grandeza das pessoas que perdemos.

Amigos, inevitavelmente todos sofrem perdas de entes amados. Observo que muitos pacientes após a perda, ficam inseguros e sem saber se as suas vidas (após uma importante perda), ainda conservam algum sentido. Considero que nessa situação, é necessário a pessoa se convencer da própria capacidade de continuar a viver, compreendendo, inclusive que parte do sentido da vida está, precisamente, em superar interiormente a infelicidade, em crescer com ela.

É mais fácil compreender a vida como um valor, algo que sempre tem um sentido, se estivermos em condições de dar a ela (vida) um conteúdo, uma meta, uma finalidade, enfim, se nos vemos diante de uma missão. Nada há de mais apropriado para que uma pessoa vença ou suporte dificuldades objetivas ou transtornos subjetivos do que ter a consciência de uma missão a cumprir na vida. Tal missão torna o seu titular insubstituível e confere-lhe à vida, o valor de algo único.

Pensemos alguns sofrimentos como a fome, a humilhação, o medo e a profunda raiva das injustiças. Essas são minimizadas graças às imagens sempre presentes de pessoas amadas ou ao sentimento religioso, a um amargo senso de humor ou até mesmo às visões curativas de belezas naturais como uma árvore ou um pôr do sol. Mas esses momentos de conforto não estabelecem o desejo de viver a menos que ajude a pessoa a ver um sentido maior no seu sofrimento aparentemente destituído de significado. Na vida, há sofrimento, e sobreviver é encontrar sentido na dor. Se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte. Mas pessoa alguma pode dizer à outra o que é esse propósito - cada um deve descobri-lo por si mesmo e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica. Se tiver êxito, continuará a crescer apesar de todas as indignidades.

O psicoterapeuta busca ajudar as pessoas a alcançar essa capacidade exclusiva dos humanos, ou seja, ele atua para despertar no paciente o sentimento de que o mesmo é responsável por algo perante a vida, por mais duras que sejam as circunstâncias. Na psicoterapia, a pessoa ouve certas coisas que, às vezes, são muito desagradáveis de se ouvir. Uma dessas coisas é concentrar-se no futuro, ou seja, nos sentidos a serem realizados pelo paciente em seu futuro e, ao mesmo tempo, tirando do foco de atenção todas aquelas formações tipo círculo vicioso e mecanismos retro alimentadores que desempenham papel tão importante na criação das neuroses. Com isso, quebra-se o auto centrismo típico do neurótico, ao invés de fomentá-lo e reforçá-lo constantemente. O paciente é confrontado com o sentido de sua vida e o reorienta para si mesmo. Tornar-se consciente desse sentido pode contribuir significativamente para sua capacidade de superar a neurose: concentrar-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por esse sentido.

A busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano. Por essa razão costumo falar de uma vontade de sentido a contrastar com o princípio do prazer, no qual repousa a psicanálise Freudiana, e contrastando ainda com a vontade de poder, enfatizada pela psicologia Adleriana através do uso da busca de superioridade.

Além do comentado, como uma mágica “transcendental”, uma vez atingida a compreensão do caráter de missão de vida, ela se torna tanto mais plena de sentido quanto mais difícil for. E se, às vezes, nós duvidarmos do sentido da vida, deveremos ter sempre em mente que a primeira e mais imediata incumbência está em descobrir a própria missão e avançarmos na vida no que ela tem de único e irrepetível. Vale lembrar esta citação de Goethe: “Como pode uma pessoa conhecer-se a si mesma?” Nunca apenas pela reflexão, mas sim pela ação. Tenta cumprir o teu dever e logo saberás o que há em ti. Mas, o que é o teu dever? "A exigência do dia”.

Concluindo, gostaria de reforçar um ponto que muito interessa à análise existencial e à psicoterapia e que deve estar presente no trabalho psicoterápico. Esse ponto é fazer com que se experimente e vivencie a responsabilidade pelo cumprimento da missão pois quanto mais aprendermos o caráter de missão que a vida tem, tanto mais nos parecerá repleta de sentido as nossas vidas.

                                                \

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar T. Ribeiro

Psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e gestantes – Presencial e Online.

Psicólogo clínico de linha humanista existencial e de orientação das Psicologias Analítica (Carl Jung), Relacional e Budista.
Extensão e Certificação em Filosofia & Meditação (PUCRS), Certificação em Racismo e Psicanálise (Achille Mbembe), Pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo (Famart) e Psicologia Clínica (PUCRS).
Associado à ABRAP, SBRA e ABRA (Psicoterapia e Reprodução Assistida).
Colaborador do HSPMAIS – Saúde Suplementar e de Apoio à Pesquisa Clínica (Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina).
Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.

SENTIR-SE SEMPRE CULPADO É UM RISCO À SAÚDE MENTAL

Atendo muitas pessoas que se sentem culpadas por tudo, ou por quase tudo, e que sofrem por isso. Porisso, gostaria de abordar esse assunto para que as pessoas com a tendência de se culparem, reflitam a respeito disso.

Vamos refletir sobre “o que é a culpa?”.

Em psiologia, a culpa é uma vivência emocional que ocorre com alguém ao acreditar ou perceber (e não importa se é verdade ou não) que maculou seus valores ou sua moral de alguma forma. A culpa existe porque tem uma função relacionada à evolução humana e ligada às regras que criamos para nós mesmos. Quando alguém decide, conscientemente, respeitar uma regra, é com o objetivo de obter algum benefício como segurança, antecipação dos fatos, facilitação das interações sociais, para não prejudicar os outros (e lidar com retaliações), por interesses pessoais e outros. Visto dessa forma, sentir-se culpado tem, então, uma função informativa de que houve transgressão de uma regra. Vendo-se culpado, o indivíduo sente-se constrangido e experimenta uma sensação de angústia quanto à sua responsabilidade por um resultado negativo. Além disso, o fato da informação (acima citada) ser experimentada como algo desagradável provoca uma reflexão sobre a transgressão: se a informação for neutra ou agradável, é provável que a pessoa não se mobilize para rever o que ela fez. Como todas as emoções conscientes, a culpa se origina de um processo de autoavaliação e introspecção e pode envolver a percepção de como os outros o valorizam. Observe, também, que a culpa gera um questionamento: “a norma ainda é adequada ou está obsoleta?”, “Se é adequada e, portanto, errei ao transgredi-la, o que posso fazer para compensar o meu erro e evitar uma nova transgressão?”

Existem muitos modelos psicológicos sobre o conceito de culpa, com muitas terminologias diferentes para conceitos semelhantes. O mais comum é classificação da culpa em quatro tipos: criminal, político, moral e metafísico. Há quem identifique duas formas principais que são a deontológica (culpa que resulta da quebra de valores pessoais ou morais) e a altruísta (culpa empática por causar dano a outra pessoa). Um grande grupo de psicólogos levam em conta uma terceira forma de culpa, a culpa existencial, regularmente mencionada e definida como sentir culpa por não corresponder às suas expectativas e propósito de vida.

Num contexto psicológico, a culpa é considerada a resposta emocional mais proativa a uma ocorrência ou ação realizada, em oposição à vergonha, e que está ligada à empatia, o que, por sua vez, leva a pessoa a olhar além de si mesma e a considerar como seu comportamento pode impactar os outros. É uma emoção natural e que pode ser um motivador positivo na aprendizagem humana, logo, nos traz progresso ao revelar que o nosso comportamento pode ter causado um problema e nos faz agir para corrigi-lo. quer dizer, sua função é promover pensamentos sobre uma situação-problema para que adotemos comportamentos de melhor qualidade. Contudo, não podemos deixar de reconhecer que a culpa, com muita frequência, tem um efeito paralisante pois nos dá a impressão de que não conseguimos seguir em frente como se fosse algo que nos puxa para trás, e seu incômodo pode levar a um forte sentimento de desamparo - “não sei mais o que fazer”, “acho que nunca vou superar isso”, “não sou tão resiliente quanto pensava”. Mais grave ainda, a culpa crônica ou persistente pode indicar a existência de um problema de saúde mental.

A culpa, na maioria das vezes, é acompanhada de problemas de ordem psicológica. É muito comum, nos casos em que a culpa é muito frequente, que poucas pessoas tenham a disposição para reavaliar o mérito da regra violada e de julgar se ela ainda está adaptada às circunstâncias atuais. Isso nos leva a necessidade de distinguir entre a culpa “emocional”, que corresponde ao “sentimento de culpa”, e a culpa “julgamento”, que considera a culpa de uma forma racional. Quer dizer, a culpa “emocional” tem a única função de informar à pessoa que talvez tenha sido cometida uma falta enquanto a culpa “julgamento” corresponde à responsabilização quanto ao ocorrido. A título de exemplo, a culpa crônica ou persistente pode estar ligada a transtornos de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), disforia ou sensação de insatisfação com a vida ou acontecimentos ou distúrbios alimentares

A culpa irracional excessiva tem sido associada a doenças mentais, como ansiedade, depressão, disforia (sentimentos de insatisfação constante) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Afora o fato de fazer com que esses pacientes acreditem que são um fardo para seus entes queridos e para as pessoas ao seu redor.

A culpa é um sentimento que pode ser uma consequência da pessoa acreditar que não disse o suficiente, não fez o suficiente ou não se esforçou o suficiente quando teve a oportunidade, sendo que ela pode se manifestar através do isolamento social, evitando tópicos, lugares ou pessoas, irritando-se consigo mesmo, envolvendo-se em conversas internas negativas e praticando a autossabotagem. Alguém com complexo de culpa experimenta medos e crenças constantes sobre fazer algo errado. Essas pessoas tendem a agir de forma desproporcionalmente responsável quando erros acontecem, e podem, ademais, ficar paranoicos ou presumirem que simplesmente não têm competência ou capacidade para realizar determinadas tarefas e ações.

Vale dizer que os sentimentos de culpa não se limitam ao exposto acima. Outros distúrbios psicológicos causam culpas inexplicáveis ou persistentes e emoções conscientes semelhantes, como vergonha e arrependimento. Ainda que cada indivíduo tenha a sua própria experiência com a culpa, os sinais comuns são a baixa autoestima, tentativas excessivas de reparação, sentimento de incapacidade de encarar alguém, rubor facial, ansiedade, dificuldade para dormir, náusea, dores de cabeça, humor deprimido, não querer encontrar pessoas ou ir a lugares ou eventos ligados à causa da culpa, variações de ânimo, explosões emocionais, alterações de apetite e outros.

Gostaria de mencionar que os efeitos emocionais e interpessoais da culpa podem motivar a uma mudança de comportamento para evitar se sentir culpado novamente, concluindo-se que, frequentemente, está associada a efeitos emocionais como raiva, tristeza, temor, vergonha, constrangimento, nojo, desgraça, sentimento de inferioridade, etc. Também pode impactar seus relacionamentos interpessoais, sendo que os efeitos sociais comuns da culpa incluem cancelamento do outro, agressão, vingança, transferência de culpa e violência. Importante citar que o sentimento de culpa independe dela ser real ou imaginária. É uma emoção que surge da lacuna entre o que idealmente queremos ser e as ações que, na verdade, realizamos. Uma pessoa, apenas como menção, pode sentir-se culpada por não ter feito o suficiente, por não ter feito as coisas certas, por não estar suficientemente presente ou mesmo por não ter paciência.

O que não se pode negar é que o sentimento de culpa merece ser analisado psicologicamente! Por exemplo, sentir-me culpado por querer que o sofrimento do meu parceiro pare talvez seja um sinal de que cheguei aos meus limites e que é hora de fazer uma pausa! Devemos, portanto, estar atentos a este sentimento de culpa e explorar o que ele realmente esconde, o que pode revelar e o que significa. O perigo é que é algo que pode tornar-se muito pesado e impedir a pessoa de avançar, de caminhar em direção ao bem-estar.

Esse é um tema realmente importante para a psicologia humana e, por isso, escreverei outro artigo a respeito. Finalizando a abordagem deste, quero dizer que o sentimento de culpa pode ser superado tomando a decisão de viver plenamente a vida, sem nos submeter à vontade dos outros e sem nos deixarmos pisotear, sem abandonar os nossos objetivos pessoais para agradar aos outros, mas vivendo plenamente e ouvido os próprios desejos. Se você estiver se sentindo culpado por alguma coisa, avalie o impacto que ela teve sobre você! Cada emoção tem impacto em cinco áreas diferentes da nossa vida: sentimentos, respostas corporais, expressão facial, pensamentos e comportamentos. A culpa tende a ser menos intensa que outras emoções; é algo desagradável, mas bastante frequente e com tendência a perdurar. Podemos ficar pensando muito sobre o que fizemos (ou não fizemos) e o que fazer a respeito, e esses pensamentos podem girar e girar em nossas mentes, distraindo-nos de outras coisas e dificultando o sono ou o relaxamento. A multidão de pensamentos e ideias, e o sentimento desagradável, fazem-nos querer afastar-nos dos outros e abster-nos de partilhar os nossos erros. Se for difícil lidar com esse turbilhão, fale com um psicólogo. O sentimento de culpa pode realmente lhe arrastar para baixo, impedindo-lhe de atingir todo o seu potencial. Se você sentir que está dominado por uma forte culpa e que ela o está bloqueando, não hesite em falar com um psicólogo que o ajudará a compreender esse sentimento e a se perdoar para superá-lo.

Talvez você não esteja conseguindo se convencer totalmente de que uma certa culpa é injustificada e que existem maneiras de evitar que ela seja opressora. Ela é, sim, uma emoção energizante pois nos leva a agir. Sem dúvidas, a forma mais eficaz de reduzi-la é desfazer o comportamento, fazer reparações, expiar ou pedir desculpa.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

OS EFEITOS DAS “RESOLUÇÕES DE ANO NOVO” NA SAÚDE MENTAL

As festividades de Ano Novo costumam trazer alegrias durantes as celebrações, mas também podem provocar profundas reflexões de ordem psicológica sobre esse período e fazes futuras.


Com certeza, é seguro afirmar que o ano novo é um intricado conjunto de emoções, expectativas e pressões. Para muitos, significa renovação, e é uma boa oportunidade de deixar prá trás os desafios do ano anterior e estabelecer novos objetivos. Isso, reiteradamente, está concatenado com sentimentos de esperança e otimismo, onde as perspectivas para a vida no período parecem ilimitadas.

Entretanto, mesmo sendo algo que tenha o seu valor, as resoluções de Ano Novo podem trazer junto uma considerável pressão e estresse sobre a pessoa. Por exemplo, a definição de metas ambicionas pode gerar sensações de decepção se essas metas não forem alcançadas, especialmente quando estão relacionadas ao aperfeiçoamento pessoal e/ou profissional. Os estudos já comprovaram que um enorme número de metas (criadas nas “resoluções de Ano Novo”) são deixadas de lado logo após serem estabelecidas, e isso, claro, é um pavimentado caminho para a frustração e a sensação de fracasso.

Importante citar, também, que após as festas de Natal, pode haver um agravamento dos sentimentos de solidão daqueles que vivem afastados das pessoas queridas ou que estão passando por momentos de dificuldades pessoais, logo, se trata de uma fase que evidencia as diferenças entre o ideal de celebração e a realidade da situação pessoal de cada indivíduo.

Mas é um bom momento para uma reflexão pessoal e boas resoluções, enfatizando que será melhor se compreender e aceitar os vários impactos psicológicos associados a essa época visto que a probabilidade dessas intenções não serem cumpridas, o que é muito comum, seja uma decisão de deixar de fumar, de praticar uma atividade física, mudar de emprego ou outras. Então, fica a pergunta: qual é o sentido de tomá-los logo no início do ano novo? Especialmente porque podem ser particularmente angustiantes. Muitas pessoas, inclusive, sabem que não são capazes de mantê-las – o que coloca o ego em xeque.

Um bom aconselhamento é não impor a si próprio objetivos inatingíveis ou demasiado demais - você pode, por exemplo, querer voltar ao esporte, mas não se imponha a ideia de correr 10 km todos os dias a partir da primeira semana de janeiro.

Abordar as resoluções com uma perspectiva equilibrada é sempre o melhor, reconhecendo tanto os potenciais positivos como os desafios. Isto envolve celebrar os sucessos passados ​​e ao mesmo tempo permanecer realista em relação às metas futuras, ou seja, tenha práticas de gratidão e autocompaixão para obter experiências mais saudáveis e gratificantes.

É bem normal querer mudar muitas coisas na vida e, de fato, o novo ano é a tradicional oportunidade de assumir um compromisso consigo mesmo e implementar esta grande mudança, mas lembre-se que dependendo de como define as metas, isso pode ser uma verdadeira fonte de ansiedade. Assim, é interessante “dar tempo para atingir as metas, e o tempo é excelente aliado. E para ter ainda mais chances de conseguir isso, seja metódico: escreva o seu objetivo principal de forma sucinta e precisa e divida-o em objetivos menores para serem distribuídos ao longo do tempo como uma espécie de um plano de ação. Uma boa resolução de Ano Novo não deve ser uma obrigatoriedade! É angustiante a ideia de que se tem uma obrigação, que devemos “e que ‘devemos”. É mais sensato perguntar-se: por que quero tomar esta resolução e fazer esta mudança? Isso permitirá que a pessoa invista ainda mais nas decisões que são mais importantes. 

Enfim, deve-se considerar ser recompensado pelos sucessos no caminho para alcançar a sua resolução, por menores que sejam, logo, parabenize-se, aprecie o progresso que você fez. É através de pequenos passos que os grandes objetivos são alcançados.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

UMA VISÃO PSICOSSOMÁTICA DA INFERTILIDADE

A definição de "infertilidade" refere-se à incapacidade de um casal conceber após um ano de vida sexual “normal”. Não há como negar que há um “sem número” de casais em idade fértil enfrentando infertilidade.

Nos tempos idos, a infertilidade era geralmente vista como um problema feminino. Isso foi revisto e agora prefere-se considerar que o casal é infértil, pois sabe-se que as causas da infertilidade podem ocorrer tanto em homens como em mulheres. Cada vez mais aumenta o conhecimento sobre essas causas, porém ainda existe o que é chamado de “infertilidade inexplicável”, responsável por significativo percentual do grupo de casais inférteis.

De fato, a procura por tratamento de infertilidade está aumentando dia a dia. Muitas novas tecnologias de tratamento de infertilidade estão sendo desenvolvidas, tais como inseminação artificial, fertilização in vitro, implantação espermatozoides, óvulos e embriões. No entanto, é necessário cuidar do impacto e do ajustamento psicológico das pessoas que pretendem alcançar a meta de ter uma família com filhos.

Será que os exames e o tratamento da infertilidade podem compor uma crise emocional para os casais? Creio que seja possível que, ao tomarem conhecimento dos pormenores da infertilidade, esses pacientes experimentem uma variedade de sentimentos e choques emocionais, os quais podem incluir a surpresa inicial e sua negação, a raiva, um isolamento, a culpa e a tristeza. É certo que alguns superam tais sentimentos e emoções, muitos com suporte psicoterápico, mas outros casais podem ficar presos em qualquer desses estágios. Além disso, sabemos que a “infertilidade” impacta a qualidade do casamento (mesmo não tendo sido identificados os fatores de risco que afetarão o relacionamento conjugal). Por exemplo, quanto mais tempo a infertilidade masculina for a causa e quanto maior for o tempo para iniciar o tratamento, maior será o impacto no relacionamento conjugal.

Deve-se considerar, também, que durante os procedimentos, o casal enfrenta um significativo teste, pois para cooperar com o tratamento da infertilidade, precisam se submeter a muitos exames médicos e devem ter uma vida sexual planejada, o que pode levá-los a uma diminuição da função, do desejo e do prazer sexual, alguns podem sentir impotência e incapacidade de atingir o orgasmo, ou mesmo, perceberem a confirmação da infertilidade.

A infertilidade gera muito estresse para um casal, sendo que, por óbvio, as mulheres sofrem mais. Um importante percentual delas acredita que a infertilidade é o que de mais infeliz aconteceu em suas vidas, enquanto apenas um pequeno grupo de homens pensa assim. O nível de estresse enfrentado pelos casais inférteis também muda com as diferentes fases do tratamento; a ansiedade e alguma hostilidade são mais comuns no início da avaliação e do exame. À medida que o tratamento começa, a ansiedade aumentará gradualmente, mas por outro lado, as expectativas e esperanças de um tratamento bem-sucedido também aumentarão. Num estado emocional tão misto de ansiedade e esperança, estes casais inférteis estão cheios de conflitos e lutas. É bem comum a paciente apresentar sintomas de melancolia, podendo evoluir a uma depressão, especialmente se menstruar representando uma falha de todo o procedimento. Estudos mostram que após falha no tratamento de fertilização in vitro, 25% das mulheres foram classificadas como deprimidas leves a moderadas (usando a Escala de Depressão de Aaron T. Beck), enquanto cerca de 10% dos homens foram classificados como levemente deprimidos.

Além do impacto emocional das opiniões socioculturais sobre a infertilidade bem como das emoções internas e externas da família, o custo do tratamento é também um encargo financeiro óbvio e uma das fontes de estresse - preparações hormonais, medicamentos orais e outros. Os medicamentos hormonais podem produzir efeitos colaterais como aumento do estresse, insônia e mau humor. Quanto à depressão, às vezes é difícil de distinguir se é causada por medicamentos, conflitos internos, estresse ou pressão familiar, mas qualquer que seja o motivo, é algo que deve ser levado à sério, merecendo o tratamento adequado, o que pode incluir tratamento medicamentoso e psicoterapia. 

Considerando o estresse e os problemas mentais e emocionais enfrentados pelos casais inférteis, os médicos desempenham um papel importante explicando detalhadamente as possíveis causas da infertilidade, a avaliação do processo de tratamento, possíveis dificuldades, efeitos colaterais dos medicamentos e probabilidade de sucesso. Em consequência, os pacientes terão menos preocupações e medos em relação ao tratamento e a ansiedade poderá ser minimizada. É realmente importante que esses médicos compreendam e avaliem o estado mental da paciente e façam o encaminhamento ao psicólogo ou psiquiatra sempre que necessário.

O tratamento da saúde mental dos casais inférteis centra-se principalmente na consulta para avaliação psicológica e na psicoterapia, em primeiro lugar, ficando o tratamento com medicamentos em segundo plano. Isto porque há a preocupação (de pacientes e médicos) com os efeitos colaterais das drogas recomendadas. O lado bom é que aquelas cujos sintomas não são graves respondem bem à psicoterapia ou ao aconselhamento psicológico.

Quanto ao tipo de tratamento psicológico recomendado, isto depende de uma avaliação completa dos sintomas, história pregressa e presente, avaliação da vida familiar e social, avaliação da vida sexual, etc. Com base nisso, decide-se que tipo de tratamento psicológico o paciente necessita: terapia conjugal, terapia sexual, psicoterapia individual de longo ou curto prazo, psicoterapia de grupo, etc. Além disso, pode ser de grande ajuda participar de grupos de autoajuda nas redes sociais, partilhando experiências, dores e pressões enfrentadas durante a jornada em busca de fertilidade, motivando um ao outro. 

Para muitos casais inférteis, é difícil contar aos seus parentes e amigos sobre o sofrimento interno e a pressão que estão enfrentando, porque a maioria das pessoas ao seu redor irá aconselhá-los apenas a relaxar e ter fé (de acordo com suas crenças religiosas), mas há a necessidade de compreender todos os detalhes do processo, por isso, os grupos de autoajuda se tornam um bom lugar para expressarem os seus sentimentos.

No final do tratamento, caso seja definitivamente incapaz de dar à luz um filho, o casal infértil se depara com uma decisão: aceitar que não pode ter um filho e assim continuar ou recorrer à adoção. Com certeza, essa é também uma escolha difícil. Um outro ponto de conflito é quando há uma decisão unilateral e o casal opta pela interrupção do tratamento, sendo muito frequente o autoquestionamento sobre se os esforços foram suficientes e se haverá futuro arrependimento. Numa fase, o foco da vida girava em torno de receber tratamento para infertilidade e dar à luz um filho, mas com a desistência, ajustar o foco da vida constituirá num novo desafio. Nessa situação, o papel do psicólogo inclui ajudar esses casais a esclarecer os seus pensamentos e ajustar as suas emoções, e a psicoterapia é uma boa via para essa ressignificação, e que terá, certamente, um bom impacto na qualidade de vida dessas pessoas.

Concluindo, os médicos possuem excelentes objetivos para o tratamento da infertilidade: primeiro, ajudar os pacientes a encontrar e tratar as causas da infertilidade, fornecer informações corretas e, finalmente, ajudar o casal a decidir quando interromper o tratamento. Os psicólogos também podem ajudá-los a se ajustarem e continuarem avançando quando confrontados com o impacto da infertilidade na vida. É um suporte relevante que os ajudará a superar o estresse e o estado emocional durante o processo de tratamento. No final, eles poderão ser capazes de dar à luz ou podem aceitar filhos adotados, além da possibilidade de ajudá-los a planejar e viver uma vida sem filhos.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Associado à Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

VOCÊ ESCOLHE: FINAL DE ANO COM OU SEM ESTRESSE?

Em teoria, o período de férias natalinas deveria ser menos estressante do que o resto do ano, afinal, as atividades profissionais são substituídas por festividades, reuniões com a família e amigos, acompanhadas de músicas e espírito natalino, um pouco de praia, campo, enfim, muitas opções que deveriam acalmar e alegrar as coisas.... Mas, infelizmente, as palavras "férias", "Natal" e "estresse", algumas vezes, vem juntas!

Sei que isso realmente ocorre pois, como psicoterapeuta, ouço pacientes narrarem situações muito desagradáveis vividas nessa época. Isso é triste pois se trata de bons momentos, com família, amigos e celebração religiosa. O que poderia ser ruim no ápice da positividade e felicidade? Mas o fato é que, há anos em minha carreira profissional, venho lidando com os profundos dissabores de vários pacientes após as festas de fim de ano, sendo muito frequente encontrá-los bem estressados.

Então, como a proposta é aliviar o estresse, decidi sugerir algumas medidas que você poderá, se quiser, adotar para não sofrer de nervosismo.

Prá começar, não vá a eventos que se sinta obrigado a ir, ou seja, se você não quer ir, não vá! É preferível que você dê vazão à sua vontade de caminhar (com ou sem o seu cachorro) ou saia com amigos que você realmente gostaria de ver, ao invés de ir a um evento onde você terá que se esforçar para se animar!

Um outro ponto é perceber como é algo tolo gastar esforço e dinheiro para dar às pessoas coisas que elas não precisam ou, muitas vezes, nem querem. Então, por que não doar para uma instituição de caridade em nome de todas as pessoas da sua lista, exceto, talvez, as pessoas que realmente precisam do presente que você compraria?

As festas de fim de ano podem ser longas e, assim que não houver mais assuntos comuns para uma conversa, pode ser tentador se aventurar com um tema polêmico. Infelizmente, em especial nesses tempos onde tudo é tão polarizado, isso pode ser complicado. Muito poucas pessoas mudam de opinião nas discussões de política, religião, raça, gênero etc., logo, é provável que essa discussão irá prejudicar o espírito de calma e de paz que você deseja para suas férias e época natalina. Quer desestressar? “Pegar leve” pode ajudar.

Por que não organizar uma festa de baixo estresse? Não precisa ser nada cansativo! Você e seus convidados podem obter o máximo proveito se cada um contribuir com os “comes e bebes”. Sendo, os seus convidados, amigos conhecidos, solicite que cheguem mais cedo para ajudarem a arrumar a sala e a servir. Dessa forma, quando os demais convidados chegarem, você poderá conectar-se a eles em vez de ficar de olho no fogão, nos convidados e como as coisas estão sendo servidas. No final da festa, aceite ofertas para ajudar na limpeza. Se ninguém se oferecer, não há nada de errado em perguntar. Muitas pessoas ficariam bem felizes em ajudar o amigo a arrumar as coisas ao final da festa.

Uma outra boa medida para esse período é desenvolver a sua espiritualidade. Não estou falando de religiões nem de cartas de tarô e cristais, mas sim de algo que não exclui o benefício desestressante da espiritualidade ampliada. Requer definir espiritualidade como alguma coisa que é maior que você. Como isso pode reduzir seu estresse? Fornece uma perspectiva interessante para certas situações: digamos que você ganhou cinco quilos e parecia "gorda" naquele vestido, ou que o pernil de natal ficou mais seco que o deserto do Saara... bem, de uma perspectiva espiritual, isso tudo é absolutamente trivial e pouco importante. Manter essa espiritualidade em sua frente e em seu centro pode manter o estresse distante de você!

Minha preferência sempre foi a de passar o natal e réveillon em minha casa ou nas de amigos ou parentes, simplesmente porque os restaurantes fazem, nessas ocasiões, uma megaoperação para lucrarem muito - cobram valores elevados, enchem os clientes com bugigangas compradas a centavos na rua 25 de Março, servem o jantar sob o som altíssimo manejado por algum "DJ MC Qualquer Nome". Uma noite tranquila de Ano Novo em casa é menos estressante, não apenas por causa de controle sobre o som, mas porque você pode, com seus amigos e parentes, compartilhar boas reflexões sobre a vida, servir a comida e beber o que você realmente gosta, por um valor muito inferior que o que é cobrado num restaurante.

Ah! Isso é muito importante! À medida que o final do ano se aproxima, muitas pessoas “entram numas” de lamentar pelos desejos não realizados. Não faça isso de forma alguma! Substitua essa lamentação estressante por uma preparação esperançosa visando a realização de seus planos no ano novo, traçando metas inicialmente fáceis.

Afinal, afora os casos de pessoas estressadas, para todos os demais as férias de final de ano trazem felicidade ou estresse? Minha opinião é que, sendo um período em que se pode passar um tempo com a família, curtir festas diversas, dar e receber afeto de várias pessoas, participar de atividades religiosas, relaxar, manter tradições familiares,  no geral, o período das férias de Natal tende a produzir mais felicidade do que estresse, sendo que, curiosamente, os idosos de ambos os sexos e os homens mostram mais satisfação do que os jovens e as mulheres. De verdade, com um pouco de tolerância, todos podem sentir muita satisfação nessa época.

A todos desejo um feliz Natal e muita prosperidade no ano novo.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

FELIZ NATAL! - NÃO SE OFENDA POR ISSO!ss

 POR FAVOR, NÃO SE OFENDA POR LHE DESEJAR ALGO BOM E VERDADEIRO!


Estou vendo muita gente desejando “Boas Festas!” com um ar meio vago e meio questionador, e eu decidi que não vou mais desejar “Boas Festas!”. Isso parece meio insípido e muito politicamente correto; parece um rosto sorridente de um sorriso contido, algo meio protocolar, sem compromisso e com muito pouco envolvimento. Então, como aprendi que a vida é curta demais para coisas inúteis, não farei mais isso e voltarei à antiga saudação de “Feliz Natal e Feliz Ano Novo!”. Fazendo assim, eu desejo, de coração, tudo o que acredito ser bonito, bom e verdadeiro no mundo e isso merece ser celebrado! Desejo a você a melhor parte da melhor história que todos conhecemos desde o primeiro livro de estórias no colo de nossas mães e pais – onde, contra as probabilidades, o herói chega ao local e, embora ainda tenhamos que viver algumas páginas emocionantes, nossos corações pulam porque sabemos que tudo vai acabar bem: Deus está aqui, Deus está em nós! Deus é o resgate e não importa a religião que se segue, pois estamos religados com o Divino! E isso é natal!
E quando me desejarem “Feliz Natal!”, pode ter certeza de que, de coração, mente e espírito, eu retribuirei e também não me ofenderei! Em vez disso, ficarei grato por você se importar o suficiente comigo para me desejar algo que tenha um significado real para você. Não porque eu acho que a verdade é relativa, mas porque ela me dará uma visão de quem você é, o que faz você se destacar e como melhor entendê-lo. E na compreensão e na tentativa de entende-lo, espero que você e eu nos aproximemos mais como pessoas, como seres humanos nesta perigosa jornada da vida.
Enfim, neste mundo, onde tanta coisa está errada tudo anda tão agitado, agradeço a leitura desta mensagem bem como dos meus artigos, agradeço as experiências que tivemos em conjunto, e desejo a você tudo o que é bom, verdadeiro e bonito!

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

Psicólogo Paulo Cesar

  • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
  • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
  • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
  • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
  • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
  • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
  • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.

POR QUE CONSIDERAR A PSICOLOGIA NO TRATAMENTO DA INFERTILIDADE FEMININA?

A psicoterapia é um processo dialético vivenciado entre um psicólogo e o seu paciente com a finalidade de tratar os problemas psicológicos do paciente, como depressão, ansiedade, dificuldades de relacionamento, entre outros. Portanto, refere-se ao uso de métodos psicológicos para aliviar a pressão e a inabilidade psicológica daqueles que se consultam com os psicólogos.

Nos tratamentos da infertilidade feminina, especialistas alertam que, para algumas mulheres, a causa da doença pode ser secundária, enquanto os fatores psicológicos são o principal. Assim, uma vez eliminadas as barreiras psicológicas, o objetivo da concepção poderá ser alcançado rapidamente. Em outras palavras, visto que as dificuldades mentais e emocionais podem afetar a gravidez, a infertilidade também pode gerar alterações mentais e emocionais; se a paciente não receber tratamento psicológico e não conseguir controlar os seus próprios sentimentos e emoções, isso provavelmente a conduzirá a um ciclo vicioso de infertilidade.

Nos últimos anos, descobriu-se que existem muitas causas de infertilidade, incluindo a poluição causada pelo ambiente natural e as causas das próprias doenças e, decerto, os fatores psicológicos não podem ser ignorados. Como exemplo, pode-se citar que as mudanças emocionais entre casais estão intimamente relacionadas à infertilidade masculina e feminina. De fato, um percentual importante dos casais inférteis não consegue encontrar as causas orgânicas, o que está sem dúvida relacionado a fatores mentais e psicológicos.

Visto isso, não é um equívoco afirmar que no tratamento da infertilidade feminina, a atenção deve focar também os aspectos psicológicos, os quais terão um papel auxiliar no tratamento da infertilidade.

Existem muitos exemplos da efetividade dessa abordagem como o caso de algumas mulheres que foram inférteis durante muitos anos engravidarem logo após adotarem um filho - na verdade, isso é principalmente resultado do relaxamento mental.

Quer dizer, as pacientes que sofrem de infertilidade devem ajustar ativamente sua mentalidade (ou seu “psicológico” como atualmente costuma-se falar). Se o ajustamento psicológico for bom, será muito útil no tratamento da infertilidade. Ao contrário, não havendo a adequação psicológica, poderá ocorrer o aumento involuntário do peso e da pressão mental, tornando tudo mais inseguro. Ou seja, o ajuste psicológico ajuda a sair da dor, adequar a sua mentalidade, reduzir o estresse, quebrar o ciclo psicológico vicioso e cooperar com o tratamento com uma atitude positiva, facilitando a consecução do objetivo do tratamento.

A experiência tem mostrado que as barreiras psicológicas das mulheres inférteis se refletem principalmente no complexo de inferioridade, inquietação, estresse mental, reduzida interação social, falta de interesse pela vida, raiva e relutância ou tabu em falar com outras pessoas sobre questões de fertilidade.

A infertilidade de longo prazo nas pacientes, especialmente depois de vários tratamentos não terem efeito positivo, muitas vezes leva a relações interpessoais sensíveis, ansiedade, depressão e paranoia. À medida que o tempo de casamento aumenta, a pressão psicológica torna-se mais pesada. A sensação de perda e a pressão mental são ainda mais agravadas e há uma crescente falta de confiança na cura. Com mais profundidade, deve-se notar que o estado psicológico da infertilidade feminina está intimamente relacionado às diferenças individuais. O estresse apresentado pelas pacientes com alto neuroticismo (nível crônico de desajustamento e instabilidade emocional associados a um desconforto psicológico causado por aflições, angústias e sofrimentos), alto psicoticismo (personalidade tipificada por agressividade e hostilidade interpessoal) e personalidade introvertida é particularmente óbvio: são pacientes que apresentam sintomas óbvios e um longo curso da doença. As pacientes com distúrbios psicológicos relacionados à infertilidade carecem de tratamento psicoterapêutico, mas para isso, dependem do encaminhamento dos médicos e anuência da própria paciente. Aquelas com sintomas psicológicos intensificados, devem consultar-se com o médico responsável pelo tratamento e solicitar que ele esclareça a causa da infertilidade, e opine se é infertilidade relativa ou infertilidade absoluta - isso poderá devolver o controle emocional à paciente. Sendo uma equipe multidisciplinar, o psicólogo deve ajudar na melhora da consciência da mulher em tratamento, enfatizar a necessidade da compreensão do conhecimento médico e ajudá-la a aumentar a capacidade de autocontrole emocional e de adaptação à sua infertilidade. Essas pacientes não devem ficar desamparadas e definitivamente frustradas por causa da infertilidade temporária.

Uma grande quantidade de dados clínicos prova que o estresse mental excessivo e os distúrbios psicológicos muitas vezes levam à disfunção endócrina e aos distúrbios da ovulação, criando uma condição em que quanto mais a mulher deseja engravidar, mais difícil isso se torna. Essa verdade precisa ficar clara para a paciente e para seu marido.

No processo de tratamento, o papel do marido, não pode ser ignorado. Os casais inférteis devem ser respeitados, cuidados e os profissionais da área da Saúde devem dar a eles toda a atenção. Não é apropriado discutir tópicos relacionados à infertilidade fora da situação de tratamento, portanto, os membros da família não devem reclamar, repreender ou ridicularizar intencionalmente o casal, especialmente a mulher. O que é necessário é esclarecimento, encorajamento e auxílio - isso não só contribui para a recuperação da paciente, como também contribui para a harmonia familiar.

Ao mesmo tempo, as pacientes devem melhorar sua "imunidade" e permanecer mentalmente saudáveis. Devem reduzir dúvidas, preocupações, autoculpas e baixas autoestima. Pessoas com boa capacidade de autorregulação têm maior probabilidade de recuperação das questões psicológicas após terem clareza sobre as causas da infertilidade.

Você pode acessar os conteúdos divulgados nesses locais:

Um abraço,

    Psicólogo Paulo Cesar

    • Psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais.
    • Psicólogo de linha humanista existencial com acentuada orientação junguiana, budista e pós-graduações em Sexualidade Humana, Autismo e Psicologia Clínica.
    • Voluntário no Serviço de Reprodução Humana da Escola Paulista de Medicina.
    • Psicólogo colaborador da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva.
    • Associado à Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e à Associação Brasileira de Reprodução Assistida
    • Palestrante sobre temas ligados ao comportamento humano no ambiente social e empresarial.
    • Consultório próximo à estação de metrô Vila Mariana em São Paulo, SP.
    • Atendimentos (presenciais e por internet) de segunda-feira a sexta-feira.
  • .